Salvador (Bahia)

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Município de Salvador
"SSA"
"Cidade de tanta glória"[1]
"Capital da Alegria"
"Roma Negra"
"Primeira capital do Brasil"
De cima, em sentido horário: Farol da Barra; visão panorâmica da Ponta de Santo Antônio e bairro da Barra; Elevador Lacerda; vista aérea do bairro Rio Vermelho; monumento aos heróis das batalhas da Independência da Bahia e edifícios do Centro Histórico.

De cima, em sentido horário: Farol da Barra; visão panorâmica da Ponta de Santo Antônio e bairro da Barra; Elevador Lacerda; vista aérea do bairro Rio Vermelho; monumento aos heróis das batalhas da Independência da Bahia e edifícios do Centro Histórico.
Bandeira de Salvador
Brasão de Salvador
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 29 de março
Fundação 29 de março de 1549 (466 anos)
Gentílico soteropolitano(a)
salvadorense (desusado)
Lema "Sic illa ad arcam reversa est"
(pt: "Assim ela voltou à arca.")
Prefeito(a) ACM Neto (DEM)
(2013–2016)
Localização
Localização de Salvador
Localização de Salvador na Bahia
Salvador está localizado em: Brasil
Salvador
Localização de Salvador no Brasil
12° 58' 16" S 38° 30' 39" O12° 58' 16" S 38° 30' 39" O
Unidade federativa  Bahia
Mesorregião Metropolitana de Salvador IBGE/2008[2]
Microrregião Salvador IBGE/2008[2]
Região metropolitana Salvador
Municípios limítrofes Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, Salinas da Margarida, Saubara, Itaparica, Vera Cruz e São Francisco do Conde.
Distância até a capital 1 531 km[3]
Características geográficas
Área 693,276 km² [4]
População 2 902 927 hab. (BA: 1º/BR: 3º) –  IBGE/2014[5]
Densidade 4 187,26 hab./km²
Altitude 8,3[3] m
Clima tropical atlântico
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,759 (BA: 1º BR: 383º) – alto PNUD/2010[6]
Gini 0,63 PNUD/2010[7]
PIB R$ 39 866 168 mil (BR: 12º) – IBGE/2012[8]
PIB per capita R$ 14 705,51 IBGE/2012[8]
Página oficial
Prefeitura www.salvador.ba.gov.br
Câmara www.cms.ba.gov.br

Salvador, fundada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos,[9] é um município brasileiro, capital do estado da Bahia, localizado na Mesorregião Metropolitana de Salvador e Microrregião de Salvador, Região Nordeste do país. Primeira capital do Brasil Colônia, Salvador é notável em todo o país pela sua gastronomia, música e arquitetura, e sua área metropolitana é a segunda mais rica do Norte-Nordeste do Brasil em PIB. A influência africana em muitos aspectos culturais da cidade a torna o centro da cultura afro-brasileira. O Centro Histórico de Salvador, iconizado no bairro do Pelourinho, é conhecido pela sua arquitetura colonial portuguesa com monumentos históricos que datam do século XVII até o início do século XX, tendo sido declarado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1985.[10]

Com mais de 2,9 milhões de habitantes, é o município mais populoso do Nordeste, o terceiro do Brasil e o oitavo da América Latina (superado por São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago).[11] Sua região metropolitana, conhecida como "Grande Salvador", possuía 3 573 973 habitantes recenseados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),[12] o que a torna a terceira área metropolitana mais populosa do Nordeste, sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo.[13] Por essas dimensões urbano-populacionais, é classificada pelo estudo do IBGE sobre a rede urbana brasileira como uma metrópole regional. Tais dados demográficos espalham-se por uma superfície de 693,276 quilômetros quadrados, ainda conforme o IBGE, cujas coordenadas, a partir do marco da fundação da cidade, no Forte de Santo Antônio da Barra, são 12° 58' 16'' sul e 38° 30' 39'' oeste.[3]

A primeira sede da administração colonial portuguesa do Brasil, a cidade é uma das mais antigas da América. Era, antigamente, chamada de "Bahia" ou "cidade da Bahia". Também recebeu epítetos como Roma Negra e Meca da Negritude, por ser uma metrópole com uma percentagem grande de negros. De acordo com o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, a expressão "Roma Negra" é uma derivação de "Roma Africana", cunhada por Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opó Afonjá. Nos anos 1940, em depoimento à antropóloga cultural Ruth Landes. Segundo Mãe Aninha, assim como Roma é o centro do catolicismo, Salvador seria o centro do culto aos orixás. Posteriormente, em seu livro Cidade das Mulheres, Landes traduziu a expressão como Negro Rome. Posteriormente, quando o livro foi traduzido para o português, Negro Rome transformou-se em Roma Negra.[14]

Centro econômico do estado, Salvador é também porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico. Ademais, é sede de importantes empresas regionais, nacionais e internacionais. Foi em Salvador onde surgiu a Odebrecht, que, em 2008, tornou-se o maior conglomerado de empresas do ramo da construção civil e petroquímica da América Latina, com várias unidades de negócios em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e diversos países do mundo.[15] Além de empresas, a cidade sedia também muitos eventos, organizações e instituições, como a Universidade Federal da Bahia (segunda melhor do Norte-Nordeste e a 58ª da América Latina[16] [17] [18] e a brasileira que mais melhorou nos últimos dois anos)[19] e a Escola de Administração do Exército Brasileiro.

Topônimo[editar | editar código-fonte]

Salvador foi fundada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos, grafia do português arcaico,[9] em homenagem a Jesus Cristo, o Salvador no cristianismo, feita pelos colonizadores católicos do Império Português.

Pelo seu nome de fundação, o acrônimo SSA faz referência tanto à cidade, quanto ao seu aeroporto (pelo código aeroportuário IATA).[20]

Os seus habitantes são chamados de soteropolitanos, gentílico criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego: Soterópolis, ou seja, "cidade do Salvador", composto de Σωτήρ ("salvador") e πόλις ("cidade").[21] [22]

História[editar | editar código-fonte]

A cidade de Salvador foi fundada por ordem do rei dom João III de Portugal
Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, numa gravura de começo do século XIX

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis, os tupinambás[23] . A presença dos europeus data desde, pelo menos, o naufrágio de um navio francês em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em 1534, foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e sua esposa, Catarina Paraguaçu.

Em 1536, chegou, à região, o primeiro dos donatários portugueses criados com a instituição do sistema das capitanias hereditárias, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu a capitania das mãos do rei português dom João III. Coutinho fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

Em 29 de março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.

Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas.

Talvez Tomé de Sousa tenha sido o primeiro visitante a apaixonar-se pelo local, como muitos após ele, pois disse ao funcionário que lhe entregou a notícia de que o substituto estava a caminho: "Vedes isto, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia a água na boca quando cuidava em ir para Portugal; mas não sei por que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso".

