José Leite Lopes
José Leite Lopes | |
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Física | |
Dados gerais | |
Nacionalidade | Brasileiro |
Residência | Brasil |
Nascimento | 28 de outubro de 1918 |
Local | Recife, Pernambuco |
Morte | 12 de junho de 2006 (87 anos) |
Local | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Causa | Falência múltipla de órgãos |
Progenitores | |
Mãe | Beatriz Coelho Leite[1] |
Pai | José Ferreira Lopes |
Atividade | |
Campo(s) | Física |
Instituições | Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Alma mater | Escola de Engenharia de Pernambuco |
Orientador(es) | Wolfgang Pauli |
Conhecido(a) por | bóson Z |
José Leite Lopes (Recife, 28 de outubro de 1918 — Rio de Janeiro, 12 de junho de 2006) foi um físico brasileiro, especializado em teoria quântica de campos e física de partículas.
Físico de renome internacional, combateu a ditadura e articulou a criação de instituições de pesquisa. Foi o grande articulador político da fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), instituto que criou juntamente com César Lattes em 1949.[2] Além disso, participou de articulações para fundar outras instituições importantes, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF) de 1967 a 1971.[3]
Leite Lopes é o único físico brasileiro detentor do UNESCO Science Prize.[4] A engenheira agrônoma Johanna Döbereiner recebeu este prêmio em 1989.[5]
Vida acadêmica[editar | editar código-fonte]
Em 1935, iniciou o curso de Química Industrial na Escola de Engenharia de Pernambuco.
Em 1940, ingressou no curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia no Rio de Janeiro.
Em 1942, recebeu uma bolsa para trabalhar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no ano seguinte recebeu outra bolsa para a Universidade de São Paulo (USP).[6]
Leite Lopes doutorou-se em física na Universidade de Princeton, orientado por Wolfgang Pauli.[7] É reconhecido internacionalmente por suas muitas contribuições à física teórica, especialmente nas seguintes áreas:
- Predição da existência de um bóson vetorial neutro (bóson Z), em 1958, através da elaboração de uma equação que mostrava a analogia da interação nuclear fraca com o eletromagnetismo. Steven Weinberg, Sheldon Glashow e Abdus Salam usaram posteriormente estes resultados para desenvolver a unificação do eletromagnetismo e a interação nuclear fraca. Eles foram premiados com o Nobel da Física em 1979.
- O modelo de dominância do vetor na interação nuclear fraca
- Estrutura nuclear shell em reações fotonucleares
- A construção do espaço de Fock
- Potencial pseudoscalar de um méson na teoria do dêuteron
- Pares de mésons escalares
- Modelos estruturais de leptons e quarks
Cinema[editar | editar código-fonte]
José Leite Lopes e César Lattes são os protagonistas do filme Cientistas Brasileiros, um documentário de 2002 dirigido por José Mariani que narra sua trajetória e suas contribuições para o desenvolvimento da física no Brasil.[8]
Referências
- ↑ José Leite Lopes. Visitado em 12 de outubro de 2012.
- ↑ Arquivo aberto Instituto Ciência Hoje. Visitado em 19 de janeiro de 2014.
- ↑ Diretorias Anteriores da Sociedade Brasileira de Física. Visitado em 7 de janeiro de 2010.
- ↑ Atta-Ur-Rahman, José Leite Lopes and Juan Martín Maldacena receive UNESCO science prizes UNESCOPRESS. Visitado em 7 de agosto de 2014.
- ↑ Johanna Döbereiner (1924 - 2000). Agrônoma
- ↑ Físico brasileiro José Leite Lopes
- ↑ CARUSO, F. José Leite Lopes: in memoriam (PDF) (em inglês). Visitado em 30 de abril de 2011.
- ↑ Raios cósmicos e astros humanos Jornal da Unicamp (10 a 16 de junho de 2002). Visitado em 9 de julho de 2010.
Precedido por Oscar Sala |
Presidente da Sociedade Brasileira de Física 1967 — 1971 |
Sucedido por Alceu Gonçalves de Pinho Filho |