Embraer
Embraer | |
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Embraer S.A. | |
Tipo | Empresa de capital aberto |
Cotação | BM&F Bovespa: EMBR3 NYSE: ERJ |
Indústria | Aeronáutica / Defesa |
Gênero | Sociedade Anônima |
Fundação | 19 de agosto de 1969 (46 anos) |
Sede | São José dos Campos, SP, Brasil |
Pessoas-chave | Frederico Curado (Diretor Presidente & CEO) Arthur Coutinho (Vice presidente - Operações) Jackson Schneider (Vice presidente - Defesa e Segurança) José Filippo (Vice presidente Financeiro)[1] |
Empregados | 19 167 2014 [2] |
Produtos | Aviões, serviços e material de defesa |
Divisões | Embraer Defesa e Segurança |
Subsidiárias | Neiva OGMA Atech Orbisat Eleb |
Valor de mercado |
R$ 18,978 bilhões mar/2015 [3] |
Lucro | R$ 796 milhões 2014 [4] |
LAJIR | R$ 1,981 bilhões 2014 [5] |
Faturamento | R$ 14,936 bilhões 2014 [6] |
Sítio oficial | www.embraer.com.br |
A Embraer S.A.[7] [8] [9] (BM&F Bovespa[10] / NYSE Euronext)[11] é um conglomerado brasileiro fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares.[12] [13] A empresa tem sede na cidade de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, e possui diversas unidades no Brasil e no exterior, inclusive joint ventures na China e em Portugal.
Com uma receita líquida de R$12,2 bilhões (US$ 6,1 bilhões) em 2012, passou à quarta posição mundial no setor, abaixo da principal concorrente, a canadense Bombardier (que encerrou 2012 com um faturamento de US$8,6 bilhões), da Airbus e da Boeing. Essa queda para a quarta posição foi uma decisão estratégica da empresa, que optou por reduzir a atuação no mercado de aeronaves comerciais (onde há maior concorrência internacional) e ampliar seu mercado na linha executiva e defesa.[14] Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser, em 2012, a empresa que mais cresceu, entre as maiores exportadoras brasileiras (17,6% em relação a 2011).[15]
Para testes das aeronaves, a companhia utiliza duas pistas de pousos e decolagens:
- A do aeroporto de São José dos Campos, que possui 2.676 metros de extensão (a área pertence ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, mas é utilizada tanto pela Embraer quanto para transporte aéreo comercial, sendo a infraestrutura compartilhada e mantida em parceria com a Infraero).
- A da unidade da Embraer em Gavião Peixoto (aeródromo de Gavião Peixoto), que possui 4.967 metros de extensão e é considerada a mais longa da América Latina.[16]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
Origem[editar | editar código-fonte]
A então EMBRAER nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.
São considerados os precursores da Embraer o antigo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ambas as instituições foram criadas, respectivamente em 1946 e 1950, pelo cearense Casimiro Montenegro Filho, na época tenente-coronel da Força Aérea Brasileira.
Em 1953, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no então CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.[17]
Fundação[editar | editar código-fonte]
Fundada no ano de 1969 como uma sociedade de economia mista vinculada ao então Ministério da Aeronáutica,[18] seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante. Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do então CTA. De certo modo, a então EMBRAER nascera dentro do CTA. No ano de 1980 houve uma fusão com a Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária. Durante as décadas de 1970 e 1980, a então EMBRAER conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.
Cooperação e crise[editar | editar código-fonte]
Ao iniciar uma parceria com a Itália em 1981, foi possível elaborar o avião de ataque ar-terra AMX, considerado um importante salto tecnológico para a elaboração de novos projetos. Em 1986 Ozires Silva deixou a presidência da empresa para assumir a Petrobras. Em 1988 teve início o desenvolvimento de um avião binacional que seria projetado e construído tanto pela então EMBRAER quanto pela argentina Fábrica Militar de Aviones (FMA). A aeronave teve a designação de CBA-123, sendo CBA a sigla para Cooperação Brasil-Argentina.[19]
Em 1990 o primeiro protótipo voou, mas seu alto preço, além da crise econômica e política da época, acabou com o projeto. Um dado curioso sobre a aeronave é a motorização na parte traseira da fuselagem, com as hélices voltadas para trás. O final da década de 1980 foi marcado por uma grande crise financeira que abalou a economia do Brasil e atingiu em cheio a então EMBRAER, que quase fechou. Em 1992, Ozires Silva foi convidado a voltar à presidência da empresa e a conduzir o processo de privatização. Em 1994, durante o governo de Itamar Franco, a empresa foi leiloada, para depois passar por um longo processo de reestruturação e apresentar novos projetos que a tornariam uma gigante do setor.