Por ocasião dos 450 anos da cidade, o historiador Cid Teixeira comparou o empreendimento de construção da primeira capital do Brasil, no século XVI, com a construção de Brasília, no século XX. As duas cidades surgiram de uma decisão política de ocupação do território, e ambas, cada uma a seu tempo, trouxeram inovações urbanísticas. Era pelo porto que a cidade se articulava com o mundo. Assim, Salvador foi desde o primeiro instante cosmopolita. "Não se tratava de um povoado que foi crescendo. A cidade já surge estruturada. Salvador não nasce de um passado, mas de um projeto de futuro que era construir o Brasil", analisa o escritor Antonio Risério.[24]

A cidade segue o modelo de urbanização adotado por várias cidades costeiras portuguesas, que incorpora as características do meio físico ao desenho urbano. "A escolha de sítios elevados para a implantação dos núcleos defensivos; a estruturação da cidade em dois níveis: a cidade alta, institucional e política, e a cidade baixa, portuária e comercial; a cuidadosa adaptação do traçado das ruas às características topográficas locais; um perímetro de muralhas, que não acompanhava o tecido construído, mas se adaptava às características do território; e uma concepção de espaço urbano em os edifícios localizados em posições dominantes davam sentido e estruturavam os espaços envolventes" - são características se observam em Lisboa, Porto ou Coimbra, assim como em cidades coloniais como Salvador, Luanda (fundada na segunda metade do século XVI) e Rio de Janeiro. Ademais, "na cidade portuguesa, os edifícios públicos, civis ou religiosos, localizados em pontos proeminentes do território e associados a uma arquitetura mais cuidada que os destacava na malha urbana, tinham um papel estruturante fundamental na organização da cidade." [25]

Assim, núcleo urbano primitivo da primeira capital brasileira é construído no cume de um monte, e a organização da cidade se dá em dois níveis - Cidade Alta, sede do poder civil e religioso, e Cidade Baixa, onde se desenvolviam as atividades marítimas e comerciais. Nas instruções dadas em 1548 por D. João III a Tomé de Sousa estão expressas as preocupações da Coroa com a regularidade do traçado da nova cidade. Foi, portanto, uma cidade planejada, e o seu traçado que se adaptava, por um lado, à topografia local e, por outro, a um perímetro de fortificações de forma trapezoidal. No seu interior, era constituída por quarteirões retangulares, do que resultava uma malha regular, mas não perfeitamente ortogonal. Na cidade inicialmente delineada por Luís Dias havia dois conjuntos de quarteirões retangulares de diferentes proporções. Um desses conjuntos tinha uma estrutura idêntica aos quarteirões de cidades medievais planejadas. Os quarteirões do outro conjunto tinham uma forma mais quadrada, e cada um deles era composto por lotes dispostos costas-com-costas ou fazendo frente para as quatro faces do quarteirão, numa estrutura idêntica à encontrada no Bairro Alto de Lisboa ou na cidade de Angra do Heroísmo, ambos contemporâneos da fundação de Salvador. Na parte alta da cidade, localizavam-se os principais edifícios institucionais e grande parte das áreas habitacionais, enquanto na parte baixa desenvolveram-se as funções portuárias e mercantis.[25]

Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil. Chegou a 13 de julho de 1553, trazendo 260 pessoas (entre elas, o filho Álvaro), jesuítas, como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, realizou uma profícua administração.

Uma nova muralha, desenhada em 1605, envolvia uma área que correspondia a três ou quatro vezes a área original da cidade. No centro da nova expansão urbana, desenvolvida ao longo da segunda metade do século XVI, situavam-se o Colégio dos Jesuítas e o Terreiro de Jesus. O traçado dessa nova área de expansão da cidade é mais ortogonal e regular do que o núcleo original. A estrutura de loteamento dos quarteirões é igualmente regular, idêntica na sua estrutura e dimensões à do Bairro Alto. O Terreiro de Jesus foi concebido desde o início como uma praça regular e terá sido o elemento gerador de uma malha urbana circundante. Trata-se agora de uma concepção radicalmente diferente - e moderna - de espaço urbano e de estruturação urbana. A praça, e não mais os edifícios singulares, passa a ser o elemento estruturador da urbanização.[25]

A cidade foi invadida pelos neerlandeses em 1598, 1624-1625 e 1638 (ver: Invasões holandesas no Brasil). O açúcar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final desse século, a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Na época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho.

A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

O Pelourinho em 1900

Em 1798, ocorreu a Revolta dos Alfaiates, na qual estavam envolvidos homens do povo como Lucas Dantas e João de Deus, e intelectuais da elite, como Cipriano Barata e outros profissionais liberais.

Em 1809, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, iniciou sua administração, a qual foi muito benéfica à cidade. Em 1812, inaugurou o Teatro São João, onde mais tarde Xisto Bahia cantaria suas chulas e lundus, e Castro Alves inflamaria a plateia com os maravilhosos poemas líricos e abolicionistas. Ainda no governo do Conde dos Arcos, ocorreram os grandes deslizamentos nas Ladeiras da Gameleira, Misericórdia e Montanha.

Em 1835, ocorreu a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês. Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos ministros de Gabinete no Segundo Reinado, tais como José Antônio Saraiva, José Maria da Silva Paranhos, Sousa Dantas e Zacarias de Góis. Com a proclamação da República, e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional decresce.

Em 1912, ocorreu o bombardeio da cidade, causado pelas disputas entre as lideranças oligárquicas na sucessão do governo: foram destruídos a biblioteca e o arquivo, perdendo-se, de forma irremediável, importantes documentos históricos da cidade.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Região Metropolitana[editar | editar código-fonte]

Mapa da Grande Salvador

Salvador é a cidade-sede da Região Metropolitana de Salvador, popularmente conhecida como "Grande Salvador". Além dela, encontram-se outros doze municípios na área metropolitana: Camaçari, Candeias, Dias d'Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz. Com 3.574.804 habitantes, é a sétima região metropolitana mais populosa do Brasil (IBGE, 2010) e uma das 120 maiores do mundo.[5]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Salvador está localizada em uma península pequena, mais ou menos triangular, que separa a Baía de Todos os Santos das águas abertas do Oceano Atlântico. A baía, que recebe esse nome por ter sido descoberta pelos portugueses no Dia de Todos-os-Santos, forma um porto natural. Salvador é um dos principais portos de exportação do país, encontrando-se no coração do Recôncavo Baiano, uma rica região agrícola e industrial, e englobando a porção norte do litoral da Bahia.

A capital baiana está inserida na Região hidrográfica do Atlântico Leste, mais especificamente na Região de Planejamento de Gestão das Águas do Recôncavo Norte (RPGA XI). A água que abastece a capital vem da Barragem de Pedra do Cavalo, no Rio Paraguaçu, e dos rios Joanes e Ipitanga, localizados na Região Metropolitana de Salvador. O município de Salvador tem dez regiões hidrográficas delimitadas: as mais expressivas são as bacias do rio Camarajipe e a do rio Jaguaribe. O Rio Camarajipe, com seus 14 quilômetros, e o Jaguaribe, que também é conhecido como Trobogi, por atravessarem muitos bairros de Salvador, são, consequentemente, os mais poluídos da cidade; por outro lado, o Rio do Cobre, que termina na Baía de Todos-os-Santos, é o único que ainda abriga vida em seu leito.[26]

Litoral[editar | editar código-fonte]

Vista da praia, com o Forte de Santa Maria ao fundo, a partir do qual se estende a ruína do quebra-mar original que dá nome à praia.

Salvador possui famosas praias, como as de Itapuã, dos Artistas e do Porto da Barra. As praias da cidade atraem tanto habitantes locais como turistas, principalmente devido à temperatura agradável da água. Algumas praias possuiam restaurantes típicos na própria areia (barracas de praia), - demolidas com base no Artigo 225 da Constituição brasileira[27] - onde se preparavam frutos do mar e bebidas diversas. Além disto, é comum encontrar tabuleiros de baianas, onde é possível provar um acarajé, e outros vendedores ambulantes. Também está em fase de ampliação o sistema cicloviário, como preparação antecipada da cidade para a Copa de 2014.[28]

Relevo[editar | editar código-fonte]

O relevo de Salvador é acidentado e cortado por vales profundos. Conta com uma estreita faixa de planícies, que em alguns locais se alargam. A cidade está a oito metros acima do nível do mar.

Uma característica particularmente notável é a escarpa que divide Salvador em Cidade Baixa, porção noroeste da cidade, e Cidade Alta, maior e mais recente (corresponde ao resto da cidade), sendo que a primeira está 85 metros abaixo da última.[29] Um elevador (o primeiro instalado no Brasil), conhecido como o Elevador Lacerda, conectam-se as duas "cidades" desde 1873, já tendo sofrido diversos melhoramentos de lá pra cá.

