Cachoeira (Bahia)
Município de Cachoeira | |||||
"Cidade Heroica" | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 13 de março (elevação à categoria de cidade) | ||||
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Fundação | 1531 | ||||
Gentílico | cachoeirano(a) | ||||
Prefeito(a) | Carlos Menezes Pereira (Partido Progressista) (2013–2016) |
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Localização | |||||
Localização de Cachoeira na Bahia
Localização de Cachoeira no Brasil |
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Unidade federativa | Bahia | ||||
Mesorregião | Metropolitana de Salvador IBGE/2008[1] | ||||
Microrregião | Santo Antônio de Jesus IBGE/2008[1] | ||||
Região metropolitana | Principais distritos: Capoeiruçu, Santiago do Iguape, Belém da Cachoeira e Tororó | ||||
Municípios limítrofes | Conceição da Feira, Santo Amaro, Saubara, São Félix, Maragogipe, Governador Mangabeira e Muritiba.[2] | ||||
Distância até a capital | 110[2] km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 395,223 km² [3] | ||||
População | 34 244 hab. IBGE/2013[4] | ||||
Densidade | 86,64 hab./km² | ||||
Altitude | 50[2] m | ||||
Clima | tropical úmido a seco subúmido | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,647 médio PNUD/2010[5] | ||||
PIB | R$ 173 989,731 mil IBGE/2008[6] | ||||
PIB per capita | R$ 5 194,50 IBGE/2008[6] | ||||
Página oficial |
Cachoeira é um município, no estado da Bahia, no Brasil. Situa-se às margens do Rio Paraguaçu. Está distante cerca de 120 km da capital do estado, Salvador. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 2013 sua população era estimada em 34 244 habitantes. Sua área é de 395 quilômetros quadrados. Cachoeira é uma das cidades baianas que mais preservou a sua identidade cultural e histórica com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do estado. Além disto, a imponência do seu casario barroco, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de "Cidade Monumento Nacional" e "Cidade Heroica" (pela participação decisiva nas lutas pela independência do Brasil[7] ) a partir do Decreto 68 045, de 13 de Janeiro de 1971, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.
O apogeu da cidade foi durante os séculos XVIII e XIX, quando seu porto era utilizado para escoamento de grande parte da produção agrícola do Recôncavo Baiano, principalmente açúcar e fumo, produtos até hoje produzidos no município, em virtude do clima e solo propícios da região. No início do século XX, porém, a economia da cidade entrou em declínio, somente se recuperando no final do século, quando novas empresas se instalaram na região.
A significativa presença de africanos e afro-descendentes em interação com europeus de variadas nacionalidades em Cachoeira durante o período escravista é um dos fatores que originou a riqueza e diversidade da cultura popular em Cachoeira. Essa interação encontra-se presente no sincretismo religioso, com forte presença da cultura afro-brasileira e das manifestações do catolicismo. A cidade, hoje, é um baluarte cultural dentro da Bahia, o que se demonstra pelos seus inúmeros museus e movimentos populares.
Índice
- 1 História
- 2 Filhos Ilustres
- 3 Geografia
- 4 Educação
- 5 Atrações turísticas
- 5.1 Casa de Câmara e Cadeia Pública
- 5.2 Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo
- 5.3 Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
- 5.4 Igreja Nossa Senhora da Ajuda
- 5.5 Imperial Ponte Dom Pedro II
- 5.6 Museu Regional da Cachoeira - Sede do IPHAN
- 5.7 Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte
- 5.8 Outras atrações
- 6 Cidades-irmãs
- 7 Galeria
- 8 Referências
- 9 Ver também
- 10 Ligações externas
História[editar | editar código-fonte]
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pela tribo tupi dos tupinambás[8] .
A fundação do povoado é atribuída ao célebre náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru.[9] Foi a iniciativa de duas famílias portuguesas, os Dias Adorno e os Rodrigues Martins, que possibilitou sua elevação a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário em 1674. Devido à sua localização estratégica, um entroncamento de importantes rotas que se dirigiam ao sertão, ao Recôncavo, às Minas Gerais ou a Salvador, então capital da colônia, logo passou a se enriquecer e, em 1698, tornou-se a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu - o nome se dá por se situar próxima às quedas d'água presentes na cabeceira do Rio Paraguaçu.
O desenvolvimento do cultivo de cana-de-açúcar, da mineração de ouro no Rio das Contas e a intensificação do tráfico pelas estradas reais e da navegação do Rio Paraguaçu colaboraram para o rápido desenvolvimento econômico da região a partir do século XVIII. Já em inícios de 1800, a sociedade cachoeirana detinha grande influência política e participa ativamente das guerras pela Independência da Bahia, em 1821, constituindo a Junta de Defesa.[10]
A vila foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1873 (Lei Provincial 43).
