Renault

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Renault S.A.
Renault 2009 logo.svg
Slogan Passion for life (pt: Paixão pela vida)
Tipo Sociedade anónima
Indústria Indústria automobilística
Fundação dezembro de 1898 (116 anos)
Fundador(es) Louis Renault
Sede França Boulogne, França
Locais 118 países
Empregados Red down.png 127,086 (2012)
Produtos Automóveis
Valor
de mercado
Red down.png 23.210 bilhões (2013)
Lucro Red down.png 40.932 bilhões (2013)
LAJIR Red down.png -34 milhões (2013)
Sítio oficial www.renault.com

A Renault S.A. (pronuncia-se Renô) Euronext: RNO é um fabricante francês de veículos fundada em 1898 por Louis Renault. Produz desde automóveis pequenos e médios, vans (furgões), ônibus (autocarros) e caminhões (camiões). É conhecida pelos protótipos que desenvolve, como o Renault 16 ou os monovolumes Twingo, Scénic e Espace.

A Renault ganhou muitos prêmios internacionais, como por exemplo as 6 vezes Carro do Ano na Europa, 9 vezes Carro do Ano em Espanha, 3 vezes Carro do Ano na Eurásia Autobest, ou 2 vezes Carro do Ano na Irlanda.

Plataformas[editar | editar código-fonte]

Em parceria com a Nissan, a Renault utiliza as seguintes Plataformas Renault.

História[editar | editar código-fonte]

1898-1918
A primeira fábrica da Renault.
Louis Renault dirigindo um Renault Voiturette, 1903.

O grupo Renault foi fundado em 1898 pelo industrial francês Louis Renault, seus irmãos Marcel e Fernand e seus amigos Thomas Evert e Julian Wyer, pioneiros da indústria automobilística[1] e introdutores do taylorismo como forma de organização do trabalho na França. Os irmãos rapidamente perceberam a publicidade que poderiam atrair pela participação dos seus veículos em competições automobilísticas, e alcançaram rápido sucesso e reconhecimento nas primeiras corridas de cidade a cidade na França. Tanto Louis quanto Marcel Renault competiram com modelos de sua fábrica, porém Marcel morreu em um acidente de carro durante uma corrida de Paris a Madrid em 1903. Além dele, outros 15 competidores foram vítimas de acidentes, obrigando os organizadores a cancelarem a corrida. Apesar de Louis Renault não ter mais competido após isso, sua empresa continuou envolvida em competições. A Renault venceu corridas com o modelo AK 90 CV e foi vencedora do primeiro Grand Prix da história em 1906. Em 1909, Louis toma o controle total da empresa após a morte de seu outro irmão, Fernand.

Setembro de 1918, tanques FT-17 do exército americano.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Renault fabricou munição, aviões militares[1] e veículos como o tanque de guerra Renault FT-17. Louis Renault chegou a ser homenageado pelas forças da Tríplice Entente pela sua contribuição para a guerra com os seus veículos militares. Nesta época, a Renault passou a fabricar também veículos especiais para táxi. Após a guerra, a Renault tornou-se líder de mercado na França. Em 1918, inicia-se a construção de uma nova fábrica na cidade de Billancourt, deixando Louis com 85% das ações da empresa.[2]

Renault 40CV de 1923.
1919-1938

No período entre guerras, Louis Renault ampliou o escopo de sua empresa, produzindo máquinas agrícolas e industriais. Mas com a enorme demanda de encomendas de veículos, a Renault teve problemas de falta de estoque e de empregados, além de problemas na distribuição dos veículos.[3] Todos esses fatores levaram Louis, em 1920, a firmar um acordo entre a Renault e Louis Gustave Gueudet, um rico empresário francês que ajudou a empresa na distribuição pelo país. A empresa avançou muito em 1920, e chegou a produzir 45.809 unidades de sete modelos de carros, eram eles: 6cv, 10cv, Monasix, 15cv, Vivasix, 18/22cv e 40cv. Em 1928 a Renault começa a exportar para o Reino Unido, mas diminui as exportações para os Estados Unidos por conta do alto custo de exportação e baixo volume de vendas em relação as marcas nacionais do país.[3]

