Dióxido de carbono

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Dióxido de carbono
Alerta sobre risco à saúde
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Carbon dioxide structure.png
Carbon dioxide.svg
Nome IUPAC Dióxido de carbono
Outros nomes Anidrido carbônico
Gás carbônico
Gelo seco (quando em estado sólido)
Identificadores
Número CAS 124-38-9
PubChem 280
Número EINECS 204-696-9
ChemSpider 274
Número RTECS FF6400000
SMILES
InChI 1/CO2/c2-1-3
Propriedades
Fórmula molecular CO2
Massa molar 44.010 g/mol
Aparência gás incolor e inodoro
Densidade 1,98 kg·m-3 (0 °C, 1013 hPa)[1] 1.562 g/mL (sólido a 1 atm e a −78,5 °C)
0.770 g/mL (líquido a 56 atm e a 20 °C)
1.977 g/L (gás a 1 atm e a 0 °C)
849.6 g/L (fluido supercrítico a 150 atm e a 30 °C
Ponto de fusão

-56,57 °C (0,53 MPa)[1]
194,7 K (sublimação)

Ponto de ebulição

216,6 K a 5,185 bar

Solubilidade em água 3,3 g·l-1 a 0 °C e 1013 hPa[2] 1,7 g·l-1 a 20 °C e 1013 hPa[2]
Pressão de vapor 5,73 MPa[1] (20 °C)
Acidez (pKa) 6.35, 10.33
Índice de refracção (nD) 1.1120
Viscosidade 0.07 cP a −78 °C
Momento dipolar zero
Estrutura
Forma molecular linear
Termoquímica
Entalpia padrão
de formação
ΔfHo298
-393,5 kJ·mol-1[3]
Entropia molar
padrão
So298
213,79 J·mol-1·K-1 (gás)
Riscos associados
Principais riscos
associados
Ingestão: Pode causar náusea, vómitos, hemorragia gastro-intestinal
Inalação: Asfixia (sufocamento), causa hiperventilação
Pele: Gelo seco pode ocasionar ulcerações
Olhos: Pode levar a cegueira
NFPA 704
NFPA 704.svg
0
2
0
 
Frases R -
Frases S S9, S23
Potencial de aquecimento global 1 (por definição)
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions Dissulfeto de carbono
Tetrafluorometano
Nitreto de carbono (teórico)
Outros catiões/cátions Dióxido de silício
Dióxido de germânio
Dióxido de estanho
Dióxido de chumbo
Anidrido nítrico
Óxidos de carbono relacionados Monóxido de carbono
Subóxido de carbono
Monóxido de dicarbono
Trióxido de carbono
Compostos relacionados Ácido carbônico
Sulfeto de carbonila
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O dióxido de carbono (também conhecido como anidrido carbónico (português europeu) ou anidrido carbônico (português brasileiro) e gás carbónico (português europeu) ou gás carbônico (português brasileiro)) é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. A representação química é CO2. O dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754.

Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atrações intermoleculares são muito fracas, tornando-o um gás nas condições ambientais. Daí o seu nome comercial gás carbônico. Esse gás é exalado dos seres humanos e dos animais e é aceitado pelas plantas.

Papel biológico[editar | editar código-fonte]

O dióxido de carbono é essencial à vida no planeta. Visto que é um dos compostos essenciais para a realização da fotossíntese - processo pelo qual os organismos fotossintetizantes transformam a energia solar em energia química. Esta energia química, por sua vez é distribuída para todos os seres vivos por meio da teia alimentar. Este processo é uma das fases do ciclo do carbono e é vital para a manutenção dos seres vivos.

O carbono é um elemento básico na composição dos organismos, tornando-o indispensável para a vida no planeta. Este elemento é estocado na atmosfera, nos oceanos, solos, rochas sedimentares e está presente nos combustíveis fósseis. Contudo, o carbono não fica fixo em nenhum desses estoques. Existe uma série de interações por meio das quais ocorre a transferência de carbono de um estoque para outro. Muitos organismos nos ecossistemas terrestres e nos oceanos, como as plantas, absorvem o carbono encontrado na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2). Esta absorção se dá através do processo de fotossíntese. Por outro lado, os vários organismos, tanto plantas como animais, libertam dióxido de carbono para a atmosfera mediante o processo de respiração. Existe ainda o intercâmbio de dióxido de carbono entre os oceanos e a atmosfera por meio da difusão.