Antes de ser privatizada, a companhia estava à beira da falência e sequer figurava entre as empresas com maior valor de mercado. Depois de alguns anos da privatização, passou a ser a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo.[20] Em 2013 foi a Empresa do Ano da edição especial Melhores e Maiores da Revista Exame, por ter sido a empresa brasileira que mais cresceu em exportações em 2012, 17,6% em relação ao ano anterior, sendo uma das maiores exportadoras do país.[14]
Tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na Bovespa e distribui dividendos a acionistas minoritários e funcionários.[21] Os novos controladores acionários passaram então a ser os fundos de pensão Previ e Sistel (20% cada), a Cia. Bozano, Simonsen (20%), além de um grupo de investidores com participação acionária menor (total de 20%), composto pela Dassault, EADS, Snecma e Thales Group. Após a privatização, a empresa foi presidida pelo engenheiro Maurício Botelho, que foi substituído em 2007 por Frederico Curado.
Essa recuperação de mercado após a privatização foi resultado do sucesso do programa ERJ-145,uma aeronave concebida para acompanhar a tendência mundial na aviação regional na época, que era de utilizar aviões de maior porte, com propulsão a jato.[nota 1] O sucesso continuou com os modelos ERJ-170 e ERJ-190. Um dos setores da empresa que mais investiu nessa época foi o de Pesquisa e Desenvolvimento. A Embraer S.A. possui atualmente um dos mais avançados centros de realidade virtual do mundo[23] . Os detalhes dessa recuperação estão em um relatório elaborado em 2009 pela USP e UNICAMP, a pedido do BNDES.[24]
Crescimento internacional[editar | editar código-fonte]
Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família ERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de mil aviões vendidos em 2006.
O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMB 170/190, uma aposta no segmento de 70 a 120 lugares, classificados como E-Jets. Eles foram um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e que foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado tanto pelas empresas aeronáuticas principais (ou major) quanto pelas de baixo-custo e baixa-tarifa (ou low-cost, low-fare). Neste segmento, sua maior concorrente é a empresa canadense Bombardier, com modelos de até 90 lugares. Em 2000, a brasileira lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.
Devido a subsídios adotados pela empresa canadense Bombardier, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação na Organização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a venda, fabricação e desenvolvimento de suas aeronaves.
Em dezembro de 2002, uma joint venture com a China Aviation Industry Corporation II (AVIC II) criou a Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. (HEAI),[26] possibilitando a construção e venda de aviões ERJ-145 para o mercado da China. Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin, para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto, com base no ERJ-145, para a marinha e aeronáutica dos Estados Unidos. No entanto, este projeto foi suspenso em janeiro de 2006. Ainda em 2004, um consórcio liderado pela então EMBRAER foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal S/A), deste modo derrotando o consórcio ítalo-americano que havia sido constituído pelas companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin.[27] Em 2005 a empresa deu início a uma ofensiva comercial para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente apenas com o Legacy, cuja plataforma é o jato ERJ-135. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu então vice-presidente de aviação executiva, Luís Carlos Affonso. Em maio do mesmo ano, anunciou o projeto do Light Jet e do Very Light Jet. Juntamente com modelos em tamanho real, seus nomes oficiais foram divulgados em novembro, durante a National Business Aviation Association (NBAA), em Orlando, como Phenom 300 e Phenom 100, respectivamente. Também nesse ano foi lançado o Lineage 1000, maior avião executivo baseado no EMB 190.
Em janeiro de 2006 foi anunciado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento Super Tucano ao seu país, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã.
Em junho de 2012 foi criada uma nova joint venture com a Aviation Industry Corporation of China (AVIC), para a fabricação na China dos jatos executivos Legacy 600/650 usando a infraestrutura e demais recursos da já existente joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd. (HEAI).[28]
Em setembro de 2012 foram inauguradas em Évora, Portugal, duas novas fábricas (as primeiras no continente europeu).[29]
Reestruturação societária[editar | editar código-fonte]
Em 20 de janeiro de 2006, a então EMBRAER anunciou um plano de reestruturação societária, segundo a qual o poder decisório seria pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo teriam direito a voto. Além disso, seria desfeito o esquema, em vigor desde a privatização, no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano controlavam 60% das ações. Maurício Botelho continuaria na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2009.
Em 14 de fevereiro de 2007, a empresa EADS vendeu sua participação acionária de 2,12% da então EMBRAER por 124 milhões de euros.
Em dezembro de 2012, a Embraer contava com 740,5 milhões de ações no mercado, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), cerca de 50% em cada. Suas ações estavam distribuídas entre fundos de pensão PREVI, Oppenheimer Fund's, Thornburg Investment, Blackrock Inc. BNDESPAR e outros BM&FBOVESPA.[30]
Mudança de nome[editar | editar código-fonte]
Em 16 de setembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a sugestão da diretoria para que o nome empresarial fosse alterado de Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para simplesmente Embraer S.A.[7] [8] , decisão que foi ratificada pela Assembleia Geral dos acionistas em 19 de novembro de 2010. Nesta mesma assembleia foi também aprovada a ampliação da área de atuação da empresa, que passou a ser não apenas a área aeroespacial, mas também a de sistemas de energia e a área de sistemas de defesa e segurança.[nota 2]
Com a mudança do nome empresarial, o CNPJ da matriz, que até então era 60.208.493/0001-81, foi extinguido, assim como também extinguiu-se o nome fantasia EMBRAER. O CNPJ da matriz passou a ser 07.689.002/0001-89.[10] Conforme consta no registro desse novo CNPJ, a empresa não mais possui nome fantasia.[nota 3]
Resultados financeiros e operacionais[editar | editar código-fonte]
Ano | Lucro líquido (R$ milhões) |
Receita líquida (R$ bilhões) |
Ebitda (R$ bilhões) |
Aeronaves entregues | |
---|---|---|---|---|---|
Comerciais | Executivas | ||||
2013[31] | 777,7 | 13,64 | 90 | 119 | |
2012[32] | 697,8 | 12,2 | 1,766 | 106 | 99 |
2011 | 156 | 9,86 | 0,923 | 105 | 99 |
2010 | 574 | 9,32 | 1,069 | 101 | 145 |
2009 | 895 | 10,81 | 125 | 119 | |
2008 | 429 | 11,75 | 165 | 37 |
Unidades e Subsidiárias[editar | editar código-fonte]
Brasil[editar | editar código-fonte]
- Embraer S.A.
Localizada na av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, em São José dos Campos,[36] esta é a unidade matriz da Embraer. O início de sua construção foi em 2 de janeiro de 1970 (o número 2170 é uma alusão a essa data) e é responsável por projetar, fabricar e fornecer suporte pós-venda das aeronaves para os mercados de aviação comercial, executiva e de defesa.[16]
- Unidade São Paulo
Localizada no bairro Itaim Bibi, em São Paulo,[36] esta unidade é o escritório da Embraer S.A. na capital paulista.
- Unidade Eugênio de Melo
Localizada em Eugênio de Melo,[36] esta unidade foi implantada em 2000 e iniciou suas operações em 2001. Desenvolve e produz ferramental, sistemas de tubulação, solda e serralheria. Também monta cablagens elétricas. Em suas instalações também são realizados projetos de desenvolvimento e treinamento para engenheiros aeronáuticos recém-formados.[16]
- Unidade Gavião Peixoto
Localizada em Gavião Peixoto,[36] região de Araraquara (coordenadas ), esta unidade foi implantada em 2001 e tem como principais atividades a produção das asas para as aeronaves Embraer 190 e Embraer 195, a fabricação final dos modelos Phenom, Legacy e das aeronaves militares Super Tucano e cargueiro militar KC-390. Na unidade são também realizadas todas as atividades de ensaios em voo destas aeronaves. Em Gavião Peixoto também foram modernizados a partir de 2011, os caças F-5 e AMX da FAB na Embraer Defesa e Segurança, cuja planta industrial está instalada dentro da unidade Gavião Peixoto.[16] [37]
Em março de 2013 teve início a produção em Gavião Peixoto do modelo KC-390. Em outubro de 2014, foi apresentado o primeiro protótipo da aeronave.
