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Maurícia

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République de Maurice (francês)
Republic of Mauritius (inglês)
Republik Moris (crioulo maurício)

República da Maurícia / de Maurício
Bandeira da Maurícia
Brasão de armas da Maurícia
Bandeira Brasão de armas
Lema: Stella Clavisque Maris Indici (Latim: "Estrela e chave do Oceano Índico")
Hino nacional: Motherland (Terra Mãe)
Gentílico: mauriciano (a)

Localização da/do MauríciaPE / MaurícioPB

Localização da Ilha Maurícia
Capital Port Louis
20°10′S 57°31′E
Cidade mais populosa Port Louis
Governo República parlamentarista
 - Presidente Ameenah Gurib
 - Primeiro-ministro Anerood Jugnauth
Independência do Reino Unido 
 - Declarada 12 de março de 1968 
 - República 12 de março de 1992 
Área  
 - Total 2040 km² (179.º)
 - Água (%) 0,05
População  
 - Estimativa de 2007 1 264 866 hab. (151.º)
 - Densidade 616 hab./km² (18.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2006
 - Total US$ 16,0 bilhões (119.º)
 - Per capita US$ 13 703 (51.º)
IDH (2013) 0,771 (63.º) – elevado[1]
Moeda Rúpia da Maurícia (MUR)
Fuso horário Tempo da Maurícia (UTC+4)
 - Verão (DST) (UTC+5)
Org. internacionais CPLP
Bandeira da Francofonia Francofonia
União Africana
Comunidade das Nações
Cód. Internet .mu
Cód. telef. +230

Mapa da/do MauríciaPE / MaurícioPB

1 Inglês é a única língua citada na Constituição. Porém, a extensa maioria da população é fluente apenas em Língua crioula e o francês é compreendido até mesmo nas áreas rurais.

Maurícia (português europeu) ou Maurício (português brasileiro), oficialmente República da Maurícia ou República de Maurício[2] , é um país insular do oceano Índico, constituído pelas ilhas Mascarenhas orientais: ilha Maurícia, ilha Rodrigues e por dois arquipélagos mais a norte: as ilhas Cargados Carajos e Agalega. A Maurícia disputa ainda com Madagascar e a França a ilha de Tromelin.

Está localizada a cerca de 800 km a leste da ilha de Madagascar e os seus vizinhos mais próximos são o departamento francês de Reunião, a oeste, e as Seychelles, a norte. A capital é Port Louis. Forma juntamente com a Líbia e com o Seychelles, o grupo de países do continente africano com Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto.[3]

Os campos de cana-de-açúcar são ocupantes de mais de 50% da ilha. Vulcões negros sem vegetação, encontram-se elevados dentre os pés cultivados de cana-de-açúcar. O açúcar é a planta mais produzida na agricultura da ilha.

A ilha foi descoberta em 1505 pelos portugueses e colonizada em 1598 pelos holandeses. Posteriormente, a França e, depois, o Reino Unido foram os países governantes da ilha. A independência da Maurícia foi proclamada em 1968. Port Louis, um aglomerado urbano cuja população ultrapassa 140 mil pessoas, é a capital e porto mais importante.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Local de visita de marinheiros que vieram da Arábia durante o século XV[4] e nomeado em língua árabe como Diva Mashriq (المغنية المشرق),[5] "ilha oriental"[5] , a Maurícia de hoje (da língua inglesa Mauritius e do francês Maurice) é visível nos mapas da época.[6] Um século depois, troca-se o nome pelo de Cirne, recebendo dos portugueses,[7] pelos quais foi encontrada deserta e não tiveram o desejo de ocupação,[4] e depois pelo de Mascarenhas, que descobriu a vizinha ilha de Reunião.[8] Os neerlandeses, que chegaram em 1580, deram-lhe o nome de Maurício, deferindo-se ao stathouder Maurício de Nassau.[9] Depois que os Países Baixos entregaram a ilha para ser dominada pela Companhia Francesa das Índias Orientais, em 1715, a colônia começou a ser chamada de Île de France.[10] Durante o século XIX, quando a ilha passou a ser administrada pelo Reino Unido, foi retomado o nome Maurício, conservado atualmente desde então.[10] Em português europeu, o uso e as fontes lexicográficas têm, no entanto, privilegiado a forma Maurícia,[11] [12] [13] [14] [15] [16] a par de (Ilhas) Maurícias.[17] [15]

História[editar | editar código-fonte]

A ilha foi descoberta pelos portugueses, em 1505. Foi primeiro colonizada pelos holandeses, em 1638, e nomeada em honra ao príncipe Maurício de Nassau. Os franceses controlaram a ilha durante o século XVIII e a renomearam para Îlle de France. A ilha foi tomada pelos britânicos em 1814, que restauraram seu nome anterior.

