Lábrea

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Município de Lábrea
"Princesinha do Purus"
Bandeira de Lábrea
Brasão desconhecido
Bandeira Brasão desconhecido
Hino
Aniversário 7 de março
Fundação 1881
Gentílico labreense; labrense
Lema A onde o sol brilha mais forte venha conheça Lábrea a terra da mulheres bonitas
Prefeito(a) Evaldo de Souza Gomes (PMDB)
(2013–2016)
Localização
Localização de Lábrea
Localização de Lábrea no Amazonas
Lábrea está localizado em: Brasil
Lábrea
Localização de Lábrea no Brasil
07° 15' 32" S 64° 47' 52" O07° 15' 32" S 64° 47' 52" O
Unidade federativa  Amazonas
Mesorregião Sul Amazonense IBGE/2008[1]
Microrregião Purus IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Canutama, Boca do Acre, Tapauá, Pauini e os estados de Rondônia e Acre.
Distância até a capital 610 km
Características geográficas
Área 68 229,009 km² (BR: 10º)[2]
População 43 263 hab. (AM: 12º) –  IBGE/2015[3]
Densidade 0,63 hab./km²
Altitude 75 m
Clima equatorial Af
Fuso horário UTC-5
Indicadores
IDH-M 0,531 baixo PNUD/2010[4]
PIB R$ 410 803 mil IBGE/2012[5]
PIB per capita R$ 10 527,47 IBGE/2012[5]
Página oficial

Lábrea é um município brasileiro do interior do estado do Amazonas. Pertencente à Mesorregião do Sul Amazonense e Microrregião do Purus, sua população é de 43 263 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015.[3]

História[editar | editar código-fonte]

A cidade de Lábrea foi fundada através da lei provincial número 523, de 14 de maio de 1881, elevando a freguesia de Lábrea à categoria de vila. Sua história remonta a fase áurea da borracha, com as grandes levas de imigrantes nordestinos. Sua história encontra-se intimamente ligada ao movimento da Igreja Católica, a primeira missão estabeleceu-se a foz do rio Ituxi, sendo nomeado de Nossa Senhora de Nazaré do Rio Ituxi e tendo como superior o capuchinho fr. Pedro de Ceriana. Ao início de seu povoamento quando criado o município sendo desmembrado de Manaus, seus limites vinham desde a boca do Abufari a Bolívia. Inicialmente seu fundador, o cearense, cel. Antônio Rodrigues Pereira Labre, a idealizou na localidade denominada Terra Firme do Amaciary, após trazendo para a localidade atual. Com a criação da paróquia de Nossa Senhora de Nazaré de Lábrea, por Dom Antônio Macedo Costa na época bispo de Pará e Amazonas, vem a cidade um de seus maiores colaboradores o cearense de Aracati, Pe. Francisco Leite Barbosa, com seu trabalho de assistência religiosa aos fiéis, não esquecendo-se de zelar pelo bem estar de seu rebanho. Fez várias desobrigas ao longo do rio Purus e seus afluentes; seu principal marco ainda hoje lembrado na cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, pedindo e recebendo donativos e esmolas ele com muito sacrifício esforço e dedicação ela inicia os trabalhos, mas não consegue ver o fruto de seu suor terminado, pois pede demissão do cargo de pároco após doar quase 31 anos de sua vida ao trabalho pastoral em Lábrea, mas a 5 de setembro de 1911 a então catedral de Nossa Senhora de Nazaré é abençoada. A maior parte de sua extensão territorial é quase que totalmente formada pela densa selva amazônica e pode ser alcançada por terra também a partir da cidade de Porto Velho (RO), tomando-se a estrada para Humaitá (AM). É uma região ainda quase que despovoada sendo que a densidade demográfica da mesma é de 0,4 habitantes por quilômetro quadrado.

Bairros[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

O Produto Interno Bruto (PIB) de Lábrea é um dos maiores do Amazonas. A agropecuária é quem mais constribui para a economia do município, totalizando R$ 231,676 milhões em 2010 e colocando o município como o 36º maior PIB da agropecuária no Brasil.[6]

Meio ambiente[editar | editar código-fonte]

O município de Lábrea está inserido no bioma amazônico. Nele há algumas unidades de conservação, a exemplo exemplo RESEX Médio Purus e Reserva Extrativista (Resex) Rio Ituxi mantido com parceria com o Instituto Chico Mendes e o seringal Novo Encanto.

