Roberto Landell de Moura

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Roberto Landell de Moura
Física e química
Landell de Moura retratado em 1908.
Dados gerais
Nacionalidade Brasil Brasileira
Nascimento 21 de janeiro de 1861
Local Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Morte 30 de junho de 1928 (67 anos)
Local Porto Alegre
Causa Tuberculose
Progenitores
Mãe Sara Mariana Landell
Pai Inacio José Ferreira de Moura
Atividade
Campo(s) Física e química
Alma mater Pontifícia Universidade Gregoriana
Conhecido(a) por estudos na área transmissão sem fio via rádio

Roberto Landell de Moura (Porto Alegre, 21 de janeiro de 1861 — Porto Alegre, 30 de junho de 1928) foi um padre católico, cientista e inventor brasileiro, considerado o Patrono dos Radioamadores do Brasil.[1] [2] Também é considerado, no Brasil, o pioneiro do rádio.[3]

O trabalho de Landell de Moura envolvendo experimentos com ondas eletromagnéticas foi pioneiro, tendo possivelmente sido o primeiro a transmitir a voz humana por rádio com sucesso.[4] [5]

Landell de Moura conseguiu patentear seus inventos tanto no Brasil como nos Estados Unidos. No Brasil, obteve a patente n° 3.279, em 9 de março de 1901. Nos Estados Unidos, recebeu, em 11 de outubro de 1904, a patente de número 771.917, para seu "Transmissor de Ondas" e, em 22 de novembro do mesmo ano, as patentes de número 775.337, para seu "Telefone sem Fio", e 775.846, para seu "Telégrafo sem Fio".[6] [7] [8]

Por ocasião dos 150 anos de seu nascimento, celebrado em 21 de janeiro de 2011, o Padre Landell de Moura teve seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, através da Lei Nº 12.614, sancionada pela Presidência da República do Brasil em 27 de abril de 2012.[9]

O Padre Landell[editar | editar código-fonte]

O padre Landell de Moura nasceu no centro da cidade de Porto Alegre (RS), em 1861. Realizou os seus primeiros estudos em Porto Alegre e São Leopoldo, antes de seguir para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em companhia do irmão Guilherme, seguiu para Roma, matriculando-se em 22 de março de 1878 no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana, onde estudou física e química. Completou sua formação eclesiástica em Roma, formando-se em Teologia, e foi ordenado sacerdote em 1886.[10]

Quando voltou ao Brasil, substituiu algumas vezes o coadjutor do capelão do Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e manteve longos diálogos científicos com D. Pedro II. Depois disso, serviu em uma série de cidades dos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo: Porto Alegre, Uruguaiana, Santos, Campinas, São Paulo, Mogi das Cruzes (1906-1907).

Em Roma, iniciou os estudos de física e eletricidade. No Brasil, como autodidata continuou seus estudos, e realizou as suas primeiras experiências públicas na cidade de São Paulo, no final do século XIX.

Transmissão da voz[editar | editar código-fonte]

Notícia no Jornal do Commercio de 10 de junho de 1900.

Foi pioneiro na transmissão da voz, utilizando equipamentos de rádio de sua construção patenteados no Brasil em 1901, e, posteriormente, nos Estados Unidos em 1904. Landell transmitiu a voz humana por meio de dois veículos; o primeiro, um transmissor de ondas que utilizava um microfone eletromecânico de sua invenção que recolhia as ondas sonoras através de uma câmara de ressonância onde um diafragma metálico abria e fechava o circuito do primário de uma bobina de Ruhmkorff, e induzia no secundário dessa bobina uma alta tensão que era irradiada ou através de uma antena ou de duas esferas centelhadoras. A detecção era feita por dispositivos que foram sendo melhorados ao longo do tempo.

O segundo meio utilizado pelo cientista era através do aparelho de telefone sem fio, que utilizava a luz como uma onda portadora da informação de áudio. Neste aparelho, as variações das pressões acústicas da voz do locutor eram transformadas em variações de intensidade de luz, de acordo com a onda de voz, que eram captadas em seu destino por uma superfície parabólica espelhada em cujo foco havia um dispositivo cuja resistência ohmica variava segundo as variações da intensidade de luz. No circuito de detecção havia apenas o dispositivo fotossensível, uma chave, um par de fones de ouvido e uma bateria. Por utilizar a luz como meio de transporte de informação, Landell é considerado um dos precursores das fibras ópticas.