- Unidade Botucatu
Atualmente localizada em Botucatu,[36] a então Indústria Aeronáutica Neiva foi fundada em 1954 como empresa independente, no Rio de Janeiro,[38] e em 1956 o seu parque industrial foi instalado na cidade paulista de Botucatu. Quase duas décadas depois, em 1975 a empresa foi subcontratada pela então EMBRAER para produzir a linha Embraer Piper, até que em 1980 tornou-se subsidiária integral da então EMBRAER, embora tenha continuado a operar como empresa independente até 2006. A unidade Botucatu tem como foco fabricar e fornecer suporte pós-venda da linha de aviões agrícolas Ipanema. Produz também componentes para as linhas Embraer 170, Embraer 190, Phenom 100 e Phenom 300, além de partes do Super Tucano, KC-390, Legacy 450, Legacy 500 e Legacy 650.[16]
- Unidade Taubaté
Localizada em Taubaté,[36] esta unidade foi implantada em 2008 e é o Centro de Distribuição e Logística da Embraer. A partir de 2010 esta unidade passou a também atuar na atividade industrial de corte de matérias-primas e na atividade administrativa de planejamento, programação, execução e abastecimento de matérias-primas cortadas, atendendo inclusive às demandas dos subcontratos.[16]
- ELEB Equipamentos LTDA
Localizada em São José dos Campos, a Eleb foi implantada em 1984 com o nome de EMBRAER Divisão Equipamentos (EDE) com a finalidade de desenvolver e produzir trens de pouso do EMB-312 Tucano e do avião de ataque AMX. Desenvolve e produz também diversos componentes para os sistemas eletro-hidráulicos e eletro-mecânicos das aeronaves da Embraer. Em 1999, passou por uma reestruturação societária quando formou uma joint venture com a europeia Liebherr Aerospace SAS. Voltou ao controle da Embraer em 2008.[16]
- Embraer Defesa e Segurança
Com sede comercial no bairro do Brooklin, em São Paulo, a Embraer Defesa e Segurança Participações S.A. (CNPJ 12.592.902/0001-43), cuja planta industrial foi instalada no início de 2011 na unidade Gavião Peixoto,[37] tem como foco o fortalecimento da indústria brasileira de defesa e segurança, aplicando a experiência acumulada pela Embraer ao longo dos anos. É responsável pela produção e modernização tecnológica de aeronaves militares como o EMB-314, AMX e o desenvolvimento e produção do cargueiro tático KC-390.
A EDS detém capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, aplicáveis ao setor de defesa. Tem parcerias estratégicas com empresas que atuam nas áreas de comando e controle, radares, armamentos e veículos aéreos não-tripulados. Entre suas parceiras estão a Atech, a Visiona, e a OGMA.[39]
- Unidade Minas Gerais
Implantado em 2012, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer[40] tem suas atividades relacionadas à capacitação, pesquisa e tecnologia aplicadas à indústria aeronáutica. Inicialmente instalado na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), em Belo Horizonte, a unidade deverá ser transferida para o Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), em implantação na cidade mineira de Lagoa Santa.[41]
- Unidade Rio de Janeiro
Denominada Embraer Systems, esta unidade da Embraer atua no desenvolvimento e aplicação de sistemas tecnológicos para as indústrias de gás e petróleo.[42]
- Unidade Sorocaba
Localizada em Sorocaba, estado de São Paulo, é um centro de serviços de manutenção, reparos e revisão para as linhas Embraer E-Jet e executiva Phenom e Legacy,[43] contando com hangares, salas de reunião e escritórios administrativos. A inauguração, inicialmente prevista para o segundo semestre de 2013, deverá acontecer no primeiro semestre de 2014.