Vegetação[editar | editar código-fonte]

Ao longo da orla marítima estão presentes coqueiros[30] [31] (com destaque para os coqueirais das praias de Jardim de Alá[32] e de Piatã)[33] e plantas rasteiras, como o capim-da-areia e a grama-da-praia. Na cidade, encontram-se importantes áreas de dunas - as Dunas da Bolandeira, no bairro de Costa Azul, as Dunas de Armação e o Parque Metropolitano do Abaeté, todos reconhecidos como áreas de valor cultural e ambiental pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador (lei 8167 de 2012).[34] Somente no nordeste soteropolitano são seis milhões de quilômetros quadrados de dunas, desde Itapuã à Praia do Flamengo.

Pelo intuito de preservar o ecossistema de dunas, lagoas e restingas da Área de Proteção Ambiental Lagoas e Dunas do Abaeté, foi criada a organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) chamada Unidunas. Em 2008, foi declarada de interesse público uma área, dentro da área de proteção ambiental (APA), visando à implementação do Parque das Dunas. No fim de 2013, o parque teve o reconhecimento como posto avançado da reserva da biosfera da Mata Atlântica pela Unesco. No entanto, a Unidunas, que administra o parque,[35] alerta para a degradação do ecossistema, sobretudo em razão da retirada da vegetação de restinga.[36]

O mesmo PDDU ainda estabeleceu o Sistema de Áreas de Valor Cultural e Ambiental de Salvador (SAVAM), que abrange quatro APA (Joanes-Ipitanga, Bacia do Cobre - São Bartolomeu, Baía de Todos-os-Santos e Lagoas e Dunas de Abaeté) e 12 áreas de proteção de recursos naturais (Dunas de Armação, Vales do Cascão e Cachoeirinha, Pituaçu, Vales da Mata Escura e do Rio da Prata, Mata dos Oitis, São Marcos, Manguezal do Rio Passa Vaca, Jaguaribe, Bacias do Cobre e Paraguari, Aratu, Lagoa dos Pássaros e Dunas da Bolandeira), além de outras áreas urbanas e culturais.[34]

Mata do Cascão[editar | editar código-fonte]

A reserva de mata atlântica do 19º Batalhão de Caçadores no alto da imagem.

Um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da cidade situa-se no bairro do Cabula. Trata-se da Mata do Cascão, área pertencente à União (Exército Brasileiro), situada nos fundos do quartel do 19º Batalhão de Caçadores (BC).[37] [38] A área da antiga Fazenda Cascão, de 137 hectares,[39] confina com a Avenida Paralela. É contornada por muros e o acesso é controlado. As trilhas, antes eram percorridas somente pelos soldados em treinamento, podem ser utilizadas por visitantes e pesquisadores, mediante autorização do comando do 19°BC.

Apesar da presença de espécies exóticas, como jaqueira e mangueira, a mata está em regeneração, o que pode ser notado pela presença de espécies nativas como pau-pombo, matataúba,[40] pau-paraíba, janaúba, ingá, jenipapeiro, sucupira, pindaíba.

A densa vegetação protege as nascentes do rio Cascão, que alimenta um reservatório de 4.400 metros quadrados de espelho d'água, construído entre 1905 e 1907, pelo engenheiro Teodoro Sampaio.[41] Todavia o corpo d'água, antes límpido, foi contaminado nos últimos anos por esgotos domésticos, lançados diretamente no rio Cascão (ou rio das Pedras), oriundos de condomínios residenciais e invasões instaladas nas vizinhanças.[42] Em razão disso, a pesca e o banho foram proibidos.[43]

Clima[editar | editar código-fonte]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Salvador (Ondina) por meses
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 130,8 mm 12/01/1988 Julho 108,6 mm 18/07/2002
Fevereiro 159 mm 06/02/1980 Agosto 79 mm 06/08/1994
Março 180,2 mm 25/03/1999 Setembro 90,7 mm 28/09/2002
Abril 232,5 mm 21/04/1996 Outubro 141,6 mm 16/10/1964
Maio 186,4 mm 21/05/2012 Novembro 126,5 mm 24/11/1964
Junho 141 mm 02/06/1998 Dezembro 89,2 mm 26/12/1977
Fonte: Rede de dados do INMET. Período: 1963 (a partir de 01/08)
a 1970, 1973 a 1980 e a partir de 1986.[44]

Salvador possui um clima de floresta tropical, com temperatura média anual em torno dos 25 °C e precipitações abundantes durante o ano todo, sem estação seca discernível. As temperaturas são relativamente constantes ao longo do ano, com condições de clima quentes e úmidas, podendo chegar a extremos de 17 °C no inverno[45] e a 30 °C no verão.[46] O índice pluviométrico superior a 2 000 mm/ano, sendo maio o mês de maior precipitação (360 mm).[47] A brisa oriunda do Oceano Atlântico deixa agradável a temperatura mesmo nos dias mais quentes. Os bairros litorâneos, fora da Baía de Todos os Santos, como a Pituba, Praia do Flamengo, recebem fortes ventos, vindos do mar. Com aproximadamente 2 500 horas de sol por ano,[48] a umidade do ar é relativamente elevada, com médias mensais entre 79% e 83%, sendo a média anual de 81%.[49]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1963 (a partir do dia 1º de agosto) a 1970, 1973 a 1980 e a partir de 1986, a menor temperatura já registrada em Salvador (estação meteorológica de Ondina) foi de 16,2 °C em 21 de novembro de 1968,[50] e a maior atingiu 37,1 ºC em 26 de abril de 1995.[51] O maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas foi de 232,5 milímetros (mm) em 21 de abril de 1996. Alguns outros grandes acumulados foram 186,4 mm em 21 de maio de 2012, 180,2 mm em 25 de março de 1999, 161,1 mm em 26 de maio de 1979 e 159 mm em 6 de fevereiro de 1980.[44] O mês de maior precipitação foi abril de 1996, quando foram registrados 757,8 mm.[52] O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado em 14 de fevereiro de 1980, de 18%.[53]

Nuvola apps kweather.svg Dados climatológicos para Salvador (Ondina) Weather-rain-thunderstorm.svg
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima absoluta (°C) 34,3 34,7 34,6 37,1 31,6 32,5 29,6 31,3 30,7 32,4 32,9 34,3 37,1
Temperatura máxima média (°C) 29,9 30 30 28,6 27,7 26,5 26,2 26,4 27,2 28,1 28,9 29 28,2
Temperatura média (°C) 26,4 26,5 26,6 26,2 25,2 24,3 23,7 23,6 24,3 25,1 25,5 25,9 25,3
Temperatura mínima média (°C) 23,6 23,7 23,9 23,7 22,9 22 21,4 21,2 21,7 22,5 22,9 23,2 22,7
Temperatura mínima absoluta (°C) 20 20,3 20,8 19,6 18 18,2 17,5 17,7 17,6 18,3 16,2 20 16,2
Precipitação (mm) 138 142 151,6 309,7 359,9 243,7 175 127,4 102 114,9 137,1 142,8 2 144
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 10 13 16 17 20 19 20 15 12 10 11 10 173
Umidade relativa (%) 79,4 79 79,8 82,2 83,1 82,3 81,5 80 79,6 80,7 81,5 81,1 80,9
Horas de sol 245,6 226,4 231,1 189,7 174,3 167,2 181,2 202,6 211,4 228 213,6 224,7 2 495,8
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (médias climatológicas de 1961 a 1990;[54] [46] [55] [47] [56] [48] [49] recordes de temperatura de 1963 (a partir de 01/08) a 1970, 1973 a 1980 e a partir de 1986).[50] [51]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Crescimento populacional
Censo Pop.
1872 129 109
1890 174 402 35,1%
1900 205 813 18,0%
1920 283 422 37,7%
1940 290 443 2,5%
1950 417 235 43,7%
1960 649 453 55,7%
1970 1 007 195 55,1%
1980 1 501 981 49,1%
1991 2 056 013 36,9%
2000 2 440 828 18,7%
2010 2 675 656 9,6%
Fonte: IBGE[57]

O censo brasileiro de 2010 apontou a cidade de Salvador como o terceiro município mais populoso do Brasil, com cerca de 3 milhões de habitantes, ficando atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro, e o mais populoso do Nordeste do país.[58] Salvador ainda possui o terceiro maior colégio eleitoral brasileiro, com aproximadamente 1,8 milhão de eleitores. Ainda de acordo com o mesmo censo, a cidade tinha 474.827 casais de sexo oposto e 1.595 casais do mesmo sexo. A população de Salvador foi de 53,3% do sexo feminino e 46,7% do sexo masculino.[59]

Nos últimos anos, a população de Salvador está aumentando. Como é visto na tabela ao lado, teve no período 1960-1991 (anos dos censos) o pico de crescimento.

