Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos

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CELAC
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos

Localização

Países da CELAC
Capital Venezuela Caracas
Cidade mais populosa México Cidade do México
Língua oficial Espanhol, português, francês.
Governo Presidência pro-tempore
 - Presidente Equador Rafael Correa
Área  
 - Total 20 454 918 (Sem incluir os territórios requisitados e áreas marítimas adjacentes) km² 
População  
 - Estimativa de 2012 601 212 907 hab. 
PIB (base PPC) Estimativa de 2012
 - Total US$ 7.62 bilhões de dólares 
 - Per capita US$ 12 670 
IDH (2012) 0.741 Alto  
Cód. Internet .lat
Website governamental http://www.celac.gob.ve/

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (em espanhol: Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños; em francês: Communauté des États latin-américains et caraïbéens), é um organismo internacional, herdeiro do Grupo do Rio e da Calc, a Cúpula da América Latina e Caribe[1] sobre Integração e Desenvolvimento[2] . Foi criado na terça-feira 23 de fevereiro de 2010 em seção da Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, na cidade de Playa del Carmen, Quintana Roo, México. Só Honduras ficou fora, já que diversos países presentes, incluindo o Brasil, não reconhecem o governo eleito após o golpe contra Manuel Zelaya, em junho de 2009.

Segundo o presidente do México, Felipe Calderón, o anfitrião do encontro em que foi criado a comunidade, o objetivo do novo organismo é projetar globalmente a região, em temas como o respeito ao direito internacional, a igualdade entre Estados, o respeito aos direitos humanos e a cooperação. Além disso, é consenso entre os líderes que a criaram que a comunidade deverá trabalhar sobre a base da solidariedade, da inclusão social e da complementaridade.[carece de fontes?]

A despeito das limitações da OEA, a Organização dos Estados Americanos, no que tange à resolução de disputas regionais, há divergências entre as lideranças presentes a respeito do potencial da nova comunidade em substituir a OEA.[carece de fontes?]

A sua primeira reunião de cúpula aconteceu em Caracas, capital da Venezuela, entre os dias 1 e 4 de dezembro de 2011[3] [4] .

Membros[editar | editar código-fonte]

Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. A Língua Portuguesa é a língua oficial de 34% da população do CELAC.

A CELAC tem presentemente 33 estados-membros, com cinco línguas oficiais:[carece de fontes?]

Dezoito hispanófonos (56% da área, 63% da população)

Doze anglófonos (1,3% da área, 1,1% da população):

Um lusófono (42% da área, 34% da população):

Um francófono (0,1% da área, 1,6% da população):

Um neerlandófono (0,8% da área, 0,1% da população):

Os doze membros da América do Sul contam com 87% da área e 68% da população total da CELAC.

Economia[editar | editar código-fonte]

Sede da Bovespa em São Paulo, a maior bolsa de valores da América Latina.
Edifício da Bolsa Mexicana de Valores, a segunda maior da América Latina.

A economia da região atualmente está experimentando um grande crescimento devido ao grande mercado interno e a exportação de commodities. Esse crescimento resultará em um aumento do consumo por parte dos latino-americanos, elevando assim a qualidade de vida na maioria de seus países. Com um PIB de aproximadamente 7 bilhões de dólares, é a 3.ª potência econômica a nível mundial, sendo ainda o maior produtor de alimentos do mundo, e o 3º maior produtor de energia elétrica. Nos últimos anos houve grandes avanços a nível político, econômico e social, produzindo um desenvolvimento acelerado em praticamente todos seus países. A região tem pouco acesso a crédito, em comparação com outras regiões (30%), porém, conta com um sistema financeiro estável.[carece de fontes?]

A maior economia da América Latina é o Brasil, com um PIB de 2.29 bilhões de dólares (em 2011), sendo a 7ª maior economia a nível mundial. O Brasil também faz parte dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A segunda maior economia da região é o México, com um PIB de 1.66 bilhões de dólares (em 2011), sendo a 11ª maior economia a nível mundial. Já a terceira maior economia da região, a Argentina, com um PIB de 1.08 bilhões de dólares (em 2015), é a 16ª maior economia a nível mundial é membro ativo do G20 (Grupo dos Vinte Países Industrializados) junto com Brasil e México, que reúne os mais importantes países industrializados e os emergentes.[carece de fontes?]

Integração econômica[editar | editar código-fonte]

O maior bloco comercial da região é a UNASUL. O México faz parte do NAFTA com os Estados Unidos y Canadá. Por sua vez, Costa Rica, Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e a República Dominicana integram o Sistema Integração Centro-Americana (SICA). Também a Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela possuem seu próprio bloco, a Aliança Bolivariana para as Américas. Na América do Sul, o bloco predominante é o Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru como membros associados. Já Bolívia, Colômbia, Equador e Peru formam a Comunidade Andina, enquanto Chile, Colômbia, México e Peru integram a Aliança do Pacífico [5] [6]

Foro do âmbito continental, Argentina, Brasil e México são os únicos países da região que fazem parte do G20 (Grupo dos Vinte), enquanto Chile, México e Peru fazem parte da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). Por fim, Chile e México são os únicos que integram a OCDE, enquanto que o Brasil é o único a integrar o grupo dos países BRICS.

História[editar | editar código-fonte]

Em 23 de fevereiro de 2010, líderes latino-americanos na 23ª Cimeira do Grupo do Rio em Playa del Carmen, Quintana Roo, México, formaram uma organização de países latino-americanos. Uma vez que sua carta foi desenvolvida, o grupo foi criado formalmente em julho de 2011, numa cimeira em Caracas. O bloco é o principal fórum para o diálogo político para a área, sem o Estados Unidos ou Canadá. [7] [8]

Segundo Raúl Zibechi, do Jornal de ' La Jornada ' de centro-esquerda do México: "A criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos é parte de uma mudança global e continental, caracterizada pelo declínio da hegemonia Estados Unidos e o surgimento de um grupo de blocos regionais que fazem parte do novo saldo global".[9]

Cúpulas[editar | editar código-fonte]

Representantes das nações integrantes da Celac no Teatro Teresa Carreño, de Caracas, na abertura da I Cúpula dessa organização em 2011.
As presidentas Cristina Fernández de Kirchner (da Argentina) e Dilma Rousseff (do Brasil) ―representantes das duas maiores economias da América do Sul― em reunião do CELAC.

A cimeira inaugural do CELAC foi realizada em dezembro de 2011, na Venezuela. A cúpula foi realizada entre 2 e 3 de dezembro de 2011, em Caracas.[10]

Lista de Cúpulas da CELAC
Cúpula Ano Cidade País-sede
CALC 2010 Playa del Carmen  México
I Cúpula da CELAC 2011 Caracas  Venezuela
II Cúpula da CELAC 2013 Santiago  Chile
III Cúpula da CELAC 2014 Havana  Cuba
IV Cúpula da CELAC 2015 San José Costa Rica

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências