Processo de expatriação: Como funciona?

Autor: Samara Teixeira

Com as possibilidades crescentes de atuação em outros países por conta da globalização dos negócios, profissionais recebem propostas para atuarem em cargos de gestão e liderança como desafios em suas carreiras. O processo de expatriação cresce cada vez mais, e é uma possibilidade de viver e conhecer outras culturas dentro do mercado de trabalho.

Expatriar é a ação de transferir um profissional, sua família e filhos para  outra subsidiária da empresa, localizada em outro país e, obviamente, em outra cultura.

“Antropologicamente falando, podemos dizer que expatriação é um processo complexo de mudança de cultura, que envolverá do executivo expatriado e sua família, a disponibilidade de entrar em contato com novos valores, mitos, tabus, crenças, hábitos e costumes, novas formas de viver, de se expressar, de pensar e de comportar. Assim o processo de expatriação, não é somente um processo de mudança de país, mas fundamentalmente e vitalmente de mudança de cultura”, explica Heloisa Yoshida, Diretora Executiva e Técnica da Sistêmica Intercultural.

Quando somos retirados de nosso ambiente cultural, todas as dimensões do nosso ser são mobilizadas emocionalmente, porque o processo de adaptação a um novo contexto cultural é um novo processo de aprendizagem e desenvolvimento de novas competências interculturais para poder conviver e trabalhar confortavelmente na nova cultura.

Como é o processo de expatriação?

Segundo Eloisa Sebber, especialista em recolocação de executivos expatriados, o candidato escolhido faz uma viagem exploratória ao país que será transferido – em geral dois ou três dias, onde visitará, na cidade de transferência, escolas pré-selecionadas, moradias adequadas à política das empresas e aprenderá sobre o custo de vida e costumes locais. “Depois disso, caso aceite esse desafio, se iniciará o processo de visto de trabalho e trâmites legais de transferência”, explica Eloisa.

Fazer a gestão do aspecto intercultural, inserir e difundir a Educação Intercultural dentro das empresas multinacionais é o grande desafio imposto pela Era da Globalização e do Conhecimento.

“É importante ressaltar, que o sucesso da missão internacional de trabalho do profissional expatriado, depende, também, sistemicamente da capacitação dos gestores e de analistas na gestão da diversidade cultural em ambientes organizacionais multiculturais”, enfatiza Heloisa Yoshida.

Dificuldades do processo de expatriação

Para Eloisa, a maior dificuldade está na adaptação, principalmente da família no novo país. “Estudos comprovam que 40% das expatriações são malsucedidas por este motivo”, afirma a especialista.

Além das possíveis dificuldades de adaptação existem as inseguranças pessoais que são o choque cultural, dificuldade expatriadono novo idioma e no trabalho, relacionamento social, viajar sem a família e não atingir os objetivos esperados pela empresa.

Outra dificuldade é a econômica, pois, os processos e tramites têm um custo superior para a Matrix da empresa e qualquer desistência pode acarretar em um enorme prejuízo para a companhia. As companhias investem neste processo por ser uma maneira de desenvolvimento local e transferência de know how.

Suporte para o profissional expatriado

O visto de trabalho geralmente é de dois anos – podendo variar em cada país e dependendo do tipo de visto. Ainda de acordo com o cargo, pode-se receber um visto permanente.

Os benefícios oferecidos são moradia, escola, carro e cursos, orientação cultural e profissional antes da expatriação, preparação e apoio às famílias.

Já a proposta salarial dependerá diretamente do cargo, segmento e experiência do profissional que será expatriado. Para um expatriado o salário poderá triplicar com sua mudança para outro país, porém, atentar-se ao custo de vida do local é uma boa dica para evitar ilusões.

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