Embraer

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Embraer
Embraer S.A.
Tipo Empresa de capital aberto
Cotação BM&F Bovespa: EMBR3
NYSE: ERJ
Indústria Aeronáutica / Defesa
Gênero Sociedade Anônima
Fundação 19 de agosto de 1969 (46 anos)
Sede São José dos Campos, SP,  Brasil
Pessoas-chave Frederico Curado (Diretor Presidente & CEO)
Arthur Coutinho (Vice presidente - Operações)
Jackson Schneider (Vice presidente - Defesa e Segurança)
José Filippo (Vice presidente Financeiro)[1]
Empregados 19 167 2014 [2]
Produtos Aviões, serviços e material de defesa
Divisões Embraer Defesa e Segurança
Subsidiárias Neiva
OGMA
Atech
Orbisat
Eleb
Valor
de mercado
Aumento R$ 18,978 bilhões mar/2015 [3]
Lucro Aumento R$ 796 milhões 2014 [4]
LAJIR Baixa R$ 1,981 bilhões 2014 [5]
Faturamento Aumento R$ 14,936 bilhões 2014 [6]
Sítio oficial www.embraer.com.br

A Embraer S.A.[7] [8] [9] (BM&F Bovespa[10] / NYSE Euronext)[11] é um conglomerado brasileiro fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares.[12] [13] A empresa tem sede na cidade de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, e possui diversas unidades no Brasil e no exterior, inclusive joint ventures na China e em Portugal.

Com uma receita líquida de R$12,2 bilhões (US$ 6,1 bilhões) em 2012, passou à quarta posição mundial no setor, abaixo da principal concorrente, a canadense Bombardier (que encerrou 2012 com um faturamento de US$8,6 bilhões), da Airbus e da Boeing. Essa queda para a quarta posição foi uma decisão estratégica da empresa, que optou por reduzir a atuação no mercado de aeronaves comerciais (onde há maior concorrência internacional) e ampliar seu mercado na linha executiva e defesa.[14] Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser, em 2012, a empresa que mais cresceu, entre as maiores exportadoras brasileiras (17,6% em relação a 2011).[15]

Para testes das aeronaves, a companhia utiliza duas pistas de pousos e decolagens:

História[editar | editar código-fonte]

Origem[editar | editar código-fonte]

A então EMBRAER nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.

São considerados os precursores da Embraer o antigo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ambas as instituições foram criadas, respectivamente em 1946 e 1950, pelo cearense Casimiro Montenegro Filho, na época tenente-coronel da Força Aérea Brasileira.

Em 1953, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no então CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.[17]

Fundação[editar | editar código-fonte]

Fundada no ano de 1969 como uma sociedade de economia mista vinculada ao então Ministério da Aeronáutica,[18] seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante. Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do então CTA. De certo modo, a então EMBRAER nascera dentro do CTA. No ano de 1980 houve uma fusão com a Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária. Durante as décadas de 1970 e 1980, a então EMBRAER conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.

Cooperação e crise[editar | editar código-fonte]

Embraer 120 Brasília da Delta Airlines.

Ao iniciar uma parceria com a Itália em 1981, foi possível elaborar o avião de ataque ar-terra AMX, considerado um importante salto tecnológico para a elaboração de novos projetos. Em 1986 Ozires Silva deixou a presidência da empresa para assumir a Petrobras. Em 1988 teve início o desenvolvimento de um avião binacional que seria projetado e construído tanto pela então EMBRAER quanto pela argentina Fábrica Militar de Aviones (FMA). A aeronave teve a designação de CBA-123, sendo CBA a sigla para Cooperação Brasil-Argentina.[19]

Em 1990 o primeiro protótipo voou, mas seu alto preço, além da crise econômica e política da época, acabou com o projeto. Um dado curioso sobre a aeronave é a motorização na parte traseira da fuselagem, com as hélices voltadas para trás. O final da década de 1980 foi marcado por uma grande crise financeira que abalou a economia do Brasil e atingiu em cheio a então EMBRAER, que quase fechou. Em 1992, Ozires Silva foi convidado a voltar à presidência da empresa e a conduzir o processo de privatização. Em 1994, durante o governo de Itamar Franco, a empresa foi leiloada, para depois passar por um longo processo de reestruturação e apresentar novos projetos que a tornariam uma gigante do setor.