Cachoeira é considerada monumento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Cachoeira também é a segunda capital do estado, de acordo como a Lei Estadual 10 695/07. Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, num reconhecimento histórico pelos feitos da cidade em prol do país.[10] [11]
Filhos Ilustres[editar | editar código-fonte]
- Ana Néri - Enfermeira, chamada de "mãe dos brasileiros", por sua nobre atuação na Guerra do Paraguai.
- André Rebouças - Engenheiro e abolicionista.
- Augusto Teixeira de Freitas - Maior jurisconsulto das Américas.
- Carlyles Roberto Oliveira e Silva - Advogado e intelectual
- Dona Dalva Damiana de Freitas - Operária charuteira, compositora, líder do Grupo de Samba de Roda Suerdieck e integrante da Irmandade da Boa Morte.
- Ernesto Simões Filho - Fundador do Jornal A Tarde.
- Manoel Tranquilino Bastos - Maestro e instrumentista.
- Edson Gomes - Músico e compositor
- Sine Calmon - Músico e compositor
- Edvaldo Brandão Correia - Deputado e vice-governador da Bahia.
- Pedro Cardoso de Souza - Artista Plástico.
- Lídice da Mata - É senadora da República e presidente do Partido Socialista Brasileiro no Estado da Bahia.
- Elias Cardoso de Jesus - Músico e maior agitador cultural do reconcavo.
- Giva - Jogador de futebol (atualmente no Santos)
- Mateus Aleluia - Unico fundador vivo do Grupo de Afro Samba Os Tiocãs
Geografia[editar | editar código-fonte]
Clima[editar | editar código-fonte]
Possui clima predominantemente tropical, com estações bem definidas. Está situada numa região geograficamente composta por vales e montanhas, a cidade fica ao nível do mar, sendo banhada pelo Rio Paraguaçu.
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
Como outros municípios brasileiros, Cachoeira possui distritos e povoados além do distrito-sede do município. São eles: povoado da Pinguela, Santo Antônio de Tibiri, povoado do Saco, povoado do Tupim, povoado do Alecrim, povoado do Calolé, São Francisco do Paraguaçu, povoado da Formiga, povoado do Ponto Certo e distrito de Capoeiruçu ,Murutuba e Santiago do Iguape.
Dentro da sede da cidade destacam-se os bairros do Caquende, Alto da Levada e Cucuí de Caboclo, Tororó, Faceira, Cucuí de São Cosme e São Damião, Virador, Alto do Jenipapeiro, Alto do Cruzeiro, Rosarinho.
Educação[editar | editar código-fonte]
A cidade abriga o Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A chegada de um dos campos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e dos seus nove cursos de graduação à Cachoeira foi um importante marco para o crescimento e desenvolvimento da cidade. Atualmente, o CAHL funciona no Quarteirão Leite Alves (local onde existia uma fábrica de charutos no século XIX) e no prédio da Fundação Hansen Bahia.
Além da UFRB, existe um campus da Faculdade Adventista da Bahia, instituição instalada no ano de 1979 na cidade.
Atrações turísticas[editar | editar código-fonte]
Casa de Câmara e Cadeia Pública[editar | editar código-fonte]
Construída entre os anos de 1698 e 1712, a Casa de Câmara e Cadeia Pública situa-se no limite da parte plana de Cachoeira, posição estratégica para proteger o prédio das enchentes do Rio Paraguaçu. Por duas vezes, a construção foi sede do Governo Legal da Província. Foi nela ainda que Dom Pedro I foi aclamado Regente e Defensor do Brasil, em 1822. O sobrado possui elementos característicos do estilo barroco e mantém telas de importante valor histórico, como o "Retrato de D. Pedro II", de José Couto e "O primeiro passo para a independência da Bahia", de Antônio Parreiras. O prédio atualmente abriga a Câmara Municipal de Cachoeira e funciona como galeria e museu na parte interna inferior, onde antes se encontrava a cadeia. Atualmente a Câmara Municipal de Cachoeira é presidida pela Vereadora Adriana dos Santos Silva, que em 2014 passou ser a primeira mulher, e negra, a ocupar tão nobre cargo legislativo.
Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo[editar | editar código-fonte]
O Conjunto do Carmo, formado pelo Convento e pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo, possui notável valor histórico e monumental. Encontra-se na Praça da Aclamação, região tombada pelo IPHAN. A Construção é de 1715, em estilo barroco. O interior da igreja é revestido de ouro e painéis de azulejos portugueses, abrigando também imagens de madeira de Macau. O prédio do Convento já acolheu o Paço da Câmara, a Casa da Moeda, quartel, pensão e até hospital. Atualmente, o espaço, que sofreu grande reforma em 1981, é ocupado por uma pousada e centro de convenções.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário[editar | editar código-fonte]
Construção do Século XVIII localizada entre a Rua Ana Nery e a Praça 13 de Maio, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário leva o nome da santa padroeira do município. A igreja Se destaca pela riqueza de seu interior, que possui imagens, telas, alfaias, sacrário de prata e revestimento de azulejos historiados. Do interior de suas torres piramidais, também revestidas de azulejo, é possível apreciar a vista de quase toda a cidade de Cachoeira e parte de São Félix. O local possui um dos maiores conjunto de azulejos portugueses existente no Brasil, juntamente com o convento de São Francisco no centro histórico de Salvador. Um dos maiores fora de Portugal.[12]
Igreja Nossa Senhora da Ajuda[editar | editar código-fonte]
O edifício que abriga a Igreja Nossa Senhora da Ajuda foi construído em 1687. Trata-se da primeira igreja da cidade de Cachoeira. Construção de relevante importância arquitetônica abriga as imagens de Nossa Senhora da Ajuda, São Francisco de Assis, São Benedito, Santa Luzia, São Caetano e São Pedro. Nesta Igreja encontra-se a Irmandade de Nossa Senhora d´ Ajuda.