Na atmosfera da terra[editar | editar código-fonte]

A libertação de dióxido de carbono vinda da queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra (desmatamentos e queimadas, principalmente) impostas pelo homem constituem importantes alterações nos estoques naturais de carbono e tem um papel fundamental na mudança do clima do planeta.[4]

O excesso de dióxido de carbono que atualmente é lançado para a atmosfera resulta da queima de combustíveis fósseis principalmente pelo setor industrial e de transporte. Além disso, reservatórios naturais de carbono e os sumidouros (ecossistemas com a capacidade de absorver CO2) também estão sendo afetados por ações antrópicas. Devido o solo possuir um estoque 2 a 3 vezes maior que a atmosfera, mudanças no uso do solo podem ser importante fonte de carbono para a atmosfera (WOODWEL,1989,DAVIDSON e TRUMBORE, 1995).

Nas últimas décadas, devido à enorme queima de combustíveis fósseis, a quantidade de gás carbônico na atmosfera tem aumentado muito. Há evidência científica de que o aquecimento global tem íntima relação com o aumento de CO2.

A concentração de CO2 na atmosfera começou a aumentar no final do século XVIII, quando ocorreu a revolução industrial, a qual demandou a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo como fontes de energia. Desde então, a concentração de CO2 passou de 280 ppm (partes por milhão) no ano de 1750, para os 403 ppm atuais[5] , representando um incremento de aproximadamente 44%.

Este acréscimo na concentração de CO2 implica o aumento da capacidade da atmosfera em reter calor e, consequentemente, da temperatura do planeta. Dados na seção de Warming Climate do National Climatic Data Center mostram uma clara tendência no aumento da temperatura, acompanhando de modo palpável o aumento na taxa de CO2. Em um artigo do Earth Observatory da Nasa são revelados registros que mostram que a temperatura atualmente é a mais alta em um período de, pelo menos, 1000 anos, e em páginas subsequentes é demonstrado que, embora as emissões de CO2 pelos vulcões e o ciclo de máximo e mínimo solar continuem a atuar no processo natural de aquecimento, eles não são os responsáveis pelo aquecimento atual, pois, segundo dados coletados, eles têm influência muito pequena no anômalo crescimento da temperatura que vem acontecendo nos últimos 100 anos, e que as emissões de CO2 resultante das atividades humanas são 100 vezes maiores do que as emissões vulcânicas. As emissões de CO2 continuam a crescer e, provavelmente, a concentração deste gás poderá alcançar 550 ppm por volta do ano 2100.

Usos[editar | editar código-fonte]

Diagrama de fase pressão-temperatura do dióxido de carbono, mostrando o ponto triplo e o ponto crítico.

O CO2 é utilizado em bebidas (bebidas carbonatadas) para dar-lhes efervescência.

É utilizado em extintores durante os incêndios para isolar o oxigénio do combustível.

É utilizado em cilindros para a prática de Paintball.

É Utilizado em aquariofilia na regulação do pH da água.

Pode ser utilizado numa concentração de 30 a 40% com gás oxigênio para produzir efeito anestésico em pequenos animais.

A reação de mudança do vapor de água é um processo que gera compostos para uso industrial e combustíveis (ver: gás de síntese e gasogênio). Tanto o CO (monóxido de carbono) quanto o CO2 estão, obrigatoriamente, presentes nesta reação.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Registo de Kohlenstoffdioxid na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA.
  2. a b Carbon Dioxide Solubility in Water. Visitado em 2010-03-22.
  3. Carbon Dioxide bei: NIST Chemistry WebBook. Visitado em 2010-03-22.
  4. Enciclopédia Britannica. Global Waarming. Visitado em 18 de dezembro de 2014.
  5. 1.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]