Antes de ser privatizada, a companhia estava à beira da falência e sequer figurava entre as empresas com maior valor de mercado. Depois de alguns anos da privatização, passou a ser a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo.[20] Em 2013 foi a Empresa do Ano da edição especial Melhores e Maiores da Revista Exame, por ter sido a empresa brasileira que mais cresceu em exportações em 2012, 17,6% em relação ao ano anterior, sendo uma das maiores exportadoras do país.[14]

Tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na Bovespa e distribui dividendos a acionistas minoritários e funcionários.[21] Os novos controladores acionários passaram então a ser os fundos de pensão Previ e Sistel (20% cada), a Cia. Bozano, Simonsen (20%), além de um grupo de investidores com participação acionária menor (total de 20%), composto pela Dassault, EADS, Snecma e Thales Group. Após a privatização, a empresa foi presidida pelo engenheiro Maurício Botelho, que foi substituído em 2007 por Frederico Curado.

Essa recuperação de mercado após a privatização foi resultado do sucesso do programa ERJ-145,uma aeronave concebida para acompanhar a tendência mundial na aviação regional na época, que era de utilizar aviões de maior porte, com propulsão a jato.[nota 1] O sucesso continuou com os modelos ERJ-170 e ERJ-190. Um dos setores da empresa que mais investiu nessa época foi o de Pesquisa e Desenvolvimento. A Embraer S.A. possui atualmente um dos mais avançados centros de realidade virtual do mundo[23] . Os detalhes dessa recuperação estão em um relatório elaborado em 2009 pela USP e UNICAMP, a pedido do BNDES.[24]

Crescimento internacional[editar | editar código-fonte]

ERJ 145 da British Airways.

Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família ERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de mil aviões vendidos em 2006.

O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMB 170/190, uma aposta no segmento de 70 a 120 lugares, classificados como E-Jets. Eles foram um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e que foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado tanto pelas empresas aeronáuticas principais (ou major) quanto pelas de baixo-custo e baixa-tarifa (ou low-cost, low-fare). Neste segmento, sua maior concorrente é a empresa canadense Bombardier, com modelos de até 90 lugares. Em 2000, a brasileira lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.

Embraer 190 no seu roll-out.
KC-390, o maior avião de transporte militar produzido na América do Sul.[25]

Devido a subsídios adotados pela empresa canadense Bombardier, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação na Organização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a venda, fabricação e desenvolvimento de suas aeronaves.

Em dezembro de 2002, uma joint venture com a China Aviation Industry Corporation II (AVIC II) criou a Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. (HEAI),[26] possibilitando a construção e venda de aviões ERJ-145 para o mercado da China. Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin, para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto, com base no ERJ-145, para a marinha e aeronáutica dos Estados Unidos. No entanto, este projeto foi suspenso em janeiro de 2006. Ainda em 2004, um consórcio liderado pela então EMBRAER foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal S/A), deste modo derrotando o consórcio ítalo-americano que havia sido constituído pelas companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin.[27] Em 2005 a empresa deu início a uma ofensiva comercial para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente apenas com o Legacy, cuja plataforma é o jato ERJ-135. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu então vice-presidente de aviação executiva, Luís Carlos Affonso. Em maio do mesmo ano, anunciou o projeto do Light Jet e do Very Light Jet. Juntamente com modelos em tamanho real, seus nomes oficiais foram divulgados em novembro, durante a National Business Aviation Association (NBAA), em Orlando, como Phenom 300 e Phenom 100, respectivamente. Também nesse ano foi lançado o Lineage 1000, maior avião executivo baseado no EMB 190.

Em janeiro de 2006 foi anunciado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento Super Tucano ao seu país, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã.

Em junho de 2012 foi criada uma nova joint venture com a Aviation Industry Corporation of China (AVIC), para a fabricação na China dos jatos executivos Legacy 600/650 usando a infraestrutura e demais recursos da já existente joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd. (HEAI).[28]

Em setembro de 2012 foram inauguradas em Évora, Portugal, duas novas fábricas (as primeiras no continente europeu).[29]

Reestruturação societária[editar | editar código-fonte]

Em 20 de janeiro de 2006, a então EMBRAER anunciou um plano de reestruturação societária, segundo a qual o poder decisório seria pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo teriam direito a voto. Além disso, seria desfeito o esquema, em vigor desde a privatização, no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano controlavam 60% das ações. Maurício Botelho continuaria na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2009.

