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América do Sul

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América do Sul

Mapa da América do Sul

Vizinhos América Central, Caribe, Antártida e África
Divisões  
 - Países 13
 - Dependências 3
Área  
 - Total 17 850 568 km²
 - Maior país  Brasil
 - Menor país  Suriname
Extremos de elevação  
 - Ponto mais alto Aconcágua, Argentina, 6 962 m
 - Ponto mais baixo Laguna del Carbón, Argentina, 105 m abaixo do nível do mar
População  
 - Total 388 000 000[1] habitantes
 - Densidade 20 hab./km²
Idiomas Português, espanhol, guarani, inglês, holandês, francês, aimará e quéchua.

A América do Sul é um subcontinente que compreende a porção meridional da América. A sua extensão é de 17 819 100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre e 6% da população mundial. Une-se à América Central a norte pelo istmo do Panamá e separa-se da Antártida a sul pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de 7 500 km desde o mar do Caribe até ao cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais são: ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano Atlântico; e a oeste com o oceano Pacífico.[2]

No século XIX, o continente recebeu cerca de 15 milhões de imigrantes provenientes da Europa,[3] e sofreu influências culturais e ideológicas tanto dos Estados Unidos quanto da Europa. No século XX, como esforço para estimular o comércio, a produção e a integração sul-americana como um todo, firmaram-se acordos e organizações econômicos como o Pacto do ABC em 1915, a Comunidade Andina de Nações (CAN) em 1969, a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, que foi substituída pela Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI) em 1981,[4] [5] o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1995.[6] Por fim, em 23 de maio de 2008, foi assinado o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) na cidade de Brasília, onde foi estruturada e oficializada a união sul-americana estabelecendo oficialmente a integração econômica entre os Estados soberanos do subcontinente em meio à III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul.

A região possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e sociais.[7] Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas mas não eliminam as crises. A indústria está concentrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de bens de consumo, com destaque para a indústria automobilística. No Brasil e na Argentina encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração, refino de petróleo e siderurgia. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro e outros. A agricultura é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-de-açúcar, cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Era pré-colombiana[editar | editar código-fonte]

A história da América do Sul é marcada por uma tendência de ascensão e declínio de impérios e dominações estrangeiras, desde a derrocada dos incas, colonização e as guerras de independência, até mais recentemente, por sucessivas ondas de ditaduras e redemocratização. Apesar disso, embora muitas vezes se tratem os países do subcontinente como bastante similares e politicamente ligados, estes processos políticos não ocorreram de forma homogênea em todos os países — dos quais são exceções notáveis, ao longo dos séculos, o Brasil e as Guianas.[carece de fontes?]

A América do Sul foi provavelmente a última parte do planeta a ser habitado por seres humanos, à exceção da Antártida.[carece de fontes?] As primeiras evidências de ocupação humana datam de quatorze mil anos, por vestígios de agricultura. Por volta do ano 1000, mais de dez milhões de pessoas habitavam o local, concentrados principalmente na Cordilheira dos Andes e no litoral norte, banhado pelo Mar do Caribe. As demais regiões eram de povoamento mais esparso e nômade.[8]

Os chibchas[9] ou muíscas[10] foram uma das principais civilizações indígenas pré-incaicas, concentrados na atual Colômbia. Junto com os quíchua nos Andes e os aimarás no Altiplano,[11] formavam os três grupos sedentários mais importantes do subcontinente. A cultura chavín, no atual Peru, estabeleceu uma rede comercial e agricultura desenvolvida a partir de 900 a.C.[12] Além destes e antes dos incas, houve outras civilizações (povos organizados em cidades, não em tribos e aldeias) sul-americanas e também outros povos que não chegaram a ser civilizações.[carece de fontes?]

Originalmente, os incas eram um clã específico entre o povo quíchua (ou quéchua), que habitava os Andes. Embora sem conhecerem a escrita nem a roda, os incas e os povos subjugados construíram um Estado altamente avançado. Em 1530, o Império Inca estava em seu auge, com o imperador Huayna Capac. Este, no entanto, ao morrer deixou como herança um império partilhado entre seus filhos, o que ocasionou uma guerra civil entre os dois irmãos. Foi nesse contexto que os conquistadores espanhóis chegaram.[13]

Panorama de Machu Picchu, uma antiga cidade do Império Inca em meio aos Andes peruanos

Colonização europeia[editar | editar código-fonte]

Animação da evolução territorial da América do Sul de 1700 até atualmente.

De acordo com registros não-oficiais, o primeiro registro visual do subcontinente por europeus aconteceu em 1498, pelo navegador português Duarte Pacheco Pereira.[14] Nos anos seguintes, outros navegadores fizeram explorações no litoral sul-americano. Em 1494, face ao achamento do Novo Mundo por Colombo, Portugal e Castela se apressaram em negociar a partilha das novas terras. A divisão do planeta em dois hemisférios foi oficializada no Tratado de Tordesilhas.[15]

Os espanhóis, estimulados pelo sucesso de Cortés no México (contra os astecas), descem pelo Panamá e desembarcaram na costa do Império Inca. A conquista resultou num violento decréscimo demográfico, reduzindo drasticamente a população do subcontinente.[16]

A América do Sul ficou dividida praticamente entre os dois reinos ibéricos, com áreas de colonização litorânea ocidental-pacífica para Castela e a oriental-atlântica para Portugal. Espanhóis se instalaram no Prata, no Caribe e nos Andes. Já os portugueses investiram principalmente no extrativismo de pau-brasil e, mais tarde, na plantação de cana-de-açúcar. A colonização ibérica também trouxe o proselitismo religioso, com a fundação de missões católicas para conversão dos nativos, sendo o trabalho conduzido especialmente pelos jesuítas.[carece de fontes?]

A União Ibérica, formada a partir de 1580, extingue na prática as fronteiras das zonas de colonização na América do Sul. A principal mudança da União Ibérica é que Portugal passa a ser inimiga dos adversários da Espanha, como Inglaterra e as recém-emancipadas Províncias Unidas dos Países Baixos. Com isso, potências como Inglaterra, França e Países Baixos invadiram e ocuparam áreas de dominação dos reinos ibéricos.[17]

Aos poucos, surgiu uma nova classe social e étnica, a partir da miscigenação entre colonos ibéricos e os índios: os mestiços ou gentio (na América Portuguesa) e os mestizos ou criollos (na América Hispânica). Nas áreas de escravidão, ocorreu o mesmo entre europeus e africanos, dando origem aos mulatos, cafuzos e mamelucos.[carece de fontes?]

O século XVIII viu as revoltas de Tupac Amaru, no Peru, e de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira, no Brasil, contra as injustiças cometidas pelo governo colonial. As revoltas foram uma reação à política do despotismo esclarecido que, a partir da Europa, tentava maximizar os lucros obtidos com a exploração em suas colônias, especialmente na área mineral (ouro, prata e diamantes).[18] Os tratados de Utrecht, em 1713, e de Madri em 1750, procuram delimitar as novas fronteiras da divisão do subcontinente entre as duas monarquias ibéricas.[19]

Independência e conflitos internos[editar | editar código-fonte]

As Guerras Napoleônicas submeteram Portugal e Espanha à ocupação (e, no caso desta última, ao domínio político) por parte da França, então em guerra contra a Inglaterra. Isto levou ingleses a atacarem terras sul-americanas sob controle espanhol. Com a restauração das monarquias soberanas, entre 1811 e 1814, os colonizadores tentaram restaurar o sistema rígido colonial, o que provocou revoltas.[20]