1939-1971

Durante a Segunda Guerra Mundial as forças armadas da Alemanha invadiram a França, tomaram posse das fábricas de Louis Renault e utilizaram com a ajuda de Daimler-Benz para a produção de veículos militares para a Alemanha Nazista. Por esse motivo, as forças inglesas bombardearam a fábrica da Renault em Billancourt em resposta a ocupação das tropas da Alemanha. Após a derrota alemã, Louis Renault foi preso durante a libertação da França em 1944 por "manter relações comerciais com inimigos" e acabou morrendo na prisão antes de preparar sua defesa. Seus ativos industriais foram confiscados pelo governo e as fábricas da Renault tornaram-se estatais, passando a chamar-se Régie Nationale des Usines Renault. Logo após a nacionalização, a montadora lançou o modelo 4 CV com motor na traseiro que competiu com os modelos de maior sucesso na época, como Morris Minor e Volkswagen Fusca. Foram vendidas meio milhão de unidades, até a sua descontinuação em 1961. O modelo 4 CV usado em competições venceu duas vezes a corrida 24 horas de Le Mans.[3]

O Renault Dauphine foi um trabalho da montadora Renault após o fim da produção de carros dos 4 CV. O modelo acabou tendo um grande desempenho na Europa, o que resultou na expansão da área de importação, aumentando as vendas na África e na América do Norte.[4] Nessa mesma época a Renault começou a produzir dois outros modelos de sucesso da indústria, o Renault 4[5] e Renault 8.

Logo corporativo da Renault adotado em 1972.
1972-2001

Em 1972 a Renault lançou o Renault 5, um carro popular que era um tentativa de conseguir sobreviver a crise do petróleo. Com este carro, a Renault ganhou um série de rallys. Entre 1979 e 1987, a Renault teve maioria de ações na empresa American Motors Corporation (AMC), à qual foi vendida à Chrysler em março de 1987.[6] Em abril de 1986 o governo da frança opôs-se à privatização da Renault. Porém, 10 anos depois, em 1996[5] a empresa foi parcialmente privatizada. Em 2 de janeiro de 2001, a montadora vendeu sua subdivisão de veículos industriais (Renault Véhicules Industriels) para a Volvo, que a rebatizou de Renault Caminhões em 2002.

Renault 9 Turbo. Renault 9 ​​vendido nos Estados Unidos como o Renault Alliance, ela foi eleito Carro do Ano nos Estados Unidos em 1983 pelo Motor Trend .
Países em que a Renault tem fábricas(em amarelo).

Situação atual[editar | editar código-fonte]

O governo da França detém 15,7 % da empresa, porém a Renault é uma empresa privada. Louis Schweitzer foi o executivo-chefe da Renault de 1992 a 2005, quando foi substituído pelo brasileiro Carlos Ghosn, que era até então o CEO da Nissan. A Renault participa em 64,4% do capital da fabricante japonesa de automóveis Nissan. Juntas, elas formam a Aliança Renault-Nissan (Renault-Nissan Alliance). Outras participações da Renault são na Samsung Motors da Coreia do Sul, na sueca Volvo Trucks e na romena Dacia.[carece de fontes?]

O Renault Captur, mais vendido SUV na Europa

Na América do Sul, a Renault possui fábrica na Argentina desde 1967, porém seus modelos foram montados naquele país desde 1960. No Brasil, esteve presente na década de 1960 com Renault Gordini, fabricado em parceria com a norte-americana Willys Overland, que produziu sob licença os modelos Dauphine e Gordini que era uma versão mais aprimorada do Dauphine, até 1968, ano em que a Willys Overland vendeu suas operações para a Ford , a qual herdou o "projeto M". Esse projeto, desenvolvido em parceria entre a Renault e a Willys, resultou no lançamento pela Ford em 1968 do Corcel, um automóvel cujo estilo pode ser considerado,a grosso modo, uma versão americanizada do Renault 12 e com motores Renault CHT que equiparam vários carros da Renault, Ford e Volkswagen no Brasil.