Em termos de densidade populacional, dentre as capitais, a capital baiana possui a oitava maior densidade pelo censo de 2010, com 3 859,35 habitantes por quilômetro quadrado.[60] Em previsão das cidades mais povoadas no mundo em 2025, a Bloomberg apontou, em 2014, que Salvador será a segunda maior, com projetados 38,643 milhas quadradas, atrás somente da chinesa Honguecongue, e 5 216 832 pessoas.[61] [62]

Etnias[editar | editar código-fonte]

Salvador é o centro da cultura afro-brasileira. A maior parte da população é negra ou parda. Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2010 para a região metropolitana de Salvador, 51,7% da população (1.382.543) é de cor parda (pessoas multirraciais), 27,8% negra (743.718), 18,9% branca (505.645), 1,3% povos asiáticos (35.785) e 0,3% povos ameríndios (7.563).[63] Salvador é a cidade com o maior número de descendentes de africanos no mundo, seguida pela Cidade de Nova Iorque, majoritariamente de origem iorubá, vindos da Nigéria, Togo, Benim e Gana.[64]

Um estudo genético de 2008 realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%). O estudo também concluiu que indivíduos que possuem sobrenome com conotação religiosa tendem a ter maior grau de ancestralidade africana (54,9%) e a pertencer a classes sociais menos favorecidas.[65]

Um estudo genético autossômico de 2015 encontrou a seguinte composição para Salvador: 50% de ancestralidade africana, 43% de ancestralidade europeia e 7% de ancestralidade indígena. [66]

Religião[editar | editar código-fonte]

Religião em Salvador[67]
Religião Porcentagem
Catolicismo romano
  
58,74%
Sem religião
  
18,14%
Protestantismo
  
15,13%
Espiritismo
  
2,53%

Salvador em termos de religião é conhecida por ter 365 igrejas católicas, uma para cada dia do ano, além do sincretismo religioso, onde o catolicismo convive junto ao candomblé. O número de evangélicos vem crescendo a cada ano, já respondendo por 15% da população soteropolitana. Possui ainda um percentual significante de espíritas, e de pessoas não-religiosas. No Brasil, o Primaz é o Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.

Pobreza e desigualdade social[editar | editar código-fonte]

Favela no bairro soteropolitano de Sussuarana.

Além da desigualdade social, há tempos, a capital da Bahia também sofre com o turismo sexual, desemprego e violência, iluminação pública e saúde precárias, crescimento desordenado (favelização) e desrespeito ao meio ambiente.[68] A cidade possui a nona maior concentração de favelas entre os municípios do Brasil com 99 favelas.[69]

Apesar de ser a segunda capital mais rica do Nordeste e entre as primeiras do Brasil, alguns indicadores relativizam essa riqueza. Como no resto do Brasil - e principalmente do Nordeste -, há uma grande desigualdade em diversos aspectos. O IDH é levemente maior que o do Brasil, mas pode se reduzir a níveis da África ou se elevar a níveis da Europa, dependendo do bairro ou região da cidade considerados.

De acordo com o PNUD, o IDH-M do Itaigara é 0,971, fazendo do bairro um dos detentores do melhor IDH-M do Brasil. O Caminho das Árvores, Iguatemi, Pituba e Loteamento Aquárius-Santiago de Compostela possuem 0,968. A Avenida Paulo VI e Parque Nossa Senhora da Luz possuem 0,965, fazendo destes todos citados iguais ou maiores que da Noruega, líder mundial há seis anos. Porém, locais como Areia Branca e CIA Aeroporto (0,652), Coutos, Felicidade (0,659), Bairro da Paz e Itapuã (0,664) apresentam índices menores que países como a África do Sul, Guiné Equatorial e Tajiquistão, localizados na África e Ásia Central.[70]

Política[editar | editar código-fonte]

Prefeitura de Salvador, o Palácio Tomé de Sousa.
Câmara Municipal de Salvador, a antiga Casa de Câmara e Cadeia da Cidade de Salvador.

A partir de 2013, o atual prefeito de Salvador é ACM Neto e a vice-prefeita é Célia Sacramento.[71]

A Câmara dos Vereadores de Salvador conta com 41 vereadores. Em 2006, na Câmara Municipal de Salvador foram aprovadas 245 leis. Entre elas, 211 foram projetos apresentados pelos vereadores, que também apresentaram 310 emendas, 725 pareceres, fizeram 235 registros e 4 253 requerimentos administrativos.[72]

Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e mais cinco entidades da sociedade civil, a Câmara de Vereadores de Salvador, em fevereiro de 2008, aprovou o novo e polêmico Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para Salvador, que permitira, ainda segundo o CREA, o desmatamento da Mata Atlântica na Avenida Paralela, criação de paredões de prédios na orla atlântica e acarretará prejuízos para a Prefeitura e lucros exorbitantes para as construtoras e imobiliárias. O CREA solicitou à Justiça Federal alteração em 48 itens da lei que aprovou o novo PDDU.[73]

Relações internacionais[editar | editar código-fonte]

Palácio Rio Branco, onde encontra-se instalado o Escritório Compartilhado da ONU na Bahia, inaugurado no 65º aniversário da Organização.[74]

O Município de Salvador integra, dentre outras organizações internacionais, o Mercado Comum de Cidades (Mercocidades) e a União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas.[75] As relações internacionais da cidade são geridas pela Assessoria de Relações Internacionais (ARI), antiga Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais (SECRI), que foi criada por lei em 29 de dezembro de 2008.[76]

Salvador ainda abriga a Casa da ONU (Escritório Compartilhado da Organização das Nações Unidas), o primeiro no Brasil.[77] Além disso, há também muitos consulados de quase todos os continentes (exceção fica com a Oceania); ao todo são 26 consulados em Salvador.[78] Em matéria cultural, na cidade são mantidos centros culturais e museus por outros países, como a Centro Cultural Casa de Angola na Bahia (na Baixa dos Sapateiros),[79] Museu Casa do Benin (no Pelourinho),[80] [81] e Casa da Nigéria (no Pelourinho).[82]

No estágio contemporâneo das relações internacionais, Salvador também participa com sua paradiplomacia, entrando no processo de geminação de cidades em 1962. Deste modo, possui nove cidades-irmãs listadas abaixo com o ano de início do relacionamento entre parêntesis.[83]

Além de irmãs, Salvador também possui cidades e regiões parceiras, com as quais mantém um estreito relacionamento. São elas:[83]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Mapa de Salvador, com os principais bairros e localidades.

A princípio, Salvador era dividida apenas em Cidade Alta e Cidade Baixa, devido ao relevo acidentado, se projeta sobre a Baía de Todos os Santos, assumindo um formato triangular, em cujo vértice está o Farol da Barra. A capital baiana se mostra complexa na divisão territorial, sendo os limites das localidades e até mesmo as diferenças entre as denominações (bairros, distritos, zonas, setores) indefinidos e superpostos entre si, principalmente nas zonas do miolo urbano e subúrbios ferroviários.