O bacharel Simón Bolívar, o platino José de San Martín, e Bernardo O'Higgins do Chile, se encarregam de organizar os exércitos coloniais e pouco a pouco, libertam e conquistam, militarmente, a independência dos vários vice-reinados e capitanias sul-americanos, que passam a ser repúblicas.[21] No Brasil, a independência foi batalhada entre 1817 e 1825 (ano do reconhecimento por Portugal) por representantes das elites nativas, mas acabou só sendo efetivada por iniciativa do próprio herdeiro do trono colonizador, o então príncipe-regente Pedro de Alcântara que se coroou imperador Dom Pedro I em 1822.[22] As Guianas inglesa, neerlandesa e francesa continuaram sob suas metrópoles. As duas primeiras só ficariam independentes na segunda metade do século XX (Guiana em 1966[23] e Suriname em 1975[24] ), enquanto a terceira ainda é um departamento ultramarino da França.[25]

Durante as lutas pela independência, a intenção dos libertadores era unificar toda a América Hispânica sob uma mesma república (pan-americanismo). O plano de Bolívar para a unificação da América fracassa logo em seguida ao Congresso do Panamá, para desgosto do Libertador.[26] A América Portuguesa, por outro lado, se mantém íntegra — exceto pelo extremo sul. O Império Brasileiro se firma como potência regional. Internamente, o país sofre com as revoltas do período regencial e com a Guerra dos Farrapos.[carece de fontes?]

A Guerra do Paraguai transformou em aliados, os até então inimigos Brasil, Argentina e Uruguai com o objetivo de travar as ambições territoriais do General Solano Lopez . A guerra termina com uma catástrofe para a nação paraguaia que perde uma parte de seu território, e tem um custo muito elevado em termos de vidas e bens materiais. [27]

O Chile enfrenta a aliança de Peru e Bolívia na Guerra do Pacífico (1879-1884), derrotando-os e ocupando um território rico em guano. Nesse conflito, a Bolívia deixou de ter a seu acesso ao Oceano Pacífico.[28] O país também perde território para o Brasil com a anexação do Acre, em 1903.[carece de fontes?]

A partir da década de 1870, o local viveu uma onda de governos autoritários e nacionalistas, liderados por figuras típicas da política latino-americana chamados de "caudilhos". Houve caudilhos tanto de caráter reformista quanto conservador. De forma geral, a onda autoritária durou até a ascensão da burguesia industrial, na década de 1930.[29]

Período contemporâneo[editar | editar código-fonte]

Chefes de Estado na 5ª Reunião da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em Lima, no Peru.

Nos anos 1930 na América do Sul começaram sob o forte impacto da Grande Depressão ou crise de 1929 que se seguiu nos Estados Unidos.[30] A suspeita de aproximação e o receio de alinhamento de alguns ditadores com as potências do Eixo, levam o governo dos EUA (sob Franklin Roosevelt e Harry Truman) a criarem e implementarem a Política da Boa Vizinhança para o lugar, destinada a aumentar a influência econômica e cultural norte-americana sobre a América do Sul.[31]

De 1954 a 1976, praticamente toda região mergulhou em regimes militares. Vários dos governos sul-americanos colaboraram na Operação Condor. As ditaduras foram enfrentadas por movimentos guerrilheiros de esquerda.[32]

O primeiro ciclo de redemocratização, a partir da metade da década de 1980, foi liderado por Raúl Alfonsín na Argentina, Patricio Aylwin no Chile, Alan García no Peru e Tancredo Neves no Brasil. Num segundo momento, seus sucessores implementam reformas neoliberais seguindo as orientações do Fundo Monetário Internacional e do Consenso de Washington. A proposta de integração latino-americana é retomada no campo econômico, com a abolição gradual de barreiras alfandegárias e propostas para uniões monetárias.[carece de fontes?]

A partir do final dos anos 1990, com as crises econômicas e sociais resultantes das experiências neoliberais, os governos de direita vão perdendo popularidade e começa uma sequência de eleições de governos populistas ou de centro-esquerda. O fenômeno é chamado de "Guinada à Esquerda" da América do Sul e inclui tanto lideranças que se notabilizam pelo radicalismo no enfrentamento antielitista e anti-imperialista.[33]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite da América do Sul

A América do Sul ocupa uma área de 17 819 100 quilômetros quadrados, localiza-se a 60º 00' 00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 20º 00' 00" de latitude sul da Linha do Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico. O continente é cortado por dois círculos imaginários: A linha do Equador que passa pelo país homônimo, Peru, Colômbia e Brasil e o Trópico de Capricórnio, que corta Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.[carece de fontes?]

No continente, existem tipos bem diversos de ambiente. A oeste fica a extensa cadeia montanhosa dos Andes, que atinge até 6 700 m de altitude em alguns pontos. O norte é quase completamente tomado pela densa e úmida Floresta Amazônica. Na região central do continente predominam áreas alagadas que incluem o Pantanal brasileiro e Chaco boliviano. Mais para o sul há planícies e cerrados. Na costa leste, a floresta costeira original cedeu lugar à ocupação industrial e agrícola.[carece de fontes?]

Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9 583 000 km². A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante formação lacustre do norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.[34]

Geologia e relevo[editar | editar código-fonte]

Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o continente da Gonduana, a América do Sul era representada, basicamente, por três massas cristalinas: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo Patagônico. Os escudos Brasileiro e Guiano apresentam traços de dobramentos antigos, pré-cambrianos e pré-devonianos, o mesmo se verificando no Cretáceo com o escudo Patagônico. No Cretáceo, quando parece ter-se iniciado o desligamento do bloco africano do brasileiro, dobraram-se as camadas sedimentares acumuladas, dando origem à cordilheira dos Andes, já no Terciário. Uma vez formada, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos mares que cobriam as partes mais baixas dos escudos ou entre estes e os Andes.[35] [36]

Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve sequência muito diferente da bacia Amazônica.[35] [36]

Salto Angel, na Venezuela, a maior queda d'água do mundo.
A Cordilheira dos Andes na fronteira do Chile com a Argentina, uma das maiores cadeias de montanhas do mundo.

Quanto à planície do Pampa, pois, ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozoico, ocorreu em ambiente marinho ou em conjunto de grandes lagunas. Mas no Terciário, com a formação dos Andes, o braço de mar que separava o escudo Patagônico do Brasileiro regrediu. De outro lado, no Mesozoico e Paleozoico, os sedimentos provieram das áreas cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto Brasileiro) ou do sul (escudo Patagônico), enquanto no Terciário a planície começou também a receber os sedimentos dos Andes. O relevo dessa área possui características próprias. A planície Amazônica é um imenso funil que desce suavemente em direção ao Atlântico a partir dos sopés andinos. Na planície Amazônica, encontra-se a maior rede hidrográfica do mundo, com uma área de cerca de 7 000 000 km².[35] [36]

Ao norte da planície Amazônica, estendendo-se por quase 500 000 km², surge a bacia do Orinoco. A planície do Orinoco é continuada para o sul através de lhanos do Beni, de Mojos, Guarayos e de Chiquitos. Ao sul da Bolívia, inicia-se o Chaco. Ao sul do Chaco, estendem-se os pampas, onde formaram bacias sem escoamento para o mar. A noroeste da província de Buenos Aires, erguem-se as serras pampianas. A serra de Famatina (cerca de 6 000 m) é a mais alta desse conjunto, onde também se destacam outras serras.[35] [36]

Diferente é o aspecto morfológico geral da região situada a leste das referidas planícies, formando a segunda importante faixa de relevo da América do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e seu prolongamento para o norte, o planalto das Guianas. Este último, estende-se pela fronteira brasileira com as Guianas e com a Venezuela. A escarpa do planalto, do lado sul, desce abruptamente. Para o norte, em direção à planície do Orinoco, suas vertentes são mais suaves. Depois da interrupção produzida pela planície a área planaltina prossegue para o sul, constituindo-se no planalto Brasileiro, com cerca de 5 000 000 km².[35] [36]