A independência aconteceu em 1968, mas a Maurícia manteve como chefe de Estado o monarca do Reino Unido e apenas se tornou uma república em 1992, sendo membro da Commonwealth. A ilha tem um governo democrático estável com eleições livres e regulares, e direitos humanos positivos. Consequentemente, atraiu grande investimento estrangeiro, ganhando assim a maior renda per capita da África.

Em 1992, o governo reivindica à Corte Internacional de Justiça, em Haia, Holanda, a posse do Arquipélago de Chagos, incluindo o atol Diego Garcia, parte do Território Britânico do Oceano Índico.

Em 1995, uma coalizão de esquerda obtém maioria no parlamento e elege primeiro-ministro Navinchandra Ramgoolam, do Partido Trabalhista de Maurício (MLP), com a promessa de maior distribuição da riqueza gerada pela prosperidade no turismo e nas finanças.

Em novembro de 2000, a aliança oposicionista, formada pelos Movimento Socialista Mauriciano (MSM) e Movimento Militante Mauriciano (MMM), conquista 54 das 62 cadeiras no Parlamento. Sir Anerood Jugnauth (MSM) é nomeado primeiro-ministro.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite de Maurícia.
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Junto com a ilha da Reunião e Rodrigues, a ilha faz parte das Ilhas Mascarenhas. Este arquipélago foi formado por uma série de erupções vulcânicas há 8 ou 10 milhões de anos e atualmente não possui nenhum vulcão ativo. A ilha Maurícia possui um planalto central, com seu cume mais alto no sudoeste, Piton de la Riviere Noire com 828 m. Ao redor do planalto, a cratera original pode ainda ser distinguida de várias montanhas.

O clima local é o tropical, modificado por ventos do sudeste; é predominantemente quente, com um inverno seco e verão chuvoso.

A capital da ilha e a maior cidade é Port Louis, no noroeste. Outras cidades importantes são Curepipe, Rose Hill, Quatre Bornes e Vacoas-Phoenix.

Disputas territoriais[editar | editar código-fonte]

Maurícia tem reivindicado soberania sobre o arquipélago de Chagos, localizado 1.287 quilômetros a nordeste e administrado como parte do Território Britânico do Oceano Índico. Chagos era administrativamente parte da Maurícia a partir do século XVIII, quando os franceses se estabeleceram nas ilhas. Todas as ilhas que fazem parte do território colonial francês de Isle de France (como Maurício era então conhecida) foram cedidas aos britânicos em 1810, ao abrigo da Lei de capitulação assinada entre os dois poderes.[18] Em 1965, três anos antes da independência da ilha Maurícia, o Reino Unido separou de Maurícia o arquipélago de Chagos e as ilhas de Aldabra, Farquhar e Desroches das Seychelles, para formar o Território Britânico do Oceano Índico (BIOT). As ilhas foram formalmente estabelecidas como um território ultramarino do Reino Unido em 8 de novembro de 1965. Em 23 de junho de 1976, Aldabra, Farquhar e Desroches foram devolvidos às Seychelles, como resultado de sua independência alcançada. O Território Britânico do Oceano Índico passou a compreender apenas o arquipélago de Chagos. O Reino Unido passou a alugar a ilha principal do arquipélago, Diego Garcia, para os Estados Unidos ao abrigo de um contrato de arrendamento de 50 anos (que expira em 2016) para estabelecer uma base militar.[19] [20] Maurícia tem afirmado repetidamente que a separação de seus territórios é uma violação das resoluções das Nações Unidas que proíbe o desmembramento de territórios coloniais antes da independência e afirma que o arquipélago de Chagos, incluindo Diego Garcia, é parte integrante do território da ilha Maurícia sob a lei das Maurícias e do direito internacional.[21] Depois de inicialmente negar que as ilhas eram habitadas, o Reino Unido expulsou funcionários britânicos á força, que eram cerca de 2.000. Desde 1971, apenas o atol de Diego Garcia é habitado, abrigando cerca de 3.000 cidadãos militares e funcionários do Reino Unido e Estados Unidos. Chagosianos, desde então, têm levantado discussões para a possível volta ao arquipélago, alegando que a expulsão e expropriação foram ilegais.[22] [23]

