Eletrobras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Question book.svg
Este artigo ou secção necessita de referências de fontes secundárias fiáveis publicadas por terceiros.
Por favor, melhore-o, incluindo referências mais apropriadas vindas de fontes fiáveis e independentes.
Fontes primárias, ou que possuem conflito de interesse geralmente não são suficientes para se escrever um artigo em uma enciclopédia.
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
Eletrobras
Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
Eletrobras.png
Slogan Energia para novos tempos
Tipo Sociedade de economia mista
Cotação (Bovespa: ELET3, ELET5, ELET6 / NYSE: EBR, EBR.B / Latibex: XELTO, XELTB)
Indústria Energia Elétrica
Fundação 1962
Sede Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro,  Brasil
Pessoas-chave José da Costa Carvalho Neto
(presidente atual)
Valor
de mercado
Aumento US$ 20,8 bilhões (2008)
Lucro Aumento US$ 1,6 bilhão (2010)
Faturamento Aumento US$ 16,1 bilhões (2010)
Sítio oficial www.eletrobras.com

A Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, dividida em geração, transmissão e distribuição.

Criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico.

A reestruturação do setor na década de 1990 reduziu as responsabilidades da empresa, com a criação da ANEEL, do ONS, da CCEE e da EPE. Seu atual presidente é o engenheiro José da Costa Carvalho Neto.

A Eletrobras[editar | editar código-fonte]

A Eletrobras é holding de um sistema de empresas composto por Eletrobras CGTEE, Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletronuclear, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Furnas; pelas distribuidoras Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia e Eletrobras Distribuição Roraima; pela empresa de participações Eletrobras Eletropar; e pelo centro de pesquisas Eletrobras Cepel. A Eletrobras também detém metade do capital de Itaipu Binacional.

Responsável por 37% do total da capacidade de geração do país, a Eletrobras tem capacidade instalada de 42.080 megawatts e 164 usinas – 36 hidrelétricas e 128 térmicas, sendo duas termonucleares.[1] Possui mais de 58 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 57% do total nacional. A empresa também promove o uso eficiente da energia e o combate ao desperdício por intermédio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).[2]

Em 2008, a Eletrobras foi autorizada a atuar no exterior. Seu foco atual é o continente americano, em especial a integração energética na América do Sul.

Em 2010, a Eletrobras adotou uma nova identidade visual, visando consolidar o processo de transformação do Sistema Eletrobras. Na sigla da empresa, inscrita em sua marca, o acento não é mais adotado.

Sistema Eletrobras[editar | editar código-fonte]

Formam o sistema as seguintes empresas:

A Eletrobras detém ainda 50% da Itaipu Binacional.

História[editar | editar código-fonte]

A criação da Eletrobras foi proposta em 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas, como parte do projeto de desenvolvimento de Vargas. O projeto enfrentou intensa oposição no Congresso Nacional sendo somente aprovado após sete anos, já no governo de João Goulart. A empresa recebeu a atribuição de realizar pesquisas e projetos de usinas geradoras assim como linhas de transmissão e subestações, suprindo assim a crescente demanda de energia elétrica enfrentada pelo Brasil.

Desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira já no ano de 1963, um ano após sua criação, quando entrou em operação a primeira unidade da hidrelétrica de Furnas (MG), evitando assim o colapso então iminente do fornecimento de energia aos parques industriais dos estados da Guanabara, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

O Regime Militar, com sua tendência ao centralismo, contribuiu para uma maior auto afirmação da Eletrobras como agência planejadora e financiadora, além de holding de outras empresas federais.

As privatizações e algumas alterações constitucionais acarretaram em uma mudança de perfil da empresa, na qual acaba perdendo algumas funções.

Em 2004 a Eletrobras foi excluída do PND (Programa Nacional de Desestatização), permanecendo uma empresa estatal.

Hoje a Eletrobras está presente em todo o Brasil, e possui uma capacidade instalada para produção de 39.413 MW, sendo assim a maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina, produzindo cerca de 38% da energia gerada no Brasil. As linhas de transmissão de energia pertencentes à Eletrobras tem quase 60.000 km de extensão, 56% do total de linhas de transmissão do Brasil.[5]

A União possui 53,9% das ações ordinárias da companhia e, por isso, tem o controle acionário da empresa. A administração federal é proprietária ainda de 15,5% das ações preferenciais, cuja maioria está em mãos privadas.