Apesar da fundação planejada e iniciada no atual Centro Histórico, o crescimento da capital ao longo do tempo ocorreu espontaneamente. Logo os limites se expandiram. Nessa expansão foi importante o papel das ordens católicas. [carece de fontes?] Surgiram assim novas localidades como o Carmo e o Pelourinho, chamados até então de freguesias.

No século XIX ocorre uma expansão sul da cidade, surgindo a Vitória, Graça, Canela e Barra como localidades novas, e somente no início do século XX é que se faz uma reforma territorial, estabelecendo 11 distritos.[84] A partir daí, o crescimento desordenado da cidade leva a dificuldade de estabelecer os limites e os bairros acabaram se fundindo de tal maneira, que até hoje não se conhece a quantidade direito.

Em 1987, Salvador foi dividida em 18 zonas político-administrativas para melhorar a gestão territorial. Entretanto, para confirmação de referências de endereçamentos postais e pesquisas de recenseamento, leva-se em conta a importância dos bairros soteropolitanos, o que demonstra a efervescência da cidade.[84] Sejam bairros, distritos ou zonas, essas localidades continuam se desenvolvendo e ainda agrupam as mais diversas camadas sociais, em constante expansão vertical e horizontal. Em 2007, uma nova lei do PDDU delimitou as divisões atuais das regiões administrativas (RA).[85]

Desde essa última lei, a cidade é dividida em 18 RA, as quais são:[86]

Bairros[editar | editar código-fonte]

Imagem da Ladeira da Montanha (esquerda) ao lado da Avenida Contorno (direita), evidenciando a escarpa que divide Salvador em Cidade Alta e Baixa.

A cidade está dividida em dois níveis bem diferentes: a Cidade Baixa, localizada na planície estreita banhada pela Baía de Todos os Santos, e a Cidade Alta, localizada no platô que eleva-se de forma aguda caracterizada por uma encosta íngreme. Na Cidade Baixa encontram-se atividades portuárias e comerciais atacadistas, na Cidade Alta estão os bairros residenciais e o comércio varejista, assim como a administração pública.[carece de fontes?]

Embora a criação de Salvador fosse idealizada pelo Reino de Portugal e seu projeto conduzido pelo engenheiro Português Luís Dias (que foi responsável pelo projeto original da cidade), o crescimento contínuo do capital através das décadas, foi completamente espontânea. Os muros da cidade-fortaleza não podiam segurar a expansão da cidade, daí surgiam novas localidades, por exemplo, em direção ao bairro do Carmo é a área onde está a atual Praça Castro Alves. Na época de sua fundação, Salvador tinha duas praças e o primeiro bairro construído aqui foi o Centro Histórico de Salvador. Pelourinho e o bairro do Carmo vieram posteriormente, criado como uma consequência da crescente necessidade de espaço que as ordens religiosas tiveram. Com a rápida expansão, os bairros cresceram e muitos deles foram agrupados na mesma área, por isso hoje não há registros precisos quanto ao seu número exato. Depois disso, a primeira experiência de planejamento urbano em Salvador foi com o Escritório do Planejamento Urbanístico da Cidade do Salvador (EPUCS), coordenado pelo engenheiro Mário Leal Ferreira. Já na atualidade, para fins de gestão urbana municipal, a cidade está dividida em 18 regiões políticos-administrativas. Apesar disso, devido à sua relevância cultural e conveniências postais, a importância dos bairros de Salvador permanece intacta.[carece de fontes?]

Edifícios residenciais no bairro do Imbuí, um bairro recente de classe média.

Salvador é dividida em um número de bairros distintos, com os bairros mais conhecido sendo Pelourinho, Centro Histórico, Comércio e Centro, todos localizados na parte oeste. Barra, com seu Farol da Barra e praias é onde um dos circuitos do Carnaval começa, a Barra é o lar do Hospital Português e do Hospital Espanhol, o bairro está localizado na parte sul. Vitória, um bairro com muitos edifícios altos, está também localizado na parte sul. Campo Grande, com a Praça Dois de Julho e o Monumento à Independência da Bahia, também está na parte sul, como também o bairro da Graça, uma importante área residencial. Ondina, com o Jardim Zoobotânico de Salvador e o local onde o circuito Barra-Ondina do Carnaval termina, é a casa do Clube Espanhol, também é um bairro ao sul da cidade.

Itaigara, Pituba, Horto Florestal, Caminho das Árvores, Brotas, STIEP, Costa Azul, Armação, Jaguaribe e Stella Maris são os bairros mais ricos e os mais novos do centro da cidade e estão localizados na parte leste. Rio Vermelho, um bairro boêmio com uma rica história arquitetônica e inúmeros restaurantes e bares, está localizado na parte sul. Itapuã, conhecido em todo o Brasil, como a casa de Vinícius de Moraes e por ser o cenário da música "Tarde de Itapuã", está localizado na parte leste.

A região noroeste da cidade, ao longo da Baía de Todos os Santos, também conhecido como Cidade Baixa, contém os bairros pobres do subúrbio de Salvador como Periperi, Paripe, Lobato, Liberdade, Nova Esperança e Calçada. O bairro da Liberdade tinha a maior proporção de afro-brasileiros de Salvador quando o perdeu o título para Pernambués.[87]

O bairro de Brotas é o mais populoso da cidade com 70.158 moradores segundo o IBGE.[87]

Economia[editar | editar código-fonte]

Vista aérea da região do Iguatemi, o rio Camarajipe, o Iguatemi Salvador e parte do Terminal Rodoviário.
Atividades econômicas de Salvador por número de empregados - (2012)[88]

Ao longo da história brasileira Salvador tem desempenhado um papel importante. Durante todo o domínio português a cidade era uma das maiores e mais importantes da colônia. Devido à sua localização na costa nordeste do Brasil, a cidade serviu como um importante elo no Império Português, mantendo estreitos laços comerciais com Portugal e as colônias portuguesas na África e na Ásia. Salvador permaneceu como uma cidade de destaque no Brasil até 1763, quando foi substituída como a capital nacional pelo Rio de Janeiro. Nos últimos dez anos, no entanto, edifícios de escritórios e muitos prédios de apartamentos foram construídos, compartilhando os mesmos blocos com antigos casarões da era colonial.[89] Com vários shoppings (o Shopping Iguatemi Salvador foi o primeiro shopping do nordeste do Brasil) e áreas residenciais de classe média, economicamente a cidade é uma das mais relevantes do país. Desde a sua fundação, Salvador tem sido um dos portos e centros de comércio internacional mais importantes do Brasil. Com uma grande refinaria de petróleo, uma planta petroquímica e outras indústrias importantes em seu território, a cidade tem feito grandes progressos na redução da sua dependência histórica da agricultura para a sua prosperidade econômica.[90]

Com suas praias e clima tropical úmido, Salvador é o destino turístico segundo mais popular no Brasil, depois do Rio de Janeiro.[91] A atividade turística e cultural são importantes geradores de emprego e renda, impulsionando as artes e a preservação do patrimônio artístico e cultural. Dentre os pontos de interesse estão o seu famoso Pelourinho, suas igrejas históricas e suas praias.[92] A infraestrutura de turismo de Salvador é considerada uma das mais modernas do país, especialmente em termos de alojamento. A cidade dispõe de acomodações de todos os padrões, desde albergues até hotéis internacionais. A construção civil é uma das atividades mais importantes do município e muitos desenvolvedores internacionais principalmente da Espanha, Portugal e Reino Unido) e nacionais estão investindo na cidade e no litoral baiano.[93]

A Ford Motor Company tem uma fábrica na região metropolitana da cidade, no município de Camaçari, onde são montados veículos como o Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta Sedan.[94] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e emprega cerca de 800 engenheiros.[95] A JAC Motors também terá uma fábrica em Camaçari que gerará cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com uma produção anual de 100.000 veículos.[96]

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, a primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a linha de produção Roundup.[97]

Em 2003, o PIB de Salvador era de R$ 11 967 563 000,00, o que correspondia a 0,77% do PIB do Brasil daquele ano.[98] Segundo um estudo coordenado pelo professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ, Salvador aparece como a 11ª[99] melhor cidade para desenvolver carreiras no país. Em agosto de 2010, segundo o site eletrônico especializado em pesquisa de dados sobre edificações, Emporis Buildings, Salvador está entre as cem cidades do mundo com mais prédios, mais precisamente está em 62º lugar. Na América do Sul, sobe para a oitava colocação. Totaliza 546 edificações construídas de todos os tipos, dentre os quais está a Mansão Margarida Costa Pinto, o maior prédio residencial do Brasil e o décimo arranha-céu mais alto do país, com 154 metros.[100] [101] [102]

Turismo[editar | editar código-fonte]

A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura segundo a EMTURSA[carece de fontes?]. O interesse pela cidade se dá pela beleza do conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).

