TV Jornal do Brasil

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TV Jornal do Brasil
CBTV telecomunicações Ltda.
País  Brasil
Fundação 17 de abril de 2007 (8 anos)
por Grupo CBM
Extinção 17 de setembro de 2007
Cobertura Nacional

TV Jornal do Brasil (mais conhecida pela sua sigla, TV JB) foi uma rede de televisão brasileira inaugurada no Rio de Janeiro em 17 de abril de 2007 com transmissão inicialmente pela Central Nacional de Televisão (CNT) e na sua última semana pela Rede Brasil de Televisão.

De acordo com os jornais e revistas que noticiaram o acontecimento, o canal era fruto da parceria entre Flávio Martinez (dono da CNT) e Nelson Tanure (proprietário da Companhia Brasileira de Multimídia, administradora do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Editora Peixes, Brasillog e Brasil Digital).

Inicialmente, a TV JB transmitiu seis horas diárias de produção própria das 18h à 0h. O canal teve sedes no Rio de Janeiro, prédio do Jornal do Brasil), na GGP em São Paulo e em Brasília na sucursal de jornalismo do Grupo CBM.

Em 5 de setembro de 2007, a TV JB deixa de ir ao ar pela CNT devido a desentendimentos com a família Martinez, que voltou a assumir a cadeia de emissoras.

No dia 10 de setembro, a TV JB volta ao ar sendo transmitida pela Rede Brasil de Televisão. Depois de uma semana de transmissões feitas através da Rede Brasil, a TV JB encerrou suas atividades definitivamente no dia 17 de setembro.

História[editar | editar código-fonte]

As primeiras informações noticiadas na imprensa comunicavam que a CBM estava comprando a Central Nacional de Televisão, somente após algumas semanas, foi distribuída nota a imprensa informando que na verdade somente se tratava apenas de um aluguel de horários. Em agosto de 2006, Flávio Martinez (Dono da CNT), aluga as 24 horas da programação de suas emissoras para Nelson Tanure (Presidente da CBM) por R$ 3 Milhões/mês num contrato de 5 anos renováveis. Em setembro, a CBM assume a programação e a gestão comercial do canal. Porém, sem nenhuma novidade na programação. Em outubro, os novos gestores arrendam as dependências da Produtora Casa Blanca para usar como sede da nova emissora. Em novembro, são contratados Boris Casoy e Clodovil Hernandes. Em dezembro, a CNT transmite o Mundial Interclubes já com a marca CNT/JB. Em janeiro de 2007, os novos gestores desistem de arrendar a Produtora Casa Blanca e optam pelo arrendamento do prédio da produtora GGP em Barueri (Em São Paulo). O CNT Jornal passa a ser gerado provisoriamente nos estúdios da CNT no Rio de Janeiro (Produzido no mesmo estúdio do Jornal do Meio Dia, exibido na época apenas para o Rio de Janeiro). Em fevereiro, ocorre a transmissão do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Acesso A) ainda com a logomarca da CNT. Em março, ocorre a extinção de todos os programas produzidos pela CNT, dentre eles, os programas esportivos e jornalísticos como o CNT Jornal.

Em 17 de abril, numa terça-feira, a emissora estreou às 18 horas (entre meia-noite até 17h59, o horário era ocupado por produções independentes e vendas. A atração que marcou o início das atividades da emissora foi um programa voltado ao público adolescente intitulado Na Rua. Às 22h estreou o Telejornal do Brasil. Na estreia da programação, o principal transmissor da rede (Canal 26 de São Paulo) com 40kw pega fogo e a TV JB é obrigada a estrear com um transmissor reserva de 10 Kw. O entusiasmo provocado pelo lançamento do canal era tal que Nelson Tanure, presidente do grupo CBM, afirmou em reportagem veiculada no Jornal do Brasil que facilmente a nova emissora será (ou seria) a terceira maior rede de televisão do Brasil com previsão de afiliação de 66 emissoras. Em todo o tempo de existência, a TV JB chegou ao pico de 12 emissoras afiliadas e audiência menor do que emissoras religiosas.