Em 18 de março de 2015, o Tribunal Permanente de Arbitragem decidiu por unanimidade que a área marinha protegida (MPA) - que o Reino Unido pretendia declarar em torno do arquipélago de Chagos em abril de 2010 - era ilegal sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, uma vez que a Maurícia teve direitos juridicamente vinculativos para pescar nas águas que circundam o arquipélago de Chagos, para um eventual regresso do arquipélago de Chagos, e para a preservação de qualquer minerais ou petróleo descobertos em ou perto do arquipélago de Chagos antes de seu retorno.[24] [25] O tribunal analisou em pormenor os compromissos assumidos pelo Reino Unido aos Ministros maurícios nas negociações de Lancaster House, em setembro de 1965. O Reino Unido argumentou que essas empresas não eram obrigatórias e não tinha estado no direito internacional. O Tribunal rejeitou com firmeza esse argumento, considerando que essas empresas tornaram-se um acordo internacional vinculativo sobre a independência da ilha Maurícia, e tem vinculado o Reino Unido desde então. Constatou-se que os compromissos do Reino Unido no sentido de Maurícia, em matéria de direitos de pesca e direitos de petróleo e minerais no arquipélago de Chagos, são juridicamente vinculativos.[26] [27]

Maurícia também reivindica soberania sobre a ilha Tromelin, de França, uma pequena ilha que fica a 430 quilômetros ao nordeste de Maurícia e que atualmente faz parte do grupo insular designado Ilhas Mascarenhas.

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população da Maurícia é composta de pessoas de várias origens, sendo a maioria de origem indiana (cerca de 68%) e os restantes de origem europeia, africana, chinesa e malgaxe. O país tem cerca de 1,2 milhão de habitantes, sendo as mais populosas as cidades de Port Louis (148,780), Beau Bassin (108,685), Vacoas-Phoenix (105,602), Curepipe (82,904) e Quatre Bornes (79,857), segundo dados de 2005.

Cidades mais populosas[editar | editar código-fonte]

Línguas[editar | editar código-fonte]

Sendo ao mesmo tempo um país de língua Inglesa e de língua francesa, Maurício é membro tanto da Comunidade das Nações e da Francofonia. A constituição de Maurício não faz menção a uma língua oficial. É só no Parlamento que a língua oficial é o inglês; qualquer membro da Assembleia Nacional também pode usar o francês.[28] O inglês é particularmente cultivado pela população de origem indiana e o francês é usado principalmente na mídia e na literatura. As outras línguas oficiais são o francês. O português vem sendo promovida e já é ensinada em algumas instituições,[29] para atender as condições para o país alcançar uma de suas metas, que é fazer parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Desde 2006, Maurício já é um observador associado da CPLP.[30] A língua de comunicação habitual é o crioulo de Maurício, uma língua crioula construída com base no francês. Muitos dos imigrantes indianos e chineses ainda falam as suas línguas de origem.

Religião[editar | editar código-fonte]

Religião na Maurícia[31]
Religião % aprox.
Hinduísmo
  
43 93%
Cristianismo
  
32 69%
Islão
  
16 85%
Outras religiões
  
4 01%
Agnósticos
  
2 53%

Os hindus formam 52%, católicos 27,5%, outros cristãos 8,6%, muçulmanos 16,6% e não-religiosos 0,4%, enquanto as outras religiões até 2,5%, e um adicional de 0,3% não especificou suas crenças religiosas[32] .