O litoral de Salvador é uma das mais longas para cidades do Brasil. Há 80 km de praias distribuídas entre a Cidade Alta e Cidade Baixa, desde Inema, no subúrbio ferroviário até à Praia do Flamengo, do outro lado da cidade. Enquanto as praias da Cidade Baixa são banhadas pelas águas da Baía de Todos-os-Santos (Baía mais extensa do país), as praias da Cidade Alta, como a do Farol da Barra e a do Flamengo, são banhadas pelo Oceano Atlântico. À exceção é a praia do Porto da Barra, a única praia de Cidade Alta, localizada na Baía de Todos os Santos. O turista que escolhe Salvador pode ir à praia pela manhã, fazer um passeio ao Centro Histórico à tarde, jantar em um dos bons restaurantes da cidade e ir dançar nos ensaios dos blocos de carnaval ou ao som de outros estilos musicais. Outras opções de lazer são os teatros, como o Castro Alves, o Jorge Amado e o Vila Velha. Ainda se pode ir ao Farol da Barra ver o pôr-do-sol na Baía de Todos os Santos.

As praias da capital baiana são calmas, ideais para natação, vela, mergulho e pesca submarina, como também procuradas por surfistas devido enseadas de mar com ondas fortes. Há também praias cercadas por recifes, formando piscinas naturais de pedra, ideal para crianças brincarem.

Grandes hotéis tendem a ser localizados ao longo da orla marítima. Há também pequenos hotéis na Barra e outros (geralmente mais baratos) espalhados ao longo da via principal da Avenida Sete de Setembro (abreviado de apenas "Avenida Sete" pelos moradores) e ainda outros (também mais baratas) em torno do Pelourinho. Há também várias pousadas na Barra, Pelourinho, Santo Antônio e outros pontos da cidade.

O Mercado Modelo localizado na praça Cairu.

O Mercado Modelo é o ponto escolhido por muitos turistas para comprar lembranças da Bahia, dentre elas rendas, berimbaus e todo tipo de artesanato produzido no estado. No porão - que atualmente é aberto a visitação - ficavam os escravos vindos da África enquanto aguardavam serem leiloados. O porão é repleto de placas de concreto com cerca de 30 centímetros de altura do chão, para que o turista possa ali passear mesmo quando a maré está cheia, pois é comum o porão encher-se de água do mar neste momento. Os arco com os tijolos a mostra - e que servem de estrutura para o Mercado Modelo - fazem belas composições quando refletidos no espelho d'água. Idiossincrasia de um tempo moderno.

Outro grande atrativo da cidade é o Carnaval, considerado a maior festa popular do mundo (o Guinness Book, em 2004, registrou o carnaval da Bahia como sendo o maior do mundo). Existem três formas de aproveitar o carnaval baiano, uma é associar-se a um dos blocos carnavalescos que são puxados por trios elétricos e isolados da multidão por uma corda. Muitos argumentam que isto termina por privatizar o espaço público, e de que essa forma de aproveitar o carnaval só é acessível àqueles com alto poder aquisitivo, pois para adquirir um abadá é preciso desembolsar, em média, oitocentos reais. A segunda forma é ficar nos camarotes que estão distribuídos por todo o percurso da folia. Essa forma de pular carnaval só é acessível para quem tem ainda mais dinheiro, preferindo assistir a festa do alto, em confortáveis espaços onde os pagantes podem dispor de boates, serviços médicos, banquetes de frutas e comidas típicas, além de outras amenidades.

A prefeitura, no entanto, tem realizado um trabalho de inclusão da população de baixa renda nos circuitos da folia, montando arquibancadas para esse público, que tem acesso gratuito às mesmas. A terceira, é aproveitar a festa na conhecida "pipoca", que são os foliões de rua que acompanham os trios elétricos do lado de fora das cordas de isolamento, protegidas pelos cordeiros. Estas áreas de isolamento, apropriadas por empresas privadas, tomam conta de praticamente todo o espaço público. Apesar de a festa atrair milhares de turistas nacionais e estrangeiros, muitos soteropolitanos optam por sair da cidade nesse período, preferindo a tranquilidade do litoral e das ilhas da baía de Todos os Santos à agitação do carnaval.

Os ritmos musicais mais comuns da região são o axé, o pagode, o forró, o arrocha e o samba. Mas há também um forte movimento de MPB e rock acontecendo na Bahia, que vem atraindo a atenção dos produtores musicais brasileiros.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

O Elevador Lacerda, os Plano Inclinado Gonçalves, Pilar e Liberdade-Calçada fazem o transporte da Cidade Alta para a Baixa.

Rodoviário[editar | editar código-fonte]

Vista aérea da região do Terminal Rodoviário de Salvador.

Salvador conta com transportes intermunicipais que conduzem às cidades do interior do estado e coletivos que circulam por toda a região metropolitana; esses transportes desembarcam no terminal rodoviário.

As rodovias federais BR-101 e BR-116 atravessam a Bahia de norte a Sul, oferecendo uma ligação de Salvador para o resto do país. Na junção de Feira de Santana, toma a rodovia BR-324. A capital baiana é servida por várias empresas de ônibus a partir de quase todos os Estados brasileiros. A BR-242, começando em São Roque do Paraguaçu (sentido transversal), está ligada à BR-116, associado à região centro-oeste. Entre as rodovias do estado, a BA-099, que faz conexão com o litoral norte e BA-001, que faz ligação ao sul da Bahia. Ônibus fornecem serviço direto para a maioria das cidades brasileira, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, bem como destinos regionais. Em 2007, a cidade tinha proximamente 586.951 veículos, o maior da região norte e nordeste do Brasil.[103]

Quatro rodovias pavimentadas conectem a cidade para o sistema de estrada nacional. Executando ao norte a partir do Farol de Itapoã se dá a centenas de quilômetros de praias maravilhosas na região. Estas praias são acessíveis através da rodovia BA-099 ou (Linha do Coco e Linha Verde), uma estrada, mantida em excelente estado, correndo paralelamente à costa, com vias de acesso na saída para o litoral propriamente dito. A estrada corre ao longo de dunas de areia branca como a neve, e a costa em si é uma linha quase ininterrupta de coqueiros. As vilas de pescadores aparecem ao longo da faixa litoral da Praia do Forte.

A estrutura viária da cidade dispões de duas vias exclusivas para ônibus, uma localizada na avenida Vasco da Gama (do Dique ao Lucaia), inauguradas no início de 2013, e outra que se estende da avenida Paralela (a partir da concessionária de veículos Grande Bahia) até a avenida ACM (na sede do DETRAN), no chamado Sistema Iguatemi-Paralela-Orla (etapa do Transporte Moderno de Salvador – TMS). Há também a faixa exclusiva localizada na avenida Paulo VI, na Pituba, implantada no fim de 2013.[104] [105] [106] [107] [108] [109]

Aquaviário[editar | editar código-fonte]

Por ser uma cidade litorânea, é comum a utilização do transporte aquaviário, contando, inclusive, com algumas rotas para a ilha de Itaparica. A Companhia das Docas do Estado da Bahia, a Companhia de Navegação Baiana e o Circuito Náutico da Bahia são os principais responsáveis por esse transporte.