O padre Landell realizou experiências a partir de 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo. O jornal O Estado de S.Paulo noticiou que, em 1899, ele transmitiu a voz humana a partir do Colégio das Irmãs de São José, hoje Colégio Santana, no alto do bairro de Santana, zona norte da capital paulista. Também efetuou demonstrações públicas de seu invento no dia 3 de junho de 1900 sendo noticiada pelo Jornal do Commercio de 10 de junho de 1900:

"No domingo passado, no alto de Santana, na cidade de São Paulo, o padre Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção. No intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço, as quais foram coroadas de brilhante êxito. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas, Percy Charles Parmenter Lupton, representante do governo britânico, e sua família".

Em 1903, Arthur Dias, em seu livro "Brasil Actual", faz referência a Landell de Moura descrevendo, entre outras coisas, o seguinte:[carece de fontes?]

...logo que chegou a S. Paulo, em 1893, começou a fazer experiências preliminares, no intuito de conseguir o seu intento de transmitir a voz humana a uma distância de 8, 10 ou 12 km, sem necessidade de fios metálicos.

Conforme relata Medeiros (2007), a primeira transmissão rádio da voz humana foi realizada por Landell ainda em 1893:

No Brasil, o Padre Roberto Landell de Moura (...) projetou um transmissor de rádio e fez a primeira transmissão da voz através de ondas eletromagnéticas, na Av. Paulista, cidade de São Paulo, em 1893. Ouvida com clareza em um receptor instalado no alto de Santana, a uma distância de oito quilômetros, a transmissão pública pode ser considerada a primeira do mundo, por ter ocorrido bem antes dos experimentos bem-sucedidos de Marconi.

Precursor das comunicações rádio no Brasil, o Padre Moura, devido às inúmeras dificuldades, não pôde patentear o seu importante invento.

 
Julio César de Oliveira Medeiros[3] .

Após alguns meses de penosos trabalhos, obteve excelentes resultados com um dos aparelhos construídos. O telefone sem fios é reputado a mais importante das descobertas do padre Landell, e as diversas experiências por ele realizadas na presença do vice-cônsul inglês de S. Paulo, Sr. Percy Charles Parmenter Lupton, e de outras pessoas de elevada posição social, foram tão brilhantes que o Dr. Rodrigues Botet, ao dar notícias desses ensaios, disse não estar longe o momento da sagração do padre Landell como autor de descobertas maravilhosas".

Incompreensão e descaso do Brasil[editar | editar código-fonte]

O êxito das experiências do Padre Landell não teve a devida acolhida das autoridades brasileiras da época, conforme se verifica em reportagem publicada no jornal La Voz de España, (editado em S. Paulo), no dia 16 de dezembro de 1900, que diz:

quantas e que amargas decepções experimentou Padre Landell ao ver que o governo e a imprensa de seu país, em lugar de o alentarem com aplauso, incentivando-o a prosseguir na carreira triunfal, fez pouco ou nenhum caso de seus notáveis inventos.

Estava em Campinas quando, numa tarde, ao retornar da visita a um doente, encontrou a porta da casa paroquial arrebentada e seu laboratório e instrumentos completamente destruídos.

Visto por uma população ignorante como "herege", "impostor", "feiticeiro perigoso", "louco", "bruxo" e "padre renegado" por seus experimentos envolvendo transmissões de rádio dois dias antes em São Paulo, pagou com sofrimento, isolamento e indiferença sua posição de absoluto vanguardismo científico.

Em junho de 1900, por carta, Landell de Moura pretendeu doar seus inventos ao governo britânico, como registrou em pesquisa para doutorado na USP, em 1999, o historiador da ciência Francisco Assis de Queiroz.

Em 1905, ao retornar ao Brasil após uma estada de três anos nos Estados Unidos, ainda teve energia para enviar uma carta ao presidente da República, Rodrigues Alves. Solicitava dois navios da esquadra de guerra para demonstrar os seus inventos que revolucionariam a comunicação (chegou a dizer que, no futuro, haveria comunicação interplanetária). O assistente do presidente, no entanto, preferiu interpretá-lo como um "maluco" e o pedido foi negado. Na Itália, quando fez um pedido semelhante, Marconi teve toda a esquadra à disposição.

Landell não conseguiu financiamento privado ou governamental para continuar as suas pesquisas nem para construir equipamentos de rádio em escala industrial.

Patente brasileira e estadunidense[editar | editar código-fonte]

Memorial Descritivo - folha 01 - da Patente Brasileira de Landell de Moura,Pat. 3279 de 9 de março de 1901.
Desenho detalhe de aparelho de comunicação da patente brasileira de Landell de Moura, N. 3279 de 9 de março de 1901.
Memorial Descritivo - última folha - da patente brasileira de Landell de Moura, N. 3279 de 9 de março de 1901.

