Inhumas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Município de Inhumas
"Goiabeiras"
Bandeira desconhecida
Brasão de Inhumas
Bandeira desconhecida Brasão
Hino
Aniversário 19 de Março
Fundação 19 de março de 1931
Gentílico inhumense
Prefeito(a) Dioji Ikeda (PDT)
(2013–2016)
Localização
Localização de Inhumas
Localização de Inhumas em Goiás
Inhumas está localizado em: Brasil
Inhumas
Localização de Inhumas no Brasil
16° 21' 28" S 49° 29' 45" O16° 21' 28" S 49° 29' 45" O
Unidade federativa  Goiás
Mesorregião Centro Goiano IBGE/2008 [1]
Microrregião Anápolis IBGE/2008 [1]
Região metropolitana Região Metropolitana de Goiânia [1]
Municípios limítrofes Araçu, Brazabrantes, Caturaí, Damolândia, Goianira e Itauçu
Distância até a capital 35 km
Características geográficas
Área 613,349 km² [2]
População 51 144 hab. (GO: 22º) –  IBGE/2014[3]
Densidade 83,38 hab./km²
Altitude 770 m
Clima Tropical (Semi-Úmido Quente)
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,720 alto PNUD/2010 [4]
PIB R$ 396 811,693 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 8 523,50 IBGE/2008[5]
Página oficial

Inhumas é um município brasileiro do estado de Goiás. Em 2014 havia uma população de 51 144 habitantes. Dista 35 quilômetros até a capital ou 30 minutos até o Portal Shopping, em Goiânia.[6]


História[editar | editar código-fonte]

Situado as margens da Estrada Real, estrada que levava a cidade de Goiás, então capital da província, Inhumas surgia com o nome Goiabeira. Por ser ponto de descanso para tropeiros, o vilarejo surgiu a partir da referência de um extenso goiabal, o que mais tarde se tornou uma fazenda de gado.

Devolutas, as terras no interior goiano, eram apropriadas sem nenhum rigor da lei. Assim, foram sendo utilizadas em Inhumas duas forças de trabalho: a do agregado e a do posseiro. No entanto poucos posseiros requeriam em Goiás as concessões de terras ou sesmarias. Em Goiabeira (Inhumas), esse aspecto seria conseqüência das condições impostas aos requerentes, os quais, ao receberem a concessão, deveriam

Poucos tinham condições para cumprir essas exigências, preferindo ficar sem a escritura de suas posses, o que posteriormente geraria conflitos, principalmente quanto à demarcação das propriedades.Pela falta de registros da Fazenda Cedro talvez ocorrido por conflitos pela posse da terra ou pela inviabilidade de seu dono de torná-la produtiva em dois anos sob pena de perdê-la, os documentos oficiais de registros apontam a fazenda Goiabeira de Félix Rodrigues, como a origem de Inhumas.

As terras foram adquiridas por Félix Rodrigues ao comprar uma parte da fazenda Cedro e a registrou com a denominação de "Goiabeira" em 20 de Setembro de 1858. O custo das terras foi de 40$000 (quarenta mil réis), cuja extensão compreendia uma légua em comprimento e largura, localizada à beira da Estrada Nova (caminho para a Província de Goiás), entre terras ocupadas por João Ramos, ao nascente, José; da Barra, ao poente, pelo córrego Cemitério, ao sul e ao norte, com terras devolutas.

Quanto a criação do Distrito de Goiabeiras este se deu em 27 de março de 1896, sob a lei nº 04, quando o então intendente (prefeito) de Curralinho (hoje Itaberaí), Cel. Antônio Primo de Faria nomeou o sub intendente do povoado de Goiabeira (vice-prefeito) Sr. Virgíneo Pereira Cunha. O presidente do Conselho Municipal João Elias Caldas, promulgou a lei nº 40, de 02/12/1908, alterando o nome de Goiabeira para Inhumas. A escolha deu-se pela existência desta ave na região.

Com a morte de Vicente Bueno Fernandes, político local, seus adversários políticos conseguiram a suspensão do Distrito de Inhumas do Município de Itaberaí pela lei municipal nº 50, de 11/12/1909. E o Distrito voltou à simples povoado. Situação que só seria retomada em 23/11/1912 quando o Conselheiro Francisco de Paula Mendonça apresentou projeto de Lei restaurando o Distrito de Inhumas aprovado e sancionado em 09/01/1913 pelo Intendente de Itaberaí, Cel. Antônio Gardêncio Garcia, e a condição definitiva de distrito.

Pelo decreto nº 31 de 27 de janeiro de 1930, Inhumas foi elevada, a Vila, graças aos esforços dos Srs. Sizelísio Simões de Lima, Elpídio Luiz Brandão, Sebastião Almeida Guerra, José de Freitas Borges e Cesário Silva, processo que iniciara desde 1926, contexto da Revolução de 1930. Em 1930, Pedro Ludovico Teixeira, interventor Federal no Estado de Goiás, assina o Decreto Estadual nº 602, de 19/01/1931 tornando Inhumas município, estando nomeado em 03/1931 como primeiro prefeito constitucional o então Cel. José Rodrigues Rabelo.