Interrompidas mais o sul pelos depósitos pampianos, as formas planaltinas reaparecem ao sul do rio Colorado (Argentina), constituindo o planalto da Patagônia. Apesar do domínio das formações continentais, há sinais de transgressão marinha na costa. A superfície atual parece corresponder a um peneplano, cuja formação data do fim do Plioceno. Movimentos posteriores de soerguimento aprofundaram os vales na massa sedimentar. Os vales patagônicos, que em regra se caracterizam por uma topografia semi-desértica, possuem perfis longitudinais com forte inclinação, largos talvegues cercados por altas vertentes. Como os soerguimentos pós-pliocênicos não se fizeram uniformemente, restaram áreas deprimidas.[35] [36]

O oeste da América do Sul é ocupado pela terceira grande faixa morfo-estrutural e que constitui a extensa cordilheira dos Andes. A par dessas três áreas morfo-estruturais, observa-se um grande contraste morfológico entre o litoral do Atlântico (16 mil quilômetros de extensão) e o do Pacífico (nove mil quilômetros). O litoral atlântico é, em geral, baixo, de fraco declive, arenoso ou constituído de depósitos fluviais e ostenta uma larga plataforma continental. Os rios desempenharam papel importante na configuração do litoral, de grande parte das ilhas da foz do Amazonas e do delta do Paraná. Mas tiveram importância também a erosão marinha e os movimentos epirogênicos.[35] [36]

As grandes altitudes das costas do Pacífico se opõem imensas profundidades submarinas, quase não existindo plataforma continental. A única área mais acidentada é a situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como o de Chonos, Madre de Díos, Reina Adelaide, além da ilha da Terra do Fogo, separada do continente pelo estreito de Magalhães.[35] [36]

Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, de origem eólica e aluvial, ocorrem nos pampas da Argentina e Uruguai, onde se encontram algumas das melhores terras do mundo. Pequenas áreas de bons solos aparecem também nos vales andinos e da costa ocidental, especialmente no vale longitudinal do Chile, na planície equatoriana de Guayas, e no vale colombiano do Cauca. Excelentes também são as terras roxas da bacia do Paraná no Brasil, originadas da desagregação dos afloramentos basálticos e atualmente propícias à cultura cafeeira, somente encontrando rival nos solos vulcânicos dos Andes colombianos. As terras da bacia Amazônica em geral são pobres; existem solos férteis em pequenas áreas de terras aluviais, porém sujeitas a inundações. A infertilidade e a elevada acidez fazem com que a maior parte das terras da planície tropical sejam ruins para a agricultura.[35] [36]

Clima[editar | editar código-fonte]

Mapa climático da América do Sul de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade constante a partir dos 30º de latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude.[37]

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões mais quentes do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais extensa do continente localizar-se na zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies equatoriais do que qualquer outra região.[37]

As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27 °C, com baixa amplitudes térmicas e altos índices pluviométricos. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima equatorial do tipo congolês, que engloba também partes do território brasileiro.[37]

O centro-leste do planalto brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes norte e leste do pampa argentino possuem clima subtropical húmido com invernos secos e verões húmidos do tipo chinês, enquanto as faixas oeste e leste tem clima subtropical do tipo dinárico. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são mais frios do tipo que ocorre nos ponto mais elevado dos fiordes noruegueses. Nos planaltos andinos, predomina o clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente, clima mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.[37]

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido do Nordeste brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.[37]

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas., onde muda-se para rumo nordeste formando assim a mais importante e famosa corrente oceânica do mundo, a Corrente do Golfo.[37] [38]

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

A Floresta Amazônica, a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo.

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica.[39] Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco.[39] Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semiárido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.[39]

Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia. Quando as Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, a fauna terrestre e de água doce migrou do Norte para o Sul e vice-versa. Este foi o denominado Grande Intercâmbio Americano, que atingiu seu ápice por volta de três milhões de anos atrás. A fauna das florestas tropicais carateriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha. A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha. A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna caracteristicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das regiões mais frias.[39]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite da América do Sul à noite em 1990, fotos da NASA.

A população da América do Sul não se distribui uniformemente, havendo áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada.[40] Alguns fatores de ordem física e humana contribuem para isso. Entre as causas de rarefação demográfica, salientam-se: a existência de regiões desérticas, como a Patagônia, o pampa seco, o Atacama e a Sechura; as zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia; as áreas de campos, onde a criação extensiva de gado contribui para a escassez demográfica.[41]

Quanto aos fatores que têm determinado maiores concentrações de população destacam-se: as faixas litorâneas bem abrigadas e dotadas de portos naturais; as costas de clima relativamente benigno; os vales de alguns rios navegáveis, como o Amazonas, Orinoco, Cauca, Paraná; e as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu uma atividade agrícola apropriada, como o eixo Rio-São Paulo, no Brasil, a província de Buenos Aires, na Argentina, e o vale central do Chile.[41]

A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no mundo entre 1920 e 1960. O declínio da mortalidade, determinado em grande parte pela elevação dos padrões de higiene pública, foi a causa fundamental dessa expansão demográfica. Outro fator que contribuiu para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de 12 milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4 milhões vieram da Espanha, 4 milhões da Itália, 2 milhões de Portugal e o restante da Alemanha, Polônia, Síria, Japão, China e outros países.[41]

Idiomas[editar | editar código-fonte]

Idiomas oficiais da América do Sul (em espanhol).

O português e o espanhol são as línguas mais faladas na América do Sul,[43] região geográfica que é parte da grande região cultural, chamada América Latina.[carece de fontes?]

O português é a língua oficial do Brasil,[44] que possui quase o 50% da população sul-americana. O espanhol é a língua oficial da maioria dos países do continente. Também há a presença de outras línguas, como o neerlandês (língua oficial do Suriname), o inglês (língua oficial da Guiana), o francês (língua oficial da Guiana Francesa) além de várias línguas indígenas.[45]

As línguas indígenas da América do Sul incluem o quíchua, no Equador, Peru e Bolívia;[46] guarani no Paraguai e um pouco na Bolívia;[47] aimará, na Bolívia e Peru;[48] e o Mapudungun é falado em certas regiões do sul do Chile, e mais raramente, na Argentina.[49] No mínimo, três dessas línguas indígenas (quíchua, aimará e guarani) são reconhecidas junto com o espanhol como línguas oficiais em seus países.[50] No Brasil, são faladas mais de 150 línguas indígenas.[51]

Outras línguas encontradas na América do Sul incluem hindi e indonésio no Suriname; italiano na Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela e Chile; e alemão em algumas regiões de Argentina, Chile, Venezuela e Paraguai. O alemão também é falado em algumas regiões do sul brasileiro, Hunsrückisch é o dialeto alemão mais falado no país. Entre outros dialetos alemães, uma forma brasileira do pomerano também é representada.[carece de fontes?]

Na maior parte dos países do continente, as classes superiores são constituídas por pessoas instruídas; regularmente estudam inglês, francês, alemão ou italiano. Nestas áreas onde o turismo é significante, o inglês e outras línguas europeias são faladas. Há pequenas áreas localizadas no extremo sul do Brasil que falam espanhol, devido a proximidade com o Uruguai.[carece de fontes?]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

Ex-presidente do Brasil Lula e membros da comunidade ítalo-brasileira durante a Festa da Uva.
Mulher peruana e seu filho de ascendência indígena.