O investimento estimado nos primeiros cinco anos é de USD 25 milhões, gerando até 250 empregos diretos.[44]
China[editar | editar código-fonte]
- Beijing
Localizada na cidade de Beijing, capital da China, essa subsidiária foi criada em parceria com o governo e clientes chineses no ano de 2000. É um escritório para suporte de vendas, relações públicas com clientes e governo chineses, marketing e vendas.[16]
- Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI)
Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, essa joint venture foi criada em 2002 entre a então EMBRAER e mais duas empresas aeronáuticas chinesas: Harbin Aircraft Industry Group Co. Ltd. e Hafei Aviation Industry Co.[26] Seu foco está nas atividades operacionais de venda e suporte pós-venda da linha ERJ-145 na China.[16]
- Embraer-AVIC
Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, essa joint venture foi criada em 2012 entre a Embraer S.A. e a Aviation Industry Corporation of China (AVIC) para a produção, na China, dos jatos executivos Legacy 600/650 utilizando a infraestrutura já existente da HEAI.[16] [28]
Estados Unidos[editar | editar código-fonte]
- Embraer Aircraft Holding, Inc.
Unidade localizada em Fort Lauderdale - Flórida. Criada no ano de 1979, tem como atividades o comércio de aeronaves, treinamento de pilotos e mecânicos, logística e assistência técnica.[16]
- Embraer Aircraft Maintenance Services
Unidade localizada em Nashville - Tennessee. Implantada no ano de 2002, é voltada principalmente para a manutenção das aeronaves da linha Embraer 170/190.[16]
- Unidade Mesa
Localizada em Mesa - Arizona. Implantada em 2008, executa serviços de manutenção, reparo e revisão na linha de aviões executivos Phenom e Legacy.[16]
- Unidade Windsor Locks
Localizada em Windsor Locks - Connecticut. Implantada em 2008, assim como a Unidade Mesa, também executa serviços de manutenção, reparo e revisão na linha executiva da Embraer.[16]
- Unidade Melbourne
Localizada em Melbourne - Flórida. Implantada em 2011, é a primeira unidade nos Estados Unidos que realiza a montagem final de aeronaves. Produz a linha de executivos Phenom 100 e Phenom 300.[45] Em novembro de 2012 tiveram início as obras de um Centro de Engenharia e Tecnologia na unidade de Melbourne.[16] [46]
França[editar | editar código-fonte]
- Unidade Villepinte
Localizada na Comuna francesa de Villepinte - Departamento de Aude. Implantada no ano de 2001, seu foco principal está em vendas, suporte ao cliente e comércio de peças de reposição à frota da Empresa na Europa, Oriente Médio e África.[16]
- Embraer Aviation International
Unidade localizada na Comuna francesa de Le Bourget - Paris. Implantada no ano de 1983, dá suporte à frota de aeronaves da Embraer na Rússia, Reino Unido e Leste Europeu.[16]
Portugal[editar | editar código-fonte]
- OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A.
Unidade localizada na Freguesia de Alverca - Lisboa. Controle adquirido no ano de 2005 em consórcio liderado pela então EMBRAER, tem como atividades principais a manutenção, reparo e revisão de aeronaves, motores e aviônica. Atua também na fabricação e montagem de componentes e modernização das aeronaves.[16]
- Embraer Portugal - SGPS, S.A.
Duas unidades (Herdade do Pinheiro e Casa Branca) localizadas em Évora - distrito de Évora. Centros de excelência inaugurados em setembro de 2012, dedicadas à fabricação de estruturas metálicas usinadas e conjuntos em materiais compostos.[16] [29]
Singapura[editar | editar código-fonte]
- Unidade Singapura
Localizada na República de Singapura - Sudeste Asiático. Subsidiária que iniciou suas atividades no ano de 2000, é um centro de estoque e distribuição regional de peças de reposição, manutenção e reparo das aeronaves comerciais da Embraer na região.[16]
Aviões[editar | editar código-fonte]
Esta seção apresenta as aeronaves projetadas, fabricadas ou em desenvolvimento pela Embraer.
Planadores[editar | editar código-fonte]
Motor a pistão[editar | editar código-fonte]
- Monomotor EMB-200 Ipanema
- Monomotor Piper Arrow, denominado EMB-711 Corisco, fabricado sob licença da Piper Aircraft.
- Monomotor Piper Archer, denominado EMB-712 Tupi, fabricado sob licença da Piper Aircraft.
- Monomotor Piper Dakota e Pathfinder, denominado EMB-710 Carioca, fabricado sob licença da Piper Aircraft.