Com volume de carga que cresce ano após ano seguindo o mesmo ritmo do desenvolvimento econômico implementado no Estado, o porto de Salvador, localizado na Bahia de Todos os Santos, possui o estatuto como a porta de maior movimento de contêineres do Norte/Nordeste e como a segunda maior exportadora de frutas no Brasil. As atividades do porto funcionam das 8h às 12h e 13h30min às 17h30min.

A capacidade de lidar com grande volume de envio de cargas posicionou o porto de Salvador para novos investimentos em modernização tecnológica, e o porto é conhecido por programar um elevado nível de flexibilidade operacional à preços competitivos. O objetivo dos funcionários do Porto está a oferecer uma infra-estrutura necessária para a circulação de mercadorias, enquanto simultaneamente as necessidades de exportadores e importadores internacionais.

Ferroviário[editar | editar código-fonte]

O transporte ferroviário foi inaugurado pela empresa inglesa Bahia and San Francisco Railway Company (em português, Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco), cujo primeiro trecho, Jequitaia–Aratu, entrou em funcionamento em 28 de junho de 1860.[110] [111] Atualmente disso sobrevive o Sistema de Trens Urbanos de Salvador com a Estação da Calçada, antiga Jequitaia, e a Estação Paripe como extremos da linha, desde o início da década de 1980.[111] A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), operadora do sistema, planeja a requalificação do transporte, estendendo-o para a Avenida São Luís e para o bairro do Comércio.[112] [113] [114]

Em relação ao metrô, os primeiros trabalhos para a licitação foram iniciados em 1997, com apoio financeiro dos governos estadual, municipal e federal, mas sua construção de fato só foi iniciada em abril de 2000.[115] Denúncias superfaturamento, investigações do Tribunal de Contas da União (TCU)[116] e Ministério Público Federal (MPF)[117] e outros atrasos nas obras as prolongaram por mais de uma década a inauguração do sistema.[118] O Metrô entrou em funcionamento, sob operação assistida (fase de testes), em 11 de junho de 2014.[119] [120]

Aéreo[editar | editar código-fonte]

Salvador conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães, anteriormente era denominado de Dois de Julho. É o maior de todo Norte, Nordeste e Sul brasileiro e o quinto mais movimentado do país. Em 2007, foi o terceiro maior do Brasil em movimento de malas postais, o quinto de passageiros e sexto de aeronaves e cargas.[121] Situado a 40 km do centro de Salvador, numa área de 7 milhões de metros quadrados (entre dunas e vegetação nativa)[122] , o aeroporto já se tornou uma das principais atrações panorâmicas da cidade e dispõe de completa infraestrutura aeroportuária e um moderno terminal de passageiros (inaugurado em 2001) capaz de atender a seis milhões passageiros ao ano e receber 24 aeronaves simultaneamente. Existem voos regulares para as principais capitais brasileiras e para alguns países da Europa.

Em 2012, o aeroporto tratou 3.382.906 passageiros e movimentou 52.664 aeronaves, colocando o aeroporto entre os maiores no Brasil em termos de passageiros.[123] O uso do aeroporto tem vindo a crescer a uma média de 14% ao ano e agora é responsável por mais de 30% do movimento de passageiros no nordeste do Brasil.

Educação[editar | editar código-fonte]

Ala nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, a mais antiga instituição de medicina do Brasil.[124]

Entre as principais instituições de ensino superior sediadas em Salvador estão a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Católica do Salvador (UCSAL), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Universidade Salvador (UNIFACS), a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), o Instituto Federal da Bahia (IFBA), a Faculdade Ruy Barbosa (FRB), o Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (FBDC), dentre outros.

Alguns principais colégios da cidade são: Colégio Anglo-Brasileiro, Instituto Federal da Bahia (IFBA), Colégio Militar de Salvador, Colégio Anchieta, Colégio Oficina, Colégio Salesiano de Salvador, Colégio Miró, Colégio Marista de Salvador, Colégio Antônio Vieira, Colégio Módulo, Colégio Sartre, Colégio São Paulo, Colégio Cândido Portinari, Colégio Integral (agora propriedade do Colégio Sartre), Colégio Nossa Senhora da Conceição, Colégio Santíssimo Sacramento, Colégio Diplomata, Colégio Nossa Senhora do Resgate, Colégio Gregor Mendel e Colégio Dois de Julho.[125]

Mídia e telecomunicações[editar | editar código-fonte]

O setor de telecomunicações e mídia em geral são bastante importantes. Uma vez que foi sede da administração portuguesa no Brasil, teve importantes jornais a nível nacional, assim acompanha as grandes mudanças, sendo uma das primeiras a implantar novas tecnologias no país. Um exemplo é o telefone celular, o primeiro celular lançado no Brasil foi pela TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro em 1990, e logo foi seguido da cidade de Salvador.[126]

Cultura[editar | editar código-fonte]

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Pix.gif Centro Histórico de Salvador *
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Património Mundial da UNESCO

Largo do Pelourinho.jpg
Largo do Pelourinho, com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos à direita (azul).
País  Brasil
Tipo Cultural
Critérios iv, vi
Referência 309
Região** Brasil
Coordenadas 12°58' S 38°30 W
Histórico de inscrição
Inscrição 1985  (9ª sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.

A cultura desenvolvida em Salvador, primeira cidade do Brasil, e no Recôncavo da Bahia, exerceu influência decisiva em outras regiões do país, e na própria imagem que se tem do Brasil no exterior. Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem europeia); do outro, o candomblé (de origem africana). Aspectos históricos e culturais de Salvador foram herdados pela miscigenação de grupos étnicos como os Nativo-Indiano, Africano, Europeu e Judaico. Esta mistura pode ser vista na religião, cozinha, manifestações culturais e personalidade do povo baiano.

Já no século XIX firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo o ápice em Vieira.

A chegada dos africanos vindos do golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.

Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas portuguesas; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.

No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e Ministros do Gabinete Imperial.

Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendo acarajés nos tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba de roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".

A partir da década de 1920 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.

A partir da década de 1930, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, perdurando até os dias atuais.

Arquitetura colonial[editar | editar código-fonte]

Fachada de edifícios do Comércio e a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia a direita.

A palavra "pelourinho", em sentido amplo, corresponde a uma coluna de pedra localizada normalmente ao centro de um praça, onde eram expostos e castigados criminosos.[127] No Brasil, e em especial o pelourinho de Salvador, o uso principal era para castigar escravos através de chicotadas durante o período colonial. Tempos depois do fim da escravidão no Brasil, este local da cidade passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, etc., tornando o Pelourinho em um centro cultural. O Pelourinho está dentro do Centro Histórico de Salvador, o qual é tombado pela UNESCO, e, assim, permite a Salvador ser membro da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial.[10]

O Centro Histórico de Salvador foi designado em 1985 como um Património da Humanidade pela UNESCO. A cidade representa um bom exemplo do urbanismo português a partir de meados do século XVI com sua cidade administrativa sendo superior da sua cidade comercial, e uma grande parte da cidade manteve as raízes de suas ruas e casas coloridas.

Como a primeira capital da América portuguesa, Salvador cultivou o trabalho escravo e tinha seus pilares instalados em lugares abertos, como o Terreiro de Jesus e as praças que hoje conhecemos como Praça Tomé de Souza (também conhecida como Praça Municipal) e Praça Castro Alves. O "Pelourinho" era um símbolo de autoridade e de justiça para alguns e injustiça para outros. No que era antes, o Centro Histórico mais tarde mudou-se para o que agora é a Praça da Piedade, e acabou emprestando seu nome ao complexo arquitetônico e histórico do Pelourinho, parte do Centro Histórico da cidade.