Em 14 de fevereiro de 2007, a empresa EADS vendeu sua participação acionária de 2,12% da então EMBRAER por 124 milhões de euros.

Em dezembro de 2012, a Embraer contava com 740,5 milhões de ações no mercado, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), cerca de 50% em cada. Suas ações estavam distribuídas entre fundos de pensão PREVI, Oppenheimer Fund's, Thornburg Investment, Blackrock Inc. BNDESPAR e outros BM&FBOVESPA.[30]

Mudança de nome[editar | editar código-fonte]

Em 16 de setembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a sugestão da diretoria para que o nome empresarial fosse alterado de Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para simplesmente Embraer S.A.[7] [8] , decisão que foi ratificada pela Assembleia Geral dos acionistas em 19 de novembro de 2010. Nesta mesma assembleia foi também aprovada a ampliação da área de atuação da empresa, que passou a ser não apenas a área aeroespacial, mas também a de sistemas de energia e a área de sistemas de defesa e segurança.[nota 2]

Com a mudança do nome empresarial, o CNPJ da matriz, que até então era 60.208.493/0001-81, foi extinguido, assim como também extinguiu-se o nome fantasia EMBRAER. O CNPJ da matriz passou a ser 07.689.002/0001-89.[10] Conforme consta no registro desse novo CNPJ, a empresa não mais possui nome fantasia.[nota 3]

Resultados financeiros e operacionais[editar | editar código-fonte]

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Ano Lucro líquido
(R$ milhões)
Receita líquida
(R$ bilhões)
Ebitda
(R$ bilhões)
Aeronaves entregues
Comerciais Executivas
2013[31] 777,7 13,64 90 119
2012[32] 697,8 12,2 1,766 106 99
2011 156 9,86 0,923 105 99
2010 574 9,32 1,069 101 145
2009 895 10,81 125 119
2008 429 11,75 165 37

Fonte: Embraer [33] [34] [35]

Unidades e Subsidiárias[editar | editar código-fonte]

Brasil[editar | editar código-fonte]

  • Embraer S.A.

Localizada na av. Brigadeiro Faria L​ima, 2170, em São José dos Campos,[36] esta é a unidade matriz da Embraer. O início de sua construção foi em 2 de janeiro de 1970 (o número 2170 é uma alusão a essa data) e é responsável por projetar, fabricar e fornecer suporte pós-venda das aeronaves para os mercados de aviação comercial, executiva e de defesa.[16]

  • Unidade São Paulo

Localizada no bairro Itaim Bibi, em São Paulo,[36] esta unidade é o escritório da Embraer S.A. na capital paulista.

  • Unidade Eugênio de Melo

Localizada em Eugênio de Melo,[36] esta unidade foi implantada em 2000 e iniciou suas operações em 2001. Desenvolve e produz ferramental, sistemas de tubulação, solda e serralheria. Também monta cablagens elétricas. Em suas instalações também são realizados projetos de desenvolvimento e treinamento para engenheiros aeronáuticos recém-formados.[16]

  • Unidade Gavião Peixoto

Localizada em Gavião Peixoto,[36] região de Araraquara (coordenadas 21° 45' 36,28" S 48° 24' 12,4" O), esta unidade foi implantada em 2001 e tem como principais atividades a produção das asas para as aeronaves Embraer 190 e Embraer 195, a fabricação final dos modelos Phenom, Legacy e das aeronaves militares Super Tucano e cargueiro militar KC-390. Na unidade são também realizadas todas as atividades de ensaios em voo destas aeronaves. Em Gavião Peixoto também foram modernizados a partir de 2011, os caças F-5 e AMX da FAB na Embraer Defesa e Segurança, cuja planta industrial está instalada dentro da unidade Gavião Peixoto.[16] [37]

Em março de 2013 teve início a produção em Gavião Peixoto do modelo KC-390. Em outubro de 2014, foi apresentado o primeiro protótipo da aeronave.

