Como morar na Itália: visto, custo de vida e melhores cidades

Morar na Itália é o sonho de muitos brasileiros. Por ser um país rico em história e belezas naturais, a Itália habita o imaginário de uma boa parte das pessoas que decidem deixar o Brasil para viver no exterior. Outro fator que atrai muitos brasileiros para a Itália, além do encanto, é o fato de existir no Brasil milhares de descendentes de italianos com direito a cidadania italiana.

Porém, existe uma distância grande entre o sonho e a realidade, e para se mudar para a Itália é necessário muito planejamento, estudo e preparação, tanto financeira quanto psicológica. Neste artigo, vamos apresentar os pontos mais importantes para quem está planejando morar na Itália.

O que é preciso para morar na Itália?

A mudança de país envolve muito planejamento e estudo. Para se mudar para a Itália é preciso levar em conta as questões burocráticas. Uma mudança de país envolve um oceano de burocracias e decisões, e não é possível simplesmente empacotar as coisas e partir.

Para quem não sabe, a Itália é um dos países mais burocráticos do mundo. Sempre brinco que a burocracia deve ter sido inventada no Império Romano, de tão burocrático que é o País da Bota.

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É preciso visto para morar na Itália?

Sim, é preciso um visto de entrada para morar na Itália.

Inclusive, uma das primeiras coisas a se providenciar para morar na Itália, se você não for um cidadão italiano ou europeu, é um visto de entrada.

Para solicitar o visto, você deve procurar, ainda no Brasil, o Consulado Italiano que atende a região onde você mora.

Tipos de visto para morar na Itália

Para saber para qual tipo de visto aplicar para morar na Itália, primeiro é necessário saber qual será a finalidade da sua mudança. Dessa forma, você poderá se planejar com antecedência e verificar toda a documentação necessária para agilizar o processo de obtenção do visto.

O imigrante que deseja aplicar para um visto na Itália terá que se candidatar inicialmente para o visto di ingresso, que será colocado em seu passaporte e permite a entrada legal no país.

Os principais tipos de visto para Itália são:

  • Visto de estudo;
  • Trabalho autônomo;
  • Visto de adoção;
  • Visto de negócios;
  • Tratamento de saúde;
  • Trabalho subordinado;
  • Visto de competição esportiva;
  • Visto por motivos religiosos;
  • Por unificação familiar;
  • Visto de residência eletiva.

Como funcionam os tipos de visto?

Explicaremos na sequência melhor sobre cada um dos tipos de visto ligados a oportunidades de estudo ou trabalho em território italiano.

Visto de turismo

Os brasileiros que desejam visitar a Itália por um período menor que 90 dias não precisam aplicar para um visto de turismo, já que o Brasil e os países europeus listados no Tratado de Schengen possuem um acordo de livre circulação dentro desse período determinado.

Mas atenção: a partir de 2023 será obrigatório portar a autorização de entrada ETIAS para turismo na Itália.

Visto de estudo

Se você deseja morar na Itália com a finalidade de estudar em uma escola de idiomas, em uma faculdade italiana ou por meio de um programa de intercâmbio, deverá desembolsar 50 euros para obter o visto de estudo.

O estudante também deverá comprovar que terá como se sustentar durante seu período de permanência no país. No ato de apresentação dos documentos, deverá comprovar a matrícula no estabelecimento de ensino e o acesso ao serviço de saúde italiano por meio de um seguro.

Visto de trabalho autônomo

A Itália não conta com um visto de incentivo para empreendedores ou investidores. Dessa forma, quem deseja aplicar como autônomo deverá comprovar sua condição por meio de documentação e justificar sua escolha pelo país e apresentar a disponibilidade de renda ligada ao tipo de visto autônomo para o qual se deseja aplicar.

Esse visto tem uma taxa de 116 euros.

Visto de trabalho subordinado

Esse é o visto de trabalho na Itália mais comum, vinculado a uma empresa. Podem solicitar esse tipo de visto pessoas que receberam ofertas de emprego de empresas italianas ou que receberam uma oferta de transferência de seus atuais empregos para uma sede localizada na Itália.

Para a emissão do visto, seu contrato de trabalho deverá ser analisado e você deverá pagar uma taxa de 116 euros.

Visto por unificação familiar

Se você está indo morar na Itália a fim de se unir a um membro da família que esteja se mudando para o país, esse é o tipo de visto que deverá ser solicitado. Ele se aplica para pais, cônjuges ou filhos daqueles que moram na Itália.