Em 9 de março de 1901, Landell de Moura, obteve para seus inventos, a patente brasileira número 3.279. Poucos meses depois seguiu para os Estados Unidos, e em 4 de outubro de 1901 deu entrada no The Patent Office de Washington, DC, pedindo privilégio para as suas invenções, tendo obtido, em 11 de outubro de 1904 a patente 771.917, para um transmissor de ondas e em 22 de novembro de 1904, as patentes 775.337, para um telefone sem fio, e a 775.846 para um telégrafo sem fio.

Os seus trabalhos foram noticiados em 12 de outubro de 1902, no jornal americano "The New York Herald", em reportagem sobre as experiências desenvolvidas na época, inclusive por cientistas americanos, alemães, ingleses dentre outros, na transmissão de sons sem uso de aparelhos com fio. Ressalta o jornal:

"Por entre os cientistas, o brasileiro Padre Landell de Moura é muito pouco conhecido. Poucos deles tem dado atenção aos seus títulos para ser o pioneiro nesse ramo de investigações elétricas. Mas antes de Brigton e Ruhmer, o Padre Landell, após anos de experimentação, conseguiu obter uma patente brasileira para sua invenção, que ele chamou de Gouradphone".

O jornal publica uma ampla reportagem sobre Landell de Moura, sua vida e obra, completada por uma fotografia do Padre, intitulada:

"Padre Landell de Moura - inventor do telefone sem fio" (denominação de época para a radiotelefonia ou a transmissão da voz humana à distância sem fio condutor).

Nas cartas-patentes, fica claro que o padre Roberto Landell de Moura recomendou o emprego das ondas curtas para facilitar as transmissões quando essas ondas não eram sequer cogitadas por outros cientistas.

Além disso, Landell deixou manuscritos que provam que, em 1904, quando ainda estava nos EUA, projetou a transmissão de imagens (Televisão) e textos (Teletipo) à distância sem fios. Ele batizou a primitiva TV de "The Telephotorama" ou "A visão à distância". Também há documentação de que foi um dos pioneiros no desenvolvimento do controle remoto pelo rádio. Esses projetos não foram adiante porque, como ele próprio disse em uma entrevista à imprensa brasileira, foi "forçado" a abandonar a carreira científica.[carece de fontes?]

Tumba de Landell de Moura na Igreja do Rosário, em Porto Alegre, da qual foi pároco de 1915 até sua morte em 1928.

Roberto Landell de Moura faleceu de tuberculose, aos 67 anos, no anonimato científico, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre. Nos últimos momentos de sua vida, quando alguém indagou sobre os progressos da radiodifusão, ele simplesmente respondeu: "São águas passadas."

Demonstração dos inventos em 1984[editar | editar código-fonte]

Em 7 de setembro de 1984, em Porto Alegre, foi feita uma demonstração pública utilizando-se um rádio montado por uma equipe da Cientec com base na patente norte-americana do padre-cientista (The Wave Transmitter).[carece de fontes?] Na oportunidade, algumas palavras foram pronunciadas pelo então Governador do Estado, Jair Soares, provando que a invenção do Padre Landell realmente funcionou.

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

O Exército Brasileiro, numa homenagem ao insigne cientista gaúcho, concedeu em 2005 a denominação histórica de "Centro de Telemática Landell de Moura" ao 1° Centro de Telemática de Área, uma organização militar de telecomunicações, situada na cidade de Porto Alegre.

A Fundação Educacional Padre Landell de Moura foi assim batizada em homenagem ao padre-cientista, bem como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), criado pela Telebrás em 1976, também batizado de "Roberto Landell de Moura".

A inscrição do nome do Padre Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria ocorreu em 27 de Abril de 2012.[11]

Movimento Landell de Moura (MLM)[editar | editar código-fonte]

O movimento Landell de Moura é abaixo assinado para que o Brasil dê o devido reconhecimento ao cientista brasileiro.[1].