Com o trabalho de todos e em especial de imigrantes sírios-libaneses, espanhóis, italianos, japoneses e portugueses Inhumas destacou-se em 1930 como "Princesinha do cerrado". Região de terra roxa reserva de mata cultivável, ótima para a cultura do café, muito valorizada nesse período, despertou grande corrente imigratória, principalmente com a chegada da ferrovia até Anápolis e a proximidade à capital Goiânia.

A marcha para o Oeste promovida pela revolução de 1930 fortaleceu o interesse dos imigrantes pelas terras inhumenses. Os sírio-libaneses (família Asmar, Sahium, Raiza, Chalub, Mahmud, Gebrim, Charter, Sebba, Nacruht...) os responsáveis diretos pela abertura do comércio na rua princpial Rua Goiás, construíram os primeiros sobrados, chamados bungalows, que por lei estava determinado que sua construção isentava de IPTU seus proprietários.

A colônia japonesa (Família Honda,Watanabe, Momonuke...) dedicou-se exclusivamente a horticultura, mudando acentuadamente os modos alimentares da comunidade. Em menor número, aparecem os italianos com participação especial, na formação sócio-econômica. Dedicados à agricultura, desbravaram matas, cultivaram o café; e ocupam terras na região mais nobre de Inhumas, o Serra Abaixo. Topografia que lembra regiões da Europa dada elevação dos morros. Apesar das dificuldades encontradas, os italianos, (Famílias Qualhato, Serravali, Balestra, Quintanilha, Jácomo, Jardini...) inseriram-se no contexto municipal participando inclusive das decisões políticas, o que pode-se perceber ainda hoje, os italianos são as famílias mais antigas a residir na região das goiabeiras, dando destaque principalmente aos Jardini e em seguida pelos Balestra.

A família Vila Verde (descendente dos espanhóis...) se fixou numa grande faixa de terras, conhecida como Serra Abaixo, cultivaram o café. Assim como os demais imigrantes, os portugueses dedicaram-se a cafeicultura (Família Pires, Família Moreira de Melo). A cidade de Inhumas originou-se da antiga Fazenda Cedro que teve em julho de 1858 como seu primeiro posseiro João Antônio da Barra Ramos.

Este, após a compra, registrou-a em 20 de setembro de 1858, com a denominação de Goiabeiras, devido à abundância dessa árvore mirtácea na região. A fazenda Goiabeiras passou a ser distrito em 27 de março de 1896, pela Lei nº 04. Em dois de dezembro de 1908, foi promulgada a Lei nº 40 que dava nova denominação ao distrito que passou a chamar-se INHUMAS. Este nome, aliás, mais sugestivo e apropriado, nasceu do espírito influente do saudoso jornalista Moisés Santana que assim quis perpetuar na lembrança de todos o fato curioso de só aqui até então serem encontradas as taciturnas e interessantes inhuma ou anhuma, aves de porte elegante, quase negras, cujo canto desperta profunda nostalgia.

Ao chegar-se às redondezas da cidade, ouve-se logo o canto gutural dessa ave de beira-brejos, como se fora para saudar o viajante que imediatamente procura buscá-la nas grimpas das árvores. Quando ainda era distrito de Município de Itaberaí, de 1896 a 1931, Inhumas foi governada por subintendentes nomeados pelo Poder Executivo daquela cidade. Depois de emancipada, Inhumas, foi dirigida por prefeitos municipais, no incício nomeados pelo governo estadual e, depois, eleitos diretamente pelo povo.

Política[editar | editar código-fonte]

Quando ainda era distrito do Município de Itaberaí, de 1896 a 1931, Inhumas foi governada por subintendentes nomeados. Depois de emancipada, Inhumas foi dirigida por prefeitos municipais, no incício nomeados pelo governo estadual e, depois, eleitos diretamente pelo povo. Estes são os seus nomes:

