Bagé

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Município de Bagé
"A rainha da fronteira"
Catedral de São Sebastião, ponto turístico na cidade

Catedral de São Sebastião, ponto turístico na cidade
Bandeira de Bagé
Brasão de Bagé
Bandeira Brasão
Hino
Fundação 17 de julho de 1811 (204 anos)
Gentílico bageense[1]
Prefeito(a) Dudu Colombo (PT)
(2009–2012)
Localização
Localização de Bagé
Localização de Bagé no Rio Grande do Sul
Bagé está localizado em: Brasil
Bagé
Localização de Bagé no Brasil
31° 19' 51" S 54° 06' 25" O31° 19' 51" S 54° 06' 25" O
Unidade federativa  Rio Grande do Sul
Mesorregião Sudoeste Rio-grandense IBGE/2008[2]
Microrregião Campanha Meridional IBGE/2008[2]
Municípios limítrofes Aceguá, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Herval, Lavras do Sul, Pinheiro Machado e Vichadero Uruguai
Distância até a capital 374 km
Características geográficas
Área 4 095,53 km² (BR: 359º)[3]
População 116 792 hab. Censo IBGE/2010[4]
Densidade 28,52 hab./km²
Altitude 212 m
Clima subtropical Cfa
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,862 muito alto PNUD/2000[5]
PIB R$ 1 159 310,782 mil IBGE/2008[6]
PIB per capita R$ 10 015,21 IBGE/2008[6]
Página oficial

Bagé[nota 1] é um município da Microrregião da Campanha Meridional, na Mesorregião do Sudoeste Rio-grandense, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Localiza-se próximo ao Rio Camaquã. Bagé tem 116 792 habitantes, de acordo com o censo do IBGE de 2010[4]

Não há certeza sobre a verdadeira etimologia do nome do município, mas a hipótese mais aceita é que venha da palavra charrua baj (ou baag), que significa "cerro" ou "colina", haja vista a geografia da região. Outra hipótese é que o nome se refira a um líder indígena chamado Ibajé, que teria vivido na região no século XVIII[7] .

Dados gerais[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bagé

Sua economia é baseada na agricultura, pecuária e no comércio local. Possui duas universidades particulares: a Universidade da Região da Campanha e o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai/Anglo-Americano[8] ; uma universidade federal, a Universidade Federal do Pampa; um instituto federal, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense[9] e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. É marcante no município, desde sua fundação, a presença do Exército, por ser cidade de fronteira: é sede da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e, atualmente, conta com quatro quartéis e um hospital militar, o HGuBa, (que atende toda a região), para além de uma unidade da Justiça Militar.

Bagé é conhecida pela Festa Internacional do Churrasco, a maior festa deste tipo no Brasil, por onde circulam cerca de 60 000 pessoas em quatro dias de duração. Paralelamente, acontece a festa campeira, que está em sua 3ª edição. Bagé é mormente conhecida pela Semana Crioula Internacional, que ocorre sempre no mês de abril, com grande competição de gineteadas. É sede, também, da exposição-feira rural mais antiga[10] do país, a Expo-feira de Bagé, que no ano de 2014 realizou a sua 102ª edição.

Promove também grandes leilões de cavalos da raça "puro sangue inglês", sendo responsável por quase metade do plantel brasileiro de PSI[11] , criados nos vários haras da região, os melhores do Brasil[12] , segundo os especialistas. Acorrem a esses leilões turfistas brasileiros e principalmente estrangeiros, que levam os melhores produtos pagos a alto preço. Assim, Bagé é uma grande exportadora[13] de cavalos de corrida, trazendo divisas para o Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

Relógio da contagem regressiva para os 200 anos de Bagé, em 2011

Toda a região do pampa gaúcho, na qual está contido o atual município, era ocupada, até o século XVI, predominantemente pelos índios charruas[14] .

A colonização europeia da região onde ora se encontra o município iniciou-se em fins do século XVII com portugueses e espanhóis. Uma das primeiras construções foi uma redução construída por jesuítas, chamada "Santo André dos Guenoas", fundada como posto avançado de "São Miguel", um dos Sete Povos das Missões. A incansável resistência de índios da região à catequização católica, notadamente tapes, minuanos e charruas, levou a um conflito que resultou na destruição do povoado.

A partir de então, a região serviu de palco para diversos conflitos entre europeus e nativos. Destaca-se o ocorrido em 1752, quando 600 índios charruas, comandados por Sepé Tiaraju, rechaçaram os enviados das coroas de Portugal e Espanha que, amparados no tratado de Madri, assinado dois anos antes, regulamentando os limites territoriais dos dois impérios na América do Sul, vieram para estabelecer as fronteiras.