Política[editar | editar código-fonte]

O Chefe de Estado é um presidente eleito pela Assembleia Nacional (o parlamento). Esta é formada por 62 membros eleitos diretamente pelo voto popular mais quatro a oito membros adicionais, chamados de "melhores perdedores", que são candidatos à eleição para representar minorias étnicas. O governo é formado pelo primeiro-ministro e pelo conselho de ministros para um governo de cinco anos, depois das eleições.

Em 2006, Maurício pediu para se tornar um membro observador da CPLP de forma a aproximar-se destes países.

A política da ilha Maurícia é baseada no sistema democrático parlamentar, no qual o Presidente da República é o chefe de Estado e o primeiro-ministro o chefe do governo. O poder executivo é exercido pelo governo, e o legislativo é partilhado pelo governo e pela Assembleia Nacional. A Assembleia Nacional é formada por 62 membros elegidos diretamente pelo voto popular mais 4 a 8 membros adicionais, chamados de "melhores perdedores", que são candidatos à eleição para representar minorias étnicas. O governo é formado pelo primeiro-ministro e pelo Conselho de ministros para um governo de cinco anos, depois das eleições.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

A própria ilha Maurícia é dividida em nove distritos: Black River, Flacq, Grand Port, Moka, Pamplemousses, Plaines Wilhems, Port Louis, Rivière du Rempart e Savanne.

Outras três ilhas são também são parte do Maurício: Agalega, Cargados Carajos ou São Brandão, e Rodrigues.

Distritos da Maurícia numerados
Distritos da Maurícia
Divisões administrativas

O Governo local tem nove divisões administrativas, com conselhos municipais e de vilas nas áreas urbanas e conselhos distrital e de aldeias nas áreas rurais. A ilha de Rodrigues forma a décima divisão administrativa do país. Outras dependências são ilhas Agalega e Cargados Carajos Shoals. As divisões são Black River, Flacq, Grand Port, Moka, Pamplemousses, Plaines Wilhems, Port Louis, Riviere du rempart e Savanne.

As Ilhas Maurício estão divididas em 9 distritos, e três dependências. A tabela abaixo indica a legenda no mapa, bem como o código ISO 3166:2-MU correspondente. (Notar que alguns códigos dizem respeito a cidades.)

Legenda ISO Subdivisão Tipo Capital
1 MU-BL Black River distrito Tamarin
2 MU-FL Flacq distrito Centre de Flacq
3 MU-GP Grand Port distrito Mahébourg
4 MU-MO Moka distrito Moka
5 MU-PA Pamplemousses distrito Triolet
6 MU-PW Plaines Wilhems distrito Rose Hill
7 MU-PL Port Louis distrito Port Louis
8 MU-RR Rivière du Rempart distrito Poudre d'Or
9 MU-SA Savanne distrito Souillac
MU-AG Agalega dependência
MU-CC Cargados Carajos dependência
MU-RO Rodrigues dependência Port Mathurin
MU-BR Beau Bassin-Rose Hill cidade
MU-C Curepipe cidade
MU-PU Port Louis cidade
MU-QB Quatre Bornes cidade
MU-VP Vacoas-Phoenix cidade

Economia[editar | editar código-fonte]

O principal produto da Maurícia é o açúcar, do qual já foi o 3º produtor mundial. Outros importantes produtos agrícolas são o chá e o tabaco. A economia é diversificada, tendo o turismo como uma das principais atividades económicas. A ilha instituiu a primeira zona franca do Oceano Índico.

Desde a sua independência, em 1968, a economia de Maurício, até então uma economia de baixa renda baseada na agricultura, tornou-se uma economia diversificada com crescimento dos setores industriais, financeiros e turísticos. Para a maioria do período, o crescimento anual esteve na ordem de 5 a 6%. Esta realização notável foi refletida numa distribuição de renda mais justa, no aumento da expectativa de vida, no declínio da mortalidade infantil e em numa melhora da infra-estrutura do país.

A plantação de cana-de-açúcar ocupa 90% da área de terra cultivada e corresponde a 25% do total de exportação. A estratégia do desenvolvimento do governo centra-se em expandir instituições financeiras locais e em construir um sistema de telecomunicações interna.

