Antônio Houaiss

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Antônio Houaiss Academia Brasileira de Letras
Nascimento 15 de outubro de 1915
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro1908.gif Distrito Federal
Morte 7 de março de 1999 (83 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Nacionalidade  brasileiro
Ocupação Lexicografia, escritor, tradutor

Antônio Houaiss (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 — Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro - filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e Ministro da Cultura do governo Itamar Franco.[1]

Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezesseis anos, começou a leccionar português, actividade que exerceu durante toda sua vida.

Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, Ministro da Cultura durante 11 meses no governo do presidente Itamar Franco entre os anos de 1992 e 1993, e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o "maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos".

Autor de dezenove livros, Houaiss organizou e elaborou as duas enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses de James Joyce.

Em 1986, Houaiss iniciou, com o seu coautor Mauro de Salles Villar, o mais ambicioso projeto de sua vida — o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa —, assumindo o desafio de publicar o mais completo dicionário da língua, só concluído após a sua morte e levado a cabo pelo grupo chefiado por Mauro Villar, hoje reunidos no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, com sede no Rio de Janeiro, e na Sociedade Houaiss Edições Culturais, sediada em Lisboa.

Pronúncia do nome Houaiss[editar | editar código-fonte]

Segundo Helena Figueira, na seção de dúvidas do sítio Linguística, o sobrenome Houaiss é pronunciado como [‘wajs] ou [‘uajs]. Sendo o símbolo [w] de som correspondente ao 'u' de 'quase' e o símbolo [u] correspondente ao 'u' da palavra 'nua', enquanto que o [aj] se assemelha ao 'ai' de 'caixa' e o símbolo [s] ao 'ss' de 'massa'. O símbolo [‘] precede o fonema tônico da palavra[2] .

Lorbeerkranz.png Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Houaiss foi o quinto ocupante da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 1 de abril de 1971 na sucessão de Álvaro Lins. Foi recebido pelo acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 27 de agosto de 1971, e recebeu os acadêmicos Antonio Callado e Sergio Paulo Rouanet.

Obra[editar | editar código-fonte]

O maior efeito alcançado por Houaiss foi o Acordo ortográfico de 1990 da língua portuguesa[3] , a qual abordou de seu ponto de vista internacional-esquerdista, criticado entre outros por Paulo Francis[4] .

Referências

  1. Enciclopédia Itaú Cultural: Antonio Houaiss.
  2. Lingüística, PT: Clix, http://linguistica.publico.clix.pt .
  3. "Maior ideólogo da reforma ortográfica, Houaiss morreu sem ver resultado da obra", Folha Online (Folha da Manhã), 2009-3-7, http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u530257.shtml .
  4. Mendes de Almeida, Napoleão (1993-2-24), "Chega de asnices!", in dos Santos, Armando Alexandre, Veja, Amigos do Livro, http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=5666, "Faço minhas as palavras do jornalista Paulo Francis, num artigo recente. O bom dessa rusga diplomática que está ocorrendo entre Brasil e Portugal é que ela matou o acordo ortográfico de Antônio Houaiss" .

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Beni Carvalho
ABRAFIL - cadeira 14
1960 — 1999
Sucedido por
Mauro de Salles Vilar
Precedido por
Álvaro Lins
Lorbeerkranz.png ABL - quinto académico da cadeira 17
1971 — 1999
Sucedido por
Affonso Arinos de Mello Franco
Precedido por
Sérgio Paulo Rouanet
Ministro da Cultura do Brasil
1992 — 1993
Sucedido por
José Jerônimo Moscardo de Sousa