  • Unidade Botucatu

Atualmente localizada em Botucatu,[36] a então Indústria Aeronáutica Neiva foi fundada em 1954 como empresa independente, no Rio de Janeiro,[38] e em 1956 o seu parque industrial foi instalado na cidade paulista de Botucatu. Quase duas décadas depois, em 1975 a empresa foi subcontratada pela então EMBRAER para produzir a linha Embraer Piper, até que em 1980 tornou-se subsidiária integral da então EMBRAER, embora tenha continuado a operar como empresa independente até 2006. A unidade Botucatu tem como foco fabricar e fornecer suporte pós-venda da linha de aviões agrícolas Ipanema. Produz também componentes para as linhas Embraer 170, Embraer 190, Phenom 100 e Phenom 300, além de partes do Super Tucano, KC-390, Legacy 450, Legacy 500 e Legacy 650.[16]

  • Unidade Taubaté

Localizada em Taubaté,[36] esta unidade foi implantada em 2008 e é o Centro de Distribuição e Logística da Embraer. A partir de 2010 esta unidade passou a também atuar na atividade industrial de corte de matérias-primas e na atividade administrativa de planejamento, programação, execução e abastecimento de matérias-primas cortadas, atendendo inclusive às demandas dos subcontratos.[16]

  • ELEB Equipamentos LTDA

Localizada em São José dos Campos, a Eleb foi implantada em 1984 com o nome de EMBRAER Divisão Equipamentos (EDE) com a finalidade de desenvolver e produzir trens de pouso do EMB-312 Tucano e do avião de ataque AMX. Desenvolve e produz também diversos componentes para os sistemas eletro-hidráulicos e eletro-mecânicos das aeronaves da Embraer. Em 1999, passou por uma reestruturação societária quando formou uma joint venture com a europeia Liebherr Aerospace SAS. Voltou ao controle da Embraer em 2008.[16]

  • Embraer Defesa e Segurança

Com sede comercial no bairro do Brooklin, em São Paulo, a Embraer Defesa e Segurança Participações S.A. (CNPJ 12.592.902/0001-43), cuja planta industrial foi instalada no início de 2011 na unidade Gavião Peixoto,[37] tem como foco o fortalecimento da indústria brasileira de defesa e segurança, aplicando a experiência acumulada pela Embraer ao longo dos anos. É responsável pela produção e modernização tecnológica de aeronaves militares como o EMB-314, AMX e o desenvolvimento e produção do cargueiro tático KC-390.

A EDS detém capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, aplicáveis ao setor de defesa. Tem parcerias estratégicas com empresas que atuam nas áreas de comando e controle, radares, armamentos e veículos aéreos não-tripulados. Entre suas parceiras estão a Atech, a Visiona, e a OGMA.[39]

  • Unidade Minas Gerais

Implantado em 2012, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer[40] tem suas atividades relacionadas à capacitação, pesquisa e tecnologia aplicadas à indústria aeronáutica. Inicialmente instalado na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), em Belo Horizonte, a unidade deverá ser transferida para o Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), em implantação na cidade mineira de Lagoa Santa.[41]

  • Unidade Rio de Janeiro

Denominada Embraer Systems, esta unidade da Embraer atua no desenvolvimento e aplicação de sistemas tecnológicos para as indústrias de gás e petróleo.[42]

  • Unidade Sorocaba

Localizada em Sorocaba, estado de São Paulo, é um centro de serviços de manutenção, reparos e revisão para as linhas Embraer E-Jet e executiva Phenom e Legacy,[43] contando com hangares, salas de reunião e escritórios administrativos. A inauguração, inicialmente prevista para o segundo semestre de 2013, deverá acontecer no primeiro semestre de 2014.

O investimento estimado nos primeiros cinco anos é de USD 25 milhões, gerando até 250 empregos diretos.[44]

China[editar | editar código-fonte]

  • Beijing

Localizada na cidade de Beijing, capital da China, essa subsidiária foi criada em parceria com o governo e clientes chineses no ano de 2000. É um escritório para suporte de vendas, relações públicas com clientes e governo chineses, marketing e vendas.[16]

  • Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI)

Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, essa joint venture foi criada em 2002 entre a então EMBRAER e mais duas empresas aeronáuticas chinesas: Harbin Aircraft Industry Group Co. Ltd. e Hafei Aviation Industry Co.[26] Seu foco está nas atividades operacionais de venda e suporte pós-venda da linha ERJ-145 na China.[16]

  • Embraer-AVIC

Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, essa joint venture foi criada em 2012 entre a Embraer S.A. e a Aviation Industry Corporation of China (AVIC) para a produção, na China, dos jatos executivos Legacy 600/650 utilizando a infraestrutura já existente da HEAI.[16] [28]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

  • Embraer Aircraft Holding, Inc.