Em 1773, dom Juan José de Vértiz y Salcedo, vice-rei de Buenos Aires, com 5 000 homens, saiu do Rio da Prata, atravessou o Uruguai e, chegando ao limite sul do Escudo Riograndense, lá construiu o Forte de Santa Tecla, que foi demolido e arrasado em dois combates e do qual ainda hoje restam ruínas.

Na área do município, o general Antônio de Souza Neto, em violento combate, conhecido como a Batalha do Seival, derrotou as forças legalistas e, no dia seguinte, proclamou a República Riograndense, no contexto da Guerra dos Farrapos. Na Revolução de 1893, quando os federalistas reagiram à ascensão dos republicanos, Gumercindo Saraiva voltou ao Rio Grande do Sul pelo rio Jaguarão e, no Passo do Salsinho, foi travado o primeiro combate. O município testemunhou combates das Traíras, o Cerco do Rio Negro e o Sítio de Bagé. No Rio Negro, 300 prisioneiros foram degolados, não sem antes terem direito a defesa verbal.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Maiores acumulados de chuva em 24 horas
registrados em Bagé por meses
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 125,5 mm 04/01/1963 Julho 115 mm 14/07/1983
Fevereiro 128,2 mm 14/02/2004 Agosto 110,2 mm 20/08/1967
Março 105 mm 28/03/1980 Setembro 98,6 mm 16/09/1962
Abril 181 mm 17/04/1991 Outubro 127,1 mm 15/10/1977
Maio 92,2 mm 19/05/1997 Novembro 114,5 mm 18/11/2009
Junho 89,9 mm 10/06/1961 Dezembro 103,4 mm 23/12/2002
Fonte: Rede de dados do INMET. Período: 1961-1984, 1988-1989 a 1991-2013.[15]

Bagé possui um clima que tanto pode ser enquadrado no tipo subtropical ou temperado, com verões tépidos (com altas temperaturas durante o dia e temperaturas amenas à noite) e invernos relativamente frios, com geadas freqüentes e queda de neve em ocasiões memoráveis. As precipitações costumam ser regularmente distribuídas durante o ano, mas secas esporádicas podem ocorrer. De acordo com a classificação do clima de Köppen, o clima do município é do tipo Cfa.

A temperatura média anual é de 17,9 ºC graus centígrados. O mês mais frio é junho, com temperatura média de 12,4 ºC, enquanto janeiro, o mês mais quente, tem média de 23,9 ºC.[16] Quanto às precipitações, o volume médio anual é de 1 300 milímetros. O mês considerado mais chuvoso é setembro, com média de 134 milímetros, e o menos chuvoso é abril, com média de 83 milímetros.[17] A umidade relativa do ar é de 70 %[18] e o tempo de insolação de aproximadamente 2 200 horas anuais.[19]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1984, 1988 a 1989 e 1991 a 2013, a menor temperatura registrada em Bagé foi de -3,9 ºC em 29 de junho de 1996,[20] e a maior atingiu 39,9 ºC em 27 de dezembro de 1999.[21] Os maiores acumulados de chuva registrados em 24 horas foram 181 milímetros em 17 de abril de 1991, 146,8 milímetros em 27 de abril de 2003, 143 milímetros em 12 de abril de 1992, 134 milímetros em 23 de abril de 2004, 128,2 milímetros em 14 de fevereiro de 2004, 127,1 milímetros em 15 de outubro de 1977, 125,5 milímetros em 4 de janeiro de 1963, 120,6 milímetros em 24 de abril de 2002, 118,2 milímetros em 1º de janeiro de 1993 e 117,6 milímetros em 9 de fevereiro de 1973.[15] O maior volume de chuva ocorrido em um mês foi de 582,7 milímetros em novembro de 2009.[22]

