Temporada de Fórmula 1 de 1990
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Temporada de Fórmula 1 de 1990 foi a 41.ª realizada pela FIA, decorrendo entre 11 de março e 4 de novembro de 1990, com dezesseis corridas.
Teve como campeão o brasileiro Ayrton Senna, da equipe McLaren, sendo vice-campeão o francês Alain Prost, da Ferrari.
Índice
Pilotos e equipes[editar | editar código-fonte]
Trocas de pilotos[editar | editar código-fonte]
- Ferrari: Para 1990, a Scuderia contratou Alain Prost, desgastado na McLaren mesmo após o tricampeonato. O francês teve o inglês Nigel Mansell, na Ferrari desde 1989, como seu novo companheiro de time.
- Tyrrell: Jean Alesi disputaria sua primeira temporada completa pela Tyrrell, pela qual havia estreado no ano anterior. Satoru Nakajima, vindo da Lotus, pilotaria o carro #3.
- Williams: Riccardo Patrese é mantido na equipe, além do belga Thierry Boutsen.
- Brabham: Por 10 corridas, o suíço Gregor Foitek formou dupla com o italiano Stefano Modena, mas acabou perdendo a vaga para David Brabham, filho do tricampeão e fundador da equipe, Jack Brabham.
- Footwork: Com a compra da Arrows, a equipe adotaria o nome Footwork, usado até 1996. Seus pilotos foram o italiano Michele Alboreto e o italiano Alex Caffi - Bernd Schneider, desempregado desde que a Zakspeed encerrou suas atividades, foi inscrito para duas corridas, mas obteve classificação apenas para o GP dos EUA.
- Lotus: Em declínio financeiro, a equipe fundada por Colin Chapman passa a ser equipada com motores Lamborghini. A dupla de pilotos foi formada por dois britânicos: o inglês Derek Warwick e o norte-irlandês Martin Donnelly. O desempenho de ambos foi fraco: Warwick marcou apenas três pontos, e sofreu um forte acidente no GP da Itália. Donnelly teve sua carreira abreviada na F-1 após os treinos para o GP da Espanha, ao bater violentamente no guard-rail. As imagens do carro destruído e do piloto caído no asfalto, com o banco preso ao corpo, impressionaram. Levado ao hospital, Donnelly sobreviveu, mas não voltaria a guiar carros da categoria e foi substituído por Johnny Herbert.
- Osella: Em sua última temporada com o nome Osella, a escuderia teve apenas o francês Olivier Grouillard como piloto.
- Leyton House: Assim como em 1989, Maurício Gugelmin e Ivan Capelli foram os pilotos da equipe.
- AGS: Gabriele Tarquini e Yannick Dalmas fizeram um campeonato fraco em 1990: o italiano não se classificou para 12 corridas, enquanto que o francês não conquistou a vaga em 11. O melhor resultado da AGS foi um nono lugar de Dalmas, no GP da Espanha.
- Benetton: Até o GP da Espanha, Nelson Piquet e Alessandro Nannini formaram a dupla titular da equipe inglesa em 1990. Um acidente de helicóptero encerrou a carreira do italiano na F-1, e o tricampeão sugeriu Roberto Pupo Moreno, seu amigo pessoal, como substituto de Nannini. Com o segundo lugar conquistado no GP do Japão, onde Senna conquistaria o bicampeonato, Moreno garantiu sua permanência para 1991.
- Scuderia Italia: Em sua terceira temporada, a equipe italiana contratou, inicialmente, Gianni Morbidelli e Andrea De Cesaris para formarem a dupla de pilotos. Morbidelli acabou dispensado após o GP do Brasil, e outro italiano, Emanuele Pirro, foi contratado para seu lugar.
- Minardi: Pierluigi Martini continuou na escuderia de Faenza, não pontuando em nenhuma corrida. Paolo Barilla foi seu companheiro de equipe até o GP da Espanha, quando perdeu sua vaga para Gianni Morbidelli.
- Ligier: Equipada com motores Ford, a Ligier teve desempenho fraco: seus pilotos, Nicola Larini e Philippe Alliot, não pontuaram. O francês chegou a ser desclassificado dos GPs do Brasil (perdeu a vaga nos treinos) e da Alemanha (este por receber ajuda dos fiscais).
- McLaren: Em sua terceira temporada na escuderia de Woking, Ayrton Senna, às turras com o então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, passaria a ter o austríaco Gerhard Berger, vindo da Ferrari, como seu novo companheiro de equipe.
- Larrousse: Éric Bernard fez sua estreia na categoria pela Larrousse, que contratou ainda o japonês Aguri Suzuki. A equipe fez uma temporada razoável, marcando 11 pontos, com destaque para o terceiro lugar de Suzuki no GP do Japão, sendo o primeiro - e único - pódio conquistado pela equipe, e o primeiro de um piloto japonês.
