Rio Bonito

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Município de Rio Bonito
"Cidade Sorriso"
Cidade de Rio Bonito.jpg

Bandeira de Rio Bonito
Brasão de Rio Bonito
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 7 de maio
Fundação 7 de maio de 1846 (169 anos)
Gentílico riobonitense
Lema MVNICIPIVM LEGESQVE DILIGERE[1] ("O Município para o Amor e as Leis"[2] )
Prefeito(a) Solange Pereira de Almeida (PMDB)
(2013–2016)
Localização
Localização de (Sem nome)
Localização de Rio Bonito no Rio de Janeiro
Rio Bonito está localizado em: Brasil
Localização de Rio Bonito no Brasil
22° 42' 28" S 42° 37' 33" O22° 42' 28" S 42° 37' 33" O
Unidade federativa  Rio de Janeiro
Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro IBGE/2008 [3]
Microrregião Macacu-Caceribu IBGE/2008 [3]
Região metropolitana Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Saquarema , Tanguá e Araruama
Distância até a capital 72 km
Características geográficas
Área 462,176 km² [4]
População 55 586 hab. Censo IBGE/2010[5]
Densidade 120,27 hab./km²
Altitude 40 m
Clima Tropical úmido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,772 (RJ: 37º) – alto PNUD/2000 [6]
PIB R$ 726 977,503 mil IBGE/2008[7]
PIB per capita R$ 13 315,58 IBGE/2008[7]
Página oficial

Rio Bonito é um município do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 22º42'31" sul e a uma longitude 42º36'35" oeste, estando a uma altitude de 40 metros. Sua população estimada em 2008 era de 54 596 habitantes. Possui uma área de 463,32 km².

História[editar | editar código-fonte]

Conta a história que o "batismo" da localidade com nome de Rio Bonito se deveu ao fato de os "Sete Capitães", ao se dirigirem a Macaé, ficarem impressionados com um belo riacho que atravessava região. Porém, as informações sobre o povoamento de Rio Bonito datam da segunda metade do século XVIII.

Em 1755, o sargento-mor Gregório Pereira Pinto, ou Gregório Pinto da Fonseca, mandou construir em sua fazenda, posteriormente chamada "Bernarda", uma capela em homenagem à "Madre de Deus", figurando como um dos primeiros colonos da região. O entorno do templo religioso não tardou a ser habitado por pessoas. Em 1768, o pequeno povoado era elevado à categoria de freguesia, sob a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Rio d'Ouro. Mais tarde, a sede da freguesia foi transferida de local, passando a ser conhecida por Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito. Arruinado o templo, outro foi construído a cerca de uma légua do primeiro, mantido sob a proteção da mesma padroeira, passando a freguesia a ser conhecida como "Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito".

Após certo período de participação no ciclo de cana-de-açúcar, a economia local foi envolvida pela expansão do café, que passou a ocupar as melhores terras da região, tornando-se em pouco tempo uma de suas maiores fontes de riqueza. O progresso apresentado pela freguesia induziu governo, em 1846, a criar o município de Nossa Senhora da Conceição do Rio Bonito, cuja emancipação deu-se com o advento da Lei Provincial 381, de 7 de maio daquele ano e a instalação em 1° de outubro, cujas terras foram desmembrada dos municípios de Saquarema e Capivari (atual Silva Jardim), sendo elevada à categoria de vila.

A autonomia administrativa e a escolha de Rio Bonito como terminal de um ramal da Companhia de Ferro-Carril Niteroiense fizeram localidade o verdadeiro entreposto da produção e do comércio da região. O desenvolvimento da vila motivou sua elevação à categoria de cidade em 1890.

Devido à topografia acidentada, foram ocupadas, inicialmente, as áreas planas existentes entre a BR-101 e a Serra do Sambê. As áreas urbanizadas e com maior adensamento estendem-se, principalmente, ao longo e nas adjacências do Rio Bonito e na Estrada de Ferro Leopoldina, com ocupação de encostas na região noroeste da cidade.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Rio Bonito desde dezembro de 2013 pertence à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, assim deixando de ser parte do interior fluminense por lei. Também pertence à Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro, especificamente na Microrregião de Macacu-Caceribu que também abrange o município de Cachoeiras de Macacu. Não possui praias, mas possui muitas quedas de água, rios e florestas remanescentes de Mata Atlântica em torno da cidade.