Unidade localizada em Fort Lauderdale - Flórida. Criada no ano de 1979, tem como atividades o comércio de aeronaves, treinamento de pilotos e mecânicos, logística e assistência técnica.[16]

  • Embraer Aircraft Maintenance Services

Unidade localizada em Nashville - Tennessee. Implantada no ano de 2002, é voltada principalmente para a manutenção das aeronaves da linha Embraer 170/190.[16]

  • Unidade Mesa

Localizada em Mesa - Arizona. Implantada em 2008, executa serviços de manutenção, reparo e revisão na linha de aviões executivos Phenom e Legacy.[16]

  • Unidade Windsor Locks

Localizada em Windsor Locks - Connecticut. Implantada em 2008, assim como a Unidade Mesa, também executa serviços de manutenção, reparo e revisão na linha executiva da Embraer.[16]

  • Unidade Melbourne

Localizada em Melbourne - Flórida. Implantada em 2011, é a primeira unidade nos Estados Unidos que realiza a montagem final de aeronaves. Produz a linha de executivos Phenom 100 e Phenom 300.[45] Em novembro de 2012 tiveram início as obras de um Centro de Engenharia e Tecnologia na unidade de Melbourne.[16] [46]

França[editar | editar código-fonte]

  • Unidade Villepinte

Localizada na Comuna francesa de Villepinte - Departamento de Aude. Implantada no ano de 2001, seu foco principal está em vendas, suporte ao cliente e comércio de peças de reposição à frota da Empresa na Europa, Oriente Médio e África.[16]

  • Embraer Aviation International

Unidade localizada na Comuna francesa de Le Bourget - Paris. Implantada no ano de 1983, dá suporte à frota de aeronaves da Embraer na Rússia, Reino Unido e Leste Europeu.[16]

Portugal[editar | editar código-fonte]

  • OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A.

Unidade localizada na Freguesia de Alverca - Lisboa. Controle adquirido no ano de 2005 em consórcio liderado pela então EMBRAER, tem como atividades principais a manutenção, reparo e revisão de aeronaves, motores e aviônica. Atua também na fabricação e montagem de componentes e modernização das aeronaves.[16]

  • Embraer Portugal - SGPS, S.A.

Duas unidades (Herdade do Pinheiro e Casa Branca) localizadas em Évora - distrito de Évora. Centros de excelência inaugurados em setembro de 2012, dedicadas à fabricação de estruturas metálicas usinadas e conjuntos em materiais compostos.[16] [29]

Singapura[editar | editar código-fonte]

  • Unidade Singapura

Localizada na República de Singapura - Sudeste Asiático. Subsidiária que iniciou suas atividades no ano de 2000, é um centro de estoque e distribuição regional de peças de reposição, manutenção e reparo das aeronaves comerciais da Embraer na região.[16]

Aviões[editar | editar código-fonte]

Esta seção apresenta as aeronaves projetadas, fabricadas ou em desenvolvimento pela Embraer.

Planadores[editar | editar código-fonte]

Motor a pistão[editar | editar código-fonte]

Turbohélices[editar | editar código-fonte]

Tucano da RAF.

Aviões comerciais a jato[editar | editar código-fonte]

Embraer 190 operado pela Air France.

Os aviões a jato da Embraer adotam a sigla ERJ, que significa Embraer Regional Jetliners (Jatos Regionais Embraer).

EMB-145 AEW&C da Força Aérea Grega.

A nova família de aviões, os Embraer 170/190, têm como alvo o segmento de mercado voltado às companhias aéreas que necessitam aviões de 70 a 110 passageiros. A antiga designação ERJ foi substituída por Embraer para evitar que esses modelos fossem associados apenas à aviação regional.

Lufthansa Cityline E195LR.

Aviões executivos[editar | editar código-fonte]

Legacy 600.