Nuvola apps kweather.svg Dados climatológicos para Bagé Weather-rain-thunderstorm.svg
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima absoluta (°C) 39,2 38,9 38,4 33,9 31 30,3 29,6 33 33,9 34,9 37,8 39,9 39,9
Temperatura máxima média (°C) 30,5 29,6 27,6 24,6 21 18,5 18,3 18,6 20,8 23,8 26,4 29,3 24,1
Temperatura média (°C) 23,9 23,3 21,4 17,8 15 12,4 12,5 13,1 15,1 17,5 20 22,8 17,9
Temperatura mínima absoluta (°C) 7,6 7,4 5,4 2,3 -1,2 -3,9 -3,8 -1,8 0 -0,3 3 4,5 -3,9
Chuva (mm) 107,5 113,9 105,6 83,3 87,5 96,1 136 109 134,1 132,1 95,7 99,1 1 299,9
Dias com chuva (≥ 1 mm) 7 7 8 6 6 8 9 9 8 7 7 6 88
Umidade relativa (%) 63 67 70 72 75 77 77 74 73 69 65 62 70,3
Horas de sol 242,4 198,1 194,6 168,4 161,7 115,9 137,7 134,5 149,1 201,9 220,7 256,9 2 181,9
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (médias climatológicas de 1961 a 1990;[16] [23] [24] [17] [25] [19] [18] recordes de temperatura de 1961-1962, 1970-1990 e 1993-2013).[20] [21]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Em 2010, Bagé possuía 116 794 habitantes.[26] e uma densidade demográfica de 28,52 hab/km² em 2008[27] Esta população divide-se entre a zona urbana e a zona rural da cidade, sendo que a população urbana (em 2010) era de 97 765 habitantes e a população rural (também em 2010) atingia a marca de 19 029 habitantes,[28] sendo que a taxa de urbanização é de 83,70%. Em 2000, a expectativa de vida ao nascer era de 70,68 anos[29] e o coeficiente de mortalidade infantil era de 7,78 em 2008.[30] O índice de desenvolvimento humano de Bagé, em 2010, era de 0,895.[31] Segundo a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o município está entre as regiões consideradas de alto desenvolvimento humano. A taxa de analfabetismo no município (até 2010) era de 4,93 por cento.[32]

Bairros[editar | editar código-fonte]

Central Norte Sul Leste Oeste Norte/Centro
Centro Santa Tecla São José São Judas Bairro Menino Deus[33] São Bernardo
-- Bairro União Tiarajú Santa Tereza Arvorezinha São João, São jorge
-- Bairro Industrial Stand Estrela D'alva Alcides Almeida São Carlos
-- Madezzati Passo das Pedras Bairro Dois Irmãos Santa Cecília Laranjeiras
-- Vila Malafaia Castro Alves Santa Flora Vila Damé Jardim do Castelo
-- Jardim Monte Carlo Vila Gaúcha Bairro Bonito Vila Floresta Mascarenhas de Moraes
-- São Domingos Bairro Ibajé Vila Ipiranga Tarumã --
-- Parque Marília -- Prado Velho Lagoão da Pedra --
-- São Martin -- Pedras Brancas Vila Operária --
-- Cohab -- Morgado Rosa Vila dos Sargentos --
-- DAER -- Bairro Ivone -- --
-- Getúlio Vargas -- Bom Jesus -- --

Transportes[editar | editar código-fonte]

Bagé é importante ponto de passagem para quem viaja do Brasil para o Uruguai por via terrestre. A cidade é ligada ao país vizinho por estrada (BR-153), ficando distante cerca de 60 quilômetros da fronteira entre Brasil e Uruguai e a 560 quilômetros da capital uruguaia.

Rodoviária de Bagé

A rodoviária da cidade oferece linhas para várias cidades do interior gaúcho, sendo oferecidos 10 horários[34] diários com destino a Porto Alegre.

No transporte público urbano, a cidade conta com diversas linhas que ligam os bairros do município ao Centro. Os serviços são oferecidos pelas empresas: Anversa e Stadtbus.

No transporte aeroviário, Bagé possui o Aeroporto Internacional de Bagé - Comandante Gustavo Kraemer, que em 2001, foi habilitado a receber vôos internacionais. Com isso, o Aeroporto de Bagé registrou um aumento considerável no número de operações a partir do Uruguai e da Argentina, envolvendo aeronaves que faziam sua entrada no país através de Uruguaiana ou Porto Alegre, as quais passaram a utilizar Bagé devido a sua posição geográfica, mais ao centro do estado.

O aeroporto, em breve, poderá operar voos comerciais regulares de passageiros[35] . Atualmente recebe dois voos diários de serviços bancários, além de táxis aéreos e jatos executivos[36]

Religião[editar | editar código-fonte]

Catedral de São Sebastião

A maior parte da população de Bagé é católica, correspondendo a 52,80% da população, segundo o IBGE[37] . Mas, nas últimas décadas, viu-se [carece de fontes?], na cidade, um considerável aumento [carece de fontes?] do número de protestantes, principalmente do ramo pentecostal, tendo destaque as Igreja Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Batista, entre outras. Espíritas, e umbandistas também podem ser encontrados.