Desde 1992, houve um maciço investimento estatal no bairro em segurança e financiamento na instalação de hospedarias, restaurantes, escolas de dança e outras artes, além duma grande restauração dos casarios que foi iniciada. Contundo certas construções não foram recuperadas internamente, já que as fachadas foram priorizadas, dentre outros motivos, devido ao estado do interior do casario que impedia a reconstrução fiel. Com a restauração, um esforço se deu para tornar a área uma atração turística altamente desejável não só dos turistas nacionais como também estrangeiros. Mas também, moradores desses casarios foram expulsos e a maioria era de afrodescendentes. Este processo deu origem ao debate político substancial no estado da Bahia, desde os antigos moradores do Pelourinho que foram excluídos (foram recolocados em outros bairros de Salvador) até a maior parte dos benefícios econômicos ganhos (aproveitados por alguns).

Salvador é considerável pela sua riqueza e prestígio que conquistou durante a época colonial (como capital da colônia durante 250 anos, e que deu origem ao Pelourinho) e reflete-se na magnificência dos seus palácios coloniais, igrejas e conventos, a maioria deles data dos séculos XVII e XVIII. Estes incluem:

Praça Anchieta e Igreja de São Francisco ao fundo.
  • Elevador Lacerda: Inaugurado em 1873, este elevador foi planejado e construído pelo empresário Antônio Francisco de Lacerda, as quatro cabines do Elevador conectam os 72 metros de altura entre a Praça Tomé de Souza na Cidade Alta à Praça Cayru, na Cidade Baixa. Em cada percurso, tem a duração de 22 segundos e o elevador transporta 128 pessoas, 24 horas por dia.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Museu da Cidade e Casa de Jorge Amado, museu biográfico do escritor baiano.

Gregório de Mattos, nascido em Salvador em 1636, foi educado pelos jesuítas. Ele se tornou o mais importante poeta barroco no Brasil colonial por suas obras religiosas e satíricas. O Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa em 1608, mas foi criado e educado no colégio jesuíta de Salvador e morreu na cidade em 1697. Seus sermões eruditos lhe renderam o título de melhor escritor do idioma português no estilo barroco.[128]

Após a Independência do Brasil (1822), Salvador continuou a desempenhar um papel importante na literatura brasileira. Significativos escritores do século XIX associados da cidade incluem o poeta romântico Castro Alves (1847-1871) e o diplomata Ruy Barbosa (1849-1923). No século XX, o baiano Jorge Amado (1912-2001), embora não nascido em Salvador, ajudou a popularizar a cultura da cidade ao redor do mundo em romances como Jubiabá, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres.

Eventos[editar | editar código-fonte]

Festa do Bonfim de 2010.
Bloco de bonecos durante o Carnaval de Salvador, expressão típica da cultura popular nordestina.

Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes acontece em 1 de janeiro. Várias embarcações de todos os tipos velejam na Baía de Todos os Santos carregando a imagem do Bom Jesus da igreja da Conceição da Praia para a capela da Boa Viagem, num lindo desfile de fé.

De 3 a 6 de janeiro tem Reis, a Festa da Lapinha.

Na segunda quinta-feira do mês de janeiro se faz a Lavagem do Bonfim. Uma enorme procissão, em que os participantes vestem trajes brancos, em homenagem a Oxalá. A multidão parte da igreja da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim, no alto da Colina Sagrada, no bairro de mesmo nome. A cada ano aproximadamente 800 mil pessoas participam da grandiosidade desse evento religioso. Ao chegarem ao final do cortejo, baianas com suas roupas típicas despejam os vasos com água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim e sobre as cabeças dos fiéis. É uma festa Católica, misturada com Candomblé, que tem se tornado cada vez mais profana que religiosa. Ao final da lavagem da escadaria da igreja, começa a parte mais popular da festa, com muita cerveja, pagode, reggae e comidas servidas em barracas que se espalham por quase todo o bairro do Bonfim. Durante a realização dessa festa, a Cidade Baixa fica praticamente interditada para o tráfego de veículos pelas ruas e avenidas por onde o cortejo se desloca. Apesar de não ser feriado na cidade, os estabelecimentos comerciais que ficam ao longo do percurso fecham as portas em respeito à realização da festa e por pura falta de condições de funcionarem enquanto milhares de pessoas se divertem pelas ruas.

No dia 2 de fevereiro, os adeptos do candomblé homenageiam a Rainha do Mar, Iemanjá simbolizada numa sereia. A festa acontece no Rio Vermelho, quando centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Candomblé "entregam" presentes à Rainha do Mar, depositando perfumes, flores e outras oferendas em barcos que transportam os presentes ao alto mar. Algumas pessoas simplesmente jogam os presentes ao mar. É uma grande e poderosa manifestação de fé na força da Mãe d’Água, que tem desdobramento profano nas barracas padronizadas, onde a crença é transformada em samba, festa que se prolonga até altas horas da noite, regada principalmente a cerveja.

Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas dos blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia, os abadás, e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, do Campo Grande à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra-Ondina; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxé, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com os possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.

Na segunda quinzena junho, ocorre a também bastante aguardada São João, que na capital tem o nome de "Arraiá da Capitá" e se concentra no Parque de Exposições, reunindo cantores de várias parte do Brasil e do estado da Bahia, barracas com comidas e bebidas típicas.

O 2 de julho é a data magna baiana, quando ocorre em Salvador e cidades do Recôncavo a festa pela independência da Bahia, que tem o Caboclo e Cabocla como ícones da participação popular na defesa do que viria a ser a nação brasileira contra o domínio português. O desfile do 2 de julho aconteceu pela primeira vez em 1824 como forma de protesto do povo baiano contra a continuidade da ordem social vigente.

Em 27 de setembro é São Cosme e São Damião, dia em que devotos fazem caruru e distribuem bala para as crianças. Esta festa, porém, se restringe basicamente ao Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, região do Centro Histórico de Salvador. Muitos adeptos do Candomblé, entretanto, fazem festas particulares em suas residências, distribuindo o tradicional caruru e balas.

De 29 de novembro a 8 de dezembro se comemora o dia da Nossa Senhora da Conceição. O ponto culminantes da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia é em frente à igreja de mesmo nome, nas imediações do Elevador Lacerda. Ali são armadas barracas onde são servidas comidas e bebidas, ao som de reggaes, pagodes e sambas os mais diversos.

Esportes[editar | editar código-fonte]

O esporte mais popular na cidade é o futebol. Os principais clubes da cidade são o Esporte Clube Bahia (detentor de dois títulos nacionais, dois títulos regionais, 46 títulos estaduais e da maior torcida do Estado) e o Esporte Clube Vitória (que possui 26 títulos estaduais, cinco títulos regionais, além de campanhas de destaque sendo vice-campeão da série A, B e C e da Copa do Brasil). Atualmente ambos disputam a Série B do campeonato brasileiro após terem sido rebaixados no ano de 2014. Porém existem clubes com bastante tradição no passado que tentam se reerguer no presente como o Esporte Clube Ypiranga (dez títulos estaduais), o Botafogo Sport Club (sete títulos estaduais) e o Galícia Esporte Clube (cinco títulos estaduais).

Como praças esportivas o grande palco sempre foi o Estádio Octávio Mangabeira, estádio do governo estadual no qual o Bahia mandava seus jogos, que foi reconstruído, e agora conta com o nome de Itaipava Arena Fonte Nova. O segundo mais importante estádio da cidade é o Estádio Manoel Barradas, mais conhecido como Barradão, que é o estádio do Vitória. Há também o Estádio de Pituaçu, de propriedade do governo estadual no qual o Bahia manda seus jogos enquanto a Arena Fonte Nova não está concluída, existem também estádios de menor destaque atual (porém muito famosos no passado) como o Parque Santiago e a Vila Canária.

Feriados municipais[editar | editar código-fonte]

São feriados municipais na cidade, segundo a lei nº 1.997, de 21 de Junho de 1967, que os fixa:

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

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