Os laços familiares devem ser comprovados por meio de certidão, e o valor desse visto é 116 euros.

Visto de residência eletiva

A Itália disponibiliza um visto especial para quem possui uma residência no país. Isso significa que, se você comprar uma casa na Itália, poderá solicitar um visto para residir no país.

A solicitação do visto requer o pagamento de uma taxa de 116 euros e o processo de análise é extremamente burocrático. Dentre vários fatores, ele leva em conta o valor do imóvel e a renda do proprietário.

Rua na Toscana

Quanto tempo demora para sair o visto italiano?

Cada tipo de visto para a Itália tem um tempo de espera. A melhor forma de saber quanto tempo irá demorar para o seu visto sair é entrar em contato com a embaixada ou consulado italiano mais próximo do seu local de residência.

O tempo de espera do visto começa a ser contado a partir da data de envio dos documentos, que serão analisados para que você possa obter o retorno. É vital prestar atenção na lista de documentos solicitados e verificar se está tudo certo para poder agilizar esse processo.

Quem tem cidadania europeia precisa de visto?

Não. Pessoas que possuem a cidadania europeia não precisam de visto para morar na Itália ou em outros países que façam parte da União Europeia. O documento garante a livre circulação por tempo indeterminado entre os países do Espaço Schengen.

Isso significa que, ao viajar pela Europa, você não precisará ser parado em postos de controle imigratório, e pode residir em outros países desse espaço sem problemas. No entanto, é necessário fazer um registro na autoridade local para poder usufruir dos mesmos direitos dos cidadãos locais.

Ao chegar na Itália, procure o comune, equivalente às nossas prefeituras ou subprefeituras, para verificar como se registrar. Dessa forma, você poderá ter acesso a benefícios como médicos, retorno de impostos e outros.

Documentos para morar na Itália

Para solicitar (e obter) seu visto para morar na Itália, você deverá apresentar documentos que comprovem o que você vai fazer na Itália.

Apesar de cada tipo de visto possuir uma documentação específica, basicamente você precisará apresentar:

  • Passaporte válido, superior a 3 meses;
  • Fotografia 3×4 recente;
  • Documentos que comprovem o pedido do visto: se for trabalho, um contrato de trabalho válido (entre outros documentos). Se for de estudo, a matrícula na universidade italiana, por exemplo;
  • Comprovação financeira;
  • Comprovação de hospedagem idônea.

Confira a documentação específica no site Visto per Italia, oficial do governo.

Permissão de Residência ou Permesso di Soggiono

O visto para morar na Itália tem como função principal a entrada no país. Para morar legalmente na Itália, você precisará solicitar, dentro de 8 dias em solo italiano, uma permissão de residência (em italiano: permesso di soggiorno).

Para solicitar a permissão de residência é só procurar uma agência da Poste Italiana (os correios italianos) que possua um guichê chamado sportello amico e pedir um kit giallo. Esse kit compreende um envelope com os formulários e a lista da documentação necessária para solicitar a permissão de residência.

O permesso di soggiorno é um cartão que deve ser mantido com você a todo instante, pois comprova que você está legalmente no país, detalhe fundamental para que você consiga, de fato, viver na Itália.

E o que acontece se for morar ilegalmente na Itália?

Quem permanece ilegal na Itália, ou seja, supera os 90 dias de estadia como turista e não possui uma autorização de residência válida, está cometendo um crime. As penas para esse tipo de crime são a deportação para país de origem (com impedimento de retorno por tempo que pode variar conforme o caso) e multas ente 5 e 10 mil euros.

Veja todos os motivos para não morar ilegalmente na Europa.

Qual o custo de vida na Itália?

O custo de vida na Itália varia muito dependendo do local escolhido para morar. Por exemplo, morar na capital, Roma, é mais caro do que morar em uma cidade grande como Turim, localizada na região de Piemonte. Morar em Milão será ainda mais caro do que nessas duas outras regiões.

Tomaremos essas três cidades como base de comparação, visto que são os locais que apresentam as maiores oportunidades de emprego na Itália atualmente. Você pode comparar os principais custos entre as três na tabela abaixo.

Os dados são do site Numbeo, que calcula os custos de se morar na Itália em vários países do mundo todo. Na sequência, detalhamos melhor estas e outras despesas.