As populações primitivas da América do Sul, os ameríndios, de caracteres antropológicos mongoloides, distribuíam-se, no período colonial, em grupos. Os métodos de redução e conquista variaram, de acordo com o estágio de civilização dos nativos. Na região dominada pelos portugueses, os colonizadores escravizaram os índios espalhados pelo interior, levando às terras propícias para fazer a colonização. Com esse objetivo, foram organizadas expedições de busca aos escravos índios, como bandeiras. Essa obra de conquista foi acompanhada pelas missões religiosas, que também procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas através de outros métodos e com o objetivo de cristianização. Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígena um outro contingente, o branco, ibérico principalmente. Na primeira fase, o conquistador interessou pelo ameríndio, sobretudo como mão de obra. Não tardou, porém, que os europeus, especialmente os portugueses, se desiludissem quanto à eficiência do ameríndio escravizado. Como o indígena não se adaptasse bem a agricultura, os colonizadores começaram a importação, como os escravos, de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro elemento importante na formação étnica das populações sul-americanas. É a partir do final do século XIX, todavia, que se assiste a entrada em massa de imigrantes europeus em diversos países latino-americanos. Essa imigração se concentrou sobretudo na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil. São os italianos que chegam em maior número, superando inclusive espanhóis e portugueses.[52]

Para a formação étnica da população sul-americana predominaram três etnias: índios, brancos e negros. Em muitos países predominam os mestiços de espanhóis com indígenas, como é o caso da Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela. Em apenas dois países os povos indígenas são maioria: no Peru e na Bolívia. Grandes populações de ascendência africana são encontradas no Brasil e na Colômbia.[carece de fontes?]

Os países de forte ascendência europeia são a Argentina, o Uruguai, o Chile, e o Brasil.[53] [54] [55] [56] Os dois primeiros países tem sua população derivada de imigrantes espanhóis e italianos e, no caso do Sul e sudeste meridional do Brasil (principalmente São Paulo), derivada de imigrantes portugueses, italianos, alemães e espanhóis.[3] O Brasil é o país com maior população de afro-descendentes fora da África do mundo, contando com uma população de afro-descendentes maior que a soma de todos os outros países sul-americanos juntos.[carece de fontes?]

O Chile recebeu uma grande onda de imigrantes europeus, principalmente no norte, sul e costa. Ao longo do século XVIII e início do século XX. Os imigrantes europeus que chegaram no Chile são maioritariamente espanhóis, alemães, ingleses (incluindo o escocês e irlandês), italianos, franceses, austríacos, neerlandeses, suíços, escandinavos, portugueses, gregos e croatas. O maior grupo étnico que compõe a população chilena veio da Espanha e do País Basco, ao sul da França. As estimativas de descendentes de bascos no Chile variam de 10% (1 600 000) até 27% (4 500 000).[57] [58] [59] [60] [61] 1848 foi um ano de grande imigração de alemães e franceses, a imigração de alemães foi patrocinada pelo governo chileno para fins de colonização para as regiões meridionais do país. Esses alemães (também suíços e austríacos), significativamente atraídos pela composição natural das províncias do Valdivia, Osorno e Llanquihue foram colocados em terras dadas pelo governo chileno para povoar a região. Porque o sul do Chile era praticamente desabitado, a influência desta imigração alemã foi muito forte, comparável à América Latina apenas com a imigração alemã do sul do Brasil. Há também um grande número de alemães que chegaram ao Chile, após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, especialmente no sul (Punta Arenas, Puerto Varas, Frutillar, Puerto Montt, Temuco, etc.) A embaixada alemã no Chile estima que entre 500 000 a 600 000 chilenos são de origem alemã.[62] Além disso, estima-se que cerca de 5% da população chilena é descendente de imigrantes de origem asiática, principalmente do Oriente Médio (ou seja, palestinos, sírios, libaneses e armênios), são cerca de 800 000 pessoas.[63] É importante ressaltar que os israelitas, tanto judeus como não-cidadãos judeus da nação de Israel podem ser incluídos. Chile abriga uma grande população de imigrantes, principalmente cristã, do Oriente Médio.[64] Acredita-se que cerca de 500 000 descendentes de palestinos residem no Chile.[65] [66] Outros grupos de imigrantes historicamente significativos são: os croatas, cujo número de descendentes é estimado em 380 000 pessoas, o equivalente a 2,4% da população.[67] [68] No entanto, outras fontes dizem que 4,6% da população do Chile podem ter alguma ascendência croata.[69] Além disso, mais de 700 000 chilenos de origem britânica (Inglaterra, País de Gales e Escócia), o que corresponde a 4,5% da população.[70] Os chilenos de ascendência grega são estimados entre 90 000 e 120 000 pessoas,[71] a maioria deles vive no Santiago ou Antofagasta, Chile é um dos cinco países com mais descendentes de gregos no mundo.[72] Os descendentes de suíços somam o número 90 000,[73] também se estima que cerca de 5% da população chilena tem alguma ascendência francesa.[74] Os descendentes de italianos estão entre 600 000 e 800 000 pessoas. [carece de fontes?]

Mapa da composição étnica do continente americano.

A população brasileira é formada principalmente por descendentes de povos indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e de imigrantes europeus. Os brasileiros ("brancos", "pardos" e "negros"), no geral, possuem ancestralidades europeia, africana e indígena. A europeia sendo importante sobretudo nos "brancos" e "pardos". A ancestralidade "africana" é maior entre os "negros". A ancestralidade indígena encontra-se presente em todas as regiões, em "brancos", "pardos" e "negros" brasileiros, embora tendendo a um grau menor. De acordo com um estudo de DNA autossômico de 2008, conduzido pela Universidade de Brasília (UnB), com "brancos", "pardos" e "negros", a ancestralidade europeia é a predominante em todas as regiões do Brasil, respondendo por 65,90% da herança da população, seguida de uma grande contribuição africana (24,80%) e de uma contribuição indígena menor (9,3%).[75] De acordo com o estudo autossômico de 2011, com aproximadamente 1000 amostras de brasileiros "brancos", "pardos" e "negros", levado a cabo pelo geneticista brasileiro Sérgio Pena, o componente europeu é o predominante na população do Brasil, em todas as regiões nacionais, com contribuições africanas e indígenas. De acordo com esse estudo, a ancestralidade europeia responde por 70% da herança da população brasileira.[76] Esse estudo foi realizado com base em doadores de sangue, sendo que a maior parte dos doadores de sangue no Brasil vêm das classes mais baixas (além de enfermeiros e demais pessoas que laboram em entidades de saúde pública, representando bem, assim, a população brasileira).[77] . Esse estudo constatou que os brasileiros de diferentes regiões são geneticamente muito mais homogêneos do que se esperava, como consequência do predomínio europeu (o que já havia sido mostrado por vários outros estudos genéticos autossômicos, como se pode ver abaixo). “Pelos critérios de cor e raça até hoje usados no censo, tínhamos a visão do Brasil como um mosaico heterogêneo, como se o Sul e o Norte abrigassem dois povos diferentes”, comenta o geneticista. “O estudo vem mostrar que o Brasil é um país muito mais integrado do que pensávamos.” A homogeneidade brasileira é, portanto, muito maior entre as regiões do que dentro delas, o que valoriza a heterogeneidade individual. Essa conclusão do trabalho indica que características como cor da pele são, na verdade, arbitrárias para categorizar a população.[78] Já de acordo com um estudo genético autossômico feito em 2010 pela Universidade Católica de Brasília, publicado no American Journal of Human Biology, a herança genética europeia é a predominante no Brasil, respondendo por entre 75% e 80% total, "brancos", "pardos" e "negros" incluídos.[79] Os resultados também mostravam que, no Brasil, indicadores de aparência física, como cor da pele, dos olhos e dos cabelos, têm relativamente pouca relação com a ascendência de cada pessoa (ou seja, o fenótipo de uma pessoa não indica claramente o seu genótipo).[80] [81] [82] Esse estudo foi realizado com base em amostras de testes de paternidade gratuitos, conforme exposto pelos pesquisadores: "os teste de paternidade foram gratuitos, as amostras da população envolvem pessoas de variável perfil socioeconômico, embora provavelmente com um viés em direção ao grupo dos 'pardos'".[82] De acordo com outro estudo, de 2009, os brasileiros, como um todo, e de todas as regiões, e independentemente de aparência ou classificação pelo censo, estão bem mais perto dos europeus do que dos mestiços do México, e dos africanos, do ponto de vista genético.[83]