Cultura[editar | editar código-fonte]

Esportes[editar | editar código-fonte]

Bagé possui o segundo maior ginásio do Estado do Rio Grande do Sul, o ginásio poli-esportivo Presidente Médici, popularmente conhecido como ginásio Militão[38] . Nas cercanias do ginásio também há um complexo esportivo, com oito campos de futebol, área verde, vestiários e estrutura para realização de competições do futebol amador do município, além do centro de treinamento do Guarany Futebol Clube.

Futebol[editar | editar código-fonte]

No futebol profissional, o município é representado por duas das mais tradicionais[39] equipes do interior do Estado:

Futsal[editar | editar código-fonte]

No futsal, a equipe da Associação Atlética Celeste[40] representa a cidade e atualmente disputa a Série Prata do Campeonato Gaúcho de Futsal.

Esportes Amadores[editar | editar código-fonte]

  • Rugby - O Rugby Fronteira Sul representa a cidade no Campeonato Gaúcho de Rugby, na categoria Rugby Sevens, categoria em que foi Campeão Gaúcho[41] em 2010.
  • Futebol Amador - O futebol amador em Bagé tem alta participação da população em geral, com jogos realizados nos campos de futebol dos bairros, mas com a maior concentração ocorrendo no Complexo Esportivo Presidente Médice (Militão). Aos finais de semana, milhares de bageenses reúnem-se tanto para jogar, como para torcer para as equipes de seus bairros.
  • Futebol americano - a equipe do Bagé Baguals Futebol Americano representa a cidade e atualmente disputa o Campeonato Gaúcho de Futebol Americano, na modalidade off-pad (sem equipamento de proteção).
  • Handebol - Bagé possui quatro equipes deste esporte, sendo elas a Liga Bageeense de Handebol, nas modalidades masculina e feminina, e as equipes da Escola Estadual Carlos Kluwe, também com times masculinos e femininos, de várias faixas etárias. Ambos os times participam de campeonatos de handebol no Estado.

Mídia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Bagé possui atualmente duas emissoras de televisão locais: a RBS TV Bagé, inaugurada com o nome de TV Bagé, em 1977[42] que retransmite o sinal da RBS TV Porto Alegre, afiliada à Rede Globo, além de gerar programação local e a TV Nativa Bagé que retransmite o sinal da TV Nativa Pelotas, afiliada à Top TV, além de gerar programação local e um programa semanal, o Jornal da Campanha.

No dia 26 de março de 2013 entrou em operação o sinal digital da Rede Vida, sendo a primeira emissora a disponibilizar o sinal HD na cidade.

No dia 19 de fevereiro de 2014 entrou em operação, em caráter de teste, o sinal digital da RBS TV Bagé, e desde o dia 24 de março de 2014 o sinal passou a ser transmitido de forma oficial, tornando-se assim a segunda emissora a operar no sistema HD na cidade.

No dia 11 de junho de 2014 entrou em operação o sinal digital da Band RS, tornando-se a terceira emissora a operar em HD na cidade.

No dia 25 de fevereiro de 2015 entrou no ar o sinal digital do SBT RS, tornando-se a quarta emissora a operar em HD na cidade.


Rádios[editar | editar código-fonte]

Jornais[editar | editar código-fonte]

Bagé possui dois jornais de circulação diária. O Jornal Minuano, com vinte anos de existência e o Jornal Folha do Sul Gaúcho. O jornal que mais anos circulou na cidade chamava-se Correio do Sul, tendo circulado de 1914 até 2008[43] .

Museus[editar | editar código-fonte]

  • Museu Dom Diogo de Souza - Situado na Rua Emilio Guilayn, 759 (Centro), o museu possui acervos particulares, de vultos históricos, objetos de época, armas antigas, bandeiras antigas, objetos utilizados nas guerras dentro do território gaúcho, hemeroteca, fototeca e biblioteca. De visitação permanente.
  • Museu da Gravura Brasileira - Fundado em 1977 o Museu da gravura Brasileira fica localizado na Rua Coronel Azambuja, 18 (Centro), o museu possui em seu acervo gravuras, fotografias, esculturas em bronze e cerâmica. A visitação é permanente, entretanto o museu recebe inúmeras exposições temporárias durante o ano, de artistas do Brasil e do exterior.
  • Centro Histórico Vila de Santa Thereza - Em torno da charqueada de Santa Thereza, fundada por Antônio de Ribeiro Magalhâes, em 1897 surgiu a “Vila de Santa Thereza”. A Capela de Santa Thereza foi restaurada e todo o local foi transformado em complexo histórico e cultural, e desde 2009 está aberto à visitação[44] [45] .
  • Museu Patrício Correia da Câmara - Localizado junto às fundações do Forte de Santa Tecla, o museu expunha grande variedade de material, encontrado nas escavações arqueológicas executadas na área dessa fortificação espanhola, mas hoje se encontra fechado e não posui mais seu acervo.[46] . Dispõe ainda de exposições de diversos objetos que fazem parte da história do gaúcho da região da fronteira. Entre os objetos expostos, muitos são de origem bélica, resultantes das batalhas ali realizadas. O acesso é pela BR-423, com exposição permanente[47] .