A exploração da Ilha, tanto no âmbito agrário como turístico, tem dependido diretamente das autoridades locais. É um país fundamentalmente dedicado à agricultura (especialmente ao cultivo da cana de açúcar), representando 60% do produto Interior Bruto. Perto de 50% da superfície da ilha está dedicado à agricultura. Outra fonte de beneficios é a exportação de chá aos países do sul da África, sem esquecer o cultivo do tabaco e das flores ornamentais. Porém, grande parte dos recursos são destinados à importação de outros produtos dos que carece a ilha, tais como o arroz ou a batata. A segunda indústria em importância é a indústria têxtil e graças à ter-se convertido na primeira zona franca do Oceano Índico, Maurício destaca-se pela importação, tratamento e exportação de produtos manufaturados. O turismo é outra das indústrias principais do país.

Cultura[editar | editar código-fonte]

A cultura da ilha Maurício envolve uma mistura de diversas culturas através da história da ilha, incluindo influências indianas, europeias e africanas.

Culinária[editar | editar código-fonte]

Durante o período das Grandes navegações e descobertas o pássaro Dodô era muito apreciado na culinária dos navegantes e piratas o que levou à extinção.

A culinária nacional é a mistura de influências da cozinha Criola, Chinesa, Francesa e Indiana. É comum a combinação destas culinárias para a elaboração de um prato.

Maurícia tem fortes laços culturais com a França. A popularidade dos pratos franceses como o daube, civet de lièvre ou coq au vin servidos com vinho, mostram a prevalência da culinária francesa na Maurícia na atualidade. Com o passar dos anos, algumas receitas foram adaptadas com a adição de ingredientes mais exóticos nativos da ilha, o que confere, em muitos casos, um sabor único.

Durante o século XIX, após a abolição da escravatura, trabalhadores indianos migraram para a ilha trazendo consigo sua culinária. No final do mesmo século, veio uma outra onda de imigração, desta vez da China, especialmente Chineses da região sudoeste da China, o que também influenciou a culinária local.

Ao longo dos anos, cada comunidade adaptou e misturou elementos uma das outras ao seu gosto, resultando na culinária atual.

A produção de rum é comum na ilha. [carece de fontes?] A cana de açúcar foi inicialmente introduzida no ano de 1638 pela colonização holandesa.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Enquanto Kreol Marisyen (Crioulo da Maurícia) é a língua mais falada na Maurícia, a maior parte da literatura é escrita em francês, embora muitos autores escrevam em inglês, bhojpuri e marisyen, assim como em outras língua como Abhimanyu Unnuth e hindi. O mais renomado escritor local, Dev Virahsawmy escreve exclusivamente em marisyen. Entre os autores importantes destaca-se Malcolm de Chazal, Ananda Devi, Raymond Chasle, Loys Masson, Marcel Cabon e Edouard Maunick.[carece de fontes?]

Esportes[editar | editar código-fonte]

Devido à carência de patrocínio, as equipes esportivas nacionais não obtêm muito sucesso em competições internacionais. Contudo, recentemente, a união de Rugby têm crescido rapidamente em popularidade. O futebol também é muito popular. As seleções nacionais estão em posições muito modestas nos rankings internacionais de seus respectivos esportes.[carece de fontes?]

Nos jogos olímpicos de Beijing 2008, a Maurícia ganhou sua primeira medalha olímpica. Bruno Julie ganhou a medalha de bronze na categoria peso galo do boxe.