Aviões militares[editar | editar código-fonte]

Principais empresas concorrentes[editar | editar código-fonte]

  • Bombardier, com seus aviões de médio porte para o mercado de aviação regional.
  • Sukhoi, com seu novo projeto de avião para uso civil, o RRJ, ou Sukhoi Russian Regional Jet.
  • AVIC I, com seu novo avião comercial modelo ARJ21, que tem capacidade para 70 a 90 passageiros.
  • Mitsubishi, com seu novo projeto de avião para uso civil, o MRJ ou Mitsubishi Regional Jet, que tem capacidade para 70 a 90 passageiros.

Principais clientes[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. "O programa ERJ 145 constitui um tournant depois do fracasso comercial do CBA. A empresa captou as mudanças que estavam ocorrendo no mercado de aviação regional, as quais revelavam uma clara tendência para o aumento de tamanho das aeronaves e para o emprego da propulsão a jato." (Montoro,[22] Seção 1.1.2, pág. 38)
  2. Procure 19 de novembro no "Relatório da Administração 2010", que consta no documento da Embraer intitulado "Demonstrações Financeiras 2010".[9] A data de 19 de novembro e as decisões tomadas pela Assembleia Geral constam na página 3 do documento (página 4 do arquivo PDF).
  3. A consulta aos CNPJ pode ser feita diretamente na página de emissão de Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, no website da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Referências

  1. Governança corporativa Embraer.
  2. Destaques Embraer.
  3. Embraer SA Bloomberg Business, 20/3/2015
  4. Lucro líquido Embraer
  5. EBITDA Embraer
  6. Receita líquida Embraer
  7. a b Agência Estado. EMBRAER quer mudar nome para Embraer S.A. Época Negócios: São Paulo, 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  8. a b Embraer muda de nome e amplia área de atuação. O Vale: São José dos Campos, 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  9. a b Embraer S.A. Demonstrações Financeiras - 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  10. a b BM&F BOVESPA. EMBR3 Bovespa. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  11. NYSE Euronext. Embraer S.A. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  12. Embraer S.A. Aeronaves Embraer. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  13. MONKS, Robert A. G; MINOW, Nell. Corporate governance. 4. ed., pág. 357. Wiley: West Sussex, 2008. ISBN 978-1-4051-7106-9. Acesso em 23 de janeiro de 2014. (em inglês)
  14. a b JULIBONI, Márcio. Embraer é a Empresa do Ano de Melhores e Maiores 2013. Exame: São Paulo, 2013. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  15. Estevam Pereira e Alvaro Almeida Ltda in Relatório Anual 2012 - Principais números da Embraer. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  16. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t Presença global Centro Histórico Embraer (2012). Visitado em 8 de fevereiro de 2014.
  17. SILVA, Ozires. Nas Asas da Educação: a Trajetória da EMBRAER. Págs. 11 e 12. Elsevier: Rio de Janeiro, 2008. ISBN 978-85-352-2631-7. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  18. BRASIL. Decreto-Lei nº 770, de 19 de agosto de 1969. Autoriza a União a constituir a EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. e dá outras providências. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  19. Embraer S.A. CBA 123 Vector. Centro Histórico Embraer: São José dos Campos. Acesso em 8 de fevereiro de 2014.
  20. EMBRAER vai contratar 3.000 funcionários neste ano. Folha de S. Paulo et al: São Paulo, 2007. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  21. Embraer S.A. Histórico de Dividendos Distribuídos. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  22. Montoro, Guilherme C. Franco; et al. Cadeia produtiva aeronáutica brasileira: oportunidades e desafios. Rio de Janeiro: BNDES, 2009. 552 p. ISBN 978-85-87545-30-5 (em PDF) Página visitada em 10 de fevereiro de 2014.
  23. SIQUEIRA, Ethevaldo. Para crescer, Embraer foca na tecnologia. O Estado de S. Paulo: São Paulo, 2012. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
  24. MONTORO, Guilherme C. F. et alii. Cadeia Produtiva Aeronáutica Brasileira: Oportunidades e Desafios. Seção 1 (págs 33 a 69). BNDES: Rio de Janeiro, 2009. ISBN 978-85-87545-30-5. Acesso em 9 de fevereiro de 2014.
  25. Fox NewsBrazil's Embraer unveils prototype of new military transport (21 de outubro de 2014). Visitado em 22 de outubro de 2014.
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  46. Embraer dá início às obras do Centro de Pesquisa na Flórida Embraer S.A. Visitado em 19 de maio de 2013.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Bibliografia[editar | editar código-fonte]