- Bimotor EMB-800 Seneca, fabricado sob licença da Piper Aircraft.
Turbohélices[editar | editar código-fonte]
- EMB-110 Bandeirante
- EMB-120 Brasília
- EMB-121 Xingu
- CBA-123 Vector, projetado em conjunto com a FMA, o projeto foi descontinuado
Aviões comerciais a jato[editar | editar código-fonte]
Os aviões a jato da Embraer adotam a sigla ERJ, que significa Embraer Regional Jetliners (Jatos Regionais Embraer).
A nova família de aviões, os Embraer 170/190, têm como alvo o segmento de mercado voltado às companhias aéreas que necessitam aviões de 70 a 110 passageiros. A antiga designação ERJ foi substituída por Embraer para evitar que esses modelos fossem associados apenas à aviação regional.
Aviões executivos[editar | editar código-fonte]
Aviões militares[editar | editar código-fonte]
- AMX
- EMB-312 Tucano
- EMB-314 Super Tucano
- EMB-326 Xavante, avião fabricado sob licença da Aermacchi.
- EMB-145 AEW&C
- EMB-145 RS/AGS
- EMB-145 MP/ASW, construído com a plataforma do ERJ-145.
- EMB-111 Bandeirante Patrulha, construído com a plataforma do EMB 110 Bandeirante.
- Embraer KC-390. Em desenvolvimento.
Principais empresas concorrentes[editar | editar código-fonte]
- Bombardier, com seus aviões de médio porte para o mercado de aviação regional.
- Sukhoi, com seu novo projeto de avião para uso civil, o RRJ, ou Sukhoi Russian Regional Jet.
- AVIC I, com seu novo avião comercial modelo ARJ21, que tem capacidade para 70 a 90 passageiros.
- Mitsubishi, com seu novo projeto de avião para uso civil, o MRJ ou Mitsubishi Regional Jet, que tem capacidade para 70 a 90 passageiros.
Principais clientes[editar | editar código-fonte]
- África
- Capital Airlines
- South African Airlink
- EgyptAir
- Virgin Nigeria Airways
- LAM (Linhas Aéreas de Moçambique)
- Petro Air
- Kenya Airways
- América do Norte
- Air Canada
- American Eagle
- Atlantic Southeast Airlines
- Compass Airlines
- Continental Express
- ExpressJet
- US Airways
- Republic Airways
- SkyWest
- JetBlue Airways
- Aeroméxico
- Aerolitoral
- América Central
- América do Sul
- Air Minas
- America Air
- Aerolineas Argentinas
- AeroRepública
- Azul Linhas Aéreas
- SAM (Colômbia)
- Passaredo
- TRIP Linhas Aéreas
- Vip (Equador)
- Rio-sul
- Satena
- TAME
- Austral Líneas Aéreas
- Conviasa
- Ásia
- Europa
- Air France
- Alitalia
- Air Dolomiti
- British Midland
- British Regional Airlines
- Crossair
- Finnair
- Flybe
- KLM Exel
- LOT
- Lufthansa
- Luxair
- Portugália Airlines
- SWISS
- TAT
- Dniproavia
- City Airline AB
- Flandre Air
- Jet Magic
- Pan Européenne
- Proteus
- Axon
- Brymon
- Cirrus
- ERA
- Regional
- Rheintalflug
- Skyways
- Air Moldova
- Niki
- Montenegro
- BA City Flyer
- Augsburg
Notas
- ↑ "O programa ERJ 145 constitui um tournant depois do fracasso comercial do CBA. A empresa captou as mudanças que estavam ocorrendo no mercado de aviação regional, as quais revelavam uma clara tendência para o aumento de tamanho das aeronaves e para o emprego da propulsão a jato." (Montoro,[22] Seção 1.1.2, pág. 38)
- ↑ Procure 19 de novembro no "Relatório da Administração 2010", que consta no documento da Embraer intitulado "Demonstrações Financeiras 2010".[9] A data de 19 de novembro e as decisões tomadas pela Assembleia Geral constam na página 3 do documento (página 4 do arquivo PDF).
- ↑ A consulta aos CNPJ pode ser feita diretamente na página de emissão de Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, no website da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Referências
- ↑ Governança corporativa Embraer.