Castanha do pará (Bertholletia excelsa).

O Seringal Novo Encanto é mantido sob responsabilidade da Associação Novo Encanto uma organização não-governamental fundada por membros da União do Vegetal e que conta com seu apoio institucional desde 1990. Ocupando 8.125 hectares de floresta nativa, situada neste município na fronteira do Amazonas com o Acre, o seringal Novo Encanto, é uma região de grande importância ambiental devido à intensa biodiversidade, com 381 espécies de plantas identificadas. Ele tem uma grande variedade de sistemas hídricos drenados pelo Rio Iquiri / Rio Ituxi afluentes do Rio Purus. Além do rio essa região do seringal possui doze igarapés e seis lagoas. A Associação Novo Encanto realiza diversas ações para preservar esta porção de floresta contra invasões, extração de madeira e devastação da floresta. Parte das ações é focada em atividades de ecoturismo e atividades econômicas sustentáveis como a produção de castanhas e couro vegetal.

Características culturais[editar | editar código-fonte]

O município situa-se entre dois grandes rios (Purus e Madeira) e duas importantes áreas culturais indígenas na classificação de Galvão [7] com possível influência em suas tradições. A área cultural Juruá - Purús onde predominam índios das famílias lingüísticas Pano, Aruák, Catuquinas; e Área cultural Tapajós - Madeira onde predominam índios do grupo Tupi (Munduruk´s, Maués, Kawahyb). Consta que em 1854, Frei Pedro Coriana fundou no rio Purus uma missão de índios, sob o nome de São Luís Gonzaga, com índios Muras, Cauinicis, Mamurus, Jamadis, Purupurus. [8] O processo de colonização e a característica de se encontrar entre 3 estados brasileiros (Acre, Amazonas e Rondônia com histórias distintas e forte influência da colonização boliviana (ver: História do Acre) lhe asseguram características, no mínimo especiais, que precisam ser melhor avaliadas para o entendimento de sua rica diversidade cultural. Quanto as condições para educação no município, segundo dados do IBGE Cidades, em 2009, registraram-se 9437 matrículas no ensino fundamental e 1430 para o ensino médio.

Observe-se que considerando-se a cor ou raça, segundo IBGE, 2000[9] na Região Norte do Brasil apenas 1,7 % dos habitantes (12.911.170 / 213.443) foram recenseados e/ou se declararam como indígenas. Concentrando-se essa população nos estados do Amazonas (4%) em relação ao Acre (1,4%) e Rondônia (0,8%). Observe-se também que apesar da relevância, tais características da população residente não são suficientes para explicar as manifestações da religião, folclore e sobrevivências culturais da região.

PRINCIPAIS FESTAS DA CIDADE SÃO: -Aniversário da cidade, dia 07 de março; -Festas Juninas; -Festa do SOL, a principal; - e Festa da Padroeira Nsa. Senhora de Nazaré.

Transporte Aéreo[editar | editar código-fonte]

A cidade de Lábrea possui ligação em dois voos semanais direto com Manaus-AM, através dos voos da MAP Linhas Aéreas em aeronave ATR 42.

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
  3. a b Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2015 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (28 de agosto de 2015). Visitado em 30 de agosto de 2015.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Visitado em 31 de agosto de 2013.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2012 IBGE. Visitado em 13 de dezembro de 2014.
  6. [1]
  7. Galvão, Eduardo. Índios do Brasil, áreas culturais e de subsistência. Ba Centro Editorial e Didático da UFBA, 1973
  8. Roteiros do Brasil - Lábrea História Maio 2011
  9. Censo Demográfico 2000. População residente, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação
  • Estado do Amazonas em Verbetes: Ensino fundamental - 5ª a 8ª série/ Organizadores: Francisco Jorge dos Santos, Patrícia Maria Melo Sampaio. - 2.ed. - Manaus: Novo Tempo, 2002
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