Preço médio de aluguel

Selecionamos os valores de aluguel para um imóvel de um quarto, assim como as despesas da casa e supermercado.

Cidade Aluguel no centro Aluguel fora do centro Despesas da casa Supermercado
Roma 907€ 636€ 200€ 200€
Milão 1.081€ 731€ 200€ 200€
Turim 559€ 395€ 160€ 200€

É importante levar em consideração que, quanto mais populosa for a cidade, maior será o custo de vida e mais difícil será encontrar um imóvel para alugar na Itália. Para encontrar, veja aqui sites para alugar apartamento na Itália.

Preço de imóvel para comprar

O valor por metro quadrado de um apartamento à venda no centro de Roma é de 6.711 euros. Em Turim, esse valor cai para 3.246 euros e sobe para 8.360 euros em Milão.

Despesas da casa

Em relação às despesas da casa, pode-se calcular uma média de 200 euros por mês tanto em Roma quanto em Milão. Esse valor é de aproximadamente 160 euros em Turim. Essa média de gastos para morar na Itália inclui o valor de despesas básicas como a eletricidade, o lixo, a água e o aquecedor.

É importante ressaltar que muitos edifícios na Itália contam com um aquecimento central que é ligado e desligado pelo governo de acordo com a época do ano. Isso ajuda a economizar, já que muitos aquecedores portáteis tendem a consumir energia em excesso.

Alimentação

Pode-se calcular uma média de 150 euros a 200 euros por mês para as despesas de alimentação por pessoa. O valor dos produtos nos supermercados da Itália costuma ser tabelado, com variação maior em cidades muito pequenas.

Dessa forma, a diferença do custo de alimentação entre as três cidades citadas não é tão grande. A Itália tem uma grande vantagem em relação a muitos países europeus: a produção de alimentos local é muito variada e grande, o que faz com que os preços não sejam tão altos e os produtos encontrados no supermercado sejam sempre frescos.

preço de mercado na Itália

Lazer

Há muitas opções de lazer gratuito disponíveis para quem vai morar na Itália, nas variadas cidades. Desde cinemas ao ar livre durante o verão até feiras de inverno, é possível divertir-se gastando pouco e comendo bem.

Por exemplo, ingressos de cinema podem variar entre 8 euros e 10 euros.

Transporte público e gasolina

O transporte público italiano funciona bem, e a média de valores para o passe mensal é de 40€. Para aqueles que possuem automóvel próprio, o litro da gasolina custa, em média, 1,55€.

Melhores cidades da Itália para morar

A Itália possui paisagens indescritíveis que fazem do país, como um todo, uma excelente escolha para quem deseja viver uma experiência europeia. Falaremos um pouco sobre cinco cidades italianas que valem a pena ser consideradas para morar.

Milão

A capital mundial da moda não pode ficar de fora de uma lista para quem sonha em morar na Itália. No entanto, se engana quem pensa que Milão é conhecida apenas pelo mundo fashion. A cidade tem lazer variado, contando com restaurantes, grandes parques e uma variedade de centros de compras, morar em Milão pode ser uma experiência enriquecedora.

Roma

A capital da Itália respira história. Além de se encantar com aquele que é um dos berços da nossa civilização moderna, quem escolhe morar em Roma pode saborear deliciosos pratos como a carbonara, nascida na cidade.

Nápoles

Essa cidade, localizada no sul da Itália, é o local de nascimento da pizza. Precisa falar mais? Nápoles também conta com museus incríveis e paisagens de tirar o fôlego, bem como a presença de um vulcão ainda ativo, o Vesúvio.

Gênova

Menos conhecida que as concorrentes acima, essa cidade, localizada na região da Liguria, é o local onde o pesto foi criado. Há um outro forte motivo para quem deseja morar na Itália escolher essa cidade. Nessa região também estão as Cinque Terre, um dos destinos de praia mais visitados do país e mais conhecidos do mundo.

Turim

A quarta maior cidade do país tem belas praças e elegantes cafés, além de contar com importantes museus e ter localização privilegiada, aos pés dos Alpes italianos. Morar em Turim pode ser mais barato, mas é uma cidade muito interessante.

Turim na Itália

Para escolher qual cidade morar na Itália, você deve pesquisar bem e definir o que deseja. Se você gosta de grandes centros, Milão e Roma são perfeitas. Para quem prefere uma cidade média (para os padrões brasileiros), Brescia é a minha favorita. Enfim, cada cidade possui seus prós e contras e essa escolha é muito pessoal.

