África Oriental Portuguesa
Província Ultramarina de Moçambique (até 1972) Estado de Moçambique (1972-1975) |
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Colónia, Província Ultramarina, Estado |
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Continente | África | ||||
Região | África Oriental | ||||
País | Moçambique | ||||
Capital | Lourenço Marques | ||||
Língua oficial | Português | ||||
Governo | Colónia, Província Ultramarina, Estado | ||||
Rei/Presidente da República Portuguesa | |||||
• 1498-1521 | Manuel I de Portugal | ||||
• 1974-1975 | Francisco da Costa Gomes, presidente | ||||
Período histórico | Colonialismo | ||||
• 1498 | Fundação | ||||
• 25 de Junho de 1975 | Independência após a Guerra Colonial (1964-1974) | ||||
População | |||||
• 1967 est. | 7 300 000 |
Moçambique ou África Oriental Portuguesa (oficialmente Estado da África Oriental[1] ou Moçambique Português, depois elevado para Província Ultramarina de Moçambique a 11 de Junho de 1951 e, finalmente, Estado de Moçambique em 1972) foi sendo o nome comum pelo qual a expansão territorial do Império Português na África Oriental era conhecida em diferentes épocas. A África Oriental Portuguesa foi uma colónia e, posteriormente, uma província ultramarina de Portugal no exterior, ao longo da costa do Sudeste Africano, território que agora forma a República de Moçambique.
Postos de comércio e, mais tarde, colónias portuguesas foram formadas ao longo do litoral em 1498, quando Vasco da Gama atingiu a costa moçambicana. Lourenço Marques explorou a área que hoje é a Baía de Maputo em 1544. Ele se estabeleceu definitivamente no atual Moçambique, onde passou a maior parte de sua vida e seu trabalho foi seguido por outros exploradores, marinheiros e comerciantes portugueses. Algumas dessas colónias foram entregues no final do século XIX para serem governadas por empresas fretados, como a Companhia de Moçambique e a Companhia do Niassa. Em 1951, as colónias foram combinadas em uma única província no exterior sob o nome de Moçambique, como parte integrante de Portugal. A maioria das colónias originais deram seus nomes para as províncias do atual Moçambique.
Moçambique, de acordo com a política oficial, não era uma colônia, mas antes uma parte da "nação pluricontinental e multirracial" portuguesa.[2] Em Moçambique, assim como fez em todas as suas colónias, Portugal tentou europeizar a população local e assimilá-la à cultura portuguesa. Lisboa também queria manter as colónias como parceiros comerciais e mercados para seus produtos. Os habitantes africanos da colónia acabaram por ser, supostamente, colocados na posição de cidadãos de pleno direito, com plenos direitos políticos através de um processo de desenvolvimento de longo prazo. Para o efeito, a segregação em Moçambique era mínima se comparada com a da vizinha África do Sul. No entanto, o trabalho forçado, a que todos os africanos eram obrigados se não pagassem os impostos, não foi abolido até o início dos anos 1960.
Estado de Moçambique foi a designação que o governo português deu à sua colónia na África Oriental em duas épocas distintas:
- Durante o século XIX, quando o então Vice-Reinado da Índia passou a ser designado Estado Português da Índia (embora nessa altura já Moçambique não estivesse sob o comando do Vice-Rei); e
- Durante o governo de Marcelo Caetano e até à independência da colónia, em 1975.
Nos restantes períodos de dominação colonial, Moçambique foi apelidado sucessivamente de África Oriental Portuguesa, Colónia de Moçambique e Província Ultramarina de Moçambique.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- História de Moçambique
- Guerra Colonial Portuguesa
- República Popular de Moçambique
- África Ocidental Portuguesa
Referências
- ↑ Cruz, João José de Sousa. 2009. O Enigma de uma colónia virtual – África Oriental Portuguesa (vulgo Moçambique). Revista Militar
- ↑ Centro de Documentação 25 de Abril - Universidade de Coimbra: A Guerra Colonial (1961/1974). Visitado em 24 de Dezembro de 2011.