Na Colômbia, a composição da população encontrado de acordo com um estudo foi de 50,0% contribuição europeia, 42,0% contribuição indígena e 8,0% contribuição africana. Na Equador foi encontrado 53,9% contribuição europeu, 38,8% contribuição indígena e 7,3% contribuição africana. Na Venezuela foi encontrado 58,2% contribuição europeu, 21,8% contribuição indígena e 20% contribuição africana. Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas com significativa herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo genético autossômico realizado em 2009, revelou que a composição da Argentina é 78,50% europeia, 17,30% indígena, e 4,20% africana. Os estudos de genética de população chilena de uso "de DNA mitocondrial" e os resultados do teste do cromossomo Y mostram o seguinte: O componente europeia é predominante na classe superior chilena,[84] da classe média, de 76,8%-72 3% de componentes europeus[84] [85] e 27.7%-23.2% de povos indígenas[84] [85] e as classes mais baixas a 65,1%-62,9% componente europeu[84] [85] e 37,1%-35% mistura de povos indígenas.[84] [85] Um estudo genético de 2009, publicado no American Journal of Human Biology, revelou que a composição genética do Uruguai é principalmente europeia, mas com contribuição indígena (que varia de 1% a 20% em diferentes partes do país) e significativa contribuição africana (7% a 15% em diferentes partes do país). A contribuição indígena no Uruguai foi estimada em 10%, em média, para a população inteira. Esse número sobe a 20% no departamento de Tacuarembó, e desce a 2% em Montevidéu. O DNA mitoncondrial indígena chega a 62% em Tacuarembó.[86] Um estudo genético de 2006 encontrou os seguintes resultados para a população de Cerro Largo: contribuição europeia de 82%, contribuição indígena de 8% e contribuição africana de 10%. Esse foi o resultado para o DNA autossômico, o que se herda tanto do pai quanto da mãe e permite inferir toda a ancestralidade de um indivíduo. Na linhagem materna, DNA mitocondrial, os resultados encontrados para Cerro Largo foram: contribuição europeia de 49%, contribuição indígena de 30%, e contribuição africana de 21%.[87]

Distribuição Étnica na América Latina em 2005[88]
País População Ameríndios Brancos Mestiços Mulatos Negros Zambos Asiáticos
Mestiços-Ameríndios 58,022.000 46.9% 10.4% 35.4% 5.7% 1.1% 0.0% 0.5%
 Equador 13.700.000[89] 39.0% 9.9% 41.0% 5.0% 5.0% 0.0% 0.1%
 Guatemala 14.202.000[89] 53.0% 4.0% 42.0% 0.0% 0.0% 0.2% 0.8%
 Peru 29.331.000[89] 45.5% 12.0% 32.0% 9.7% 0.0% 0.0% 0.8%
 Bolivia 9.947.000[89] 55.0% 15.0% 28.0% 2.0% 0.1% 0.5% 0.0%
Mestiços-Africanos 69,131.000 2.4% 18.5% 46.9% 27.1% 3.6% 0.6% 0.9%
 Panama 3.481.000[89] 8.0% 10.0% 32.0% 27.0% 5.0% 14.0% 4.0%
 Colombia 45.980.000[89] 1.8% 20.0% 53.2% 21.0% 3.9% 0.1% 0.0%
 Venezuela 28.814.000[89] 2.7% 16.9% 37.7% 37.7% 2.8% 0.0% 2.2%
Afro-Brancos 193,893.000 0.4% 51.6% 0.0% 40.8% 6.7% 0.1% 0.4%
 Haiti 10.111.000[89] 0.0% 0.8% 0.0% 9.0% 90.0% 0.0% 0.2%
 Cuba 11.204.000[89] 0.0% 37.0% 0.0% 51.0% 11.0% 0.0% 1.0%
 Porto Rico 3.990.000[89] 0.0% 74.8% 0.0% 10.0% 15.0% 0.0% 0.2%
 Brasil* 194.579.000[89] 0.4% 53.8% 39.1%* 39.1%* 6.2% 0.0% 0.5%
 República Dominicana 10.158.000[89] 0.0% 7.7% 0.0% 14.6% 75.0% 2.3% 0.4%
Mestiços 122,134.000 12.5% 13.7% 72.4% 0.7% 0.0% 0.2% 0.5%
 El Salvador 6.179.000[89] 8.0% 1.0% 91.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
 Honduras 7.541.000[89] 7.7% 1.0% 85.6% 1.7% 0.0% 3.3% 0.7%
 Mexico 110.128.000[89] 14.0% 15.0% 70.0% 0.5% 0.0% 0.0% 0.5%
 Nicaragua 5.783.000[89] 6.9% 14.0% 78.3% 0.0% 0.0% 0.6% 0.2%
 Paraguai 6.405.000[89] 1.5% 20.0% 74.5% 3.5% 0.0% 0.0% 0.5%
Brancos 59,604.000 2.7% 76.7% 18.4% 0.2% 0.0% 0.1% 1.8%
 Argentina 40.471.000[89] 1.0% 85.0% 11.1% 0.0% 0.0% 0.0% 2.9%
 Chile 17.053.000[89] 3.2% 52.7% 44.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
 Costa Rica 4.610.000[89] 0.8% 82.0% 15.0% 0.0% 0% 2.0% 0.2%
 Uruguai 3.367.000[89] 0.0% 88.0% 8.0% 4.0% 0.0% 0.0% 0.0%
Total 502,784.000 9.2% 36.1% 30.3% 20.3% 3.2% 0.2% 0.7%

Política[editar | editar código-fonte]

Durante a primeira década do século XXI, os governos sul-americanos têm impulsionado a política de esquerda, com líderes socialistas que são eleitos como no Chile, Uruguai, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Paraguai e Venezuela. Apesar do movimento de esquerda, a América do Sul em sua maioria ainda abraça a política de mercado livre, e ela está tomando um caminho ativo em direção à maior integração continental.[carece de fontes?]

Recentemente, uma entidade intergovernamental tem sido formada para fundir duas uniões aduaneiras existentes: o Mercosul e a Comunidade Andina, formando assim o terceiro bloco político-comercial no mundo. Esta nova organização política conhecida como a União de Nações Sul-Americanas, procura estabelecer o movimento livre de pessoas, desenvolvimento econômico, uma política de defesa comum e a eliminação de tarifas.[carece de fontes?]

Países e territórios[editar | editar código-fonte]

Divisão política da América do Sul
País ou dependência Área km² População Capital
 Argentina
2 791 810 km²
39 745 613
Buenos Aires
 Aruba (Países Baixos) *
193 km²
102 695
Oranjestad
 Bolívia
1 098 581 km²
9 627 269
La Paz e Sucre
Flag of Bonaire.svg Bonaire (Países Baixos) **
294 km²
15 800
Kralendijk
 Brasil
8 515 767 km²
200 104 749
Brasília
 Chile
756 950 km²
16 598 074
Santiago e Valparaíso
 Colômbia
1 141 748 km²
44 379 598
Bogotá
Curaçao Curação (Países Baixos) *
444 km²
142 180
Willemstad
 Equador
256 370 km²
13 810 000
Quito
 Guiana
214 970 km²
751 000
Georgetown
França Guiana Francesa (França) **
86 504 km²
209 000
Caiena
 Ilhas Malvinas (Reino Unido) *
12 200 km²
3 060
Port Stanley
 Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul (Reino Unido) *
4 057 km²
100
Ponto Rei Eduardo
 Paraguai
406 750 km²
6 100 000
Assunção
 Peru
1 285 220 km²
28 674 757
Lima
 Suriname
163 270 km²
470 000
Paramaribo
 Uruguai
176 220 km²
3 399 237
Montevidéo
 Venezuela
916 445 km²
27 934 783
Caracas
Notas
* Territórios dependentes ou autônomos
** Territórios totalmente integrados nos respetivos países, e que não se constituem como dependências

Economia[editar | editar código-fonte]

Centro financeiro da cidade de Santiago, no Chile.

