Chapada Diamantina
Chapada Diamantina – chapada – |
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Panorama geral da Chapada Diamantina | |
País | Brasil |
Região | Bahia |
Localização da Chapada no Brasil. | |
Coordenadas |
A Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[1]
A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A Chapada Diamantina é composta por 24 municípios: Abaíra e seus distritos Ouro Verde e Catolés, Andaraí, Barra da Estiva, Ibitiara, Itaetê, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Novo Horizonte, Palmeiras, Rio de Contas e seus distritos Arapiranga e Marcolino Moura, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara e seus distritos Cascavel e Capão da Volta, Iraquara e seu distrito Iraporanga, Jussiape e seu distrito Caraguataí, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção e Piatã e seus distritos Cabrália e Inúbia. [2]
Sua população total estimada em 2014 era de 395.620 habitantes. Sendo Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara as três cidades mais populosas, segundo dados do IBGE.[3] [4] [5]
Geologia[editar | editar código-fonte]
As rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras de águas entre a bacia do rio São Francisco (rios S. Onofre, Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Rio Paraguaçu. As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros.
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Cachoeira da Fumaça
- Vale do Capão
- Serra do Sincorá - parte da Chapada, com seus principais atrativos.
- Serra Geral
- Serra do Espinhaço
- Vale do São Francisco
- Recôncavo baiano
Referências
- ↑ Guia Quatro Rodas: Chapada Diamantina- Bahia. Visitado em 8 de fevereiro de 2014.
- ↑ Território da Chapada. Visitado em 2 de abril de 2015.
- ↑ IBGE: Seabra. Visitado em 1 de abril de 2015.
- ↑ IBGE: Morro do Chapéu. Visitado em 1 de abril de 2015.
- ↑ IBGE: Iraquara. Visitado em 1 de abril de 2015.