Em abril do mesmo ano coloca no ar a novela portuguesa, gravada em Porto Alegre, e exibida pela RTP, Segredo, com outro título, Coração Navegador. Foi tomada a decisão de abrasileirar a atração com outro título, nova abertura com a música "Vira Virou", de Kleiton & Kledir e a dublagem das falas dos atores portugueses. Em maio, ocorrem as primeiras queixas de parte dos funcionários sobre a situação financeira da emissora. Entre maio e julho, estreou o programa Manhã Mulher, apresentado diariamente entre 10 e 12 horas. Em junho a novela Coração Navegador deixou de ser exibida sem explicações, de modo que seu final não foi apresentado. A TV JB suspende os pagamentos tanto do arrendamento do canal como também do aluguel dos estúdios. Em julho o apresentador do programa Por Excelência, Clodovil Hernandes, é demitido da emissora desavenças com a produção.

Em agosto, a grade de programação da TV JB muda constantemente por conta da crise. Apesar da tentativa de renegociação, Flávio Martinez desiste do negócio e pede judicialmente a quebra do contrato na justiça. Em setembro a justiça de São Paulo, em liminar favorável à Rede CNT, autorizou a mesma a cortar o sinal. Em 3 de setembro, a TV JB anuncia com grande euforia a contratação de Sérgio Mallandro para um programa nas tardes de sábado. Porém, jamais estreou. Assim, a TV JB voltou precariamente ao ar pela recém-criada RBTV. Porém, após uma semana no ar, a CBM decidiu encerrar seu projeto de televisão.

Programação[editar | editar código-fonte]

Jornalismo[editar | editar código-fonte]

Ney Gonçalves Dias apresentou o programa Manhã Mulher e Nei e Nani.
  • Telejornal do Brasil - com apresentação de Boris Casoy, trouxe as últimas informações do dia com análises e entrevistas esclarecedoras. Foi exibido durante toda a existência da emissora. Também foi transmitido por um canal a cabo pertencente à TV Alphaville.
  • Repórter JB - programa de documentários e reportagens focado nas belezas paradisíacas do país.

Variedades[editar | editar código-fonte]

  • Nei e Nani - programa de variedades que colocou em pauta assuntos como estética, culinária, curiosidades, notícias e esporte. Foi apresentado por Ney Gonçalves Dias e Nani Venâncio, o programa foi exibido pela Rede Brasil. [1]
  • Manhã Mulher - programa de televisão brasileiro transmitido pela TVJB, exibido de segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h00 com a apresentação de Ney Gonçalves Dias e Nani Venâncio. Era um programa feminino que colocava em pauta assuntos como estética, culinária, notícias e moda.
  • Bagatela - programa que foi transmitido ao 12h durante algumas semanas, e que fazia leilões ao contrário, nos quais ganhava a pessoa que desse o menor lance único.

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

Clodovil, em 2007, apresentou o programa Por Excelência, conciliando também com o trabalho de deputado federal.
  • Verso & Reverso - Talk show com Augusto Nunes, que tratou das atualidades e de histórias de sucesso.
  • Caderno de Empregos - programa de entrevistas apresentado por Bruna Calmon, deu dicas de como elaborar um currículo, como se comportar em entrevistas e sobre como é o mercado de trabalho.
  • Por Excelência - Talk show apresentado por Clodovil Hernandes nas noites de domingo.

Jovem[editar | editar código-fonte]

  • Na Rua - programa de comportamento que era apresentado por Léo Almeida.
  • Chat TV JB - programa que transferia uma sala de bate-papo para a tela da televisão.

Turismo[editar | editar código-fonte]

  • Magnavita - programa de entrevistas, turismo, glamour e com pessoas da alta sociedade, comandado por Claudio Magnavita.
  • Planeta Turismo - desvendou as maiores curiosidades das belezas ambientais do país.

