Matias de Albuquerque
Matias de Albuquerque | |
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Retrato de Matias de Albuquerque. Galeria degli Uffizi, Florença | |
Governador Geral do Brasil, Governador da Capitania de Pernambuco e Conde de Alegrete | |
Período | 1620–1627 |
Antecessor(a) | Diogo de Mendonça Furtado |
Sucessor(a) | Diogo Luís de Oliveira |
Vida | |
Nascimento | 1580, Olinda, Brasil Colônia |
Morte | 1647 (67 anos), Lisboa, Reino de Portugal |
Progenitores | Pai: Jorge de Albuquerque Coelho |
Matias de Albuquerque (Lisboa, c. 1580 — Lisboa, 9 de junho de 1647) foi um administrador colonial e militar superior português na Guerra da Restauração. Foi Governador da Capitania de Pernambuco, Governador Geral do Brasil e o primeiro e único Conde de Alegrete. Era neto de Duarte Coelho Pereira, o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, e primo de Matias de Albuquerque, 15.º vice-rei da Índia.
Biografia[editar | editar código-fonte]
No exercício do governo da capitania de Pernambuco, quando da primeira das Invasões holandesas do Brasil (1624-1625), à capital do Estado do Brasil, Salvador, foi designado interinamente pela Câmara (então refugiada na vila da Vitória, na Capitania do Espírito Santo) para o cargo de Governador-Geral dos Estados do Brasil, diante da captura e deportação do seu antecessor, D. Diogo de Mendonça Furtado (1621-1624).
Assim que foi informado da nomeação, pretendeu partir imediatamente em socorro da capital ocupada. Atendendo a conselhos, permaneceu em Olinda, de onde enviou expressivos reforços para a guerrilha sediada no arraial do rio Vermelho e no Recôncavo.
Em fins de 1626 transmitiu o cargo a seu sucessor, Diogo Luís de Oliveira (1626-1635). Chamado à Corte, diante dos rumores da preparação de uma grande expedição holandesa para invadir o nordeste do Brasil, foi nomeado Visitador e fortificador das capitanias do Norte, retornando em fins de 1629 ao Brasil com os pouquíssimos recursos que lhe foram disponibilizados para o encargo.
Assim mesmo, enfrentou em fevereiro de 1630 a segunda das invasões holandesas, em Olinda e Recife, sendo forçado a recuar diante da superioridade dos atacantes. Incendiou os armazéns do porto do Recife, impedindo o saque do açúcar pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC). Reorganizou a defesa luso-espanhola a partir do Arraial Velho do Bom Jesus, a meia-distância entre Olinda e Recife, confinando os agressores ao perímetro urbano daquela povoação e vila até 1634.
Após o cerco e destruição do Arraial do Bom Jesus, foi forçado a recuar com suas forças para a Capitania da Bahia. De passagem por Alagoas, reconquistou temporariamente Porto Calvo, capturando na ocasião Domingos Fernandes Calabar, que julgou e sentenciou à morte por enforcamento, pelo crime de traição.
Intimado a retornar a Portugal, foi responsabilizado pela perda de Pernambuco e detido no Castelo de São Jorge.
Libertado com a Restauração da independência em 1640, foi designado governador das armas[1] para o Alentejo, onde complementou as defesas da Praça-forte de Olivença, da praça de Elvas e da praça de Campo Maior.
Ao vencer a batalha do Montijo contra os espanhóis (1644) confirmou os seus méritos de militar (general), sendo recompensado com o título de 1º conde de Alegrete. Acerca desse feito, em 26 de Maio, junto ao Montijo, assim teria exortado os soldados portugueses ao combate:
- "No sucesso de hoje, consiste a conservação de nossas vidas, a liberdade da nossa Pátria e a opinião da nossa monarquia... A pelejar, valorosos portugueses, que o inimigo vem chegando! A pelejar, que é o mesmo que mandar-vos a vencer!" (Luís de Meneses. História de Portugal Restaurado.)
Foi o único possuidor do título condal, que perdeu em 1646, vindo a falecer pouco depois, no ano seguinte (1647).
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ALBUQUERQUE, Maria Cristina Cavalcanti de. Matias: romance. Recife: Edições Bagaço, 2012. ISBN 9788537309681
- VIANNA, Hélio. Matias de Albuquerque: biografia. Rio de Janeiro: Faculdade Nacional de Filosofia, 1944. 80p. mapa.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Matias de Albuquerque, em Infopédia, Porto Editora, 2003-2013, (Consult. 2013-01-25).
- Matias de Albuquerque (General do exército) 1590-1647, netsaber, biografias
- Livro ficcionaliza vida de Matias de Albuquerque
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