Documentos originais[editar | editar código-fonte]

Os originais das anotações do Padre Roberto Landell de Moura estão no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

Patente do Transmissor de Ondas - 11 de Outubro de 1904.
Patente do "Wireless Telegraph" Transmissor e Receptor de Telegrafia Sem Fio - "Wireless Telephone" - Pat. N.775.846 de 22 de Novembro de 1904.
Patente do Telefone Sem fio - "Wireless Telephone" - Pat. N.775.337 de 22 de Novembro de 1904.
Hardware do Telefone Semfio - "Wireless Telephone" - patenteado nos Estados Unidos em 1904.
Esquemático do Transmissor de Ondas - Wave Transmitter.
"Wireless Telegraph" - Transmissor e Receptor de Telegrafia Sem fio - Patenteado em 1904 nos Estados Unidos.
Documentos relativos à obtenção das Patentes
Transmissor de Ondas, Telefone Sem Fio e Transmissor e Receptor de Telegrafia em 1904.

Referências

  1. PS7DX (agosto de 2011). Padre Roberto Landell de Moura eleito Patrono dos Radioamadores do Brasil LIGA DE AMADORES BRASILEIROS DE RADO EMISSÃO - LABRE. Visitado em 10 de junho de 2012.
  2. Netto, Luiz (2011). TRIBUTO AO PADRE-CIENTISTA ROBERTO LANDELL DE MOURA - O PIONEIRO DAS TELECOMUNICAÇÕES Memorial Landell de Moura. Visitado em 10 de junho de 2012.
  3. a b MEDEIROS, Julio César de Oliveira. Princípios de telecomunicações: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Érica, 2007. 316 p. p. 15-16. ISBN 9788536500331
  4. SANTOS, César Augusto Azevedo dos (setembro 2003). LANDELL DE MOURA OU MARCONI, QUEM É O PIONEIRO? (PDF) Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Visitado em 18 de outubro de 2014.
  5. (10 de junho de 1900) "Revolução no Espaço". Jornal do Commercio.
  6. Landell de Moura, Roberto (11 de outubro de 1904). Patent US771917 - WAVE TRANSMITTER (em inglês) Google Patents. Visitado em 08 de maio de 2012.
  7. Landell de Moura, Roberto (22 de novembro de 1904). Patent US775337 - WIRELESS TELEPHONE (em inglês) Google Patents. Visitado em 08 de maio de 2012.
  8. Landell de Moura, Roberto (22 de novembro de 1904). Patent US775846 - WIRELESS TELEGRAPH (em inglês) Google Patents. Visitado em 08 de maio de 2012.
  9. BRASIL (27 de abril de 2012). Lei federal ordinária nº 12.614 Presidência da República. Visitado em 9 de novembro de 2014. "Dispõe sobre a inscrição do nome do Padre Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria"
  10. Padre Landell de Moura ganha selo comemorativo pela criação do Rádio CNBB. Visitado em 11 de janeiro de 2011.
  11. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12614.htm

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Albuquerque, Otto. En el aire: la luz que habla (em es). Porto Alegre: Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de Moura, 1993.
  • Almeida, Benedito Hamilton. Landell de Moura. Porto Alegre: Tchê!, 1984. 91 p.
  • Almeida, Benedito Hamilton. O outro lado das telecomunicações: a saga do Padre Landell. Porto Alegre: Sulina, 1983. 151 p.
  • Almeida, Benedito Hamilton. Padre Landell de Moura: Um herói sem glória. São Paulo: Record, 2006. 316 p. ISBN 9788501072603
  • Almeida, Benedito Hamilton. Pater und Wissenschaftler: Die Geschichte des Paters Roberto Landell de Moura (em de). Konstanz (Alemanha): Debras Verlag, 2004. 188 p. ISBN 9783937150017
  • Cauduro, Fernando. O homem que apertou o botão da comunicação. 2 ed. Porto Alegre: Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de Moura, 1977. 60 p. OCLC 20522831
  • Fornari, Ernani. O "incrível" padre Landell de Moura. 2 ed. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1984. 158 p. ISBN 9788570110824
  • Gentili, José Carlos. Roberto Landell de Moura: um padre cientista quase herege. Brasília: Academia de Letras de Brasília, 2010. 200 p. ISBN 9788561978228
  • KLÖCKNER, Luciano; CACHAFEIRO, Manolo Silveiro. Por que o Padre Roberto Landell de Moura foi inovador? Conhecimento, fé e ciência. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. ISBN 9788539702268
  • LUCA, Laura de; LOBINA, Walter. Tu piccola scatola... La radio: fatti, cose, persone (em it). Roma: Paoline, 1993. 370 p. ISBN 9788821525902
  • Rodrigues, Ivan Dorneles. Brasileiro, gaúcho, um gênio diferente: Landell de Moura. Porto Alegre: Companhia Riograndense de Artes Gráficas, 2004. 250 p. ISBN 8587423576


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