Por causa do fechamento do mercado brasileiro na década de 1970 em que importados não podiam ser comercializados no país, e já que a Renault não tinha fabrica instalada em território nacional, a empresa teve que sair do país, no qual ficou por duas décadas sem entrar no país, Já na década de 90 quando o mercado abriu as portas para o exterior graças ao governo de Fernando Collor, a Renault foi a primeira a retornar ao país em 1992, entrando inicialmente como importadora, e, posteriormente, como montadora sendo hoje uma marca nacionalizada, e a 5° marca mais vendida no país por 10 anos consecutivo, estando entre as 5 marcas mais importantes do Brasil, a marca é reconhecida pela forte e robusta mecânica e na qualidade de seus materiais. Em 1998 foi inaugurada a moderna planta fabril na cidade de São José dos Pinhais no Estado do Paraná. Sua fábrica que hoje foi ampliada passando a produção de 220 mil para 320 mil veículos anualmente. A Renault possui atualmente 280 concessionárias em todo o Brasil.[carece de fontes?]

No Brasil a Renault inaugurou sua fábrica em 1998, na cidade de São José dos Pinhais (PR) onde atualmente são produzidos 380000 unidades anualmente, sendo veículos, utilitários, motores e plataformas, os modelos de maior sucesso de vendas no Brasil onde ficaram por mais de 10 anos no mercado, foram o Mégane e a Scénic, sendo esses, os primeiros modelos nacionais desde a inauguração em 1998 até o ano de 2011 no mercado, a Renault é a 5.ª marca mais vendida no Brasil desde 2007.[carece de fontes?]

País Rango As vendas da Renault (2013)
Brasil 2 236 360
Argentina 6 141 217
Espanha 9 98 024

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Carro do Ano na Europa[editar | editar código-fonte]

Sete modelos tem também uma segunda ou terceira classificação.

Carro do Ano em Espanha[editar | editar código-fonte]

(*): A Citroen Xantia foi eleito como vencedor do troféu em 1994

Carro do Ano 'Autobest'[editar | editar código-fonte]

O Carro do Ano troféu 'Autobest é atribuída pelo júri Autobest, de 15 países: Bulgária, Croácia, República Checa, Chipre, Macedónia, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Turquia , Ucrânia e Malta. Os quinze membros do júri Autobest designar um troféu vencedor, depois de marcar 13 critérios, incluindo o consumo de combustível, versatilidade, espaço ou design.

Carro do Ano na Irlanda[editar | editar código-fonte]

Carros de competição[editar | editar código-fonte]

Fernando Alonso, pilotando modelo Renault em Indianapolis no ano de 2005. Nesse mesmo ano, Alonso venceu o campeonato de F1 com a equipe.
Formula 1

A Renault competiu como equipe na Formula 1 entre 1977 e 1985. De 1989 a 1997 a Renault se ausentou da F1 como equipe, porém continuou participando ativamente, como fornecedora de motores, sendo fornecedora de motores das vitoriosas equipes Williams e Benetton.

Novamente do ano de 2002, com aquisição da Benetton, a equipe Renault retornou a F1 como equipe, sendo bicampeã do mundial de construtores em 2005 e em 2006 e fazendo do piloto Fernando Alonso o bicampeão do mundial de pilotos desse mesmo ano.