Musical[editar | editar código-fonte]

  • + Pop - faixa de clipes da emissora.
  • Sinfonia Fina - programa musical com apresentação de Anélis Assumpção. Era dedicado tanto à música erudita quanto à música popular.
  • Café & MPB - programa que entrevistava artistas iniciantes ou consagrados da Música Popular Brasileira.
  • Palco JB - programa que exibia shows variados. Em geral, eram shows que já estavam disponíveis em DVD no mercado.

Esportes[editar | editar código-fonte]

  • Loucos por Bola - programa da galera do Rock Bola com Alexandre Araújo, Smigol e Lopes.

Fatos sobre a Emissora[editar | editar código-fonte]

  • A TV JB foi a rede de televisão com menor tempo de existência no Brasil, ficando apenas cinco meses no ar.
  • A Rede Pampa chegou a cogitar se afiliar à TV JB, porém, o grupo gaúcho nunca conseguiu negociar uma afiliação pois, sempre que se tentava marcar um horário para fazer uma negociação, os executivos da CBM alegavam que não possuíam espaço na agenda, no final, optaram pelo retorno a afiliação da RedeTV!.
  • O grupo de comunicação CBM, ao arquitetar um projeto de televisão, tinha em mãos vários projetos como por exemplo a compra de emissoras, porém, como o grupo não possuía experiência no meio televisivo, optou-se por arrendar as 24 horas da programação das quatro emissoras da Rede CNT (Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Londrina) por R$ 3 Milhões/mês num prazo de até 10 anos. A idéia principal era transportar o modelo de negócios da mídia impressa para a televisiva, onde a empresa de comunicação (no caso, a CBM) não é dona do veículo (impresso ou agora televisivo), mas da gestão marca (ou grife) e da administração comercial do produto. Em se tratando de televisão no Brasil, ser dono da concessão de TV provou ser fundamental.
  • Os estúdios da TV JB estavam localizados na GGP (Produtora localizada em Barueri, grande São Paulo), de propriedade de Augusto Liberato, também por um esquema de arrendamento, R$ 100 mil/mês num prazo de até 3 anos. Ao todo, eram dois(2) estúdios: O primeiro com 1.000 m² (usado para os programas) e o segundo com 300 (exclusivo para o Telejornal do Brasil). Uma curiosidade da época era que nesse periodo (em que a TV JB usou as dependências da produtora), a emissora dividia espaço com o portal de notícias O Fuxico do mesmo proprietário da produtora.
  • Dois dias antes da CNT cortar o sinal da emissora, a TV JB tinha anunciado com grande euforia a contratação de Sérgio Mallandro para um programa nas tardes de sábado.O programa nunca chegou a entrar em produção.
  • Nas primeiras semanas de existência, a TV JB colocou no ar uma novela portuguesa que tinha cenas gravadas em Porto Alegre, e foi exibida pela RTP com o título de Segredo. Com o objetivo de "abrasileirar" a novela Segredo, a TV JB submeteu a produção lusitana à algumas modificações: Alterou seu título para Coração Navegador, propôs-lhe uma nova abertura, embalada pela música "Vira virou", de Kleiton & Kledir, da qual provavelmente vem seu novo título, e até dublou as falas dos atores portugueses. A novela deixou de ser exibida sem explicações, de modo que seu final não foi apresentado.
  • Entre maio e julho de 2007, a TV JB exibiu o Programa Manhã Mulher que era apresentado diariamente entre 10 e 12 horas, e era produzido pela Câmera Cinco, nos mesmos estúdios do programa A Tarde é Sua da RedeTV!. Pelo acordo, a produtora Câmera Cinco lucraria 100% dos merchandising dentro do programa e a TV JB igualmente nos intervalos. Ocorreu que, a TV JB não conseguiu vender os espaços publicitários dos intervalos, diferentemente da produtora Câmera Cinco, que em pouco tempo tornou o programa bastante lucrativo, visto que tinha boa audiência (seu IBOPE em São Paulo O programa chegava a picos de 1,5 ponto. Por fim, o programa foi extinto e seus apresentadores realocados num programa noturno produzido pela própria TV JB.
  • Ao longo de sua existência, a TV JB encontrou muitas dificuldades na manutenção estável de seu sinal. Transmissores em potência reduzida, retransmissores em capitais de estado fora do ar, quedas repentinas do sinal da rede, manutenção precária dos equipamentos de transmissão, a Rede CNT chegou no período a alugar retransmissoras esvaziando a cobertura geográfica da TV JB, até hoje, existem processos judiciais envolvendo as partes, sobre o rompimento contratual - corte do sinal, onde a TV JB passou a não pagar pelo aluguel do canal alegando que a Rede CNT não cumpriu sua parte no quesito manutenção da rede.
  • Em todas as 147 edições do Telejornal do Brasil apresentado por Boris Casoy, nunca houve uma edição que não foi ao ar sem que houvesse um problema técnico grave (vinheta colocada na hora errada, matéria sem áudio, apresentador sem teleprompter, matéria entrada de maneira errada, defeitos graves nos efeitos visuais, etc...), essas gafes eram amplamente alfinetados em colunas especializadas. O principal motivo desses problemas eram que o telejornal era produzido com equipamentos não recomendáveis para um programa ao vivo (fitas manuais, geração linear, gerador de caracteres antiquados) e principalmente, mão de obra não qualificada.
  • A Rede CNT cortou o sinal da TV JB exatamente às 18 Horas do dia 5 de Setembro de 2007. O Programa Na Rua estava para ir ao ar quando chegou a notícia no estúdio que a emissora estava fora do ar. A emissora chegou a retomar a sua programação (13/07) precariamente pela RBTV, porém já sem o fôlego do início, encerrou definitivamente no dia 17 de Setembro de 2007.
  • Durante o período em que a TV JB esteve no ar, todas as produções da então ex-Rede CNT foram extintas, sendo que no período, nenhum programa foi gerado no Rio de Janeiro, Curitiba e Londrina. Em resumo, as emissoras só exibiram intervalos comerciais locais.
  • Na prática, o sinal da TV JB era enviado a Rede CNT em Curitiba (somente então, distribuído para a rede) através de um transponder instalado na produtora GGP, o sinal era alocado no satélite da SKY, somente assim, a Rede CNT em Curitiba captava o sinal e retransmitia para suas emissoras/retransmissoras. Assim, a Rede CNT mantinha sob seu controle o sinal do canal, claramente, deixando a TV JB nas mãos da emissora paranaense.
  • Os únicos programas que se mantiveram da grade da TV JB durante toda a existência da emissora foram: O Programa Na Rua apresentado por Leo Almeida e o Telejornal do Brasil apresentado por Boris Casoy, eram exibidos diariamente.