Como é morar na Itália na opinião de uma brasileira

Para mim, a escolha por morar na Itália foi bastante natural. Venho de uma família italiana (meu marido também) e quando surgiu a oportunidade de nos mudarmos para a Itália, topamos na hora.

Eu gosto bastante do povo italiano e fomos muito bem acolhidos no país. Nossa maior dificuldade inicial foi a língua, mas com o tempo (e estudo) essa dificuldade se dissipou.

É muito satisfatório viver num país como a Itália

A Itália é um país bastante seguro e a prestação de serviços públicos é mais do que satisfatória. Para nós, brasileiros tão carentes de um estado que cumpra suas funções, é extremamente satisfatório morar num país onde existe segurança pública, saúde e educação públicas de qualidade.

Como conseguir permissão para morar na Itália?

Há diversas formas de morar na Itália legalmente, mesmo sem cidadania europeia. As principais são: como estudante, como trabalhador ou como aposentado.

1. Morar na Itália como aposentado

Muitas pessoas, após a aposentadoria no Brasil decidem morar em outro país. E muitos pensam em escolher a Itália para poder curtir o dolce far niente da aposentadoria.

Assim como ocorre em Portugal (em que os aposentados podem viver lá legalmente), e em outros países da Europa, a Itália possui um visto específico para cidadãos extra comunitários aposentados ou que vivam de rendimentos que queiram morar no país. Esse visto chama: visto per residenza elettiva e deve ser solicitado ao Consulado Italiano no Brasil.

A Itália é um país com alto custo de vida, porém possui segurança pública e saúde de qualidade. E isso pode ser um fator interessante para quem é aposentado e tem cidadania italiana (ou de outro país da União Europeia).

2. Trabalhar na Itália

O país ainda se encontra em crise, especialmente depois da pandemia do coronavírus, em que foi um dos mais afetados do mundo e isso faz com que as ofertas de emprego na Itália não sejam abundantes.

Trabalhar na Itália pode ser mais difícil do que parece. O país amarga um alto índice de desemprego entre os jovens recém formados, o que os leva a tentar a vida nos países vizinhos mais ricos (Alemanha e Inglaterra, principalmente).

A taxa de desemprego é de 9,7% (dados de 07/2020). Mas é claro que existem vagas de emprego, em especial para profissionais bem qualificados e da área de Tecnologia da Informação (TI).

E para brasileiros, tem emprego na Itália?

É quase impossível responder a esta pergunta com absoluta certeza. Para profissionais bem qualificados ou de áreas onde há carência de profissionais, com certeza existem empregos para brasileiros e para qualquer outro cidadão nacional ou estrangeiro.

O ideal é já sair do Brasil com uma promessa de emprego, até porque as coisas na Itália acontecem num tempo mais lento que no Brasil, e um processo seletivo para uma vaga de emprego pode levar mais de 3 meses.

Quais as áreas com profissionais em falta na Itália?

Como em todo país, a Itália tem também algumas áreas profissionais onde não faltam empregos. Os profissionais mais procurados na Itália são:

  • Esteticista;
  • Cozinheiro;
  • Costureiro;
  • Mecânico;
  • Marceneiro;
  • Artesão.

3. Estudar na Itália

A Itália tem um ensino de muita qualidade, mesmo quando falamos do ensino público, então pode ser o seu desejo estudar na Itália, seja para continuar os estudos, fazer uma pós-graduação, ou apenas fazer um intercâmbio para aprender italiano.

Então, o primeiro passo é encontrar a escola que você pretende estudar. No caso de uma universidade italiana, ficar atento aos prazos e documentação exigida é muito importante. Tem um detalhe, que geralmente passa despercebido pelos brasileiros, que é se precisa de teste para ser admitido ou não nas universidades italianas.

Se a instituição que você está querendo estudar for “numero programmato” você precisa fazer uma espécie de vestibular para ser aceito, se for “non a numero programmato” não é necessário.