Bibliotecas[editar | editar código-fonte]

  • Biblioteca Pública Doutor Otávio Santos - mantida pela prefeitura, é a segunda maior da cidade e conta com um apoio da Associação dos Amigos da Biblioteca. Possui 17 funcionários e um acervo que ultrapassa os 26 000 exemplares[48] . A biblioteca funciona das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia.
  • Biblioteca Pública Infantil Professora Maria Martins Rossel - A Biblioteca Infantil oferece ao público mais de 13 mil obras[49] . O local multifuncional acolhe também a Escolinha de Arte Tia Leda e a sala de teatro Douglas Moraes. O atendimento ao público funciona das 8h às 17h30min, sem fechar ao meio-dia.
  • Biblioteca do Sesc - Além das obras, a biblioteca oferece aos usuários acesso gratuito à internet.
  • Biblioteca do Sesi - Possui mais de 5 000 obras. O acesso é aberto para o público em geral[50] .
  • Biblioteca da Urcamp - Além de grande acervo oferece um espaço com acesso gratuito à internet para a comunidade[51]
  • Biblioteca da Unipampa - Atualmente (dados de 06/08/2013) é a maior da cidade possuindo um acervo de 26 975 exemplares, tendo efetuado no primeiro semestre de 2013 mais de 12 000 empréstimos e inserido quase 3 000 exemplares ao acervo[52] . A biblioteca funciona das 8h às 12h, das 14h às 17h e das 18h e 30min até as 21h. Somente alunos, professores e funcionários internos podem retirar livros, visitantes apenas podem consulta-los localmente.

Artes[editar | editar código-fonte]

  • Casa de Cultura Pedro Wayne - Em prédio histórico que foi construído em 1902 para abrigar uma grande loja de artigos de vestuário (chamava-se Casa Vermelha[53] ) funciona hoje a Casa de Cultura Pedro Wayne. Situada na Av. 7 de Setembro, nº 1001, a Casa de Cultura, realiza eventos de cultura popular, erudita, regional e universal. Além de outras manifestações de arte como desenho, gravura, pintura, escultura, literatura, música, dança, folclore e artesanato.
  • Instituto Municipal de Belas Artes - Fundado em 10 de abril de 1921 o Instituto Municipal de Belas Artes (popularmente chamado de IMBA) é parte importante da vida cultural da Rainha da Fronteira, com especial atenção à música. Atualmente, o instituto oferece cursos de música popular erudita e danças. Oferece 14 cursos, atingindo quase 1100[54] alunos. Os cursos são de Ballet, Dança Moderna, Piano, Violão, Acordeon, Violino, Técnica Vocal, Musicalização, Bateria, Flauta, Instrumentos de Sopro, Contrabaixo, Teoria Musical e Canto.

Outras sete diferentes atividades são oferecidas aos estudantes: Orquestra, Coral, Banda Marcial, Conjunto de Flautas, Grupos de Alunos Instrumentistas, Dança de Salão e o Imba Grupo de Dança nas categorias infantil, infanto-juvenil, juvenil e adulto.

Além disso, o próprio prédio que sedia o IMBA faz parte do patrimônio arquitetônico da cidade.

Manifestações Culturais[editar | editar código-fonte]

Estes artistas plásticos ficaram conhecidos[55] como “Os quatro de Bagé”.

