Francisco Brennand
Francisco Brennand | |
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Brennand em sua oficina de cerâmica durante gravação de programa de televisão | |
Nome completo | Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand |
Nascimento | 11 de junho de 1927 (88 anos) Recife, Pernambuco |
Nacionalidade | brasileiro |
Influências |
Lista
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Prémios | Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, conferido pela
Organização dos Estados Americanos, em 1993 |
Área | Pintura |
Formação | Artista plástico |
Página oficial | |
http://www.brennand.com.br/ |
Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand (Recife, 11 de junho de 1927) é um escultor e artista plástico que desenvolve seu trabalho com diversos suportes. Entretanto é mais conhecido pelo seu trabalho como ceramista.
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]
A história da família Brennand no Brasil tem início em 1820, com a chegada do engenheiro Edward Brennand, originário de Manchester, Inglaterra, para trabalhar em uma empresa inglesa ligada à ferrovia. Edward acabaria por se fixar em Maceió, casando-se com Francisca de Paula Moura. Um dos filhos do casal, Ricardo Moura Brennand, casa-se com Maria Vinifrida Monteiro. Desta união, nasceu Ricardo Monteiro Brennand, que, por sua vez, viria a se casar com Dona Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda de Almeida Brennand. Em 1897 nasce, no Recife, o filho do casal, Ricardo de Almeida Brennand.[1]
Em 1917, Ricardo cria a primeira fábrica de cerâmicas da família - a Cerâmica São João - nas terras do antigo Engenho São João da Várzea, no Recife, herança recebida de D. Maria da Conceição do Rego Barros Lacerda, uma prima de sua mãe.
Francisco Brennand, segundo filho de Ricardo de Almeida Brennand e Olímpia Padilha Nunes Coimbra, nasce nas terras do antigo Engenho São João.
Durante o ensino médio, Francisco Brennand desenvolve seu interesse pelo desenho e pela literatura. No mesmo período conhece Débora de Moura Vasconcelos, sua futura esposa, e Ariano Suassuna, seu colega de classe, com quem produzia um jornal literário, encarregando-se de realizar as ilustrações para os textos e poemas de Ariano.
Inicialmente, Brennand acreditava ser a cerâmica uma arte utilitária, menor, e por isso dedicou-se sobretudo à pintura a óleo. Entretanto, ao chegar à França, em 1948, deparou-se com uma exposição de cerâmicas de Picasso, e descobre que muitos dos artistas da Escola de Paris haviam passado pela cerâmica: além de Picasso, Chagall, Matisse, Braque, Gauguin, e sobretudo o catalão Joan Miró.
Já no início da década de 1950, de passagem por Barcelona, Brennand descobre Antoni Gaudí, cujas obras - com suas formas sinuosas e o uso do trencadís, tradicional técnica catalã - causam-lhe forte impressão. Após o seu primeiro período na Europa (1948–1951), Brennand retorna ao Brasil mas, logo em 1952, decide aprofundar-se no conhecimento das técnicas da cerâmica, iniciando estágio em uma fábrica de majólicas na cidade de Deruta, na província de Perúgia, Itália. Durante esse estágio, Brennand inicia suas experiências com o uso de esmaltes cerâmicos e queimas sucessivas da peça, em temperaturas variadas. A cada entrada da peça no forno, é aplicada uma camada diferente de esmalte, o que dá à superfície uma grande variedade de cores e texturas.[3]
Na década de 1970, Brennand participa do Movimento Armorial, com seu velho amigo Ariano Suassuna.
No seu ateliê, instalado nas terras do antigo Engenho (depois Cerâmica) São João, no bairro da Várzea, no Recife, estão expostas muitas de suas obras, parte delas dispostas a céu aberto, em um grande jardim central.
Ver Também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Discrição ao estilo inglês.
- ↑ Brennand faz nova exposição de pinturas inéditas. Leia entrevista com o artista Diario de Pernambuco. Visitado em 14 de fevereiro de 2014.
- ↑ LIMA, Camila da Costa. Francisco Brennand : aspectos da construção de uma obra em escultura cerâmica. São Paulo: Universidade Estadual Paulista. Instituto de Artes, 2009.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Página oficial
- As flores, os frutos, os bichos, os pássaros e os seres. O Brasil de Francisco Brennand. Por Emanuel Araújo. Revista Vitruvius, dezembro de 2007.