Consequências[editar | editar código-fonte]

  • Após o encerramento das atividades da emissora, foi distribuída a imprensa um informe no qual CBM contrataria uma consultoria para, segundo nota: levantar todas as emissoras que estavam à venda naquele momento no país. A meta, segundo Nelson Tanure, seria relançar a TV JB até meados de 2008 com emissoras e retransmissoras próprias. Tal promessa nunca foi cumprida.
  • Após o encerramento do projeto de televisão, Nelson Tanure afirmou a jornalistas de vários blogs que a CBM "pagou o preço" por não dominar o meio televisivo, citando fatos e classificando erros como a decisão de arrendar horários em emissoras de terceiros, no caso, a Rede CNT, ao invés de comprar concessões. Ainda a contratação de pessoas inexperientes para o projeto, colocar no ar uma emissora com programas mal formatados, e até mesmo, sem formatação, a falta de estrutura técnica da produtora GGP para gerar uma emissora, afinal, era apenas uma produtora. Estima-se que no total foram queimados R$ 50 milhões, sem retorno financeiro, além do prejuízo de imagem da CBM e das outras marcas do grupo que foram afetadas por causa do malogrado projeto televisivo. Enfim, disse Tanure: "Aprendemos o que não devemos fazer".

Ligações externas[editar | editar código-fonte]