Incentivos à Cultura[editar | editar código-fonte]

Igreja em Piraju-SP, participante do projeto "Natal de Luz" promovido pela Eletrobras

Nos últimos anos, a Eletrobras vem se destacando entre as cinco maiores incentivadoras de cultura no Brasil. Os principais projetos da empresa visam à iluminação de espaços destinados ao cinema, teatro, dança, artes plásticas, música e educação.

Atualmente a Eletrobras vem desenvolvendo o Programa Eletrobras de Cultura, que tem a finalidade de ampliar a democratização do acesso aos recursos destinados anualmente ao patrocínio de projetos culturais. Em sua primeira edição, o programa realiza uma seleção de espetáculos teatrais que visam o apoio da empresa.

Patrocínios[editar | editar código-fonte]

Club de Regatas Vasco da Gama[editar | editar código-fonte]

Desde julho de 2009, a Eletrobras patrocinava o Club de Regatas Vasco da Gama. O contrato teria duração de quatro anos e prevê investimentos no futebol, em esportes olímpicos e paralímpicos e em projetos de responsabilidade social.

Em fevereiro de 2013, a Eletrobras rescindiu o contrato unilateralmente, embora o Vasco da Gama ainda utilizou a marca da empresa em suas camisas, até o fim do contrato, com o fim de evitar discussões judiciais pela eventual retirada da marca.

Basquete[editar | editar código-fonte]

Desde 2004, a empresa é a patrocinadora oficial das seleções brasileiras feminina e masculina de basquete, além de bancar os Centros de Basquete Integrados (CBIs), onde crianças e adolescentes são iniciados no esporte e recebem acompanhamento médico, psicológico e nutricional. Em 2008, foram patrocinados ainda a Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas, possibilitando o envio das seleções masculina e feminina para as Paraolimpíadas de Pequim, e o Campeonato Brasileiro de Basquete de Rua, que alia esporte, diversão e inclusão social.

Publicações[editar | editar código-fonte]

A Eletrobras patrocina a publicação de livros de alto valor histórico e cultural, favorecendo a manutenção da memória e da identidade brasileiras e a difusão do legado de nossos grandes artistas e pensadores. Nos últimos anos, foram viabilizadas, entre outras, as publicações do “Dicionário Houaiss da Música Popular Brasileira” e dos livros “Jardim Botânico – 1808-2008”, “Bonfanti”, “Rio de Janeiro – 1930-1960” e “Palácio Piratini”.

Violência contra Engenheiro[editar | editar código-fonte]

A implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, causou revolta às populações indígenas. Em 20 de maio de 2008, durante uma apresentação na cidade de Altamira, Pará, sobre os impactos ambientais da usina hidrelétrica de Belo Monte[6] um indígena da etnia caiapó ameaçou um engenheiro da Eletrobras com um facão. A imagem repercutiu em todo o Brasil e no exterior e chamou a atenção da comunidade internacional para a intransigência do governo brasileiro quanto à consulta aos povos indígenas sobre a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Presidentes[editar | editar código-fonte]

Posse

Presidente #
1962 Paulo Richer
1964 José Varonil de Albuquerque Lima
1964 Octávio Marcondes Ferraz
1967 Mario Penna Bhering
1975 Antônio Carlos Peixoto de Magalhães
1978 Arnaldo Rodrigues Barbalho
1979 Maurício Schulman
1980 José Costa Cavalcanti
1985 Mario Penna Bhering
1990 José Maria Siqueira de Barros 10º
1992 Eliseu Resende 11º
1993 José Luis Alquéres 12º
1995 Mario Fernando de Melo Santos 13º
1995 Antônio José Imbassahy da Silva 14º
1996 Firmino Ferreira Sampaio Neto 15º
2001 Cláudio Ávila da Silva 16º
2002 Altino Ventura Filho 17º
2003 Luiz Pinguelli Rosa 18º
2004 Silas Rondeau Cavalcanti Silva 19º
2005 Aloísio Marcos Vasconcelos Novais 20º
2006 Valter Luiz Cardeal de Souza 21º
2008 José Antonio Muniz Lopes 22º
2011 José da Costa Carvalho Neto 23º

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]