Subintendentes
  • 1° - 1896 a 1896 - Virginio Pereira da Cunha
  • 2° - 1903 a 1907 - Gabriel dos Passos Assumpção
  • 3° - 1907 a 1909 - José de Freitas Machado
  • 4° - 1909 a 1913 - Aurelino Caetano Machado
  • 5° - 1921 a 1926 - Cesário Silva
  • 6° - 1926 a 1927 - José Rodrigues Rabelo
  • 7° - 1927 a 1930 - João A. de Oliveira Lobo
  • 8° - 1930 a 1931 - José Rodrigues Rabelo
Prefeitos
  • 1° - 1931 a 1936 - José Rodrigues Rabelo (nomeado)
  • 2° - 1936 a 1945 - José de Arimathea e Silva (eleito e nomeado)
  • 3° - 1945 a 1946 - Geraldo Majela Fraklin Ferreira (nomeado)
  • 4° - 1946 a 1947 - Sebastião de Almeida Guerra (nomeado)
  • 5° - 1947 a 1947 - Leônidas Luiz Brandão (nomeado)
  • 6° - 1947 a 1951 - Sebastião de Almeida Guerra
  • 7° - 1951 a 1955 - Elpídio Luiz Brandão
  • 8° - 1955 a 1959 - Sebastião de Almeida Guerra
  • 9° - 1959 a 1961 - Joaquim Gonçalves de Azevedo
  • 10°- 1961 a 1966 - Nelo Egídio Balestra
  • 11°- 1961 a 1961 - Francisco Arataque (vice-prefeito)
  • 12°- 1966 a 1970 - Alcântara Marques Palmeira
  • 13°- 1970 a 1973 - Firmo Luiz de Melo e Souza
  • 14°- 1973 a 1977 - Domingos Garcia Filho
  • 15°- 1977 a 1983 - Irondes José de Morais
  • 16°- 1983 a 1989 - José Essado Neto
  • 17°- 1989 a 1993 - Irondes José de Morais
  • 18°- 1993 a 1996 - João Antônio Ferreira
  • 19°- 1997 a 2000 - Luiz Otávio do Nascimento
  • 20°- 2001 a 2004 - José Essado Neto
  • 21°- 2005 a 2008 - Abelardo Vaz Filho
  • 22°- 2009 a 2009 - Antônio Domingos Braga(Interino)
  • 23°- 2009 a 2012 - Abelardo Vaz Filho
  • 24º- 2010 a 2010 - Maria Rita Rezende(Interina)
  • 25°- 2009 a 2012 - Abelardo Vaz Filho
  • 25°- 2013 - Dioji Ikeda

Geografia[editar | editar código-fonte]

  • IDH - Educação: 0,842
  • IDH - Longevidade: 0,754
  • IDH - Renda: 0,699
  • IDH - Municipal: 0,765
  • Distritos/Povoados/Aglomerados: Povoado de Santa Amália.

Economia[editar | editar código-fonte]

Question book.svg
Esta seção não cita fontes confiáveis e independentes, o que compromete sua credibilidade. Por favor, adicione referências e insira-as corretamente no texto ou no rodapé. Conteúdo sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)

Educação[editar | editar código-fonte]

Ensino superior[editar | editar código-fonte]

Públicas
Privadas

Ensino médio técnico[editar | editar código-fonte]

Públicas Federais
  • IFGoiás (CEFET-GO) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (Campus Inhumas)

Ensino médio regular ou EJA[editar | editar código-fonte]

Públicas
 Colégio Estadual Rui Barbosa
  • Colégio Estadual Ary Ribeiro Valadão Filho
  • Colégio Estadual Manoel Vilaverde
  • Colégio Estadual Horácio Antônio de Paula
  • Colégio Estadual Joaquim Pedro Vaz
Privadas
  • Colégio Einstein
  • Colégio Monsenhor
  • Colégio Linus
  • Colégio Zênite

Ensino Fundamental 1ª e 2ª fases[editar | editar código-fonte]

Públicas
  • Centro de Atendimento Educacional Especializado Diurza Leão
  • Colégio Estadual Presidente Castelo Branco
  • Colégio Estadual Rui Barbosa
  • Escola Estadual João Lobo Filho
  • Escola Estadual Antônio Augusto do Carmo
  • Escola Estadual Belarmino Essado
  • Escola Municipal Alessandro Miguel
  • Escola Municipal Agropecuária Senador João Abraão Sobrinho (conhecida como Escola Agrícola)
  • Escola Municipal Padre Feliciano
  • Escola Municipal Professora Cleide Campos
  • Escola Municipal Uni Duni Tê
Privadas
  • Educandário Nossa Senhora do Rosário
  • Escola e Berçário Amor Perfeito
  • Escolinha da Mônica
  • Escola Infantil Carrossel
  • Escola Moriá
  • Escola Balão Mágico

Cultura e comunicação[editar | editar código-fonte]

Emissoras de Rádio[editar | editar código-fonte]

Nome Sintonia Proprietário Programação
Rádio Jornal de Inhumas 1050 AM LFB Comunicação Popular
Rádio Educativa 87,9 FM Associação de Pastores de Inhumas Religiosa
Jornal FM (Em implantação) 96,5 FM LFB Comunicação Popular
Rede Alelúia 105,3 FM Igreja Universal do Reino de Deus Religiosa
Interativa FM 94,9 FM Cultura Stereo Som LTDA Jovem
Jornais impressos
Jornal de Inhumas
Jornal A Voz
Jornal da Época
Jornal O Goianão
Jornal A Palavra
Jornal Cla$$Inhumas - Gráfica Gutenberg

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
  3. Estimativa populacional 2014 IBGE Estimativa populacional 2014 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2014). Visitado em 29 de agosto de 2014.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Visitado em 31 de julho de 2013.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.
  6. Goiás em Foco - Inhumas.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

|}

|}