Em 2010 a equipe passou a contratar os pilotos Robert Kubica e Vitaly Petrov, não obtendo contudo resultados significativos. Mais tarde em 2011 a equipe passou a se chamar Lotus Renault após o grupo Genii Capital vender sua parcela de participação na equipe para o grupo Lotus. A equipe contou nesse ano com os pilotos Nick Heidfeld e Vitaly Petrov. Contudo Heidfeld foi mais tarde substituido por Bruno Senna por ter seu rendimento considerado insatisfatório. Em 2012 a equipe passa a se chamar somente Lotus firmando um acerto com o piloto francês Romain Grosjean e o retorno do piloto finlândes campeão Kimi Raikkonen

Modelo Renault Mégane da TC 2000 de 2006.
Renault Sport

A Renault possui desde a década de 1970 uma divisão responsável pelas competições dos carros da marca.

Participação na Avto VAZ[editar | editar código-fonte]

Em 8 de dezembro de 2007 foi anunciada uma parceria entre empresas estatais russas e a Renault para revitalizar a AvtoVAZ e a marca Lada. O estado russo, via empresas estatais, e a Renault serão sócios na proporção de 50% para cada em uma sociedade de propósito específico que, por sua vez, deterá pelo menos 50% de participação no capital da AvtoVAZ[7]

Renault Zoé, 240 km

Veiculos elétricos[editar | editar código-fonte]

O consorcio Renault-Nissan vem colaborando com o Project Better Place para a produção de redes de vehículos totalmente eléctricos e milhares de estações de recarregamento em Dinamarca, Portugal, Israel, Silicon Valley (na Califórnia, Estados Unidos) e em outros países. Já em 2011 oferecerá a parceria de Renault-Nissan e Better Place a infraestrutura e os automóveis.

Modelos e Motores fabricados no Brasil[editar | editar código-fonte]

Renault Mégane (1998-2011) - (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M), (2.0 8v F3R), (2.0 16v F4R).

Renault Scénic (1998-2011) - (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M), (2.0 8v F3R), (2.0 16v F4R).

Renault Clio (2000-2014) - (1.0 8v D7D), (1.0 16v D4D), (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M).

Renault Kangoo (2000-2014) - (1.0 8v D7D), (1.0 16v D4D), (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M).

Renault Master (2003-2014) - (2.3 16v DCi), (2.5 16v DCi), (2.8 16v DTi Turbo).

Renault Mégane Grand Tour (2007-2013) - (1.6 16v K4M), (2.0 16v F4R).

Renault Sandero (2007-2014) - (1.0 16v D4D), (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M).

Renault Logan (2007-2014) - (1.0 16v D4D), (1.6 8v K7M), (1.6 16v K4M).

Renault Fluence (2010-2014) - (2.0 16v M4R), (2.0 16v F4R Turbo).

Renault Duster (2011-2014) - (1.6 16v K4M), (2.0 16v F4R).

Modelos Importados no Brasil[editar | editar código-fonte]

Renault Twingo, 2014, 'City' Carro do Ano na UK 2015[8]
Renault Clio Estate, 2013
Renault Kadjar SUV, 4x4 og 2x4

Modelos[editar | editar código-fonte]

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Renault do Brasil. Visitado em 08-01-2009.
  2. História da Renault.
  3. a b c Mais Tuning - História da Renault. Visitado em 08-01-2009.
  4. Sérgio Berezovsky. Renault Dauphine - Quatro Rodas. Visitado em 08-01-2010.
  5. a b Carros do passado - Renault 4. Visitado em 08-01-2010.
  6. "DaimlerChrysler: The 'What Ifs?'", Ward's AutoWorld, 1 de junho de 2008, Página acessada em 8 de janeiro de 2010
  7. Renault.com - AvtoVAZ...
  8. a b Renault Twingo was named UK 'City Car Of The Year' for 2015 UK COTY (2015). Visitado em 10 March 2015. "'small, cute, nicely packaged and interesting' (Tom Ford), 'full of neat design touches that elevate this car above the competition' (Guy Bird) and 'the most fun and funky car in its class' (Paul Hudson)"

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
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