- ↑ Destaques Embraer.
- ↑ Embraer SA Bloomberg Business, 20/3/2015
- ↑ Lucro líquido Embraer
- ↑ EBITDA Embraer
- ↑ Receita líquida Embraer
- ↑ a b Agência Estado. EMBRAER quer mudar nome para Embraer S.A. Época Negócios: São Paulo, 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ a b Embraer muda de nome e amplia área de atuação. O Vale: São José dos Campos, 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ a b Embraer S.A. Demonstrações Financeiras - 2010. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ a b BM&F BOVESPA. EMBR3 Bovespa. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ NYSE Euronext. Embraer S.A. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ Embraer S.A. Aeronaves Embraer. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ MONKS, Robert A. G; MINOW, Nell. Corporate governance. 4. ed., pág. 357. Wiley: West Sussex, 2008. ISBN 978-1-4051-7106-9. Acesso em 23 de janeiro de 2014. (em inglês)
- ↑ a b JULIBONI, Márcio. Embraer é a Empresa do Ano de Melhores e Maiores 2013. Exame: São Paulo, 2013. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ Estevam Pereira e Alvaro Almeida Ltda in Relatório Anual 2012 - Principais números da Embraer. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t Presença global Centro Histórico Embraer (2012). Visitado em 8 de fevereiro de 2014.
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- ↑ BRASIL. Decreto-Lei nº 770, de 19 de agosto de 1969. Autoriza a União a constituir a EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. e dá outras providências. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
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- ↑ MONTORO, Guilherme C. F. et alii. Cadeia Produtiva Aeronáutica Brasileira: Oportunidades e Desafios. Seção 1 (págs 33 a 69). BNDES: Rio de Janeiro, 2009. ISBN 978-85-87545-30-5. Acesso em 9 de fevereiro de 2014.
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- ↑ a b Embraer S.A. Embraer abre dois novos Centros de Excelência em Portugal. Acesso em 23 de janeiro de 2014.
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- ↑ a b c d e f Embraer S.A. Informações Corporativas: Unidades Embraer. Acesso em 8 de fevereiro de 2014.
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- ↑ Neiva: História e Tradição Embraer S.A. Visitado em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ Embraer Defesa e Segurança Embraer (2012). Visitado em 8 de fevereiro de 2014.
- ↑ Embraer inaugura Centro de Tecnologia em BH FIEMG (23/10/2012).
- ↑ Embraer inaugura Centro de Tecnologia em BH Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (23 de outubro de 2012). Visitado em 8 de fevereiro de 2014.
- ↑ D'ERCOLE, Ronaldo. Embraer chega ao Rio com uma nova unidade de negócios. O Globo: São Paulo, 2013. Acesso em 8 de fevereiro de 2014.
- ↑ Especificações operativas (PDF) ANAC (29 de outubro de 2013). Visitado em 9 de fevereiro de 2014.
- ↑ Embraer inicia obras do Centro de Serviços para Jatos Executivos em Sorocaba Embraer (15 de agosto de 2012). Visitado em 9 de fevereiro de 2014.
- ↑ Embraer recebe certificado de produção para o Phenom 300 em Melbourne Embraer S.A (15/05/2013). Visitado em 23 de janeiro de 2014.
- ↑ Embraer dá início às obras do Centro de Pesquisa na Flórida Embraer S.A. Visitado em 19 de maio de 2013.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Indústria Aeronáutica Neiva
- Helibras
- Fabrica Argentina de Aviones S.A, criada em 1927 e em atividade.
- Indústria aeroespacial em Portugal
- Lista de aviões
- Lista de aeroportos do Brasil
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Website oficial
- Embraer Defesa e Segurança
- Centro Histórico Embraer
- 40º aniversário da Embraer Especial de aniversário elaborado pela Terra Networks Brasil S.A. Página visitada em 8 de fevereiro de 2014..
- História da Embraer Fascículo elaborado pela Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA) que narra a história da Embraer no período de 1965 a 2006. Página visitada em 8 de fevereiro de 2014..
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- SILVA, Ozires. A Decolagem de Um Grande Sonho. Elsevier: Rio de Janeiro, 2009. ISBN 978-85-352-5026-8.