Metrópole

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
NoFonti.svg
Este artigo cita fontes confiáveis e independentes, mas que não cobrem todo o conteúdo (desde fevereiro de 2014). Por favor, adicione mais referências e insira-as corretamente no texto ou no rodapé. Material sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
Imagem de satélite da Região Metropolitana de Tóquio, com mais de 20 milhões de habitantes

Metrópole, da língua grega metropolis (μήτηρ, mētēr = mãe, ventre e πόλις, pólis = cidade), é o termo empregado para se designar as cidades centrais de áreas urbanas formadas por cidades ligadas entre si fisicamente (conurbadas)[1] [2] ou através de fluxos de pessoas e serviços[1] ou que assumem importante posição (econômica, política, cultural, comercial, etc.) na rede urbana da qual fazem parte (correspondentes, na classificação do IBGE,[1] às metrópoles nacionais e regionais).

Em certos países ou estados cujos territórios estão divididos em várias parcelas não contínuas, o termo metrópole designa também o território continental ou central desses países por oposição ao seu território não continental ou ultramarino. O termo é especialmente aplicado, no âmbito de impérios coloniais, para se referir ao território original da potência colonial, por oposição às suas colónias. Assim, por exemplo, até 1975, a Metrópole Portuguesa incluía Portugal Continental, o arquipélago da Madeira e o arquipélago dos Açores, constituindo os restantes territórios o Ultramar Português. Ainda hoje, os territórios franceses situados na Europa constituem a França Metropolitana, enquanto que os restantes constituem as coletividades do Ultramar.

A questão das grandes cidades e culturas extraeuropeias tem sido amplamente estudada pelo investigador alemão Ronald Daus. O termo metrópole, que é de origem grega e chegou ao português através do latim (com essa grafia a partir do século XVII), se referia à capital de uma província.[3] O significado urbano atual é do século XVIII.

Definição[editar | editar código-fonte]

Uma definição bastante comum entre a população e os meios de comunicação é a que mostra a metrópole como uma importante cidade de uma região (ou a principal cidade de uma província, estado ou região) ou, simplesmente, uma grande cidade.

De forma mais estrita (e verificável) uma metrópole é o conjunto de cidades (ou entidades políticos-administrativas correspondentes, como os municípios) conurbadas e que tem uma cidade principal que, geralmente, lhe dá o nome.[2]

Outra definição diz que a conurbação não é imprescindível para que haja uma metrópole. Ela geralmente existe, mas o necessário é a ligação entre a cidade principal e as outras através do fluxo de pessoas (principalmente trabalhadores: o movimento pendular diário) e da influência econômica daquela sobre estas e sobre a região[1] (ou até mesmo sobre um país, como as metrópoles nacionais).

Por essas definições, aglomeração urbana difere das metrópoles pela falta de uma cidade principal que tenha considerável população e importância econômica ao menos regional.[1] As metrópoles também diferem das regiões (ou áreas) metropolitanas por estas serem somente uma região de planejamento[2] ou uma formalização daquelas.[1] Mesmo que não haja uma região metropolitana legalmente estabelecida, a metrópole pode existir (basta pensar na Grande São Paulo antes da criação da região metropolitana, em 1973).

Maiores mais importantes[editar | editar código-fonte]

Metrópoles globais são metrópoles cujas áreas de influência se estendem por grandes regiões continentais ou mesmo mundiais que se destacam na esfera econômica mundial como Tóquio, Nova Iorque, São Paulo e Berlim pela forte presença de um mercado financeiro globalizado onde as principais instituições financeiras possuem representação e participação na bolsa de valores, na esfera política como Washington, Moscou e Londres, onde a cúpula dos países mais industrializados G8 se reúne a portas fechadas para discutir as políticas de influência de suas nações sobre o resto do mundo, na esfera cultural como Paris e Milão, as mais tradicionalmente aceitas como centros de difusão de novas culturas, modismos e tendências comportamentais, entre outras.

Dentro da hierarquia urbana, a metrópole nacional apresenta-se como um grande centro, muito bem equipado, onde existem todos os tipos de serviços e produtos industriais. Sua influência abrange todo o país. Imediatamente subordinada à metrópole nacional, aparece a metrópole regional, distribuindo produtos industriais e serviços a uma vasta porção do país.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. pp. 32-36, 55. ISBN 9788528610136
  2. a b c SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998. p. 308. ISBN 9788526229443
  3. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004. 1ª reimpressão com alterações. pp. 617, 1912. ISBN 978857302383X

Ligações externas[editar | editar código-fonte]