Requisitos para estudar na Itália

Há vários quesitos que você precisa prestar atenção para conseguir estudar na Itália e eu compilei uma lista de coisas que você vai (provavelmente) ter que fazer:

  • Realizar uma espécie de vestibular;
  • Comprovar nível de italiano;
  • Validar o diploma na Itália;
  • Fazer inscrição diretamente no consulado;
  • Comprovante de matrícula da instituição onde vai estudar;
  • Recolher comprovantes para entrar na Itália (meios de subsistência, seguro de saúde, passaporte válido, etc);

Algumas instituições pedem certificados que comprovem sua proficiência na língua, então fique atento. Depois de conseguir todos os documentos e a validação deles, o próprio consulado fará sua inscrição entrando em contato diretamente com a universidade. O tempo para saber se o pedido de inscrição foi aceito ou não é de até 3 meses.

Depois do “aceite” começa a maratona para apresentar meios de subsistência, seguro de saúde, comprovante do local onde você vai se hospedar, passagem aérea, etc. Depois de tudo isso você receberá um visto no seu passaporte com validade de alguns meses. Ao chegar na Itália terá que solicitar, junto com o comprovante de matrícula da instituição onde vai estudar o título residência que valerá por 1 ano.

Cidade da Itália

Saiba como é ser brasileira na Itália, desafios e reflexões.

É preciso falar italiano para morar na Itália?

Apesar de não poder dar certeza se existem empregos para brasileiros na Itália, uma coisa eu garanto: é preciso falar italiano para morar na Itália. Se puder te dar um conselho valioso é: aprenda italiano antes de se mudar para a Itália.

Italianos normalmente não falam bem inglês e, quando falam, preferem conversar em italiano. Então, para se conseguir um emprego na Itália, salvo se você for um profissional bem qualificado de TI e outras raras exceções, é imprescindível falar italiano.

O clima na Itália

Como sabem, a Itália é uma extensa península na porção sul da Europa e possui o clima bastante variado, conforme a região. O clima na Itália vai desde o quente e mediterrâneo no sul ao frio e temperado no norte.

Verão na Itália

O verão italiano é marcado por dias longos e quentes. O calor é intenso e a média das temperaturas superam os 36 graus no período.

É a época do ano mais esperada pelos italianos, principalmente por causa das férias de verão que ocorrem em agosto (Ferragosto). O verão italiano é alegre, colorido e intenso.

Outono na Itália

O outono na Itália começa no dia 21 de setembro e é a estação da volta as aulas e ao trabalho depois das férias de agosto. Os dias vão ficando cada vez mais curtos e frios, apenas esperando a chegado do inverno.

As folhas das árvores amarelam e começam a cair, deixando as cidades coloridas em tons que vão do laranja ao marrom. As temperaturas são amenas até outubro e, em novembro, normalmente, o frio chega para valer. E com ele, geralmente, vem a chuva.

Inverno na Itália

O inverno italiano é marcado por frio e dias curtos, com anoitecer por volta das 17h. No norte do país o frio é bastante intenso e os italianos costumar ir para as montanhas para esquiar nos finais de semana e feriados.

Na região central e sul, o frio tende a ser mais ameno, com médias de temperatura entre 10 e 15 graus. Porém, dependendo da frente fria, a neve se faz presente em todo o país.

Inverno no coliseu

Primavera na Itália

A primavera italiana, para mim, é a mais bela das estações do ano: ensolarada e cheia de vida. As plantas voltam a brotar e aos poucos as cidades vão ficando mais floridas e verdes.

Os dias vão se alongando e as temperaturas começam a subir. As pessoas guardam os casacos e cachecóis nos armários e voltam a viver ao ar livre.

Como é a saúde na Itália?

Acredito que uma das coisas que mais nos preocupa é essa questão da saúde. No Brasil, em função do precário acesso ao sistema de saúde, nos vemos obrigados a pagar altos valores em planos privados.

O sistema de saúde na Itália, diferente do que ocorre no Brasil, não é completamente gratuito apesar de público. Não é grátis, mas os valores cobrados são extremamente acessíveis e nem de perto lembram os valores praticados pelos planos de saúde no Brasil.

Os hospitais públicos italianos são excelentes e muitas vezes são melhores até que os hospitais particulares do Brasil.

O sistema de saúde público na Itália é muito usado

A maioria dos italianos usa o sistema de saúde público na Itália. Chamado Sistema Sanitario Nazionale, ainda que não seja gratuito, o sistema é de grande qualidade. Ele pode ser utilizado por todos os cidadãos italianos e pessoas que residem legalmente no país. Ao se inscrever como residente numa determinada área, você deve também se inscrever no sistema de saúde e escolher um médico de base.

