Brasiléia

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Município de Brasiléia
Rua Palmeiras - Brasiléia Acre

Rua Palmeiras - Brasiléia Acre
Bandeira de Brasiléia
Brasão de Brasiléia
Bandeira Brasão
Hino
Fundação 3 de julho de 1910 (105 anos)
Gentílico brasileense
Padroeiro(a) Maria das Dores
Prefeito(a) Everaldo[1] (PSDB)
(2013–2016)
Localização
Localização de Brasiléia
Localização de Brasiléia no Acre
Brasiléia está localizado em: Brasil
Brasiléia
Localização de Brasiléia no Brasil
11° 00' 36" S 68° 44' 52" O11° 00' 36" S 68° 44' 52" O
Unidade federativa  Acre
Mesorregião Vale do Acre
Microrregião Brasiléia IBGE/2008
Municípios limítrofes Assis Brasil, Sena Madureira, Xapuri e Epitaciolândia
Distância até a capital 234 km
Características geográficas
Área 3 916,507 km² [2]
População 23 378 hab. (AC: 6º) –  IBGE/2014[3]
Densidade 5,97 hab./km²
Altitude 172 m
Clima Tropical
Fuso horário UTC-5
Indicadores
IDH-M 0,614 médio PNUD/2010[4]
PIB R$ 174 720,651 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 8 811,37 IBGE/2008[5]
Página oficial
Prefeitura brasileia.ac.cnm.org.br

Brasiléia é um município brasileiro localizado no sul do estado do Acre. Sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, era de 23 378 habitantes. Sua área é de 3916,507 km² (com uma densidade de 5,46 h/km²).

Localizado a 237 km ao sul de Rio Branco, na fronteira com a Bolívia, tem limites com os municípios de Epitaciolândia, Assis Brasil, Sena Madureira e Xapuri. Apesar de instituída como área de livre comércio, a mesma ainda não foi regulamentada. Atualmente, registra-se forte dependência comercial com o vizinho município boliviano de Cobija, contrariando o ocorrido em décadas passadas, quando o fato era o inverso.

História[editar | editar código-fonte]

Brasiléia se originou de uma pequena faixa de terra, a partir de um antigo Seringal Carmen, em 3 de Julho de 1910, usando o nome de Brasília.

Posteriormente, em 1943, o nome da cidade foi mudado, para não ser confundida com a nova capital federal. Recebeu uma nova denominação, derivada da união das palavras Brasil (Bras) e Hiléia (floresta), utilizada até hoje.

Em 1992, a cidade teve sua área dividida, toda a área e população localizados na margem direita do Rio Acre, originou o município de Epitaciolândia.[6]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Está localizado numa altitude média de 250 metros. Possui um clima equatorial, caracterizado por chuvas abundantes boa parte do ano, principalmente entre os meses de novembro a março, e uma breve estação seca que estende-se de junho a setembro. As temperaturas na maior parte do ano são elevadas,chegando até aos 36 °C porém Brasiléia e a vizinha Epitaciolândia costumam registrar as menores temperaturas do Acre, podendo chegar a valores próximos de 7 °C. As ocasionais ondas de frio podem ocorrer entre maio e setembro. Em junho de 2001 a cidade teve um frio comparado aos padrões andinos, com temperatura máxima de apenas 11 °C e sensação térmica próxima de zero grau. É banhada pelos Rios Acre e Xapuri. Com o primeiro faz limite com a vizinha República da Bolívia. Em março de 2012 a cidade foi arrasada pela maior cheia dos últimos tempos do Rio Acre, que trouxe prejuízos incalculáveis. Nas primeiras décadas deste século viveu o auge da exploração extrativista da castanha e da borracha, que eram transportadas pelo rio Acre através de navios de carga conhecidos como "chatas". Hoje esse tipo de transporte desapareceu, para dar lugar ao transporte rodoviário através da rodovia BR-317 que liga a capital do Estado, Rio Branco, totalmente asfaltada, constituindo-se na sua principal via de acesso.

Demografia[editar | editar código-fonte]

O município ocupa o sexto lugar em número de habitantes, com 23 378 habitantes, na proporção de 64,22% urbana, 12 243 habitantes; e 35,78% rural, 6822 habitantes. Sendo que destes, 1060 são ribeirinhos, que habitam comunidades nas margens do rio Acre.

Economia[editar | editar código-fonte]

Composição econômica de Brasiléia [7]
Serviços
60,5%
Agropecuária
12,8%
Indústria
7,6%
Ponte Binacional Wilson Pinheiro sobre o rio Acre, liga Brasiléia com a cidade de Cobija, na Bolívia.

A economia da cidade vem sofrendo uma grande perda, pela falta de fiscalização e os baixos preços da Bolívia comparados com os do Brasil, e não são só consumidores que estão se voltando a economia Boliviana, mas empresários para a zona livre de comércio de Cobija (a capital do departamento de Pando e da província de Nicolás Suárez). A cada dia novos estabelecimentos e empresas são construídos por brasileiros, que moram nas cidades vizinhas de Epitaciolândia, Brasiléia e até quem reside na capital Rio Branco, está investindo nas terras bolivianas. A fronteira desprotegida dos dois países é também passagem para o tráfico de drogas, armas, combustíveis, e mercadorias.

As atividades econômicas encontram-se praticamente paralisadas, sua agricultura é tradicional, a indústria dá lentos sinais de recuperação, com a instalação de uma beneficiadora de leite, que permitirá abastecer mercados como Epitaciolândia e Cobija (Bolívia); algumas serrarias e fábricas de móveis, no setor de prestação de serviços estão completamente paralisadas. A pecuária possui um efetivo considerável, principalmente de gado de corte. Existe grande potencial para o ecoturismo, precisando apenas de maior divulgação de seu potencial.

Atualmente a cidade de Brasiléia não conta com uma infraestrutura hoteleira e de restaurantes capaz de atender ao fluxo de turistas que fazem compras na zona franca de Cobija, principalmente nos finais de semana.

Referências

  1. Resultado para prefeito nas eleições 2012 em todo o Acre. Página visitada em 12/01/2013.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
  3. Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2014 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (28 de agosto de 2014). Visitado em 31 de agosto de 2014.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Visitado em 29 de agosto de 2013.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.
  6. IBGE - cidades@ - Histórico - BRASILEIA (ac) ibge.gov.br. Visitado em 12 de junho de 2012.
  7. Governo do Estado do Acre (09 de Março de 2010). Acre em Números 2009 (em Português). Visitado em 02 de Agosto de 2010.

Ver também[editar | editar código-fonte]


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