Imperial Ponte Dom Pedro II[editar | editar código-fonte]
Inaugurada em 7 de julho de 1865, a Imperial Ponte D. Pedro II foi construída sobre o Rio Paraguaçu, ligando as cidades de Cachoeira e São Felix, que situam-se nas suas margens. Sua estrutura é composta de ferro e lastros de madeira importados da Inglaterra e mede 365 m de comprimento e 9 m de largura. Significativa construção para a economia baiana no século XX e uma das principais obras de engenharia da América do Sul à época, a ponte é hoje também um dos cartões postais de Cachoeira.
Museu Regional da Cachoeira - Sede do IPHAN[editar | editar código-fonte]
Situado na Praça da Aclamação, o Museu Regional da Cachoeira e Sede do IPHAN encontra-se alojado em uma mansão colonial do século XVIII, dividida em dois pavimentos, como é também a característica das demais construções que o cercam. O sobrado foi uma das mais ricas e importantes residências baianas e pertenceu a diversas famílias de Cachoeira até ser doado ao IPHAN, em 1953. Após sofrer reforma e restauração, em 1966 a casa foi aberta ao público como museu. Seu acervo é composto por mobiliário colonial, uma parte trazida do Rio de Janeiro e outra parte doada pelos moradores de Cachoeira, além de registros fotográficos e edições da primeira metade do século XX dos principais jornais do estado da Bahia. Além de Museu, o edifício serve como sede regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que administra o Museu.
Centro Cultural da Irmandade da Boa Morte[editar | editar código-fonte]
Centro cultural com o objetivo de preservação da cultura afro-brasileira na Bahia e valorizar a tradicional festa que é patrimônio imaterial da Bahia, a Festa da Boa Morte. Foi reinaugurada em 2014, após ter sido reformado.[13]
Outras atrações[editar | editar código-fonte]
- Rio Paraguaçu
- Vila de Belém de Cachoeira (distrito municipal, a sete km do Centro de Cachoeira)
- Capela Nossa Senhora da Penha
- Convento de Santo Antonio do Paraguaçu
- São Francisco do Paraguaçu
- Aniversário da cidade (13 de março).
- Festa do Divino (maio)
- Festa de São João/Feira do Porto (21 a 25 de junho)
- Data Magna (25 de junho) - Cachoeira como Capital do Estado da Bahia.
- Festa de Nossa Senhora da Boa Morte (1ª quinzena de agosto)
- Festa de São Cosme e Damião (27 de setembro)
- Festa de Nossa Senhora do Rosário (1ª quinzena de outubro)
- Festa de Nossa Senhora D'Ajuda (1ª quinzena de novembro)
- Festa de Santa Cecília (2ª quinzena de novembro)
- Festa de Santa Bárbara (4 de dezembro)
- Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração do Monte Formoso
- Pousada Mirante do Rio
Cidades-irmãs[editar | editar código-fonte]
Cachoeira possui as seguintes cidades-irmãs:
Galeria[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
- ↑ a b c Prefeitura Municipal da Cachoeira.. A Cidade > Localização Geográfica. Visitado em 30 de junho de 2008.
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 de dezembro de 2010.
- ↑ Censo Populacional 2013 Censo Populacional 2013 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (01 de outubro de 2013). Visitado em 01 de outubro de 2013.
- ↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Visitado em 07 de agosto de 2013.
- ↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 de dezembro de 2010.
- ↑ Sede do governo da Bahia é transferida por uma semana para Cachoeira G1.globo.com.
- ↑ BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.
- ↑ [1] Caestamosnos.org.
- ↑ a b Aqui Salvador (Correio da Bahia).. Capital por um dia Correiodabahia.com.br. Visitado em 30 de junho de 2008.
- ↑ Agecom. Sede do Governo da Bahia é transferida para Cachoeira nesta sexta Prodeb. Visitado em 30 de junho de 2008.
- ↑ Maior acervo de azulejos portugueses do Brasil fica em Cachoeira iBahia. Visitado em 19 de maio de 2014.
- ↑ Centro Cultural Irmandade da Boa Morte é reinaugurado em Cachoeira, acessado em 15 de agosto de 2014.
- ↑ OVERMUNDO.. Guia. Cachoeira e São Félix, Cachoeira, BA Overmundo.com.br.