Para utilizá-lo, é preciso procurar uma agência sanitária local para poder fazer o cartão que dá acesso ao sistema de saúde italiano. No entanto, brasileiros que residem na Itália podem usufruir de um acordo entre o Brasil e a Itália, o IB2 CDAM.

Como usar o IB2

O IB2 é um certificado de direito à assistência médica que garante aos brasileiros que vão morar na Itália tenham acesso ao sistema de saúde e vice-versa. Para tal, é preciso fazer o apostilamento do mesmo, a chamada apostila de Haia.

Esse certificado também deve ser traduzido para o italiano. Ao chegar na Itália, procure a agência sanitária local para regularizar o documento e ter acesso ao serviço de saúde pública local.

Esse médico será seu primeiro contato sempre que você precisar ir ao médico e as consultas com ele são gratuitas. É o médico de base que verifica a complexidade do caso e te encaminhará para um especialista ou solicitará exames mais complexos.

Custo de consultas e exames

As consultas com especialistas e os exames não são gratuitos, mas como já dissemos os valores são muito acessíveis. O valor pago pelas consultas ou exames é chamado de ticket sanitário e variam conforme a região da Itália.

São isentos de pagar o ticket sanitário os idosos, pessoas de baixa renda e crianças até os 6 anos.

Tem plano de saúde na Itália?

Sim, existem planos de saúde na Itália, mas não são tão populares quanto no Brasil. Normalmente, esses planos de saúde são seguros de saúde privados, que cobrem custos com saúde e são mais utilizados por turistas ou estrangeiros que não possuem cidadania italiana ou permissão de residência.

Vantagens e desvantagens de mudar para a Itália

Como tudo nessa vida, morar na Itália possui vantagens e desvantagens.

É bom morar na Itália? As vantagens, ao meu ver, são:

  • Segurança pública eficaz;
  • Educação pública de qualidade;
  • Saúde pública de qualidade e acessível;
  • Excelente qualidade de vida.

Por outro lado, vejo como desvantagens:

  • Abrir mão de uma vida já estabilizada para recomeçar num país com língua e cultura diferentes;
  • Custo de vida alto;
  • Viver longe dos amigos e da família;
  • Aprender a lidar com as burocracias da vida italiana.

E o saldo? Vale a pena morar na Itália?

Para mim, vale muito a pena morar na Itália. É claro que este tópico é extremamente pessoal, e existem casos de pessoas que moram na Itália e amam e outros tantos que se arrependeram da mudança.

O meu principal objetivo com a mudança para a Itália foi alcançado, que era viver num lugar seguro e com qualidade de vida. Se você quer enriquecer ou ter um emprego milionário, a Itália com certeza não é o melhor lugar.

Agora, se o seu objetivo em morar na Itália for ter mais qualidade de vida, aí vale muito a pena.

Dicas finais para morar na Itália

A maior dica que podemos dar para quem quer mudar para a Itália é, antes de mais nada, se matricular num curso de italiano se ainda não souber a língua.

Além disso, faça um planejamento real, com datas e custos. É preciso um planejamento financeiro muito bem feito, para não correr o risco da empreitada dar errado.

Conheça o país

Por fim, estude sobre a Itália. Conheça a geografia do país, suas regiões e particularidades. Escolha uma cidade para morar e foque nela. Aprenda tudo o que você puder sobre as burocracias locais e se prepare, com documentos, para enfrentá-las.

Seja persistente

E não desanime. Uma mudança de país exige muito, fisicamente, financeiramente e principalmente, psicologicamente. Mas se você se planejar, estudar e se preparar tenho certeza que você vai conseguir morar na Itália e que o saldo será bastante positivo.

Buona fortuna (Boa sorte)!

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Ana Eliza, ou Ni como é conhecida, é brasileira, apaixonada por viagens e mãe da Olívia. Mora em Turim, na Itália e, juntamente com seu marido Fabiano, escreve o In Turim, um blog sobre a vida e turismo na cidade que foi a primeira capital da Itália.

Carol é natural de São Paulo, mas já morou na Itália, Irlanda e, atualmente, mora na capital de Portugal, Lisboa. Formada em Letras pela Universidade de São Paulo, ela faz mestrado em tradução na Universidade de Lisboa e trabalha como redatora por paixão. Comunicativa, gosta de compartilhar dicas sobre viagem, tecnologia e a vida no exterior por acreditar que essas informações possam ajudar outras pessoas. Ela também é criadora de conteúdo no Instagram, na área de edição de vídeos.

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