No entanto, a Maurícia é competitiva a nível regional, especialmente em competições realizadas entre os países do Índico. A Maurícia coleciona alguns ouros, pratas e bronzes nos Jogos das Ilhas do Oceano Índico (JIOI). A segunda e a quinta edição foram realizadas na ilha em 1985 e 2003, respectivamente.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): Human Development Report 2014 (em inglês) (24 de julho de 2014). Visitado em 2 de agosto de 2014.
  2. Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
  3. Seicheles e Líbia lideram desenvolvimento humano em África - Panapress, 10 de setembro de 2005..
  4. a b Larry Wells Bowman. History: Early history and colonial administration Encyclopaedia Britannica. Visitado em 12 de março de 2015.
  5. a b Guébourg 2006, p. 48
  6. Enciclopédia Mirador Internacional 1993, p. 7348
  7. Early Settlement Country Studies. Visitado em 12 de março de 2015.
  8. A troubled history of Paradise: Reunion Island reunionisland.fr. Visitado em 12 de março de 2015.
  9. Vincent Hiribarren. What do the names of African countries mean? Página Pessoal de Vincent Hiribarren. Visitado em 12 de março de 2015.
  10. a b History of Mauritius mauritius.org.uk. Visitado em 12 de março de 2015.
  11. Porto Editora. Verbete "mauriciano" Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico Infopédia. Visitado em 13 de março de 2015.
  12. Porto Editora. Verbete "Maurícia" Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa Infopédia. Visitado em 13 de março de 2015.
  13. Priberam Informática, S.A.. Verbete "mauriciano" Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Visitado em 13 de março de 2015.
  14. Serviço das Publicações da União Europeia (1 de janeiro de 2015 (última atualização)). Anexo A5 — Lista dos Estados, territórios e moedas Código de Redação Interinstitucional da União Europeia. Visitado em 13 de março de 2015.
  15. a b Costa, José Mário (3 de novembro de 2005). O nome do habitante da República da Maurícia Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Visitado em 13 de março de 2015.
  16. Henriques, José Neves (1 de abril de 1997). Maurícia Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Visitado em 13 de março de 2015.
  17. Instituto de Linguística e Teórica Computacional. Maurícias Dicionário de Gentílicos e Topónimos Portal da Língua Portuguesa. Visitado em 13 de março de 2015.
  18. Time for UK to Leave Chagos Archipelago (em inglês) Real clear world. Visitado em 13 de agosto de 2015.
  19. Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Disputas_territoriais_de_Maur.C3.ADcia_1
  20. Who Owns Diego Garcia? Decolonisation and Indigenous Rights in the Indian Ocean (em inglês) Geoffrey Robertson. Visitado em 13 de agosto de 2015.
  21. Indradev Curpen (15 de junho de 2012). Chagos remains a matter for discussion (em inglês) Le Défi Media Group. Visitado em 13 de agosto de 2015.
  22. Mauritius profile (em inglês) BBC World (22 de julho de 2011). Visitado em 13 de agosto de 2015.
  23. History (em inglês) The UK Chagos Support Association. Visitado em 13 de agosto de 2015.
  24. Owen Bowcott, Sam Jones (19 de março de 2015). UN ruling raises hope of return for exiled Chagos islanders (em inglês) The Guardian. Visitado em 16 de abril de 2015.
  25. Chagos Marine Protected Area Arbitration (Mauritius v. United Kingdom) (Press Release and Summary of Award) Corte Permanente de Arbitragem (19 de março de 2015). Visitado em 14 de agosto de 2015.
  26. Mauritius: MPA Around Chagos Archipelago Violates International Law — This Is a Historic Ruling for Mauritius, Says PM (em inglês) http://allafrica.com/.+Visitado em 14 de agosto de 2015.
  27. IN THE MATTER OF THE CHAGOS MARINE PROTECTED AREA ARBITRATION — before — AN ARBITRAL TRIBUNAL CONSTITUTED UNDER ANNEX VII OF THE UNITED NATIONS CONVENTION ON THE LAW OF THE SEA — between — THE REPUBLIC OF MAURITIUS — and — THE UNITED KINGDOM OF GREAT BRITAIN AND NORTHERN IRELAND (em inglês) Corte Permanente de Arbitragem (18 de março de 2015). Visitado em 14 de agosto de 2015.
  28. Constitution of Mauritius - 49. Official language (em inglês). Visitado em 14 de março de 2015.
  29. Estudantes da língua portuguesa em Ilhas Maurício redigem dossiê sobre a Copa do Mundo e sobre ecoturismo (em português). Visitado em 14 de março de 2015.
  30. Ilhas Maurício quer estreitar relações com o Brasil (em português). Visitado em 14 de março de 2015.
  31. The Association of Religion Data Archives. Largest Religious Groups (Mauritius) (em inglês). Visitado em 25 de julho de 2011.
  32. Mauritius CIA - The World Factbook. Visitado em 5 de maio de 2012.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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