A América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável crescimento e diversificação na maioria dos setores econômicos. Grande parte dos produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países.[90]

Os principais cultivos agrários são justamente os de exportação, como a soja e o trigo. A produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas voltada para o consumo interno. A criação de gado destinada à exportação de carne é importante na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Colômbia. Nas regiões tropicais os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador. Por tradição, os países produtores de açúcar para a exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, nordeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão. Cinquenta por cento da superfície sul-americana está coberta por florestas, mas as indústrias madeireiras são pequenas e direcionadas para os mercados internos. Nos últimos anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se instalando na Amazônia para explorar madeiras nobres destinadas à exportação. As águas costeiras do Pacífico da América do Sul, são as mais importantes para a pesca comercial. A captura de anchova chega a milhares de toneladas, e também é abundante o atum, dos quais o Peru é um grande exportador. A captura de crustáceos é notável, particularmente no nordeste do Brasil e no Chile.[90]

Apenas Brasil e Argentina fazem parte do G20 (países industriais), enquanto que somente o Brasil integra o G8+5 (as nações mais poderosas e com maior influência do planeta). No setor de turismo, se iniciaram em 2005 uma série de negociações com objetivo de promover o turismo e aumentar as conexões aéreas dentro da região.[91] Punta del Este, Florianópolis e Mar del Plata se encontram entre os principais balneários da América do Sul.[90]

Setor primário[editar | editar código-fonte]

Colheitadeira em uma plantação de algodão em Santa Catarina. O Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo.[92]

A maioria dos sul-americanos vive nas proximidades do litoral e por isso grande parte das áreas em que se faz uso intensivo da terra localiza-se nessa faixa periférica. Menos de 5% das terras da região são cultivadas, 19% destinam-se a pastagens e 47% são ocupadas por florestas. A proporção de terra cultivada varia desde 12% no Uruguai até 1% no Paraguai e a 0,03% na Guiana Francesa.[90]

Apesar dos esforços que têm sido feitos no sentido da industrialização, a América do Sul ainda é uma região onde as atividades agrícolas desempenham papel fundamental. O mais importante produto da região é o café, cultivado sobretudo nas terras roxas dos estados brasileiros de São Paulo e Paraná e na cordilheira Ocidental da Colômbia, constituindo grande fonte de divisas desses países. As principais áreas de cultura do milho se encontram no interior do planalto Brasileiro, sobretudo na sua porção sul-oriental, e nas terras que bordejam na faixa tritícola dos pampas argentinos. A banana é intensamente cultivada em torno do golfo de Guayaquil e callejón do Equador (primeiro exportador da América do Sul), na região do baixo rio Magdalena e nas baixadas quentes e úmidas do Sul do Brasil. A produção de trigo concentra-se quase toda nas grandes áreas do pampa úmido e no Sul do Brasil; a Argentina é um dos principais países tritícolas do mundo, ao lado da Rússia, Estados Unidos e Canadá. A cultura do cacau assume grande importância no callejón equatoriano, em torno do lago de Maracaibo, na Venezuela, e, principalmente, no sul do estado da Bahia, Brasil, que é primeiro produtor sul-americano e segundo produtor e exportador mundial. Fato a destacar na agricultura brasileira na década de 1970 foi a enorme expansão da soja, que passou a ser um principais produtores de exportação do país.[90]

Vinhedo em Luján de Cuyo, na província de Mendoza, Argentina.

A fibras comerciais, como o sisal e a juta, encontram-se na América do Sul alguns grandes produtores, como a Colômbia, o Equador e o Brasil, com suas plantações na Amazônia e no Nordeste. O Brasil é também o principal produtor de algodão, graças às suas vastas plantações do Nordeste e do estado de São Paulo, bem como de mamona, amendoim e mandioca. Cabe ainda ao Brasil a primazia no cultivo da cana-de-açúcar, com suas imensas plantações no Nordeste, estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, embora outros países, como o Peru, possuam grandes canaviais. Se bem que alguns países do norte do continente cultivem fumo em grande escala, é no Brasil que se encontram as maiores áreas fumageiras, notadamente nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. Os babaçuais e carnaubais são também plantas industrializáveis, bem aproveitadas pelo Brasil, que tem como principais áreas produtoras os estados do Nordeste. Por fim, as frutas têm seu lugar na economia agrícola dos países sul-americanos; a Argentina é grande produtora de peras, uvas e maçãs, e o Brasil possui extensos laranjais.[90]

A agricultura sul-americana, entretanto, não emprega sistemas ou técnicas uniformes para um mesmo produto. A produtividade não apenas varia de país para país mas também apresentava enormes diferenças regionais dentro de cada país. Até aproximadamente 1930, as técnicas e os métodos de plantio apresentavam alto índice de arcaísmo, caracterizado pela ausência de mecanização e adubação, preparo inadequado dos solos, ineficiência no combate às pragas, etc. Assim, somente a partir de 1930 tem-se tratado desses problemas, tentando-se, inclusive, a recuperação de terras esgotadas em virtude do uso predatório.[90]

É também do campo que provém uma fonte de riqueza de alguns países sul-americanos: a pecuária. Em razão de uma série de fatores, tais como o relevo acidentado e a exiguidade de espaço útil, os países andinos não se destacam por seus rebanhos; em geral, apenas existe a criação de animais de pequeno porte (suínos, caprinos e ovinos) ou de espécies que melhor se adaptam às condições geográficas, como o caso da alpaca e do lhama. Os maiores rebanhos bovinos pertencem ao Brasil, Argentina e Uruguai, onde também se concentram grandes criações de ovinos, suínos e equinos. Igualmente importantes são os rebanhos brasileiros de caprinos e muares.[90]

Chuquicamata, a maior mina a céu aberto do mundo, próxima a cidade de Calama, no Chile.

O subsolo sul-americano é rico em petróleo. Cerca de 25% da área total da região contém bacias sedimentares em que podem ocorrer estratos petrolíferos. Mas, até 1965, a maioria dos campos produtores localizavam-se nas bacias estruturais flanqueadas pela cordilheira dos Andes. A Venezuela, com uma reserva estimada em 17 bilhões de barris, possui a mais rica área petrolífera da América do Sul, a segunda do hemisfério ocidental e a sétima do mundo, somente ultrapassada pelos Estados Unidos, Rússia, Iraque, Irã, Arábia Saudita e Kuwait. Outros países sul-americanos que dispõem de grandes reservas são Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil. A produção de gás natural é comumente associada à do petróleo, mas sua utilização comercial tem sido limitada pela distância dos campos produtores em relação aos grandes centros de consumo.[90]

Ao contrário do que ocorre na América do Norte, são escassos os recursos carboníferos sul-americanos. Embora existam depósitos em diversas áreas dos Andes, bem como no Sul do Brasil, somente três países — Colômbia, Chile e Brasil — apresentam produção razoável. O carvão brasileiro contém elevado teor de cinza, necessitando, pois, de adição de carvão importado a fim de ser convenientemente utilizado na indústria.[90]

Refinaria da estatal brasileira Petrobras em Cochabamba, na Bolívia.

