Gestapo

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Agentes da Gestapo à paisana , em 1945

Gestapo é o acrónimo em alemão de Geheime Staatspolizei, significando "polícia secreta do Estado".

Sob a administração geral da SS (Schutzstaffel, em português "Tropa de Proteção"), era supervisada pela RSHA (Reichssicherheitshauptamt, em português Escritório Central de Segurança do Reich) e considerada uma organização dual da Sicherheitsdienst e até 1939 uma parte da Sicherheitspolizei. Reinhard Heydrich foi o principal chefe de operações, sendo substituído por Heinrich Müller após o atentado contra a vida de Heydrich.

História[editar | editar código-fonte]

Criação[editar | editar código-fonte]

A Gestapo foi criada em 26 de abril de 1933, na Prússia, a partir da Polícia Secreta Prussiana. No início, era apenas um ramo da polícia prussiana, conhecida como "Departamento 1A da Policial do Estado Prussiano".

Seu primeiro comandante foi Rudolf Diels, que recrutou membros de departamentos policiais profissionais e fez com que ela funcionasse como uma Polícia federal, semelhante ao FBI dos Estados Unidos.

O papel da Gestapo como polícia política só foi estabelecido quando Hermann Göring foi designado para suceder Diels como comandante, 1934. O termo Gestapo vem da abreviação de Geheime Staatspolizei (Polícia secreta do Estado) e levou o governo nazista a expandir sua força para além da Prússia, para toda a Alemanha. Só não teve sucesso na Baviera, onde Heinrich Himmler, chefe da SS, era o presidente de polícia e usava as forças locais da SS como polícia política.

Em abril de 1934, Goering e Himmler concordaram em colocar de lado as diferenças e, principalmente por um ódio combinado às Sturmabteilung, Göring aceitou colocar o comando da Gestapo sob a autoridade das SS. Naquele ponto, a Gestapo foi combinada com a Sicherheitspolizei e considerada uma organização irmã da Sicherheitsdienst ou SD.

Época nazista[editar | editar código-fonte]

Agentes da Gestapo capturados em Liège

A Gestapo era a garantia do completo domínio da população pelo Partido nazista.

Ela foi a polícia política da Alemanha nazi; criada em 26 de abril de 1933 por Hermann Göring e reorganizada em 1936 por Reinhard Heydrich, passou sob o controle de Heinrich Himmler em 1934.

Esta polícia funcionava sem tribunal, decidindo ela mesma as sanções que deviam ser aplicadas. Tornou-se célebre primeiramente na Alemanha, e depois em toda a Europa ocupada, pelo terror implacável de seus métodos. A Gestapo representou o arbítrio e o horror das forças nazistas. A sua sede ficava na rua Prinz-Albrechtstrasse, em Berlim - onde há um museu sobre a sua história.

Um dos métodos de actuação de seus membros era disfarçando-se de operários e indo "trabalhar" nas fábricas; lá, eles aguçavam os outros operários para uma revolta contra o governo, a polícia secreta passava uma lista onde os operários que estavam a favor assinavam seus nomes. Durante a noite os operários que assinavam a lista recebiam uma visita de alguns policiais fardados e com um botton de um crânio e uma águia de ferro no quepe. No dia seguinte o operário era substituído por outro, pois ninguém mais o via. O bótom em forma de crânio é a caveira símbolo das SS, ou "totenkopf", em alemão. Foi inspirada no emblema de guardas prussianos do século XVIII.

A Gestapo também era famosa pelo jogo de "gato e rato" que fazia com todos aqueles que julgava suspeitos. Em outras palavras, jamais prendia alguém imediatamente; mas estimulava suas supostas atitudes subversivas, para pegar não somente um suspeito mas, se possível, todos aqueles que com ele tivessem ligação.

Um centro de torturas[editar | editar código-fonte]

Um capítulo à parte deve ser reservado aos métodos de prisão, interrogatório e tortura da Gestapo. Todo preso pela polícia secreta nazista podia esperar as formas mais selvagens de suplícios, com tal de arrancar-lhe qualquer informação ou delação que viesse a ser útil.

O nº 8 da Prinz Albrecht Straße tornou-se conhecido como um centro de torturas ou “técnicas de interrogatório”, segundo os agentes da Gestapo, relatando-se que pessoas que passavam pelo local ouviam gritos vindos do interior do prédio.

Os métodos de interrogatório incluíam repetidos afogamentos de prisioneiros em uma banheira de água gelada; choques elétricos ligando os fios às mãos, pés, orelhas e genitália; esmagamento de testículos; levantamento do prisioneiro pelas mãos amarradas atrás das costas, causando a luxação do ombro (prática conhecida durante a Inquisição católica como o pêndulo); espancamentos com cassetetes de borracha ou chicotes e queimaduras com charutos ou ferro de soldar.[1]

Organização[editar | editar código-fonte]

Hermann Göring nomeia Himmler para a direção da Gestapo

A organização da Gestapo possuía os seguintes departamentos:

Departamento A (Inimigos)[editar | editar código-fonte]

  1. Comunistas (A1)
  2. Sabotadores (A2)
  3. Reacionários e Liberais (A3)
  4. Assassinos (A4)

Departamento B (Seitas e Igrejas)[editar | editar código-fonte]

  1. Católicos (B1)
  2. Protestantes (B2)
  3. Testemunhas de Jeová, Franco-maçons e outros (B3)
  4. Judeus (B4)
  5. Negros (B5)

Departamento C (Administração e Negócios internos)[editar | editar código-fonte]

  1. Opositores do regime (C1)
  2. Igrejas e seitas (C2)
  3. Negócios do Partido (C3)
  4. Territórios ocidentais (C4)
  5. Contra-espionagem (C5)
  6. Estrangeiros (C6)

Departamento D (Territórios ocupados)[editar | editar código-fonte]

  1. Na Alemanha (D1)
  2. Nas unidades de polícia (D2)
  3. No oeste (D3)
  4. Na Escandinávia (D4)
  5. No Leste (D5)
  6. No Sul(D6)

Departamento E (Contraespionagem)[editar | editar código-fonte]

Agentes e oficiais da Gestapo[editar | editar código-fonte]

Himmler, Müller, Heydrich, Nebe e Huber em reunião
Himmler, o principal comandante da Gestapo .

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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