  • Coral Auxiliadora - O coral da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora foi fundado em 1941. Desde então, o coral participa de vários eventos e celebrações da cidade. A atual maestrina é Gilca Nocchi Collares, que está na função desde 1973[56] .
  • Festival Internacional Música no Pampa - FIMP- Evento anual que acontece na última semana de Julho. Traz artistas e professores internacionais, reunindo alunos de tres continentes. Concertos noturnos diários são abertos gratuitamente ao grande público em superlotação nos teatros. O evento é promovido pela Prefeitura da cidade de Bagé e tem como Diretor Artístico o Maestro Jean Reis e Diretor Pedagógico Dr. Marcos Machado.
  • Canto Sem Fronteira - festival de música regional realizado desde o ano de 2003. O evento valoriza a arte e a cultura, promove a fronteira Sul e o Rio Grande do Sul, difundindo costumes da campanha, mantendo viva a identidade do gaúcho, proporcionando a divulgação da sua história, suas características, acionando a preservação das tradições Riograndenses através da música, solidificando e fortalecendo a cultura popular brasileira.
  • Festival de Cinema da Fronteira - Criado em 2009, primeiramente como uma mostra de filmes, com o objetivo de estimular a produção audiovisual na região e resgatar a relação do cinema com a cidade. O projeto procura envolver toda a comunidade na realização e organização do festival[57] .

Cidades-irmãs[editar | editar código-fonte]

A indicação de cidades-irmãs de Bagé ocorre através de decreto municipal.

Bageenses[60] Ilustres[editar | editar código-fonte]


Notas

  1. Nota ortográfica: Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria ser grafado como Bajé. Prescreve-se o uso da letra "J" para palavras de origem indígena.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rio Grande do Sul » Bagé » infográficos: histórico (em Português) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 26 de setembro de 2014.
  2. a b Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  3. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
  4. a b Censo Populacional 2010 Censo Populacional 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Visitado em 11 de dezembro de 2010.
  5. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  6. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.
  7. História de Bagé. Disponível em http://www.achetudoeregiao.com.br/rs/Bage/historia.htm. Acesso em 6 de janeiro de 2013.
  8. [1]
  9. [2]
  10. 102ª Exposição Feira Oficial - Expofeira de Bagé (em Português) RGdosul.com.br. Visitado em 16 de outubro de 2014.
  11. Com quase metade do plantel brasileiro, Bagé se destaca na criação de cavalos puro-sangue (em Português) Jornal Zero Hora (16 de dezembro de 2011). Visitado em 16 de outubro de 2014.
  12. Fábrica de cavalos (em Português) Revista Exame (06 de junho de 2010). Visitado em 16 de outubro de 2014.
  13. Marina Lopes (16 de dezembro de 2011). Bagé (RS) se destaca na criação e na venda do puro-sangue inglês para outros países (em Português) RuralBr.com. Visitado em 16 de outubro de 2014.
  14. KENT, M. e SANTOS, R. V. Os charruas vivem nos gaúchos: a vida social de uma pesquisa de resgate genético de uma etnia indígena extinta no sul do Brasil. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832012000100015&script=sci_arttext. Acesso em 6 de janeiro de 2013.
  15. a b Série Histórica - Dados Diários - Precipitação (mm) - Bagé Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014.
  16. a b Temperatura Média Compensada (°C) Instituto Nacional de Meteorologia (1961-1990). Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  17. a b Precipitação Acumulada Mensal e Anual (mm) Instituto Nacional de Meteorologia (1961-1990). Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  18. a b Umidade Relativa do Ar Média Compensada (%) Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  19. a b Insolação Total (horas) Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  20. a b Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Mínima (ºC) - Bagé Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014.
  21. a b Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Máxima (ºC) - Bagé Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014.
  22. Série Histórica - Dados Mensais - Precipitação Total (mm) - Bagé Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014.
  23. Temperatura Máxima (°C) Instituto Nacional de Meteorologia (1961-1990). Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  24. Temperatura Mínima (°C) Instituto Nacional de Meteorologia (1961-1990). Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  25. Número de Dias com Precipitação Maior ou Igual a 1 mm (dias) Instituto Nacional de Meteorologia. Visitado em 19 de junho de 2014. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014.
  26. IBGE. Habitantes. Visitado em 24 ago 2011.
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  46. URCamp. Museus.
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  48. Jornal Minuano (13/03/2010). Os recantos da leitura em Bagé.
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  50. Jornal Minuano (13/03/2010). Sesi Sistema Fiergs em novo endereço.
  51. URCamp. Biblioteca.
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  53. Prefeitura de Bagé. Casa de Cultura.
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  56. Jornal Minuano. Coral Auxiliadora comemora 70 anos.
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  59. Câmara Municipal do Rio de Janeiro (30 de março de 2011). PROJETO DE LEI Nº 877/2011 (em Português) Vereador Bencardino. Visitado em 24 de agosto de 2014.
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Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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