- Coloni: Antes da temporada, firmou parceria com a Subaru para que a fábrica equipasse seus carros. O projeto fracassou, e Enzo Coloni recorreu aos motores Ford para tentar reagir no campeonato. A estratégia também não foi bem-sucedida, e o franco-belga Bertrand Gachot não se classificou para nenhuma corrida - chegou a ficar na pré-classificação por 10 corridas seguidas.
- Onyx Grand Prix: Stefan Johansson, responsável pelo único pódio do time, em 1989, permaneceria até o GP do Brasil, quando foi dispensado. Gregor Foitek assumiu a vaga, enquanto que J.J. Lehto permaneceria até o GP da Hungria.
- Life Racing Engines: Herdou a vaga da equipe FIRST Racing, cujo chassi foi reprovado nos crash-tests. Inovou com um motor W12, que se mostrou um grande fiasco, assim como o L190, o carro da escuderia para 1990. Gary Brabham, irmão de David Brabham e o segundo filho de Jack Brabham, foi contratado para guiar o monoposto. Não se classificou para os GPs dos EUA e do Brasil, sempre com tempos altos. A Life tentou contratar Bernd Schneider, Paulo Carcasci e Rob Wilson, mas não teve sucesso, e recorreu ao italiano Bruno Giacomelli, que não disputava provas de F-1 desde 1983, quando corria na Toleman. Nem a presença de Giacomelli ajudou: ele não se classificou para nenhuma etapa e encerrou definitivamente sua carreira como piloto titular na categoria.
- EuroBrun: A equipe de Walter Brun teve o italiano Claudio Langes e o brasileiro Roberto Pupo Moreno como seus pilotos. Langes não passou da pré-classificação em nenhuma oportunidade, enquanto Moreno largou em duas corridas. A EuroBrun faliu após o GP da Espanha, mas o brasileiro não permaneceu desempregado: indicado por Nelson Piquet, assinou com a Benetton para substituir Alessandro Nannini.
Calendário[editar | editar código-fonte]
Resultados[editar | editar código-fonte]
Grandes Prêmios[editar | editar código-fonte]
Classificação Mundial de Pilotos[editar | editar código-fonte]
|
- Em negrito indica pole position e itálico volta mais rápida.
Classificação Mundial de Construtores[editar | editar código-fonte]
Pos. | Construtor | Chassis | Motor | Pneu | Pontos | Vitórias | Pódiums | Poles |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | McLaren | MP4/5B | Honda RA109E V10 | G | 121 | 6 | 18 | 12 |
2 | Ferrari | F1 641 | Ferrari 036 V12 | G | 110 | 6 | 14 | 3 |
3 | Benetton | B189B B190 |
Ford HBA4 V8 | G | 71 | 2 | 8 | |
4 | Williams | FW13B | Renault RS2 V10 | G | 57 | 2 | 4 | 1 |
5 | Tyrrell | 018 019 |
Ford Cosworth DFR V8 | P | 16 | 2 | ||
6 | Lola | LC89B LC90 |
Lamborghini 3512 V12 | G | 11 | 1 | ||
7 | Leyton House | CG901 | Judd EV V8 | G | 7 | 1 | ||
8 | Lotus | 102 | Lamborghini 3512 V12 | G | 3 | |||
9 | Arrows | A11 A11B |
Ford Cosworth DFR V8 | G | 2 | |||
10 | Brabham | BT58 BT59 |
Judd EV V8 | P | 2 | |||
11 | Ligier | JS33B | Ford Cosworth DFR V8 | G | 0 | |||
12 | Minardi | M189 M190 |
Ford Cosworth DFR V8 | P | 0 | |||
13 | Onyx | ORE-1 ORE-2 ORE-1B |
Ford Cosworth DFR V8 | G | 0 | |||
14 | AGS | JH24 JH25 |
Ford Cosworth DFR V8 | G | 0 | |||
15 | Dallara | F190 | Ford Cosworth DFR V8 | P | 0 | |||
16 | Osella | FA1M89 FA1ME |
Ford Cosworth DFR V8 | P | 0 | |||
17 | Euro Brun | ER189B | Judd CV V8 | P | 0 | |||
- | Coloni | FC189B | Subaru 1235 F12 | P | - | |||
FC189C | Ford Cosworth DFR V8 | |||||||
- | Life | F190 | Life F35 W12 | G | - | |||
Judd CV V8 |
Notas
- ↑ Somente os 11 melhores resultados contam para o Campeonato de Pilotos. Números sem parênteses são os pontos do Campeonato; números com parênteses são os pontos totais.