Demografia[editar | editar código-fonte]

De acordo com o censo de 2000, Rio Bonito tinha uma população de 49 691 habitantes, correspondente a 7,8 por cento do contingente da Região das Baixadas Litorâneas, com uma proporção de 100,2 homens para cada cem mulheres. A densidade demográfica era de 110 habitantes por quilômetro quadrado, contra 111 habitantes por quilômetro quadrado de sua região. Sua população estimada em 2003 é de 51 087 pessoas.

O município apresentou uma taxa média geométrica de crescimento, no período de 1991 a 2000, de 1,07 por cento ao ano, contra 4,13 por cento na região e 1,30 por cento no estado. Sua taxa de urbanização corresponde a 65,3 por cento da população, enquanto que, na Região das Baixadas Litorâneas, tal taxa corresponde a 85,5 por cento.

Rio Bonito tem um contingente de 39 508 eleitores, aproximadamente 77 por cento da população. O município tem um número total de 16 382 domicílios, com uma taxa de ocupação de 84 por cento. Dos 2 567 domicílios não ocupados, vinte por cento têm uso ocasional.

A faixa etária predominante encontra-se entre os dez e 39 anos e os idosos representam dez por cento da população do município, contra dezessete por cento de crianças entre zero e nove anos.

Há uma predominância de pessoas que se declaram afrodescendentes, representando 51,4 por cento da população, contra 47,4 por cento de brancos. A percentagem de católicos, 46 por cento, é superior à soma dos praticantes de outras religiões.

Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]

Transporte[editar | editar código-fonte]

A rodovia BR-101 é o principal acesso à cidade, de Tanguá, a oeste, a Silva Jardim, a nordeste. A Via Lagos, RJ-124, alcança Araruama a oeste e, por variante, a Saquarema ao Sul. A RJ-120 segue em leito natural rumo norte até a RJ-116, próxima ao distrito de Papucaia, em Cachoeiras de Macacu. O município conta com estação ferroviária e opera a linha Rio-Vitória.

Com relação à rodovia BR-101 (Norte), a Rio – Vitória, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro pleiteia a duplicação entre Rio Bonito e a divisa com o estado do Espírito Santo, compreendendo os municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Macaé, Conceição de Macabu, Quissamã e Campos dos Goytacazes; implantação de variante em Campos; privatização do trecho e revisão dos estudos sobre localização e número de praças de pedágio.

O primeiro Jornal de Rio Bonito[editar | editar código-fonte]

Seu primeiro jornal editado foi O Rio Bonito, do major João Hilário de Meneses Drumond, que circulou de 6 de março até 28 de agosto de 1887. Fato curioso é que, em seu último número, reza que "Será inaugurada a casa da Câmara desta villa, em prédio reedificado, devendo na mesma data ser também inaugurado o serviço de iluminação pública pelo sistema belga". Não são conhecidos colecionadores que ainda possuam um exemplar sequer desse jornal. Atualmente circulam cerca de meia dúzia de jornais no município, a maior parte deles tem circulação regional. Dentre os veículos jornalísticos de maior expressão, destaca-se o jornal Folha da Terra (semanal, o jornal O Tempo em Rio Bonito (mensal) e o Jornal Face, que tem periodicidade quinzenal e pauta diversificada, tratando de assuntos que vão da conservação do meio ambiente à espiritualidade. Outros jornais importantes da cidade foram a Folha Fluminense e a Gazeta de Rio Bonito, que circularam nos anos 1990.

Referências

  1. http://www.riobonito.rj.gov.br/BrasaoHino.php
  2. http://translate.google.com.br/
  3. a b Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  4. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
  5. Censo Populacional 2010 Censo Populacional 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Visitado em 11 de dezembro de 2010.
  6. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Visitado em 11 de outubro de 2008.
  7. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 dez. 2010.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]