A América do Sul é rica em minério de ferro, que ocorre em imensa quantidade, sobretudo no planalto das Guianas e no escudo Brasileiro. Numerosos e extensos depósitos têm sido descobertos quase à flor da terra, e podem ser minerados diretamente e a baixos custos. Os principais detritos ferríferos venezuelanos localizam-se próximo ao rio Caroni, afluente meridional do Orinoco, e o desenvolvimento de sua exploração tem sido facilitado pela existência de meios de transportes fluviais baratos. Já no Brasil, que possui uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, as condições de exploração são menos favoráveis, uma vez que a maior parte das minas situa-se no interior do estado de Minas Gerais, de onde o minério é transportado por ferrovias para os portos de escoamento do litoral. Outro recurso mineral importante da América do Sul é o cobre, que se encontra principalmente nas terras geologicamente recentes dos Andes centrais, no Chile e no Peru. Somente as minas de cobre da América do Norte e da África Central rivalizam com as do Chile.[90]

A maior parte das reservas de estanho do hemisfério ocidental encontra-se no território boliviano. As minas localizam-se a grandes altitudes, nos Andes, e algumas delas são antigas jazidas de prata exauridas nos tempos coloniais. Estima-se que os depósitos dos Andes bolivianos contém um terço de todo o estanho existente no mundo. O Brasil possui imensas reservas de manganês, e uma das maiores jazidas do mundo localiza-se a sudoeste do estado de Mato Grosso. Um depósito menor, porém mais acessível, é explorado no estado do Amapá. Entre outros minérios abundantes na América do Sul, destacam-se a bauxita (sul da Guiana Francesa, Suriname e extremo norte do Brasil), platina (Colômbia), prata (Peru e Bolívia), nitrato (Chile), chumbo, zinco, bismuto e antimônio (Bolívia), vanádio e chumbo (Peru), iodo e enxofre (Chile), sal marinho, amianto, tungstênio, titânio e nióbio no (Brasil).[90]

A atividade extrativa vegetal compreende o aproveitamento das áreas florestais do Sul do Brasil, onde as plantações de eucalipto e de araucária nativa produzem grande quantidade de madeiras, bem como a exploração do mogno e outras árvores em regiões dispersas desse país. A extração de madeiras apresenta-se também como atividade econômica importante em certas regiões do Paraguai, Chile e Bolívia. Nesse setor há ainda que salientar o aproveitamento de plantas medicinais e oleaginosas pelo processo da coleta.[90]

Setores secundário e terciário[editar | editar código-fonte]

Embraer E-190, jato desenvolvido pela empresa brasileira Embraer na cidade de São José dos Campos.

Os países mais industrializados da América do Sul são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e Uruguai respectivamente. Esses países sozinhos respondem por mais de 75% da economia da região e somam um PIB maior que 2,9 trilhões de dólares.[90]

As indústrias na América do Sul começaram a tomar peso sobre as economias da região a partir de 1930, quando a Grande Depressão nos Estados Unidos e outros países do mundo impulsionaram a produção industrial do subcontinente. A partir desse período a região deixou a face agrícola para trás e passou a obter altas taxas de crescimento econômico que se mantiveram até o início da década de 1990 quando se desaceleraram devido a instabilidades políticas, crises econômicas e políticas neoliberais.[90]

Sede do Bancolombia na cidade de Medellín, Colômbia.

Desde o fim da crise econômica de Brasil e Argentina, que ocorreram no período de 1998 à 2002 e que provocou recessão econômica, aumento do desemprego e queda da renda da população, os setores industriais e de serviços vem se recuperando rapidamente, principalmente no Chile, na Argentina, e no Brasil que crescem a uma média de 5% ao ano. Toda a América do Sul após esse período vem se recuperando rápido e demonstrando bons sinais de estabilidade econômica, com inflação e taxa de câmbio controlados, crescimento contínuo, diminuição da desigualdade social e do desemprego, fatores que favorecem a indústria.[90]

As principais industrias são: eletroeletrônica, têxtil, alimentícia, automobilística, metalúrgica, aérea, naval, vestuário, bebida, siderúrgica, tabaco, madeireira, química, entre outras. As exportações chegam a quase 400 bilhões de dólares anuais, sendo o Brasil responsável por metade desta.[90]

O turismo na América do Sul é uma das áreas que mais cresce na economia sul-americana. Com a maior floresta tropical do mundo (Amazônia), o maior rio do mundo (Amazonas), a segunda maior cadeia de montanhas (Andes), ilhas oceânicas isoladas (Galápagos, Ilha de Páscoa e Fernando de Noronha), praias paradisíacas (litoral do Nordeste Brasileiro), desertos (Atacama), paisagens glaciais (Patagônia e Terra do Fogo), a mais alta cachoeira do mundo (Salto Angel, com 979 metros de queda, na Venezuela) e as quedas com o maior volume de água (Cataratas do Iguaçu), dentre muitos outros monumentos naturais e criados pelo homem que atraem turistas de todo o mundo.[90]

Cataratas do Iguaçu, um importante ponto turístico entre o Brasil e a Argentina

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Energia[editar | editar código-fonte]

Usina hidrelétrica de Itaipu,a maior do mundo em produção de energia.

Em virtude da diversidade da topografia e das condições de precipitação pluviométrica, os recursos hidráulicas da região variam enormemente nas diferentes áreas. Nos Andes, as possibilidades de navegação são limitadas, exceto no rio Magdalena, no lago Titicaca e nos lagos das regiões meridionais do Chile e da Argentina. A irrigação é fator importante para a agricultura desde o noroeste do Peru até a Patagônia. Menos de 10% do potencial elétrico conhecido dos Andes haviam sido aproveitados até meados da década de 1960.[carece de fontes?]

O escudo Brasileiro tem um potencial hidrelétrico muito superior ao da região andina e suas possibilidades de aproveitamento são maiores devido à existência de diversos grandes rios com margens elevadas e à ocorrência de grandes desníveis, formando imensas cataratas, como as de Paulo Afonso, Iguaçu e outras menores. O sistema do rio Amazonas tem cerca de 13 000 km de vias navegáveis, mas as suas possibilidades de aproveitamento hidrelétrico ainda são desconhecidas.[carece de fontes?]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Os sistemas de transportes da América do Sul ainda são deficientes, apresentando baixas densidades quilométricas. A região dispõe de cerca de 1 700 000 km de rodovias e 100 000 km de ferrovias, que se acham concentradas na faixa litorânea, continuando o interior desprovido de comunicação.[carece de fontes?]

Apenas duas ferrovias são continentais: a Transandina, que liga Buenos Aires, na Argentina a Valparaíso, no Chile, e a Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, que a faz a conexão entre o porto de Santos, no Brasil e a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Além disso, existe a rodovia Panamericana, que atravessa os países andinos de norte a sul, embora alguns trechos estejam inacabados.[carece de fontes?]

Duas áreas de maior densidade ocorrem no setor ferroviário: a rede platina, que se desenvolve em torno do estuário do Prata, em grande parte pertencente à Argentina, com mais de 45 000 km de extensão; e a rede do Sudeste do Brasil, que serve principalmente ao estado de São Paulo (ver:Sistema rodoviário do estado de São Paulo), estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São ainda o Brasil e a Argentina que se destacam no setor rodoviário. Além das modernas estradas que estendem pelo norte da Argentina e pelo sudeste e sul do Brasil, um vasto complexo rodoviário visa a articular Brasília, a capital federal, às regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.[carece de fontes?]

O porto de Callao é o principal porto do Peru.

A América do Sul possui um dos maiores feixes de vias fluviais navegáveis do mundo, representadas principalmente pelas bacias Amazônica, do Prata, do São Francisco e do Orinoco, cabendo ao Brasil cerca de 54 000 km navegáveis, enquanto a Argentina tem 6 500 km e a Venezuela, 1 200 km.[carece de fontes?]

As duas principais frotas mercantes também pertencem ao Brasil e Argentina. Segue-se as do Chile, Venezuela, Peru e Colômbia. Os maiores portos em movimento comercial são os de Buenos Aires, Santos, Rio de Janeiro, Bahía Blanca, Rosário, Valparaíso, Recife, Salvador, Montevidéu, Paranaguá, Rio Grande, Fortaleza, Belém e Maracaibo.[carece de fontes?]

A aviação comercial encontrou na América do Sul um magnífico campo de expansão, que possui uma das maiores linhas em densidade de tráfego do mundo, a do Rio de Janeiro-São Paulo, e grandes aeroportos, como Congonhas, Internacional de São Paulo/Guarulhos e Viracopos (São Paulo), Internacional do Rio de Janeiro e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Ezeiza (Buenos Aires), Aeroporto Internacional de Confins (Belo Horizonte), Aeroporto Internacional de Curitiba (Curitiba), Brasília, Caracas, Montevidéu, Lima, Bogotá, Recife, Salvador, Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre), Fortaleza, Manaus e Belém.[carece de fontes?]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Tango, estilo musical típico da Argentina.

Os sul-americanos são culturalmente ricos,[93] devido a histórica conexão com a Europa, especialmente Espanha e Portugal, e o impacto da cultura popular dos Estados Unidos.[carece de fontes?]

As diferenças culturais são consideráveis e a divisão do subcontinente na época colonial fez com que existissem duas línguas dominantes, o espanhol e o português.[43] A cultura indígena de origem pré-colombiana teve forte influência no Peru, Bolívia e algumas regiões da Amazônia.[carece de fontes?]

Devido às diferenças culturais dentro das fronteiras nacionais, é possível encontrar maior semelhança cultural entre os habitantes de áreas fronteiriças do que entre estes mesmos e os do interior de cada país. Isto se deve, em parte, a divisão pós-colonial que acompanhou a formação dos estados independentes durante o século XIX.[carece de fontes?]

A cultura sul-americana está presente de diversas maneiras a nível mundial. Assim, por exemplo, o artesanato andino desfruta de considerável demanda em diferentes mercados, como o europeu.[94]

As nações sul-americanas tem uma grande variedade na música. Alguns dos géneros mais famosos incluem a cumbia da Colômbia,[95] samba e bossa nova do Brasil, e o tango, de Argentina e Uruguai. Na primeira metade do século XX, o tango teve grande exito na Europa e na Colômbia. Esta música era interpretada em castelhano, porém não foi um obstáculo para sua difusão no exterior. Na América do Sul se desenvolveram estilos musicais não-exclusivos do subcontinente, como a salsa, que tem sua "capital" em Santiago de Cali, Colômbia.[carece de fontes?]

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Pablo Neruda (Chile), Mario Vargas Llosa (Peru) e Gabriel García Márquez (Colômbia), três escritores sul-americanos ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura.

A literatura da América do Sul tem atraído crítica considerável e aprovação popular, com autores como Gabriel García Márquez,[96] Pablo Neruda[97] , Jorge Luis Borges e Júlio Cortázar.[98]

Por causa da ampla mistura étnica na América do Sul, a culinária tem influências africanas, asiáticas e europeias. O estado brasileiro da Bahia é especialmente conhecido pela influência da culinária da África Ocidental.[99] Argentinos, chilenos e uruguaios consomem grande quantidade de vinho.[100]

Esportes[editar | editar código-fonte]

Na América do Sul, se pratica uma considerável quantidade de modalidades esportivas. O esporte mais popular é o futebol, representado pela CONMEBOL. O torneio mais importante a nível de seleções é a Copa América,[101] enquanto que a nível de clubes é a Copa Libertadores da América.[102] Em relação a Copa do Mundo de Futebol, sua primeira edição foi realizada no Uruguai em 1930, e os países da região venceram 9 das 19 edições disputadas até 2010: Brasil (5), Uruguai (2) e Argentina (2).[103] Em 2014, a Copa do Mundo da FIFA foi realizada no continente pela quarta vez, sendo organizada pelo Brasil na segunda ocasião.[carece de fontes?]

Outros esportes como o basquetebol, natação e voleibol também são populares. Independentemente do nível de popularidade, alguns países definiram uma modalidade como esporte nacional por lei. É o caso de Argentina (pato),[104] Colômbia (tejo)[105] e Chile (rodeio do Chile).[106]

No futebol, a América do Sul de destaca de modo geral. Já em outros esportes, alguns países sul-americanos se destacam a nível mundial, mas de maneira individual. Por exemplo, Argentina é uma potência no rugby,[107] pólo, hóquei em campo, hóquei em patins, basquetebol e boxe ;[108] Brasil no automobilismo,[109] voleibol, Artes Marciais Mistas, natação, judô, handebol e vela, e Colômbia no ciclismo. A prática do ténis é estendida a Argentina, Chile e Brasil; que tiveram campeões de torneios de Grand Slam.[110]

Em 2016, a América do Sul organizará os Jogos Olímpicos de Verão pela primeira vez, em evento a ser realizado no Rio de Janeiro, no Brasil.[carece de fontes?]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. Population and Vital Statistics Report (em inglês) Nações Unidas (2003). Visitado em 02 de julho de 2008.
  2. Atlas Mundial. São Paulo: Melhoramentos, 1999. ISBN 85-06-02889-2
  3. a b Imigrantes na América do Sul
  4. Grupos econômicos da América do Sul.
  5. Grupos econômicos da América do Sul.
  6. Mercosul.
  7. a b Problemas sociais e econômicos.
  8. Avós dos índios chegaram à América do Sul há 14 mil anos.
  9. A Cultura Chibcha.
  10. Cultura muísca (em castelhano).
  11. Quíchuas e aimarás.
  12. Cultura Chavín.
  13. História dos Incas.
  14. Viagem de Duarte Pacheco Pereira pelo Atlântico.
  15. Tratado de Tordesilhas.
  16. Invasão do Império Inca.
  17. União Ibérica.
  18. Revoltas coloniais.
  19. Tratados que definiram fronteiras.
  20. Guerras Napoleônicas.
  21. Independência da América do Sul espanhola.
  22. Independência do Brasil.
  23. História da Guiana.
  24. História do Suriname.
  25. Guiana Francesa, departamento ultramarino francês.
  26. Bolivarismo e conceito de pan-americanismo.
  27. Guerra do Paraguai.
  28. Guerra do Pacífico.
  29. Caudilhismo.
  30. Crise de 1929.
  31. Política da Boa Vizinhança.
  32. Operação Condor.
  33. Guinada à Esquerda.
  34. Bacias hidrográficas
  35. a b c d e f g h i AMÉRICA DO SUL. In: Atlas Mundial. São Paulo: Cia. Melhoramentos de São Paulo, 1999, p. 84, 90-107 ISBN 85-06-02889-2
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  45. Composição étnica e línguas
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  47. Língua guarani
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  50. Línguas indígenas reconhecidas como oficiais
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  95. Nacionalização da cumbia
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  110. Tênis na América do Sul

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • "América do Sul". Nova enciclopédia ilustrada Folha. (1996). São Paulo: Folha de S. Paulo. 42-43. 
  • CIVITA, Victor. Almanaque Abril: Geografia: Mundo: Continentes: América do Sul. 33ª ed. São Paulo: Abril, 2007. 362 p.
  • TIRICO, José Domingos (1994). "América do Sul". Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações. 358-370. 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Referências

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